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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

As bactérias — algumas prejudiciais, muitas úteis




MUITOS são os médicos que observaram que os regulamentos de higiene encontrados na lei de Moisés pressupõem o conhecimento dos efeitos prejudiciais das bactérias. Mas, não foi senão em 1676 que a prova de sua existência foi estabelecida pelo naturalista holandês Leeuwenhoek. Com o uso dum microscópio primitivo, foi o primeiro a ver estes diminutos “animalículos”, como os chamou. Até os dias dele os homens só podiam especular sobre a existência de tais organismos microscópicos.
Que as bactérias não se tornaram visíveis até a invenção do microscópio pode ser avaliado quando notamos que as bactérias são tão pequeninas que precisam ser ampliadas mil vezes para que se possa vê-las com clareza. Com efeito, são tão pequeninas que num punhado de terra que possa segurar entre o polegar e o indicador, talvez haja até 200.000.000 delas!
As bactérias se encontram em toda a parte, no ar, no solo e na água. Isto, sem dúvida, é uma das razões por que se demorou tanto para provar a lei da biogénese, a saber, que toda a vida procede de vida anterior. Antes das experiências de Pasteur sobre esse assunto, pensava-se que as bactérias tinham geração espontânea.
Na realidade, as bactérias são consideradas plantas. Crescem e dividem-se a várias taxas. À taxa de divisão a cada hora, uma bactéria poderia tornar-se 16.000.000 em questão de vinte e quatro horas! Felizmente as condições amiúde limitam seu crescimento. A maioria delas consegue sobreviver em temperaturas que beiram à da fervura ou do congelamento, mas precisam de temperaturas mais moderadas para continuar crescendo e dividindo-se. É por isso que o alimento conservado num refrigerador dura mais tempo, e se mantém indefinidamente se conservado num congelador.

Diferentes Classificações

As bactérias podem ser divididas em categorias segundo a forma em que são afectadas pelo ar: as aeróbias dependem do ar, as anaeróbias da falta de ar ou oxigénio. De modo geral, as bactérias preferem a escuridão à luz.
As bactérias também são classificadas segundo suas formas básicas. Há a espécie esférica conhecida como “cocos”, que crescem em pares, grupos ou cadeias. Daí, há as bactérias em forma de bastonetes, e portanto chamadas “bacilos”, um exemplo dos quais é o bacilo do tifo. Ainda outra espécie são os “espirilos”, as bactérias de forma espiral, das quais o germe da cólera asiática é um exemplo. E há uma subdivisão destas últimas, conhecida como “espiroquetas”. O germe que espalha a sífilis é um destes.
Menores do que as bactérias são as rickettsias, assim chamadas em honra a seu descobridor, H. T. Ricketts. E muito menores do que até mesmo as rickettsias são os vírus, seu nome provindo de uma raiz que significa “veneno”.

Potencial Para Dano

Desde o tempo de Pasteur, há um debate aceso sobre quanto dano as bactérias podem causar se o corpo for deveras são, se goza de saúde ideal. Ao passo que Pasteur continuou a culpar as bactérias, relata-se que, em seu leito de morte, ele afirmou: “Bernard [um dos seus principais oponentes] estava certo. O micróbio não é nada, o terreno [ambiente, ‘hospedeiro’, o corpo] é tudo.”
Ainda permanece o fato de que as possibilidades de se usar as bactérias na guerra são tão terríveis que mais de setenta nações recentemente renunciaram a seu uso e se comprometeram “‘a destruir ou mudar para propósitos pacíficos logo que possível, mas não em menos de nove meses’ . . . todos os agentes biológicos”. Sim, as armas bacteriológicas são consideradas por alguns como sendo ainda mais perigosas do que as armas nucleares. — Times de Nova Iorque, de 11 de Abril de 1972.
E de vez em quando lê-se na imprensa sobre pessoas que morrem por terem comido alimentos enlatados estragados por bactérias, tais como a botulina e a salmonela. Tal alimento estragado é tão tóxico ou venenoso que não se deve nem provar para ver se está estragado. Usualmente ele se revela por fazer com que a lata se inche, se não também pelo cheiro e pela cor do alimento.
No entanto, a maioria das bactérias são úteis. Com efeito, certo cientista estadunidense fez uma contagem e verificou que, entre milhares de milhões de bactérias, há uma proporção de 30.000 bactérias úteis ou inofensivas para cada uma prejudicial.

A Espécie Útil — no Solo

Entre as grandes formas em que as bactérias beneficiam o homem se acha a sua actividade no solo. Tem-se dito que se não fossem as bactérias, toda a vida na terra em breve pararia. Como assim?
Bem, mais cedo ou mais tarde, todas as coisas vivas na terra morrem — pelo menos tem sido assim até agora. Sem as bactérias para transformar os corpos mortos dos insectos, dos animais e da espécie humana, bem como as plantas mortas, os restos mortos em breve entulhariam a terra de modo a tornar impossível a vida, quer para as plantas quer para os animais.
Certas bactérias também enriquecem o solo por retirarem o nitrogénio do ar e transformá-lo em compostos nitrogenados que as plantas podem usar — as plantas não podendo utilizar o nitrogénio directamente do ar. Estas bactérias valiosas se encontram em pequenos crescimentos, ou nódulos, nas raízes dos legumes, uma grande família de plantas que incluem o trevo, a alfafa e as ervilhas.
Daí, então, há o ferro, indispensável ao homem, ao animal e à vida vegetal. Certas bactérias no solo conseguem pegar este ferro e torná-lo disponível às plantas. As bactérias também desempenham papel vital na utilização do fósforo, outro elemento indispensável a todas as coisas vivas. As bactérias tornam este elemento não-metálico disponível às plantas.
Já se observou muito bem que as bactérias são “responsáveis pela fertilidade de nossos campos”.

As Bactérias Ajudam a Processar Resíduos

As bactérias também desempenham papel vital em tornar inofensivos os resíduos dos esgotos das cidades. No chamado tratamento secundário ou filtração dos esgotos, este é aspergido num leito que consiste em pedras britadas ou pedregulhos. Isto fornece superfícies em que uma película de bactérias oxidantes podem viver e operar sobre os esgotos. No caso de lagoas que talvez fiquem congeladas por mais de seis meses do ano, as bactérias anaeróbias, que não precisam de oxigénio, efectuam tal trabalho.
Os restos pesados dos esgotos são conhecidos como vasa. As bactérias também servem para converter esta vasa pesada numa forma relativamente estável que não tem cheiro e pode ser usada como fertilizante. Em ainda outro método, a vasa biologicamente activa, isto é, vasa que contém muitas bactérias, junto com oxigénio, é adicionada aos esgotos para torná-los inofensivos.

As Bactérias do Corpo

As bactérias abundam no corpo, na boca, e, em especial, nos intestinos. Com efeito, diz-se que, no âmbito total, as bactérias nos intestinos, excedem às dos alimentos e dos resíduos na proporção de dois a um. Ao passo que talvez haja muitas bactérias prejudiciais nos intestinos, enquanto forem sobrepujadas em número pelas bactérias úteis, o corpo permanece são.
Em especial o lactobacilo, ou bactéria acidófila, serve bem ao corpo. É usada actualmente para remediar pequenos males intestinais. Também, há dois tipos de antibióticos obtidos de bactérias que cumprem valiosos propósitos médicos.
Importante, também, é o papel que as bactérias desempenham na digestão da celulose no rúmem ou primeiro estômago da vaca. Os homens não conseguem digerir a celulose, mas as bactérias no rúmem da vaca desintegram a palha e a grama que a vaca come e produzem ácidos gordurosos dessa celulose, bem como proteínas e praticamente todas as vitaminas.

O Papel das Bactérias na Fermentação

Há ainda outra forma em que as bactérias são úteis ao homem e essa é no processo de fermentação. Gosta de iogurte, ou de leite azedo ou de coalhada? Precisa agradecer às bactérias. Ou gosta de queijos ricos, saborosos, tais como o limburger, o azul ou o roquefort? Então saiba que as bactérias não só são responsáveis por estes aromáticos petiscos, mas que, quando os ingere, está devorando bactérias aos milhões!
Ou gosta de chucrute com seus ‘cachorros quentes’ ou cozido junto com mocotó de porco ou de outras formas deliciosas? Bem, novamente nesse caso são as bactérias, além, naturalmente, de um pouco de sal, que são responsáveis por esta transformação do repolho picado em chucrute.
E quem não aprecia que um pouco de vinho é bom para a digestão, bem como para o coração e os nervos? Bem, ao passo que a fermentação do vinho se deve primariamente aos fermentos, as bactérias também desempenham um papel na fabricação de vinho.

Cada Vez Mais Usos

Os pesquisadores agora experimentam treinar as bactérias a digerir o petróleo, para limpar as manchas de petróleo. As bactérias também são usadas para produzir proteínas sintéticas do petróleo. Fala-se, também, de desenvolver uma célula biológica que forneça luz e energia baratas, as bactérias alimentando-se dos esgotos.
Parece deveras bem provável que, com o passar do tempo, as bactérias se provarão cada vez menos prejudiciais e cada vez mais úteis.

in Despertai de 8/8/1973 pp. 9-11

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.