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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Reabastecimento natural...


domingo, 29 de abril de 2012

Palavra da semana ( 22 )


clinomania

(grego klino, inclinar, fazer inclinar + -mania)
s. f.
[Patologia]  Tendência exagerada para permanecer na cama, para estar deitado.

sábado, 28 de abril de 2012

O saber não ocupa lugar ( 344 )




O recorde de velocidade no espaço por uma nave tripulada, de 39 897 km/h, foi estabelecido durante o retorno à Terra pela missão Apollo 10.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Serve-lhe uma casa móvel?





PROCURA uma casa? Chegou à conclusão de que a pessoa mediana simplesmente não pode ter uma?
Nos últimos anos, centenas de milhares de famílias satisfizeram sua necessidade de moradia por comprarem uma casa móvel.
Hoje, há cerca de três milhões de casas móveis nos Estados Unidos. Cerca de sete milhões de estadunidenses moram nelas, e o número aumenta rápido.

Indústria Florescente

As casas móveis representam um dos negócios mais em expansão nos EUA. Nos últimos anos, cerca da metade de todas as casas para uma só família vendidas eram casas móveis. E, na faixa dos preços mais baixos, praticamente são as únicas casas produzidas nos EUA. Disse o director-gerente da Associação dos Fabricantes de Casas Móveis, John M. Martin: “As casas móveis constituem 96 por cento das novas casas para uma só família vendidas nos EUA.”
Comentando a necessidade satisfeita pelas casa móveis, Robinson Newcomb, consultor económico sobre construções, de Washington, afirmou: “As casas móveis salvaram o dia para nós. Se não fossem as casas móveis, nossos problemas de habitação seriam bem piores do que já são.”

Alcançando Respeitabilidade

No passado, as casas móveis eram grosseiras e apertadas; eram usadas comumente por imigrantes, ou serviam de alojamentos de emergência. As comunidades amiúde as tinham por monstruosidades, um risco. Embora algumas comunidades ainda as considerem assim, passos foram dados para remover-se tal imagem.
As melhores são notáveis. Há pouca semelhança, por exemplo, entre as casas móveis modernas e os milhares de casas de dois e meio por seis metros, produzidas para uso de emergência durante a Segunda Guerra Mundial. Além de serem mais atraentes, os modelos hodiernos possuem comumente várias dependências e mais de quatro vezes mais espaço útil do que as primitivas! Desde fins da década de 1950, a casa móvel mediana quase que dobrou de tamanho; em 1957, o comprimento mais popular era de dez metros, em comparação com os mais de dezoito metros actualmente.
Também, o que melhorou a imagem da vida numa casa móvel foi o aparecimento de modernos parques de casas móveis; cerca de 1.500 deles são abertos nos EUA a cada ano. Um típico parque possui de 150 a 300 lugares. Muitos têm vista bonita, mas pavimentadas e calçadas, estacionamento fora da rua e áreas recreativas. Alguns dispõem de apenas sete ou oito locais para casas em cada cerca de meio hectare, em comparação com os quinze a dezoito comuns em parques mais antigos.
Estes parques aprimorados e casas mais amplas e melhores têm movido cada vez mais pessoas a investigar para ver se uma casa assim lhes serve.

Modernas Casas Móveis

Os fabricantes sublinham que aquilo a que se referem como casas móveis não são simples trailers de viagem, embora possa haver uma certa mistura. Falando-se em geral, um trailer de viagem é uma moradia temporária limitada em largura a uns 2,40 metros e com não mais de uns dez metros. É rebocado por um carro e pode operar independentemente das ligações de serviços públicos.
O que se chama de casa móvel, por outro lado, ao passo que é construída para ser rebocada em seu próprio chassis, não se destina a ser mudada com regularidade. Destina-se a ser ligada aos serviços públicos, e a situar-se em um lugar para que nele se more o ano todo, todavia, pode ser transportada para outro local, se desejado.
Não obstante, a diferença mais evidente é que a casa móvel é muito maior. As novas têm usualmente de quinze a mais de vinte metros de comprimento. E cerca de 90 por cento das construídas hoje têm 3,60 metros de largura, embora as com 4,20 metros de largura estejam ficando populares, à medida que mais estados permitem essa carga larga pelas estradas. As grandes casas móveis precisam ser puxadas por um caminhão e precisam ter licenças especiais de usar as rodovias.

Economicamente Atraentes

Talvez a razão principal pela qual as pessoas consideram a compra de uma casa móvel seja que as casas convencionais são tão caras. A casa móvel mediana, por outro lado, custa cerca de um quinto duma casa convencional.
Há ainda a questão de onde colocar a casa móvel. Cerca de metade delas ficam em parques de lares móveis; há cerca de 22.000 destes nos EUA. A despesa total duma casa móvel, além do custo do aquecimento e dos serviços públicos, é muito inferior ao duma casa convencional. Também, a manutenção é muito mais barata. E os impostos são mais baixos, visto que as casas móveis são licenciadas e taxadas como veículos, antes que como imóveis.
‘Mas, o que dizer do custo da mobília e dos acessórios?’ — talvez pergunte. Acham-se incluídos no preço original. As casas móveis são costumeiramente vendidas já mobiladas, inclusive com refrigerador, fogão, aquecimento, cortinas e mobília. Quase tudo que é necessário para começar a viver ali são a roupa de cama, toalhas e artigos de mesa.
Assim, pode ver por que muitos consideram atraente de forma económica viver numa casa móvel.
É natural não se esperar que uma casa móvel dure tanto quanto uma casa convencional. Também, a casa móvel tem valor depreciável, assim como um carro, perdendo cerca de 20 por cento de valor para revenda depois do primeiro ano; ao passo que uma casa não raro aumenta de valor ao se passarem os anos.

Menos Manutenção

Uma característica que muitos acham atraente é a pequena manutenção exigida pela casa móvel. Isto é em geral verdadeiro tanto quanto ao interior da casa como quanto ao exterior.
As casas móveis amiúde têm exterior de alumínio. Pode ser lavado com uma mangueira de água como o carro da família. Ocasionalmente, alguma calefacção ou aperto dos parafusos talvez seja necessário. E a aplicação de revestimento asfáltico para o tecto a cada dois a cinco anos é boa ideia para impedir goteiras no tecto. Mas, esta é quase que a única manutenção exigida pelo exterior da casa móvel.
Num parque de casas móveis, o quintal em torno de cada casa é geralmente pequeno. Isto, por certo, pode ser considerado quer como vantagem quer como desvantagem, dependendo da preferência pessoal.
Visto que a casa móvel é menor e mais compacta do que a casa convencional, pode-se, usualmente, terminar o trabalho doméstico em menos tempo e sem ficar cansada. Entrementes, visto que se transita e se faz outra actividade numa área menor, usualmente é necessário a limpeza mais frequente. É preciso passar o aspirador de pó ou lavar os carpetes com mais frequência. E as paredes revestidas de madeira, que a maioria das casas móveis possuem, em geral exigem lavagem mais amiúde. Talvez, porém, mais do que qualquer outra coisa, os hábitos pessoais influam na quantidade de manutenção exigida.
Morar numa casa móvel não é como morar numa casa grande em que um quarto de brinquedos ou outras áreas possam ser escondidas da vista ou não se passe por elas. Cada quarto é geralmente usado, e usado com frequência. Assim, logo ficam em desordem e desorganizados se cada membro da família não puser os itens de volta em seu lugar. Pode imaginar o embaraço que isto pode causar quando surgem visitas inesperadas, ou a tensão que pode causar a vida sob tais condições. Assim, a menos que todo membro da família seja asseado, ou aprenda a sê-lo, a casa móvel talvez não lhe sirva.

O Que Dizer do Espaço?

As pessoas frequentemente perguntam aos donos de casas móveis: “É difícil viver numa quantidade limitada de espaço?”
Os casais sem filhos talvez não achem muito difícil. Com efeito, aqueles que gastaram a maior parte do dia fora de casa amiúde consideram uma bênção haver menos espaço. Ficam contentes de que não têm uma casa grande para cuidar.
Por outro lado, o espaço limitado pode ser verdadeira desvantagem. Considere, por exemplo, a mãe com dois filhinhos activos quando o tempo está chuvoso e não podem brincar do lado de fora. Nos limites da casa móvel, ela talvez esgote logo sua paciência. Até mesmo se houver outro quarto em que possam brincar, as paredes relativamente finas talvez não absorvam suficientemente o barulho para que ela possa ficar descontraída.
Mais espaço útil de estar, porém, pode ser obtido. Muitos constroem junto à sua casa móvel uma cabana, ou quarto extra. Um dos lados deste quarto é a parede exterior da casa móvel. Daí, há os chamados “desdobráveis”. Estas casas móveis são construídas de forma que possam ser ampliadas por se retirar uma parte da estrutura principal. Amiúde trata-se apenas de uma peça, tal como a sala de estar, que se expande a quase o dobro do tamanho original.
Um estilo de casa móvel que se tornou especialmente popular é chamado o de “largura dupla”. Duas partes de 3,60 por 18 metros, por exemplo, são rebocadas em separado até certo local e então aparafusadas. Este tipo de casa móvel fornece mais espaço interior do que se acha em algumas casas convencionais. Assim, o problema de espaço de estar pode ser resolvido — a certo preço.

Outros Factores

Gosta da ideia de poder facilmente apanhar suas coisas e mudar-se? Quem mora em casa móvel tem esta liberdade, até certo grau. Até mesmo as casas de “largura dupla” podem ser desaparafusadas e rebocadas para outro local. E, outra vantagem é que, quando a família se muda para uma nova comunidade, ao passo que talvez tudo o mais lhe seja estranho e diferente, sua casa é a mesma. Natural é que terá a despesa de alugar um caminhão para puxar uma grande casa móvel para seu novo lugar, algo que talvez não seja uma despesa nada pequena se a distância envolvida for considerável.
Durante graves tempestades as casas móveis talvez não sejam tão seguras como as casas convencionais. Não são tão pesadas e bem alicerçadas, de modo que, às vezes, são derrubadas enquanto as casas regulares permanecem de pé. Isto talvez seja um factor a considerar se morar numa área em que graves tempestades são frequentes.
Todavia, as casas construídas em fábricas se provaram casas de qualidade. Milhões de pessoas vivem em casas móveis, e as sondagens indicam que a maioria se sente bem feliz com suas acomodações.
No entanto, a fim de determinar se lhe serve uma casa móvel, fale com pessoas que moram numa. Pergunte-lhes o que pensam sobre ela, e do que não gostam. Visite os parques de casas móveis, e examine os serviços públicos oferecidos. Quer decida ou não que uma casa móvel lhe serve, pelo menos aprenderá mais sobre um modo de vida cada vez mais popular.

in Despertai de 22/9/1972 pp. 12-15

terça-feira, 24 de abril de 2012

Desacordo ortográfico

Conforme puderam reparar, existe agora no lado superior direito deste blog uma informação de que não adopto o (des)acordo ortográfico. Não concordo com as alterações efectuadas nesse desacordo, penso que não somos nós que nos devemos adaptar a outra forma de linguagem, pois a raiz do português está em Portugal. Nesse sentido irei ter mais cuidado na revisão do que for colocando no meu blog, de forma a não fugir ao que penso e sinto sobre este assunto. Agradeço a vossa compreensão e respeito, caso discordem. Obrigado!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

terça-feira, 17 de abril de 2012

Mulher procura homem que a engravidou em concerto





«Uma mulher colocou um anúncio na internet para tentar encontrar o homem que a engravidou num concerto. Até agora pouco se sabe da identidade de ambos, mas a história está a fazer furor nas redes sociais.

Esta apreciadora de heavy metal colocou o anúncio na secção de perdidos e achados do famoso site Craiglist, no qual se descreve a si, ao pai do bebé e ao encontro sexual que tiveram numa casa de banho durante o concerto dos Motorhead no Aragon Ballroom, em Chicago, EUA.

"Eu - cabelo azul, top prateado, botas de motoqueiro pretas até o joelho. Tu - cabelo pintado de vermelho e piercings na boca. (...) Esfreguei-me em ti na pista de dança. Acabámos por ir para a casa de banho e fizemos sexo. Foste tão bom que tiveste que me tapar a boca para eu não fazer tanto barulho.", diz a mulher no seu anúncio.

Para rematar, a bela da notícia: "Bem, estou grávida. É teu."»

in DN online

O bilhete para o concerto foi muito barato, tendo em conta o extra...


domingo, 15 de abril de 2012

Palavra da semana ( 21 )


sanefa
|é|
(árabe çanifâ, aba de veste)
s. f.
1. Tira larga, de tecido ou de madeira, que se dispõe transversalmente como ornato na parte superior de uma cortina.
2. [Construção]  Tábua assente de través, na qual se encabeçam e se seguram as que vão ao comprido.

sábado, 14 de abril de 2012

O saber não ocupa lugar ( 343 )




Em 2004, o britânico Neil Harbisson se tornou o primeiro ser humano reconhecido por um governo como sendo um ciborgue.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

A bolekaja — a jardineira da África Ocidental





HÁ MUITOS meios de transporte usados na Nigéria. No entanto, viajar a pé tem continuado, em muitas partes, a ser a forma mais fidedigna, e, às vezes, a mais rápida e mais confortável. Depois disso há a Bolekaja — nome ioruba de um meio de transporte muito popular, também conhecido na África Ocidental como jardineira.
A Bolekaja, ou jardineira, é um caminhão leve ou caminhão aberto que foi convertido para levar passageiros. Na capital nigeriana de Lagos, onde tenho vivido por vinte e cinco anos, ou ali por perto, muitos ainda a preferem, apesar de haver também muitos ônibus e táxis. Por quê? — talvez pergunte.

Razões da Popularidade

Bem, para apanhar o ônibus a pessoa tem de ir ao ponto de ônibus e, em alguns casos, isso significa andar longa distância. Mas, não precisa fazer isso se estiver preparado para viajar de bolekaja. Ela pára em qualquer lugar da estrada em que houver passageiros.
Também, a bolekaja não se apega a nenhum itinerário, e, assim, toma atalhos, que pode ser de real vantagem nas horas de maior movimento. Os operários não raro verificam ser um meio de transporte mais rápido para suas fábricas do que os ônibus, que também são de menor número. Assim, se a pessoa deseja chegar a tempo no seu destino, a resposta amiúde é: Tome a bolekaja.
Outra vantagem deste meio de transporte é que a pessoa pode, por certa taxa, levar com ela cargas pesadas. Não se permite fazer isso nos ônibus. Visto que a bolekaja opera entre os mercados, as mulheres africanas acham-nas convenientes pára transportar bens de ida e volta do mercado. O uso freqüente delas para este fim é a razão pela qual são também chamadas em inglês de “mammy wagons”.

Descrição e Operação

Embora não haja nada mui atraente ou luxuoso nela, a bolekaja sobreviveu como o meio mais popular de transporte, até mesmo numa cidade grande como Lagos.
Suas cadeiras são simples tábuas, como bancos. Há uma fila de cadeiras de cada lado, e também no meio, de modo que os passageiros no meio possam sentar-se encarando as pessoas dos lados. Embaixo das cadeiras há espaço para cargas.
O teto é feito de compensado, coberto com um encerado alcatroado. Os lados superiores são abertos na maior parte, fornecendo bastante ar. Na parte de trás há uma porta. Nos anos recentes um tipo melhorado de bolekaja foi construído, chamado Mauler.
Cada bolekaja tem motorista e trocador ou aprendiz, cujo dever é cuidar da retaguarda. O trocador tem uma corda que leva a um sino na parte da frente da bolekaja, de modo a informar ao motorista quando parar e quando seguir caminho. Também tem um curto bloco pesado de madeira para enfiar sob as rodas quando param para apanhar passageiros. Isto serve para impedir que o veículo recue, visto que, às vezes, não se pode confiar nos freios.
O trocador senta ou fica em pé nos degraus, dependendo de quão lotada esteja a bolekaja. É uma pessoa bem ocupada, pois, além de ser os olhos e os ouvidos do motorista para a traseira, também cuida dos passageiros e recebe as passagens. Não se trata duma tarefa fácil, visto que, às vezes, tem de brigar para receber o dinheiro das passagens de passageiros teimosos. E, destas freqüentes altercações provém o nome Bolekaja, significando simplesmente: “Vamos descer e brigar.”
Naturalmente, o nome bolekaja não está escrito no caminhão aberto apenas o apelido dado a ele por aqueles que têm experiência em viajar nele. E o fato é que todos os que já viveram em povoados ao longo da costa ocidental da África estão bem familiarizados com este meio de transporte. Bolekajas e maulers freqüentemente têm títulos ou lemas escritos dos lados, tais como “O homem põe, Deus dispõe”, “Não é telefone pro Céu”, “O temor de Deus”. “Sem dinheiro não há amigos”, “A simplicidade é um talento”, e assim por diante.
A lei permite que uma bolekaja leve cerca de trinta e nove passageiros, inclusive o motorista e o cobrador. Mas, enquanto houver passageiros, o cobrador os comprimirá até que alguns dificilmente consigam respirar. Qualquer número, de quarenta e cinco a cinqüenta pessoas, são freqüentemente comprimidas ali dentro. O limite de velocidade na cidade é de 56 km/h, mas não é incomum encontrar-se a Bolekaja a oitenta ou noventa e cinco por hora!
As bolekajas freqüentemente são descuidadas quanto à mecânica, não só tendo freios ruins, mas às vezes tendo pouco combustível para a viagem inteira. Quando falham os freios ou ficam sem gasolina entre os postos, fazem-se ali mesmo tentativas de conserto, ao passo que os passageiros ficam esperando. E não são devolvidas as passagens caso a pessoa decida sair para tentar encontrar outro meio de transporte — fator que também contribui para brigas constantes.

Longo Tempo de Uso Pessoal

Já viajei muitas vezes de bolekaja nos últimos vinte e cinco anos. Em 1956, foi obrigado a mudar-me da Ilha de Lagos para um subúrbio distante uns dezesseis quilômetros do meu escritório. Aconteceu que, naquele tempo, o único transporte que ousava enfrentar a estrada deste pequeno povoado até Lagos era a bolekaja. A primeira sempre partia por volta das cinco da manhã. O ruído dela e das vozes barulhentas dos trovadores despertavam as pessoas que moravam ao longo da estrada.
Por volta das seis da manhã, eu usualmente estava pronto para uma caminhada de alguns minutos até o ponto. Eu ia até lá porque era mais fácil determinar o preço correto da passagem desde o ponto inicial até a última estação dentro de Lagos. Aqueles que pegavam a bolekaja ao longo da estrada tinham que depender do bom julgamento do cobrador quanto à quantia a ser paga, e os desacordos levavam a freqüentes brigas. Uma viagem na Bolekaja ficou particularmente na memória.

Viagem ao Escritório

Foi numa segunda-feira de manhã. Eu acordei bem tarde e corri para o ponto. Ali, encontrei apenas uma bolekaja. O motor estava roncando, o motorista estava pronto em seu lugar, e o veículo estava, como de costume, cheio de pessoas. Eu não tentaria entrar nele se não fosse o cobrador que, sentado na ponta extrema do veículo, ainda chamava mais passageiro s.
Assim, com uma pasta numa das mãos e segurando a porta de madeira com a outra, coloquei um pé no degrau, de modo a espreitar lá dentro e ver se ainda havia algum lugar. Naquele instante, o veículo começou a andar. Quando me dei conta de que não havia lugar vago lá dentro, o motorista já corria a uns 80 ou 90 km/h numa estrada bem acidentada!
Minha gravata voava no ar e meu paletó desabotoado estava todo virado para um lado. Todavia, o cobrador nem pensava em meus apuros. Exigia que eu pagasse a passagem, embora pudesse ver, achava eu, que se eu soltasse a mão da porta, isso significaria queda instantânea e minha morte! Sem embargo, tive o cuidado de não dizer nada que talvez provocasse uma briga. Simplesmente orei para não cair. Depois de alguns quilômetros, paramos para deixar alguns passageiros, e tive oportunidade de sentar lá dentro e pagar minha passagem.
A um senhor, que acabara de entrar e se sentara bem em frente a mim, foi cobrada a passagem. No entanto, teimosamente recusou-se a pará-la até chegar ao seu destino. Não sei porque ele se recusou, mas talvez tenha sido por ter tomado recentemente uma bolekaja que quebrou antes de chegar ao destino e, segundo o costume, não lhe devolveram o dinheiro da passagem.
De qualquer modo, o cobrador insiste agora que pague ali mesmo. Depois de trocarem algumas palavras nada lisonjeiras, começaram a dar empurrões um no outro, e outros na jardineira tomaram lados. Dentro em pouco, o veículo parou, e o motorista foi lá atrás. Juntou-se em exigir que a passagem fosse paga, ou o homem fosse posto fora. O motorista e o cobrador tentaram arrastá-lo para fora, e então sucedeu o costumeiro. Houve uma briga. Todos nós tivemos de esperar enquanto algumas pessoas que passavam por ali ajudaram a acabar com a disputa. A passagem foi por fim paga, e partimos de novo. Mas, fiquei uma hora atrasado ao chegar ao escritório naquele dia.
Há algum tempo, a bolekaja e o mauler foram banidos de rodarem em Lagos por causa do congestionamento na ponte e por causa da hora de maior movimento de manhã bem cedo, mas esta lei foi abertamente desafiada e nunca foi realmente posta em vigor.
Estou certo de que, se visitar os países da África Ocidental, e especialmente a Nigéria, ainda encontrará as bolekajas e os maulers em operação. Enquanto houver pessoas pobres no país, e os outros meios de transporte forem inadequados, a jardineira da África Ocidental sem dúvida continuará a florescer.

in Despertai de 8/9/1972 pp. 24-26

segunda-feira, 9 de abril de 2012

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Azarados nas malhas da lei


Dois indivíduos eram sobejamente conhecidos como azarados.
Um dia, seguiam os dois na mesma mota e ao chegarem a um cruzamento, em que tinham prioridade, foram apanhados por uma camioneta.
Um dos indivíduos foi projectado a cerca de 50 metros de distância e o outro entrou pelo pára-brisas da camioneta.
Como não houve entendimento quanto ao culpado do acidente, o caso foi para tribunal.

Tempos depois saiu a sentença: os que seguiam na mota foram considerados culpados.
Um por ter invadido propriedade alheia, o outro por ter abandonado o local do acidente.

domingo, 1 de abril de 2012

Palavra da semana ( 20 )


dendrocronologia

(dendro- + cronologia)

s. f.

[Geologia]  Medição cronológica baseada nos anéis dos troncos das árvores.

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.