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segunda-feira, 18 de maio de 2009

O problema da hérnia


SABIA que as hérnias se situam entre os males mais comuns da humanidade? Isso é, pelo menos no que diz respeito aos homens, pois 75 a 80 por cento delas ocorrem em homens. Diz-se que até um de cada vinte, ou 5 por cento dos varões, em países tais como os Estados Unidos e o Canadá, têm esse problema. Na Grã-Bretanha, de 10 a 15 por cento de todas as pessoas hospitalizadas o são devido a hérnias e a proporção é ainda maior na Nigéria.
Ao passo que é comum referir-se a hérnias como rupturas, a classe médica prefere o termo hérnia como sendo mais correto. Hérnia significa literalmente uma profusão, que é o que toda hérnia é. Não envolve necessariamente uma ruptura ou rasgamento dos tecidos, mas, com mais freqüência se trata de simples distensão ou esticamento deles. Isto se dá em especial da espécie de hérnias mais comuns nas mulheres. Em outras palavras; toda ruptura é uma hérnia, mas nem toda hérnia é uma ruptura.
A literatura médica descreve as hérnias como remontando a milhares de anos. Nos tempos antigos, e, deveras, até tempos bem modernos, as hérnias eram tratadas de formas muito variadas, mágicas, médicas e cirúrgicas, algumas das quais eram bem dolorosas. Em vista da prevalência das hérnias, será de interesse notar as causas da hérnia, e o que, se houver algo, pode ser feito para impedi-las, e os vários modos de tratá-las.


Causas da Hérnia


Há várias causas de hérnias, assim como há vários tipos de hérnias. Há hérnias do cérebro, usualmente causadas por acidente ou tumores, e há as da íris ou dos olhos. Há também hérnias do pescoço, encontradas em instrumentalistas de sopro, os quais empenham muito os músculos do pescoço quando tocam seus instrumentos.
Daí, então, há o que se conhece como hérnias “incisionais”. São profusões onde foi feita antes uma operação para alguma outra causa diferente duma hérnia. (Uma hérnia onde antes foi feita uma operação de hérnia é chamada de hérnia recorrente.) Há alguns dentre a classe médica que sustentam que, se os cirurgiões fossem mais cuidadosos quando operam e costuram seus pacientes, não haveria praticamente nenhuma destas hérnias incisionais; ou, pelo menos, muito poucas delas, falando-se comparativamente.
Daí, então, uma hérnia poderia resultar facilmente dum acidente. Se alguém caísse sentado, isso bem que poderia resultar numa hérnia. A forma mais comum de hérnia, a da virilha nos homens, usualmente resulta dum esforço, como quando a pessoa se esforça de evacuar ou de tentar levantar algum objeto pesado de maneira imprudente. É chamada de hérnia “inguinal”.
No entanto, no conjunto, a classe médica e outras semelhantes concordam que estas não são senão causas contribuintes. A causa básica, segundo a maioria das autoridades, é uma fraqueza herdada ou congênita dos músculos abdominais ou outros. Isto parece transparecer do fato que as hérnias às vezes ocorrem em famílias. Assim, por exemplo, o pistonista que sofre de hérnia no pescoço sem dúvida a provocou por causa do esforço de soprar; mas, não se empenhou necessariamente mais do que outros pistonistas que não sofrem tal dano. Dá-se apenas que, na estrutura de sua garganta, alguns dos músculos não eram tão fortes quanto deveriam ser.


Prevenção


Mas, poderia esta fraqueza congênita ou herdada, exceto no caso de bebês e crianças, ser compensada de algum modo? Ou poderia dar-se, em alguns casos, ao invés de nascer com tal fraqueza, alguns a possam contrair por deixarem de envidar de sua saúde? Essa é a posição assumida por alguns que sustentam que hábitos salutares insensatos, tais como exercício insuficiente, entregar-se demais ao comer ou a outros prazeres físicos poderiam ser fatores contribuintes. Aqueles que sustentam que o devido cuidado do corpo bem que pode proteger a pessoa contra pelo menos algumas hérnias apontam a forma maravilhosa em que é feito o corpo. Assim, no abdômen há diversos conjuntos de músculos que se cruzam em ângulos diferentes — realmente foram feitos de tal modo que fornecem o máximo de vigor às paredes do abdômen. Estes são conhecidos como o músculo ‘transverso’, o ‘pequeno oblíquo’ e o ‘grande oblíquo’.
Quanto a fortalecer e aprimorar o tono dos músculos abdominais, há muitas coisas que se pode fazer para conseguir este resultado. Cultivar simplesmente o hábito do bom porte, de andar, ficar de pé e sentar-se de modo ereto serão grande ajuda. E visto que o peso em excesso, bem como a sobrecarga do canal alimentar, conduz a hérnias, a moderação nos alimentos e bebidas deve também ser praticada. É óbvio que uma ruptura ou hérnia pode ocorrer muito mais prontamente quando os músculos são gordos e flácidos.
Visto que as hérnias não são incomuns entre os atletas musculosos, torna-se evidente que não são simplesmente quaisquer exercícios que ajudam a compensar um defeito herdado que talvez resulte numa hérnia. Os exercícios feitos devem ser os que fortalecem os músculos do abdômen. Estes incluem subir escadas, corridas lentas, flexão das pernas, andar a cavalo e, em especial, andar de bicicleta. Todos eles tendem a fortalecer os músculos da abdômen, bem como contribuem para a saúde geral da pessoa.
Sim, o velho ditado, um grama de prevenção vale mais do que um quilo de cura talvez seja bem apropriado ao problema da hérnia. Mais cuidado da parte dos cirurgiões sem dúvida diminuiria consideravelmente o número de hérnias inficionais. E aprender a levantar objetos pesados de forma correta bem que pode evitar que ocorram muitas outras hérnias. Ao invés de simplesmente curvar-se e por todo o esforço nos lombos quando se tenta levantar um objeto pesado, deve-se também flexionar os joelhos de modo a empregar os músculos das pernas. E há também o fator dos exercícios que fortalecem os músculos, não só dos braços e das pernas, mas também do abdômen.


O Que Se Pode Fazer Quanto a Hérnia


Como no caso do tratamento de outras enfermidades físicas das quais o homem se tornou herdeiro, há amplas diferenças de opinião quanto ao que é a melhor coisa a fazer. Não são poucos os que recorrem a uma funda. O uso de fundas remonta a uns cinco séculos ou mais. Algumas autoridades recomendam-nas como medida temporária e para se tratar bebês e crianças bem jovens, entre os quais há boa possibilidade de que a hérnia se cure por si. Fundas são também recomendadas por alguns para pessoas muito idosas, embora mais em épocas passadas do que agora. Alguns homens preferem fundas por causa do medo duma operação ou o gasto da mesma, mas elas deixam muito a desejar visto serem incômodas de se usar (em especial no tempo quente), raramente remediam as coisas e, às vezes, até as tornam piores.
Alguns médicos tratam hérnias por injetarem certas substâncias químicas que causam uma fibrosa. Isso é, provocam a abundante produção de tecido fibroso que supostamente deve fechar a abertura da hérnia e, assim, curá-la. Alguns dizem que isso tem vantagens em certos casos.
A maioria dos médicos recomendam a cirurgia. Mas, os registros não têm sido inteiramente elogiosos para a classe Cirúrgica como um todo. Assim, o Dr. A. A Koontz, autoridade sobre o assunto, dos Estados Unidos, em seu livro Hérnia, fala dos índices de recorrência. Segundo ele, variam de 10 a 30 por cento e mais, dependendo do tipo de operação. Aparentemente, nem todos que operam hérnias são tão peritos quanto deveriam ser. Declara que, ao passo que a situação melhora, a taxa de recorrência ainda é demasiado alta e indica sua própria taxa de recorrência, inferior a meio por cento. Aconselha os cirurgiões que operam hérnias: “Façam com que a operação se ajuste ao paciente. Não tentem fazer com que o paciente se ajuste à operação.”
Também, o Dr. S. H. Wass, escrevendo em Guy’s Hospital Reports, No. 3, diz: “Nossos resultados deixam muito a desejar. Max Page, cirurgião do Hospital de S. Tomé clamou contra a complacência e chamou a atenção para os maus resultados da cirurgia de rotina da hérnia. Apesar das inúmeras modificações das técnicas de tratamento de hérnia nos últimos trinta anos, as recorrências ainda são comuns demais.”
A cirurgia para curar hérnias remonta ao antigo Oriente. Um dos que, nos tempos mais recentes, conseguiu melhores resultados do que os demais foi A. Pare, do século dezesseis, citado como dizendo: “Eu os corto e Deus os cura.” Os métodos hodiernos em conjunto se baseiam nos aperfeiçoados por um cirurgião italiano, E. Bassini, e por W. Halsted, cirurgião estadunidense, ambos por volta de 1890.
Um dos inovadores mais recentes foi o falecido E. E. Shouldige, de Toronto, Canadá, que desenvolveu seu sistema durante a Primeira Guerra Mundial, sendo que sua clínica continua a especializar-se apenas em operações de hérnia. Desenvolveu um método de superposição e reforço, usando fios de aço em adultos e tripa em bebês e crianças. Reduziu sua taxa de recorrência a menos de um por cento e se sentiu tão confiante em seu método que se ofereceu para corrigir quaisquer recorrências gratuitamente, como o faz ainda hoje sua clínica.
Certo cirurgião, escrevendo em West African Medical Journal, mencionou ter feito com êxito centenas de operações de hérnia apenas com anestesia local, assim como faz a clínica mencionada acima. Sem dúvida, por causa disto, os pacientes nesta clínica conseguem fazer exercícios logo no primeiro dia depois da operação e voltar para casa depois do terceiro dia. Sem dúvida, o que ajuda a contribuir para o êxito deste método são os fatos que os pacientes gordos demais são obrigados a emagrecer antes de serem aceitos, e se pede aos fumantes que reduzam seu hábito de fumar duas semanas antes da operação.


O Exercício Recomendado por Alguns


Há alguns que recomendam muito o valor de certos exercícios para remediar as hérnias redutíveis naqueles que não passaram ainda dos seus anos de vigor. Hérnias redutíveis são as que desaparecem quando a pessoa está deitada ou com leve pressão. Se não desaparecer sob tais condições, são chamadas de irredutíveis ou encarceradas, uma condição mais grave.
Aqueles rapazes saudáveis cujas hérnias não lhes incomodam muito nem são tão graves bem que poderiam tentar os exercícios como solução para seu problema. Naturalmente, todos os exercícios previamente recomendados como fortalecedores para os músculos do abdômen seriam úteis para se reduzir uma hérnia. Mas, adicionalmente, há um conjunto especial de exercícios que são indispensáveis para se reduzir uma hérnia, a saber, os que fortalecem os músculos da virilha.
Grande ajuda para tais exercícios é uma tábua inclinada. Trata-se duma tábua de um metro e oitenta de comprimento, com cerca de 45 centímetros de largura, sendo que uma ponta da mesma repousa no chão ao passo que a outra ponta é erguida cerca de trinta centímetros do solo. Esta ponta mais elevada possui uns cordéis em volta dela, sob os quais a pessoa pode colocar os pés. Com as mãos unidas sob a cabeça, esforça-se de erguer-se a uma posição sentada. Daí, quando sentado, tenta virar o corpo o máximo que puder para a direita e então o máximo que puder para a esquerda, ao passo que mantém as mãos unidas atrás da cabeça.
Um exercício similar é virar-se uma vez para a direita, ao se erguer de modo ereto sobre a tábua inclinada, e, então, da próxima vez, para a esquerda. Tais exercícios de torção ajudam a fortalecer os músculos da virilha. Outro exercício é deitar-se reto de costas no chão e então, com os pés erguidos, tentar imitar os movimentos usados quando se nada. Outro é sentar-se numa cadeira e colocar a mão direita sobre o joelho esquerdo e a mão esquerda sobre o joelho direito, e opor-se, ou tentar afastar os joelhos ao passo que se resiste a tal afastamento com as pernas da pessoa tanto quanto possível. Naturalmente, todos estes exercícios exigem determinação, mas os que os usam testificam seu valor.
Visto que as hérnias já foram chamadas de um dos males mais comuns da humanidade, pareceria que se poderia fazer mais para impedir tanto sua ocorrência como sua recorrência. Também os fatos parecem indicar que a pessoa deve exercer cuidado ao escolher um cirurgião, se uma operação parecer necessária. Cada um que se vê confrontado com este problema, por conseguinte, fará bem em considerar os prós e contras antes de fazer uma decisão quanto ao que fará a respeito disso.


in Despertai de 22/1/1971 pp. 9-12

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.