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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Solidão

Percorrendo vielas obscuras
A solidão invade e destrói
Vidas confusas, cheias de loucuras
Não é quem procuras, não é o teu herói

Tristezas que impedem a emoção
Desgosto por ser o que não sou
Vivendo uma vida sem paixão
Solidão de quem nunca amou

Estranho viver de quem não está só
Rodeado de humanidade vazia
Procurando quem transmita conforto, oh!
Tarefa impossível, sem consequência!

Quando procuras a tua solidão
Buscas quem te faça companhia
Encontras o caos, anarquia e confusão
Sozinho ficas na falta de simpatia

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Frutas incomuns dos trópicos




QUANDO nós, recém-chegados, pisamos pela primeira vez no solo da América do Sul, no país tropical do Equador, era um dia quente do verão meridional de Dezembro. A súbita mudança do tempo congelante que acabáramos de deixar no hemisfério norte foi bastante sentida, mas nos deu tremenda sede. Como apreciamos quando Carlos, nosso, anfitrião, nos serviu um geladinho refresco de frutas.
U-m-m! Que delícia! Mas, de que era? Jamais tínhamos provado nada semelhante. Nosso anfitrião explicou que era suco de naranjillas. Naranjilla, nome espanhol, significa laranjinha. Tinha um sabor delicado que nos fazia lembrar uma mistura de abacaxi, laranja e maçã, talvez com uma pitada de suco de tomate. A fim de fazer este refresco, Carlos explicou como primeiro descascou a fruta, colocou-a num liquidificador, adicionou água e adoçou com um pouco de açúcar.
Alguns dias depois, vimos algumas naranjillas numa banca do mercado. Tinham sido trazidas de seu lar nas selvas, sob as altaneiras montanhas dos Andes. A distância, pareciam deveras pequenas laranjas, tendo cerca do tamanho de tangerinas. Mas, ao chegarmos perto, a aparência mudou de laranjas para tomates de casca brilhante. No entanto, quando apanhamos uma, ficamos surpresos de descobrir que tinha diminuta penugem, um tanto como o pêssego, mas penugem dura e quebradiça. Que fruta estranha é esta laranja penugenta, parecida a um tomate!
Bem alto nos Andes, os habitantes da serra têm àquilo que chamam de tomate de árbol, que cresce em seus quintais junto com uma variedade de flores tropicais. As plantas têm uns dois metros e setenta e dão frutos multicoloridos, que variam do laranja’ brilhante ao púrpura forte. O fruto não é redondo como um tomate, mas é oblongo e nos extremos tem a forma de uma pequena bola ,de futebol americano. E o gosto? Bem, é um tanto parecido com o suco de tomate, apenas que é mais doce. Não só constitui uma deliciosa bebida, mas também serve para conservas deliciosas.

Apresentando Outras Frutas Estranhas

Pouco tempo depois, tivemos outra experiência agradável quando nos serviram pela primeira vez a badea. A badea cresce numa trepadeira e assemelha-se a pequena melancia, com casca tão brilhante que parece que acabou de ser encerada. Constitui também deliciosa bebida que sabe ao suco de abacaxi, mas sem a acidez do abacaxi. Nossa grande surpresa, contudo, surgiu quando verificamos que tal bebida estava cheia de sementes e nos mandaram engoli-las, assegurando-nos de que era a melhor parte. Mastigar tais sementes (cerca do tamanho das da melancia) dava à bebida um sabor completamente diferente, fazendo-nos lembrar certas uvas produzidas no hemisfério setentrional.
Em contraste com a naranjilla e a badea, a aparência exterior da chirimoya certamente não é atractiva. Tem cerca do tamanho e a forma duma bola de softball, dum verde embotado, e tem pele escamosa como a dum réptil. Assim, pode imaginar a surpresa que tivemos quando enfiamos pela primeira vez os dentes numa chirimoya e verificamos que tinha o sabor como de pêras maduras misturadas com creme e açúcar, apenas que eram mais macias! Muitos gostam de comer esta fruta fresca, mas outros preferem transformá-la em sorvete. De qualquer jeito, é preciso admitir que não se pode julgar a chirimoya despretensiosa por sua casca, assim como não se pode julgar um livro pela sua capa
Certo dia, quando passávamos pelo carrinho dum vendedor, um amigo nosso parou e comprou o que se chama de guabas. São compridas, verdes e achatadas, e são tão curvas como a bainha dum sabre. Tomando a guaba em sua mão, nosso amigo deu com ela contra a parede do prédio a fim de romper sua casca dura. E, eis que lá dentro havia uns doze ou vinte glóbulos de algodão branco como a neve, cada glóbulo contendo uma grande e brilhante semente preta. O agradável sabor doce da guaba é bastante convincente: esta deve ser a original bala de algodão dos trópicos!
Provavelmente, o tratamento mais popular para pequenos males do fígado aqui no Equador seja uma bebida feita da fruta chamada tamarindo. E, caso procure o tamarindo no mercado, procure o que se parece a grandes feijões em vagens marrons com de 15 a 20 centímetros. Daí, lá dentro, ao invés de feijões, conforme esperava, a vagem está cheia duma substância pegajosa que se parece muito com a polpa das ameixas, e, naturalmente, há caroços. A bebida feita desta fruta é bastante agradável, um tanto parecida com a cidra de maçã. Mas, lembre-se, é um laxativo brando. No entanto, se for isso que desejar, concordará que certamente é um remédio de óptimo sabor!

A Mais Popular de Todas

O mamão, que também é encontrado nos subtrópicos, é provavelmente a fruta mais comum da mesa equatoriana. Embora alguns, por engano, talvez pensem que é um melão, não cresce em trepadeiras. Antes, cresce em grupos, no alto de árvores semelhantes às palmeiras. Os mamões variam de tamanho, os grandes chegando a pesar quase sete quilos ou mais.
Do lado de fora, a fruta tem cor verde-escura que gradualmente se transforma em amarela, em certas manchas, ao amadurecer. Lá dentro, a polpa é dum amarelo forte, ou às vezes, de cor laranja brilhante ou avermelhada. Diferente de muitas outras frutas, o mamão tem fruto oco, em que uma porção de sementes pretas estão presas à polpa, mas são facilmente retiradas. A polpa é doce e suculenta e mui deliciosa, a menos que aconteça pegar um ruim, com gosto forte e um tanto desagradável. Usualmente os menores tendem a ter sabor bem forte; os maiores têm melhor sabor.
As pessoas neste país comem bastante mamão, não apenas pelo simples prazer de comer a fruta, mas também por questões de saúde. Nos trópicos, o corpo da pessoa precisa de bastante líquido necessário duma forma mui pura e deleitosa. Daí, também, é excelente ajuda para o sistema digestivo. Pode-se facilmente provar isto pela simples ingestão de uma fatia ou duas de mamão depois de uma refeição pesada, e assim evitar os; desconfortos comuns sentidos depois da ingestão de muito alimento rico. Há razoável explicação médica para isto, também. As autoridades em nutrição verificaram que o mamão e rico numa enzima chamada “papaína”, que ajuda na digestão das proteínas.
Neste respeito, uma amiga nossa descreveu como ela faz bom uso desta propriedade do mamão de outra forma. Ela mergulha a carne no suco de mamão por algumas horas, preferivelmente a noite toda, e verifica que é excelente amaciador da carne. Isto também se deve à enzima presente nesta fruta tropical.
Bem, não somos mais recém-chegados a este lindo país tropical, que possui uma variedade de aves, de flores e de frutas. O que parecia no início serem frutas um tanto esquisitas e incomuns são agora grandes conhecidos nossos — velhos amigos cuja companhia apreciamos em sentido muito especial. Se quiser familiarizar-se mais com elas, por que não vem visitar-nos?

in Despertai de 22/7/1973 pp. 13-15

terça-feira, 15 de abril de 2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

A música conVIDA... a ter objectivos

Uma vida sem objectivos? Há quem pense que o nosso objectivo é morrer um dia. Objectivo pouco audaz, confesso. E depois há quem pense que o objectivo da sua vida é quebrar todas as regras, liberdades e vontades. E também chatear os outros.
Sejam quais forem, acredito que uma vida sem objectivos não faz sentido. Há quem não queira perceber quais os seus objectivos, há quem não queira saber.
Mas a nossa vida tem sentido, tem objectivo. De outra forma, que sentido faria continuar a respirar?

We get some rules to follow
That and this
These and those
No one knows

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.