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segunda-feira, 31 de março de 2008

O problema não é a visão...


Funerais na lua!


Uma empresa norte-americana especializada em «exéquias espaciais» anunciou este sábado o lançamento de um serviço destinado aos que querem fazer da Lua a sua última morada, noticia a agência Lusa.A empresa Celestis estabeleceu um acordo com a Odyssey Moon Limited e a Astrobotic Technology para transportar os restos mortais para a Lua através de voos espaciais privados. A empresa da Califórnia declarou que estas missões lunares são uma homenagem acessível a todos os que partilham o sonho de estender a porta da humanidade até às estrelas. O envio de um grama de cinzas até à Lua custará cerca de 6,335 euros.O geólogo e astrónomo americano Eugene Shoemaker foi o primeiro homem a ser sepultado na Lua, quando a Celestis enviou à NASA uma cápsula com os seus restos mortais, há 10 anos.A empresa, que tem vários concorrentes na área, já depositou cinzas em torno da Terra durante seis voos espaciais funerários, estando próximo previsto para Junho de 2008.

EstranhomasVerdade.com


É verdade que os cemitérios estão cheios,mas será preciso enviar os defuntos para a Lua?!

O saber não ocupa lugar - 168


Estima-se que 99% de toda matéria existente esteja no estado de plasma, o que faz deste o estado da matéria mais comum e abundante do universo.


Plasma? Isso é rijo ou mole?

A vida como ela é em Abidjan


ELEFANTES e marfim! O Monte Kilimanjaro! Febre das selvas! Ouro! Leões! "Dr. Livingstone! acho eu."
Estas são algumas das idéias que talvez lhe encham a mente quando se fala do continente Africano. Mas, os tempos mudaram desde que Stanley palmilhou a selva em busca de Livingstone.
Por que não vem até aqui e aprende por si mesmo qual é a situação da África. Venha a uma reluzente cidade branca da África Ocidental, cheia de árvores e flores, a Abidjan, capital da Costa do Marfim. Espalha-se convidativamente junto a lagoas azuis à beira do mar. Para melhores resultados, deve levantar-se ao nascer do sol.
Se der uma espiada fora de seu mosquiteiro, deixando-o enrolado acima da cama, e for à janela, achará que o ar ainda é fresco e leve. O sol é uma bola flamejante numa bruma de ouro. Uma brisa suave levanta as folhas das árvores e sopra uma fragrância fresca de fumaça de madeira, à medida que nossos vizinhos preparam o desjejum no seu quintal. Nós também tomaremos nosso café da manhã — pão branco francês com bastante casca e café preto. Sim, não faltará o café, pois trata-se do principal produto de exportação da Costa do Marfim. Este e o cacau, os abacaxis e as bananas se combinam para sustentar a economia do país.


Ao Mercado


Depois do café, dirigimo-nos ao mercado para comprar nossas frutas e legumes frescos. Visto que não fica muito longe e ainda não está quente demais, iremos a pé. Passamos pela mesquita, com suas cúpulas em forma de cebola e as multidões de muçulmanos que se sentam no pavimento com seus produtos ajuntados ao redor deles. Vestidos com suas longas vestes brancas e fêzes pequenos, recitam orações juntos ou lêem trechos do Alcorão em árabe. A população aqui é 23 por cento muçulmana, 13 por cento cristã nominal e 61 por cento animista.
Eis o mercado em que chegam os compradores e vendedores. Tomando profundo gole de ar fresco, lançamo-nos lá dentro, onde prevalecem pungentes odores. Passamos pelas sandálias, couros de cobra, montões de roupa, bilhas de barro, grandes cabaças, escovas de dentes e lagartos secos. Finalmente chegamos ao tabuleiro de limão. Depois de franzir sobrancelhas e discutir o preço, obtemos limões a um preço especial. A senhora até mesmo nos dá dois extras como "cadeau", (dádiva). O francês é a língua oficial, mas há mais de sessenta diferentes línguas nativas. Verdadeira Babel!
Passando pela seção em que vendem morcegos defumados e grandes lesmas da floresta, todas vivas, — oh, chegamos à seção de frutas. Ao examinarmos a colorida abundância de frutas frescas, não podemos deixar de pensar no Paraíso e sua abundância de árvores frutíferas.
Uma nota de aviso, porém. Todas estas coisas compradas devem ser primeiro mergulhadas numa solução de alvejante, e então lavadas com água de modo a destruir os parasitas que se apegam às cascas e entre as folhas. Tais parasitas, junto com a febre amarela e a malária, costumavam ser a causa de alta taxa de mortalidade. Atualmente, contudo, medidas higiênicas rígidas, comprimidos diários ou semanais contra a malária e a vacina contra a febre amarela têm operado maravilhas. Mas, ainda lavamos cuidadosamente com alvejante toda folhinha de alface!


Cenas de Rua


Ao nos encaminharmos para casa, notamos muitas mulheres já de volta, e muito ocupadas em bater o fufu para o almoço. Este é feito por se amassar banana cozida de S. Tomé e mandioca com um pilão de madeira e um almofariz até se obter uma consistência suave, como um mingau. As mulheres brandem de forma mui eficiente aquele enorme pilão de madeira semelhante a um porrete. Assim, é bom para os maridos que eles ainda sejam muito respeitados por aqui.
Outra cena comum é a de mendigos enfileirados na praça. São pouco mais do que montões de trapos velhos no pavimento, que agitam diante dos transeuntes contorcidos membros, pernas deformadas, mãos e pés carcomidos, e lançam lamuriosamente bênçãos sobre eles. A maioria deles não são nativos ebúrneos, mas, antes, são profissionais do estrangeiro que vieram compartilhar a prosperidade local.
Há pobreza e doença aqui como na maioria das cidades grandes. Fazem-se esforços de enfrentar tais problemas, mas até mesmo o crescente número de hospitais bem-equipados está longe de ser adequado. Pode-se ver constantemente crianças nas ruas, com corpos cobertos de feridas ou sofrendo de moléstias oculares. Da população do país, composta de quatro milhões de pessoas, quase dois milhões têm menos de quinze anos.


Visita ao ‘Banco’


Ao sairmos de casa depois do almoço, o calor aumenta opressivamente, provindo da pavimentação, e a luz do sol faz reluzirem de modo cegante os edifícios brancos. Isto se dá aqui quase que continuamente na época de calor.
No carro dum amigo, corremos pela velha ponte sobre o lago, passando sobre águas reluzentes que refletem de modo fiel o vivo azul do céu sem nuvens. Estamos a caminho do ‘Banco’, o parque local da cidade, em que foram abertas estradas no meio da floresta, de modo que as pessoas possam aventurar-se nela. Não é preciso preocupar-se, pois não há leões. Não obstante, há cobras. Dentre 3.000 espécies de cobra aqui, cerca de 600 apenas são venenosas, e, dentre estas, apenas algumas são fatais ao homem.
Aqui entramos na floresta, uma floresta equatorial de abundante chuva. Uma vez lá dentro da floresta, a mudança é dramática. Subitamente não há mais o resplendor do sol, não mais se sente o calor o atacando de todos os lados. Tudo é fresco, verde e sombreado. Enormes bambuzais se elevam de ambos os lados e se entrecruzam sobre nossas cabeças. Junto a uma piscina, onde a corrente foi represada para se poder nadar, altas árvores de mogno enchem as beiradas d’água, refletindo-se em sua superfície como sombras verdes. É um tanto assustador para os que não estão acostumados.
As pessoas supersticiosas aqui foram persuadidas a crer que havia deuses da floresta que eram malignos e cruéis. Os baoulés, por exemplo, um dos grupos étnicos da Costa do Marfim, não criam que a morte fosse jamais natural. Alguém que morrera havia sem dúvida sido envenenado por outrem, ou estava sendo punido pelos deuses, em cuja ira incorrera. Não faz muito tempo, os baoulés tinham medo de olhar por muito tempo para a lua, pois se temia que o demônio batuqueiro, Konan Djeti, que supostamente mora nela, fizesse uma batucada de uma canção de morte para aqueles que fossem curiosos demais.
Os senoufos, um dos grupos tribais do norte, crêem que o matagal é habitado por pequenos duendes, os "badegale", diminutos gênios grotescos que assombram os habitantes dos povoados e supostamente têm os pés virados para trás. Tais crenças ainda exercem forte domínio sobre os ignorantes. Em certas partes de Abidjan ainda encontrará vendedores ambulantes cujos produtos são encantamentos e amuletos de todos os tipos para proteção contra os espíritos.
Quer seja botânico ou "jardineiro" amador, este lugar tem muito a oferecer-lhe. Plantas de todas as espécies o convidam a examiná-las. Muito, muito acima se acham os topos das árvores altas, entremeados de trepadeiras e cipós, amiúde criados de fungos de vários tipos. E, no meio de todo o verde acima, o sol penetra difuso, de um pequeno espaço azul, até a parte escura interior, tingindo tudo de dourado e lanceando a água com luz. Plantas que apodrecem e folhagem verde fresca combinam seus odores. Perto do solo da floresta há sombras de verde-marinho, aqui e ali aliviadas pela coloração dos insetos e das flores, iluminadas pelos raios de luz do sol.
Ao voltarmos para casa, o ar da noite fica cheio de deliciosas fragrâncias de banana de S. Tomé e inhame frito, à medida que o povo se senta no chão, perto de seus fogareiros e os cozinha lá mesmo. Pode-se ouvir a batida rítmica de tambores, à medida que conjuntos instrumentais tocam em cada canto e as lojas de música ressoam com a música mais recente da parada Africana de sucessos. Mas, perto da beira d’água, tudo é quieto e pacífico.


Resolvendo Problemas


Para o visitante, talvez pareça que Abidjan é meio caminho andado para o paraíso. Há vida, cor e beleza, mas também doença e pobreza, analfabetismo e outros problemas. Naturalmente, Abidjan não é toda a Costa do Marfim. Nem a Costa do Marfim é toda a África, mas seus problemas e suas belezas são típicos. As nações da África todas têm problemas. Embora tenham insuficientes trabalhadores treinados, procuram resolver tais problemas.


22/5/70-13

Provérbio da semana (13:13)

Aquele que desprezou a palavra, dele se tomará o penhor [dum devedor]; mas aquele que teme o mandamento é quem será compensado.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Mosquitos preparados para tudo

Um português chegou a um hotel em Manaus, e como estava muito quente, ele abriu a janela. Só que começaram a entrar vários pernilongos. Então, ele ligou para a recepção e reclamou.
- Boa tarde, estou com muito calor e com a janela aberta vários mosquitos estão a entrar no meu quarto e a incomodar-me.
- Se o Senhor desligar as luzes do seu quarto, eles irão embora. Ele fez o que ela disse e realmente os bichinhos foram-se. Depois de um tempinho, começaram a entrar vários vaga-lumes, e então ele tornou a ligar para a recepção reclamando. E a atendente:
- Mas o que foi agora?
Ele responde: - Não adiantou, os mosquitos voltaram com lanterna.

terça-feira, 25 de março de 2008

Em Itália procura-se ladrão que «hipnotiza» as vítimas !!!


As autoridades italianas divulgaram imagens de um homem suspeito de hipnotizar empregadas de supermercado, com o objectivo de conseguir que elas lhe entregassem, sem problemas, o dinheiro das caixas registadoras. A última coisa que as vítimas se lembram é do suspeito a dizer «olhe bem para os meus olhos», antes de encontrarem a caixa vazia. No último assalto, a um banco italiano, onde conseguiu 800 euros, o hipnotizador foi apanhado pelas câmaras de segurança, que mostraram uma funcionária a ser, aparentemente, hipnotizada pelo ladrão. A polícia italiana acredita que o homem seja de origem indiana ou norte-africana.

Diário Digital / Lusa / EstranhomasVerdade.com


Se isto vira moda...

segunda-feira, 24 de março de 2008

A viatura mais recente dos bombeiros...


A grande pirâmide de Gizé


A OBRA arquitetônica da Grande Pirâmide de Quéope em Gizé, Egito, é, em geral, tão admirável quanto seu tamanho. É a mais primorosa e a maior de todas as pirâmides egípcias, das quais se diz que há cerca de duzentas.
Quão grande é a Grande Pirâmide? Seu lado médio tem 236 metros e 44 centímetros de comprimento, a altura, da plataforma-base até em cima, é de 146 metros e 85 centímetros. Em sua atual condição desgastada, consiste em mais de 2.300.000 blocos de calcário numulítico, que pesam, em média, duas toneladas e meia cada um, de modo que seu peso total é de cerca de 5.700.000 toneladas. Trocando isso em miúdos, James Baikie fez as seguintes comparações em seu livro A History of Egypt:
"Calculou-se", escreve Baikie, "que se poderiam construir com os materiais da pirâmide as casas de uma cidade que contivesse 120.000 pessoas, e que, se se dividissem suas pedras em blocos de um pé quadrado [0,0929 m2], e se colocassem estes com uma ponta encostada na outra, circundariam dois terços da circunferência da terra, à altura do equador. Talvez a melhor idéia da assombrosa magnitude deste enorme túmulo seja a fornecida por uma comparação de sua área com a de alguns edifícios famosos. A área da base da Grande Pirâmide é de 570.996 pés. A da Basílica de S. Pedro, Roma, é de 227.000 pés; a da Catedral de Milão, 108.277; a da Basílica de S. Paulo, 84.311; e a de Westminster, 61.729. Em outras palavras, a área da base da Grande Pirâmide é duas vezes e meia maior que a da Basílica de S. Pedro, cerca de cinco vezes e um quarto maior que a de Milão, seis e três quartos maior que a da Basílica de S. Pau]o, e mais de nove vezes maior que a Abadia de Westminster. O conjunto destas quatro grandes catedrais poderia ser agrupado dentro da área da base da pirâmide".
A obra arquitetônica da pirâmide é tão impressionante quanto seu tamanho. Pelo que se sabe, não se usou granito na obra exterior. Profunda perícia e curiosa inexatidão, cuidado e descuido, se acham estranhamente combinados nesta pilha colossal. O famoso egiptólogo já falecido, Professor Flinder Petrie, atribuiu esta estranha mistura de boa e medíocre mão-de-obra à suposição de que o arquiteto que orientou o projeto deve ter morrido durante o andamento da construção, deixando um homem de capacidades inferiores acabar a obra.
Os engenheiros modernos se maravilharam com o modo em que estes blocos de 2 1/2, toneladas foram encaixados um no outro. Estes blocos foram extraídos de pedreiras a uns vinte quilômetros do lado leste do Nilo, transportados de barco durante a época da enchente, daí, segundo se crê, foram movidos em cima de rolos e, com o auxílio de alavancas, levados por uma rampa que se devia estender por pelo menos 300 metros. Cem mil escravos empregaram sua força humana por um período de vinte anos para erigir o monumento.
"Suponhamos", diz o editor das colunas científicas do Times de Nova Iorque, Waldemar Kaempffert, "que Nova Iorque, Chicago ou S. Luis decidissem reproduzir a Grande Pirâmide em um de seus parques públicos. Como os empreiteiros executariam a tarefa? A firma construtora de Barr, Irons & Lane, que teve parte na construção do Rockefeller Center, apresentou uma resposta há vinte anos atrás [a contar de 1954]. A firma calculou que, naquela época, se gastariam cinco anos e meio e US$ 156.000.000 em dinheiro para erigir um fac-símile de pedra maciça no Central Park, presumindo-se que a pedra poderia ser extraída dentro de um raio de doze milhas [20 km]. Segundo Heródoto, que visitou o Egito cerca de 2.500 anos depois do tempo de Quéope, levou vinte anos para construir a Grande Pirâmide, havendo 100.000 homens que trabalharam três meses em cada ano. Isto significa 180.000.000 de dias-homens. Hoje em dia, levaria provavelmente menos de cinco anos e meio para se construir uma pirâmide de pedra, mas o custo certamente ficaria perto de meio bilhão [de dólares]. Seria mais fácil reproduzir a Grande Pirâmide usando-se concreto e aço do que pedra. Barr, Irons & Lane calculou que uma estrutura dessas poderia ser construída em 750.000 dias-homens de oito horas cada, em dois anos, ao custo de US$ 15.000.000, ou mais de US$ 40.000.000 atualmente. Um engenheiro moderno revestiria de asfalto tal estrutura, por dentro e por fora, ou impregnaria de asfalto o concreto. O tratamento com asfalto teria custado uns US$ 311.150 extras em 1933, ou provavelmente US$ 1.000.000 atualmente".
Nenhum túmulo como esse já foi jamais erigido na terra antes da conclusão da Grande Pirâmide; nenhum como esse já foi construído desde então, nem é provável que outro desse seja feito algum dia.


8/5/70-29

Provérbio da semana (13:12)

A expectativa adiada faz adoecer o coração, mas a coisa desejada, quando vem, é árvore de vida.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Jogada de antecipação

-Ontem salvei o meu pai de um assalto!
-Apanhaste o ladrão?
-Não. Tirei o dinheiro da carteira dele antes do ladrão.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Não sei se ria ou se chore...


Certo? Ou errado?

Na aula de química, o professor:
- Defina corpo transparente.
- Um objecto através do qual se pode ver.
- Exemplos?
- O buraco da fechadura!

Urso condenado por roubar mel ...


O urso não resistiu à doçura do mel e o dono das colmeias decidiu processá-lo. Acabou por ser condenado mas ninguém lhe conseguiu pôr as algemas, nem fazê-lo pagar a indemnização.No tribunal de Bitola, na Macedónia, havia um lugar vazio, descreve a BBC. Mas, apesar de faltar à audiência, o urso acabou por ser condenado. Desesperado ao fim de um ano a tentar proteger as suas colmeias, o apicultor acabou por se lançar nesta demanda judicial. Segundo a BBC, o dono das colmeias conseguiu afastar o animal por algum tempo ao usar um gerador para iluminar a área e ao pôr a tocar folclore da Sérvia. Mas quando a potência do gerador acabou, fez-se escuro e silêncio e o urso voltou à carga. «Voltou a atacar as colmeias», disse o apicultor Zoran Kiseloski, citado pela BBC. O tribunal acabou por dar razão ao apicultor e condenar o urso. Mas, como o animal era selvagem, ou seja, não tinha dono, e pertencia a uma espécie protegida, quem acabou por ter de pagar a indemnização foi o Estado –2238 euros.

SOL/EstranhomasVerdade.com


Boa maneira de ganhar uma indemnização... ( mas por onde andará o urso?! )

;-)

Diminuta engenheira


NA PRIMEIRA fila dos engenheiros, arquitetos, inventores e artífices terrestres, encontrará a humilde aranha do alçapão. Natural das áreas mais quentes do mundo, ela se acha numa classe ímpar graças à sua excepcional habilidade escavadora. E usamos o termo "ela" deliberadamente, pois o macho leva uma vida errante, não tendo nada que ver com a construção do lar dela, e vivendo fora, em qualquer buraco ou gruta que encontre. Até mesmo na época de cortejá-la, tem de usar cuidado na presença da fêmea, pois ela não está além de atacá-lo e devorá-lo.
A sobrevivência é uma das principais preocupações da aranha. Diz certo autor: "As aranhas de todos os tipos têm muitos inimigos que possuem enormes vantagens sobre elas, quer com respeito à força quer à agilidade, ou ambas: inimigos dotados de asas, rápidos em movimentar-se, . . . inimigos com ferrões mortíferos como a terrível flecha envenenada com urari, vigilantes, sem misericórdia, prontos para atacá-la; inimigos revestidos de impenetrável couraça de malha, contra os quais as armas da aranha são impotentes, ao passo que o próprio corpo da aranha é macio e vulnerável." Tem medo de aranhas? Certamente elas têm mais uma razão para temer!
Assim, a Sra. Atipo, a aranha do alçapão, tem de construir um refúgio para si mesma e seus filhotes. O "alçapão" revela o gênio de sua arte. Tão perita é que suas portas acetinadas que pontilham a terra escura são virtualmente invisíveis. Como é que ela camufla tão bem tais portas do tamanho duma moedinha?
O lar dela é profunda cavidade que escava na terra, e que reveste de seda pura, do alto a baixo. A porta gira em dobradiças precisas de seda tecida por ela. Agora a camuflagem: ela engenhosamente esconde a entrada por colocar musgo do lado de fora — musgo vivo retirado da vizinhança próxima — ou ela tecerá folhas mortas e pedaços de graveto ou grama na mesma. O alçapão é feito muito antes de ela terminar o túnel, pois ela tem de ter segurança, enquanto completa à vontade seu lar.
Quão forte é esta portinha toda-importante? Há dois tipos, o tipo de obreia e o tipo de cortiça, este último sendo o mais forte. Ora, já se viu até a lâmina dum canivete se envergar na tentativa de se tentar abri-la! Quando os inimigos se aproximam do lado de fora, ela corre para fora e mergulha suas presas nela, ao passo que suas unhas pectíneas mergulham a fundo nas laterais sedosas do túnel. Assim, seu corpo age como barra viva, fechando a porta aos intrusos.
Outros perigos também existem, além dos maiores inimigos como a centopéia. Os seus filhotes precisam ser protegidos da chuva e dos parasitas microscópicos. Seu alçapão se ajusta com tal preciso que, ficam de fora a umidade e os parasitas, e ela consegue nutrir tantos quantos quarenta filhotes de pernas compridas em comparativa segurança. Seu lar qual "buraco no chão" é um esconderijo de luxo.
Mas, passe a vista pela mecânica de sua construção! Dentro de oito horas ela escavou o equivalente a nove vezes o comprimento de seu próprio corpo. Em comparação, o homem teria de escavar com seus dentes um buraco de quinze metros de profundidade, escorando-o à medida que prosseguisse, e tudo isso em oito horas, ao passo que, durante todo esse tempo se arriscasse a sofrer ataques dos inimigos. Sim, pois ao passo que a Sra. Atipo labuta, "Pepsis", uma criatura semelhante à vespa anda à sua espreita, procurando aproveitar-se de sua preocupação para aferroá-la até matá-la, cortar-lhe as pernas e arrastá-la.
Mas, veja só como ela trabalha! Apenas suas mandíbulas e presas são usadas para carregar toda pelotinha de terra escavada, depositando-a uma por uma fora do buraco. Há um propósito deveras prático em revestir o túnel de seda, além de tornar seu lar confortável e escorar as paredes de terra. Oferece-lhe ponto de apoio mais seguro do que a terra, ao se ocupar em cuidar da casa e nutrir seus filhotes.
Comparada com sua eficiência móvel, a maquinaria escavadora do homem é desajeitada e inepta. Suas operações são executadas sem o estrupido e o clangor das escavadoras do homem. A Sra. Atipo não fez qualquer curso de engenharia e projeto, nem obteve quaisquer diplomas. O grande Arquiteto e Delineador de todas as coisas animadas e inanimadas forneceu-lhe a habilidade instintiva de enfrentar seu ambiente.
8/5/70-22

Provérbio da semana (13:11)

As coisas valiosas resultantes da vaidade tornam-se menos, mas quem reúne com a mão é quem produz aumento.

sexta-feira, 14 de março de 2008

O saber não ocupa lugar - 167


O microprocessador foi inventado pela Intel em 1971 para atender a um fabricante de calculadoras japonês que precisava de um circuito integrado especial.


E assim começou...

quarta-feira, 12 de março de 2008

São muito parecidos,não são?

Um japonês entra num autocarro numa rodoviária em Lisboa e diz ao motorista:
- Olhe , eu vou só até Coimbra , mas como este autocarro vai para o Porto e eu estou muito cansado, temo não acordar e passar do ponto, por isso gostaria que o senhor me acordasse quando chegarmos à Coimbra .
- Não tem problema, eu acordo-o .
- Tem mais uma coisa, disse o japonês, quando eu acordo fico muito, mas muito mal humorado, de modo que, caso eu xingue, brigue, ofenda o senhor, recusando-me a descer, não me leve a mal e, se precisar, pode até por-me para fora do autocarro , contando que eu desça em Coimbra !
- Pode deixar comigo, diz o motorista.Só que, quando o japonês acorda, para sua surpresa, dá logo de cara com os Clérigos . Enfurecido, levanta-se e parte para cima do motorista,esbravejando e xingando-o de tudo que é palavrão.Um passageiro, vendo tal cena, comenta com o colega ao lado:
- Puxa, mas que japonês nervoso!Ao que o outro retruca:
- Nervoso? Isso não é nada. O Senhor tinha que ver o outro japonês que o motorista pôs para fora do autocarro em Coimbra ...

O saber não ocupa lugar - 166


Certos locais já registraram quedas de peixes, sapos e rãs durante chuvas. Segundo cientistas, essas chuvas de animais são provocadas quando tornados ou trombas d'água excepcionalmente fortes sugam peixes de um lago ou mar, atirando-os ao alto em direção à cidade.


Que pena os tornados não sugarem o cofre de um banco...

terça-feira, 11 de março de 2008

O saber não ocupa lugar - 165


Os homens da Cidade de Esparta (espartanos ou esparciatas) eram mandados para o exército aos sete anos de idade, onde recebiam educação e aprendiam as técnicas da guerra e do desporto. Aos doze anos, eram abandonados em penhascos sozinhos (só contavam uns com os outros), nus (para criarem resistência ao frio) e sem comida (para caçarem e pescarem). Aos 18 anos, voltavam a Esparta, e até aos 30 anos de idade eram considerados cidadãos de segunda classe, sem direito a voto, por exemplo.


Caso típico de juventude perdida...

segunda-feira, 10 de março de 2008

A África do sudoeste, aliás Namíbia — terra de agradável variedade


MUI prontamente se pode localizar a África do Sudoeste no mapa-múndi. Está voltada para a costa ocidental da África, pouco ao norte do Rio Orange. Algumas enciclopédias não contêm subtítulo especial para este país, simplesmente juntando alguma informação sobre o título "África do Sul, União da". Deveras, certa obra de referência declara redondamente que a África do Sul fez oficialmente da África do Sudoeste uma província de sua união em 31 de outubro de 1934.
Perto da última parte do século dezenove, as potências européias se ocupavam em dividir a África em esferas de influência. Cada uma tencionava obter amplo quinhão de seus ricos recursos. Examinando-se antiga enciclopédia daquele tempo, descobre-se que no mapa não há um país chamado África do Sudoeste, não, nem mesmo a África do Sudoeste alemã. Ao invés, ao norte do Rio Orange, a costa ocidental da África trazia nomes tais como Grande Terra Namaqua, Damara, Ovambo. Os interesses alemães apenas começavam a penetrar nesta área, que afirmavam ser sua colônia por volta daquele tempo.
Mas, então, a Primeira Guerra Mundial mudou tudo isso. A Alemanha viu-se obrigada a ceder suas colônias Africanas, e a África do Sudoeste foi colocada pela Liga das Nações aos cuidados da África do Sul, como território sob mandato. Agora, a África do Sul não quer que seu mandato sobre o território seja substituído por uma Tutela das Nações Unidas. E parece que a maioria da população da África do Sudoeste sente-se feliz em permanecer um território sob mandato da África do Sul.
Não obstante, as nações afro-asiáticas têm esposado a causa da minoria dos Africanos do sudoeste, especialmente por causa da política de apartheid da África do Sul, — política que, segundo afirmam, discrimina contra os Africanos não brancos e os oprime. Em 1966, porém, a Corte Internacional de Justiça das Nações Unidas disse que tais nações afro-asiáticas não tinham direito legal de questionar o mandato da África do Sul. E, anteriormente, em 1950, a Corte anunciou sua decisão no sentido de que a África do Sul não tinha obrigação de submeter este território a um arranjo de tutela.
Não obstante, em maio de 1968, por resolução da maioria da Assembléia Geral das Nações Unidas, um conselho de tutela, composto de onze nações, foi criado para tomar conta da África do Sudoeste. E, no mês seguinte, a Assembléia convocou o Conselho de Segurança para reforçar a resolução de maio, e também decretou que a África do Sudoeste dali por diante deveria ser conhecida como "Namíbia". Entretanto, a África do Sul se recusa a considerar as Nações Unidas quais sucessora da Liga das Nações, e assim não concorda de entregar esta área sob mandato de cerca de 825.000 quilômetros quadrados.
Este nome "Namíbia" se deriva do deserto de Namib, área que margeia o Oceano Atlântico, um deserto cujas dunas de areia se estendem terra adentro numa extensão de cem a cento e sessenta quilômetros. Algumas das dunas chegam a atingir 300 metros. A área tem sido chamada de "Costa do Esqueleto", pois poucos marinheiros que naufragaram conseguiram sobreviver aos mares intempestivos, às areias movediças e às aparentemente infindáveis dunas áridas.


Olhadela no Povo


Sem dúvida, o deserto de Namib, e o mais antigo nome de Namaqua nos fazem lembrar dos Namas. Tal povo constitui uma raça hotentote de pele mais clara, semelhantes aos bosquímanos, e compartilhando com eles os distintivos sons estalados, peculiares à língua dos bosquímanos. Os remanescentes dos verdadeiros bosquímanos, os pequenos caçadores amarelos, famosos pelo uso da flecha envenenada, habitam o Deserto de Kalahari, bem alto no platô interior.
Ao norte, fazendo divisa com o território português de Angola, há os ovambos, povo agrícola cuja história, em comparação com outras tribos, tem sido comparativamente pacífica. Os damaras, tribo negróide de pele escura, foram provavelmente os primeiros mineiros da África. Ao nordeste se acham os hererós, povo alto, orgulhoso, pastoril, que possui grandes rebanhos de gado. De nítido porte e de cor mais clara, crê-se que descendem das tribos camitas da África do Norte.
A população do país inclui mais um grupo mais amplo, os basters, povo que fala holandês sul-africano e que tem ancestrais de mistura hotentote-branca. Chegaram ali da África do Sul, há cerca de um século atrás, e estabeleceram-se na área de Reobote, próximo da cidade de Windhoek, onde vivem segundo seu sistema patriarcal tradicional.
Juntando-se todos, há cerca de dez grupos populacionais no território, cada um com seu vernáculo. Todavia, a população deste vasto país é ligeiramente superior a 600.000 habitantes. Oficialmente, os negócios da África do Sudoeste são realizados em três idiomas — holandês sul-africano, alemão e inglês.
Para se ter boa visão das pessoas, tem-se de visitar as cidades. Windhoek, por exemplo, de atmosfera fresca e ensolarada, a 1.650 metros acima do nível do mar, bem como outros pontos, que são servidos por vôos diários, tais como Okahandja, Otjiwarongo, Outjo e Tsumeb. Em Windhoek, verá uma metrópole em miniatura. Nessa vizinhança, encontrará pessoas que moram em castelos alemães, em modernos apartamentos amplos e em barracos feitos de várias sobras.
Cativantes diferenças nas vestimentas podem ser observadas nas ruas de Windhoek. Pode-se ver a senhorita moderna em sua minissaia, bem como as estatuais mulheres hererós, com suas longas vestes vitorianas e seus majestosos turbantes. Estas vestes que chegam aos tornozelos são usadas por cima de amplas combinações e adornadas de numerosas contas, laçadas e botões.


Pontos de Interesse


Pinturas bosquímanas podem ser encontradas em muitas partes do território, a mais famosa sendo a "Senhora Branca", pintada na rocha. Trata-se duma frisa de cinco metros e meio, considerada uma das mais importantes desta espécie antiga de arte no mundo. Pode ser encontrada no terreno rochoso e que inspira admiração de Brandberg. Esta pintura ainda não foi definitivamente classificada quanto à sua identidade, origem ou idade.
Há outros monumentos rochosos que vão muito mais a fundo na história. Um tem a extensão de vinte e quatro metros e meio de arenito, contendo as pegadas de um dinossauro em sua superfície. Outra atração ainda é a floresta petrificada. Isto parece indicar que, em algum tempo em eras passadas, pinheiros foram carregados pela água até esta área árida e sepultados em lama, sendo petrificados com a passagem dos séculos. O mais comprido tronco de árvore já descoberto tem mais de trinta metros de comprimento e calcula-se que sua circunferência seja de três a seis metros.
O Parque de Caça Etosha, no nordeste, abrangendo cerca de 67.000 quilômetros quadrados, é quase o dobro da Suíça. É a maior reserva de animais de caça do mundo e contém milhares de zebras, gazelas, gnus, bem como elefantes, leões e girafas. Os visitantes encontram neste parque de caça um dos campos turísticos mais incomuns do mundo. Chama-se Namutoni e era anteriormente um forte alemão. Atualmente, seria local ideal para um filme sobre a Legião Estrangeira.
Outra característica ímpar da África do Sudoeste é o Canyon do Rio dos Peixes. Tem sessenta e quatro quilômetros de comprimento e uma queda 760 metros até o rio embaixo. Só fica atrás em tamanho depois do Grand Canyon dos EUA. Há também o meteorito que se calcula pese 60 toneladas, o maior que já se encontrou.
O país também tem rica e variada reserva de minério. Os mais significativos são o cobre e os diamantes. Estes últimos, em busca dos quais são removidas dunas inteiras pelos maiores tratores do mundo, constituem a exportação mais importante da África do Sudoeste. Ficando apenas atrás em importância aos diamantes, há a indústria dos Caracus. As robustas ovelhas Caracus, introduzidas pelos alemães no início do século, realmente pululam nas condições áridas no Deserto de Kalahari. Destarte, o mercado do além-mar é suprido de belos e valiosos couros.
Trata-se, sem dúvida, de uma terra de ricos recursos naturais. E apresenta agradável variedade de terrenos, de população e de costumes que destacam seu interesse para os visitantes.


8/5/70-19

Provérbio da semana (13:10)

Pela presunção só se causa rixa, mas há sabedoria com os que se consultam mutuamente.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Piada lusitana



P: Porque é que os vinhos alentejanos são os melhores?


R: Porque não "trabalham" no estômago!

O saber não ocupa lugar - 164


A Islândia é considerado um dos melhores países do mundo para se viver, pelo fato de ter o índice de desenvolvimento humano mais elevado mundialmente.


Bora prá Islândia! ( o pior é o frio... )

quinta-feira, 6 de março de 2008

Novo modelo de chapéu que vai fazer furor este Verão...no Iraque!


Jogador de futebol detido por anunciar queda de avião.... dentro do avião


Um jogador de futebol iraniano foi detido no domingo passado após anunciar nos autofalantes de um avião que o mesmo se despenhava, deixando em pânico os passageiros.Sheis Rezaei, que joga pelo Persepolis - a equipa mais forte do campeonato iraniano - foi detido por agentes de segurança e libertado após pagamento de uma fiança de 36 mil euros. Para além de ter sido suspenso dos próximos dois jogos, o jogador viu o seu salário reduzido em 25% como consequência da brincadeira.«Queria fazer uma brincadeira com um amigo que tem muito medo de voar», disse mais tarde o jogador, que voava com os companheiros de equipa para um jogo em Shiraz.Após a aterragem, Rezaei foi levado à presença de um juiz, acompanhado pelo director do Persepolis, Habib Kashani, e do capitão, Hamid Reza Estili. O jogador agora deverá aguardar possíveis processos por parte da tripulação do vôo e de passageiros.

in sol.sapo.pt/EstranhomasVerdade.com


Brincadeiras destas no Irão não são nada boa ideia...

segunda-feira, 3 de março de 2008

Reino Unido lança campanha para promover sexo como remédio


O Serviço Nacional de Saúde (SNS) do Reino Unido lançou uma campanha, que tem como objectivo promover o sexo como alternativa ao ginásio, uma vez que acredita uma arma na luta contra a obesidade e como remédio para problemas cardíacos. A ideia, disponível no site do SNS, incentiva os britânicos a terem mais actividade física, principalmente aqueles que dizer não ter tempo para ir ao ginásio. «A solução», diz a página, «está em casa, debaixo dos lençóis». As relações sexuais levam o organismo a produzir endorfinas, uma substância natural que tem efeitos benéficos a nível da prevenção dos problemas do coração, assim como para a pele, os músculos e até para o cabelo. De acordo com o jornal britânico The Guardian, especialistas defendem que tais conclusões não têm fundamento científico. Contudo, o SNS garante que o sexo é vantajoso até para dores de cabeça e constipações.

Diário Digital / Lusa / EstranhomasVerdade.com


Apoiado! ;-)

O saber não ocupa lugar - 163


De acordo com dados de março de 2007, a Internet é usada por 16,9% da população mundial. Detalhadamente, isso seria em torno de 1,1 bilhão de pessoas pelo planeta.


E sempre a crescer!


Pachamanka — antiga panela de pressão dos Andes


VIVENDO a uma altitude de uns 3.265 metros, lá em cima nos Andes peruvianos, a cozinheira verifica que uma de suas melhores amigas é sua panela de pressão. Deveras, nesta atmosfera rarefeita, de que outra forma se poderia saborear a coxinha de uma superativa galinha de quintal ou um bom bife de uma vaca que obviamente andou demasiado em sua vida? Aqui em cima, os meios comuns de tornar mais tenras as carnes, levariam muito mais tempo do que o cidadão faminto gostaria de esperar. Assim, a panela de pressão é a resposta.
Mas, as panelas de pressão são uma inovação tão recente — talvez pense. Como foi que os índios dos altos Andes se arranjavam em séculos passados? Sem o uso de utensílios de metal, desenvolveram seu próprio sistema especial de cozinhar. Este, conforme lembrado e perpetuado através dos séculos, é chamado "pachamanka".
Pachamanka combina duas palavras na língua quíchua dos incas — pacha, significando "terra", e manka significando "caldeira". Bem a propósito, também, pois a inteira refeição é cozida num buraco de terra. Pedras de granito redondas e lisas são usadas para revestir um buraco de uns 45 centímetros, cuja parte superior é selada e o inteiro conjunto se parece muito a uma colméia de pedra. Deixa-se uma abertura em um dos lados para servir como boca da fornalha. Por ela se insere combustível e a fornalha arde por cerca de três ou quatro horas até que o revestimento de pedra atinja elevada temperatura.
A época da pachamanka é a estação chuvosa, a época da colheita, que vai de fevereiro a maio, quando o milho amadurece e fica leitoso na espiga, e todas as batatas e legumes se acham disponíveis para essa deliciosa especialidade. Sim, havíamos ouvido falar da reputação da pachamanka, mas adotáramos o conceito de que ver e comer significa acreditar. Bem, aqui nos achávamos como convidados para uma pachamanka, logo depois de nossa chegada a Huancayo, coração desta tradição culinária.


A Região da Pachamanka


O Vale Mantaro em que se localiza Huancayo é belo e histórico. Há quatrocentos e cinqüenta anos atrás, os regentes incas enviavam corredores, chamados chasquis, subindo este mesmo vale, a fim de levar mensagens e talvez artigos preciosos de uma parte para outra, até às regiões mais longínquas do norte de seu império, em Quito, Equador. Felizmente, não temos de correr os trinta quilômetros até nosso destino. Nosso hospedeiro providenciou hospitaleiramente um furgão e um motorista para a viagem ao interior.
Com uma mão que sua segurando a outra, firmamo-nos para ir até o fim da viagem, segundo esperado. Aos trancos, chutando pedras e pó como um dos touros locais, partimos apressados. Agradáveis cercanias deste vale campestre, verde e orvalhado devido a chuvas tropicais, têm muito para atrair os olhos e avivar a imaginação. Em todo campo vemos as tendas cônicas de colmo sobre estacas. Informa-se-nos que são dormitórios para os vigias noturnos que têm de passar a época da colheita no campo, a fim de proteger as safras dos ladrões.
Cercas de adobe têm sido decoradas com vários lemas políticos. Ao longo da beira da estrada, jumentos avançam a custo, os homens em suas garupas acolchoadas, e as esposas andando atrás. As mulheres laboriosas são amiúde vistas levando ovelhas, porcos, patos, galinhas, cachorros, bem como bebês, em suas costas, mas, hoje, estão sobrecarregadas de comestíveis e cascas e ramos de eucaliptos. As árvores, plantadas em fileiras, lançam suas sombras sobre nós, ao passarmos por elas. De ambos os lados levantando-se abruptamente a mais de 450 metros, com nuvens de chuva abraçando suas encostas, acham-se os braços salientes da Cordilheira.
Ao nos aproximarmos do fim da jornada, deixamos a estrada pavimentada e seguimos uma trilha de fazenda. Sacudindo em nossos lugares, em intervalos regulares, prosseguimos por esta trilha estreita, até que somos forçados a parar à beira de uma corrente. Depois de andarmos por vários hectares de batatas de flores púrpuras, chegamos à chácara ou fazenda de nosso hospedeiro.


Preliminares


Pouco antes de entrarmos no quintal, passamos pelas pedras em forma de colméia sendo aquecidas para a refeição.
Ouvimos dizer que se usava às vezes estrume como combustível, assim, tivemos o prazer de ver raminhos e galhos de eucalipto alimentarem o fogo. Depois das boas-vindas preliminares, visto haver algumas horas que antecediam a refeição, somos convidados a provar um pouco de sopa de pato e gelatina de frutas.
Junto à mesa, na ombreira da janela, notamos um vidro de um litro. Está cheio em três quartas partes de álcool e enroscada no fundo se acha uma cobra em forma de picles. Já vimos antes este preparado, e assim ficamos imaginando se esta "aguardente" será logo usada para massagear uma vítima de artrite, de neurite, de lumbago ou reumatismo, ou talvez engolida como remédio para gripe.
Quando conseguimos tirar os olhos desta vista fascinante, discernimos o movimentado lugar que visitamos. Mulheres índias ralam milho maduro, e, por fim, enchem uma vasilha de mingau leitoso. A este se acrescenta banha de porco, passas, canela, amendoim, e açúcar. Esta mistura é colocada numa folha de milho e cuidadosamente enrolada. Nossos amigos peruanos a chamam de "humita"; talvez possamos chamá-la de bolo de milho doce ou pamonha doce. Dezenas delas são preparadas para a pachamanka.
Tendo saciado nossa fome imediata, nossos hospedeiros nos levam para junto do fogo e nos sentamos em cadeiras de vime. Vencendo sua timidez, diferentes pessoas começam a fazer-nos muitas perguntas: nosso lar anterior; nosso menu norte-americano, e assim por diante. "Já voou alguma vez? Sentiu medo? Que aparência têm os peles-vermelhas?" Estas são algumas das perguntas típicas.
No ínterim, prosseguem os preparativos. Vários homens usando grande tábua cautelosamente empurram a maior parte das pedras para um lado do buraco. As que permanecem no fundo ficam livres das cinzas e então as mulheres começam a trazer os vários ingredientes da pachamanka. Em seguida às pedras são colocadas batatas variadas com sua casca. Daí, vem uma caçarola de barro contendo um porquinho-da-índia marinado em banha de porco, alho, pimenta malagueta em pó e batatas inteiras descascadas. Segue-se então uma camada de pedras quentes, e daí, por cima destas, carne de carneiro, de porco e de coelho são depositadas. Mais pedras quentes, e então as "humitas" ou pamonhas. Por fim, uma camada corante de alfafa, feijão-de-lima e uma erva selvagem chamada "mama-killa" ("mãe-lua" em quíchua).
A pilha de comida está agora prestes a se completar, a mama-killa sendo o único tempero desta refeição especial. Sacos de serapilheira são colocados em cima, para proteger o alimento da terra, que é então superposta como selo para esta surpreendente panela de pressão. Não se permite que nem sequer uma gotícula de umidade escape. E, à medida que as pedras aquecidas fazem seu serviço, sentamo-nos e conversamos amigavelmente.


Jantar e Depois Disso


Como sabemos quando a pachamanka fica pronta para ser comida? Bem, até mesmo os incas reais não possuíam relógio de pulso para medir o processo de cozimento, de forma que a cozinheira simplesmente tem de fazer uma estimativa experiente ou abrir um buraquinho na pilha a fim de sentir o cheiro e assim determinar se a comida está pronta. Quarenta e cinco minutos depois de cerrar a "caldeira de terra", retira-se cuidadosamente a terra, removem-se os sacos de serapilheira, e, oh! que delicioso aroma!
É hora de se comer. O primeiro prato (o primeiro tem de ser o último, como sabe) se compõe de feijões. Enquanto lhes damos pequenas dentadas, enchem-se nossos pratos de carne de carneiro, de coelho, de batatas e de pamonhas doces. Não há facas nem garfos. Esta refeição é das que não podemos saborear sem lambuzar os dedos. Ao mastigarmos felizes, não podemos deixar de notar as sobrancelhas franzidas e os movimentos cautelosos dos que retiram a comida do intenso calor do fogão de pedra.
Por fim, para o deleite destas pessoas simples da serra central, o cuy ou porquinho-da-índia, faz sua apresentação. Não há dúvida do que se trata, pois ali, no prato, há o que se parece com uma coxa de galinha, mas, em sua extremidade, há pequena pata, com cinco unhas curvadas na extremidade. Apanhamos nossa porção e mordemos. Nossos dentes mergulham na mais tenra carne, com sabor de galinha. Que delicioso petisco com que terminar esta refeição ímpar! E sentimos aquela deliciosa sensação de estar satisfeitos.
O sol, penetrando furtivamente pelas nuvens de chuva corre em direção ao seu encontro com as colinas ocidentais. Logo ficará escuro e precisamos voltar para casa. Expressamos nossa satisfação aos nossos bondosos hospedeiros e então voltamos ao furgão, refletindo sobre a hospitalidade destes índios simples. Quão amigáveis e calorosos foram para conosco, americanos do Norte!
Crê-se que os regentes incas foram os que popularizaram, senão os que originaram esta tradicional refeição da panela de pressão, e eles há muito já mergulharam nas páginas da história. Mas, quão contentes ficamos de que seus descendentes transmitiram a arte da pachamanka de geração em geração! Tendo saboreado uma de tais deliciosas refeições, estamos ansiosos de fazê-lo de novo. É algo que bem vale a pena repetir. Afinal de contas, no campo do bom comer, nada poderia ser tão terreno!

8/5/70-16

Provérbio da semana (13:9)

A própria luz dos justos alegrar-se-á; mas a lâmpada dos iníquos — ela será apagada.

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.