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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Atracções do mundo submarino


ARMADOS com equipamento de “scuba” ou simplesmente com máscara e nadadeiras, os homens exploram agora as maravilhas do mundo submarino. Que outros vão à lua e planejem explorações adicionais do espaço; os entusiastas do mundo submarino sentem-se felizes de explorar algumas destas regiões pouco conhecidas de nosso planeta. A vida e as atividades sob o mar oferecem seu fascínio particular. O mundo silencioso oferece refrescante contraste ao tumulto e correria da vida na superfície.
A aventura submarina não precisa necessariamente envolver a matança desenfreada dos habitantes do mar. Há nela finalidades boas e práticas, também. Os oceanógrafos que estão cônscios do grande potencial da lavoura submarina sugerem isso como solução parcial para o problema alimentar do mundo. Os estudantes de botânica e biologia estão vividamente interessados na flora e fauna marítimas. Muitos outros sentem-se atraídos pela beleza e colorido e pelas miríades de formas de arte que afundam nos mares.
O local preferível para tal aventura sob as ondas se acha nos mares tropicais, onde a temperatura da água não é tão fria, permitindo demoradas visitas submarinas. As águas claras e límpidas dos mares de corais convidam os aventureiros aos melhores lugares.


O Banco de Coral


Por que os mares de corais deveriam constituir atração especial? Porque os corais pululam em águas suficientemente agitadas de forma a permitir a substituição segura da água e da reserva conseqüentemente fresca de plancton microscópico, e em torno do crescimento de corais se pode encontrar a maior variedade de vida submarina. As menores criaturas procuram o banco de coral protetor com sua multidão de cavidades e fendas, ao passo que as maiores cruzam constantemente a vizinhança na expectativa de interceptar alguma criaturinha descuidada que se tenha afastado demais.
O que é este banco de coral! Talvez se pareça bem à rocha perfurada. No entanto, sua formação não é de jeito nenhum semelhante à da rocha. A formação de coral, com efeito, é o resultado dos esforços arquitetônicos de muitas gerações de diminutas criaturas marítimas — criaturas que estão aparentadas à familiar medusa e à anêmona do mar. Tais criaturas, chamadas pólipos, são como a geleia, maleáveis’ tendo forma cilíndrica. Um extremo se fixa na colônia de coral, os lares abandonados de uma prévia geração. O outro extremo é a boca da criatura, que se abre à noite numa coroa de pequenos tentáculos que se estendem e se alimentam do plancton que se ergue nas águas superficiais. Cada pólipo cria uma cobertura protetora ao redor de si, uma espécie de apartamento individual formado de carbonato de cálcio segregado pela sua própria pele externa. Durante o dia, tais pólipos se retiram para dentro de seus refúgios.
Havendo infinitos números destes diminutos arquitetos que trabalham lado a lado, construindo em direção ao sol, ano após ano, século após século, o recife assumiu seu atual aspecto. As plantas marinhas se arraigaram, ás plantas marinhas se alojaram ali, as esponjas e algas — todas compartilharam em algum grau para a cimentarão da estrutura. O resultado — o recife coralíneo, que com freqüência foi chamado de “bloco de apartamentos submarino”.
Em geral, o recife ocorre em águas rasas costeiras em que a luz e o calor do sol penetram bem profundamente. Uma razão disso parece ser que, dentro do corpo de cada pólipo há plantas microscópicas que fazem vital contribuição para seu processo digestivo e, como a maioria das plantas, dependem da fotossíntese. Sem a luz solar estas plantas morrem, e, por conseguinte, também morre o pólipo.
Embora a arquitetura do recife seja forte e duradoura, há forças de desintegração, também, não sendo a menor destas as poderosas tempestades que não raro soltam pedaços de rochas coralíneas que pesam diversas toneladas e os lançam como madeira de fósforo em cima do recife.


Variedades de Corais


Há outros corais, também, que não se juntam ao recife em si, embora sua presença aumente sua massa. Há o coral madrepérola, cujo crescimento se assemelha a ramos maciços de árvores, alguns deles tendo quatro metros e meio a seis metros de comprimento e sessenta centímetros de grossura na base. O coral maeandra assume a forma de grandes pedras com marcas bem similares às circunvoluções do cérebro. Estes crescem em marismas próximas ao recife.
Há o coral picante, que é o terror dos mergulhadores, pois pode infligir dolorosa ferida nas criaturas que se aventurem a chegar perto demais. Outro tipo de coral se parece muitíssimo com a forma da alface. Os corais moles, diferentes dos corais rochosos, incluem o coral estrela vividamente colorido, outros que são apenas uma massa flácida, com dedos macios e esponjosos que se abrem, e ainda outros que se parecem a grandes pratos, alguns com um metro e oitenta a dois e quarenta de diâmetro, tendo os pólipos distribuídos em círculos concêntricos.


Senhores do Recife


Embora os pólipos corais sejam arquitetos e mestres construtores, deve-se admitir que os peixes são verdadeiramente senhores do recife. Aqui se alimentam, passeiam e encontram refúgio das criaturas rapaces maiores do mar. A população dos recifes se apresenta em fantástica variedade de formas, tamanhos, cores e sinais esquisitos. Vistas contra o fundo dos muitos tons dos corais, fazem a pessoa lembrar-se das coloridas aves tropicais e borboletas que adejam num jardim florido. Há vermelhos, verdes, amarelos, azuis e toda tonalidade sutil intermediária. A atividade se compõe de rápidos inícios e curtas paradas no meio do coral irregular. A ligeireza e mobilidade são vitais. Por esta razão, a maioria dos habitantes do recife são de dimensões modestas.
Perto do recife, no chão arenoso, a pequena perca de cabeça amarela pode ser vista escavando seu abrigo com suas mandíbulas. Apenas a uns poucos centímetros de profundidade, seu buraco prove um refúgio em que entra de ré, com a cauda primeiro, sempre que ameaça o perigo. Tais tocas são usualmente revestidas de pedrinhas cuidadosamente selecionadas. Cardumes de peixes-anjos e cangulos, alguns deles belamente marcados, deslizarão ao lado. Na própria superfície do recife, o bodião, com bico de ave, estará quebrando pedaços de coral e alimentando-se dos saborosos pólipos dentro dele.
Bem dentro dos esconderijos e recessos do recife ou escondendo-se entre pilhas de antigas pedras de lastro de navios afundados vivem os mais formidáveis, talvez, de todos os habitantes dos recifes — a moréia verde de um metro e oitenta e sua prima, a moréia pintada de pouco mais de noventa centímetros. Trata-se de criaturas poderosas de presas afiadas que poderiam arrancar os dedos ou artelhos dum homem se não tivesse cuidado onde os punha. Além do recife, em águas mais profundas, espreitam os grandes saqueadores, sempre vigilantes, aguardando a oportunidade de uma boa refeição — o cação-martelo, o cação de pontas brancas, o cação amarelo e a grande barracuda de um metro e oitenta
A barracuda, feita para ser veloz e ter poder de ataque, é uma comilona muito seletiva. Alguns dos raros ataques aos humanos por parte de tais criaturas, segundo se crê, foram erros de sua parte. Em geral, só matam aquilo que irão comer, e parece não haver nem desperdício nem crueldade deliberada em sua matança.
Ao passo que estes peixes de maior porte que ficam pouco além do recife apresentam alguns problemas para os visitantes humanos do mundo submarino, há outro perigo mais imediato a evitar. Tome, por exemplo, o comum ouriço do mar. Trata-se duma criatura que se atocaia, espinhosa, dotada de espinhos aguçados e quebradiços. Quando a pessoa roça nele, os espinhos penetram na carne e se quebram. São extremamente difíceis de remover e podem produzir rápida infecção.
Outro perigo é a medusa urticante. Como que para desarmar o visitante, padronizam-se nas cores azul-escuro, marrom e amarelo. Mas, muitas delas podem dar uma picada chocante. Uma das mais perigosas delas é a urtiga-do-mar. Flutua na superfície, balançando seus longos filamentos venenosos. Envolver-se com uma delas pode significar uma picada bem ruim, em alguns casos raros até mesmo provocando a morte.
Não é fora de propósito sublinharmos aqui um perigo para os pólipos, estes diminutos arquitetos do recife. A espinhosa estrela-do-mar ordinariamente busca e digere tantos pólipos quantos possa encontrar. No entanto, na área do Pacífico, parece que as estrelas-do-mar estão experimentando uma explosão demográfica, tanto assim que os pólipos estão sendo arrancados de um recife após outro, transformando-os em cemitérios revestidos de algas ou blocos de apartamentos sem vida e condenados.
O mundo submarino certamente tem sua variedade, seus perigos, e suas atrações, assim como o mundo na superfície.


in Despertai de 8/5/1971 pp. 13-15

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.