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sexta-feira, 31 de maio de 2013

Raridades e Recordações ( 100 )

Chegando ao número 100 temos um clássico do rock e do grunge. Boas recordações!

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Cuidado com a electricidade




VALE a pena ser cuidadoso ao trabalhar com electricidade. Embora talvez use electricidade de baixa voltagem, não é inofensiva. A baixa voltagem está envolvida em mais de 90 por cento dos acidentes eléctricos, e, em quase a metade dos acidentes eléctricos que resultam em morte. Assim, considere cuidadosamente estas notas sobre a segurança quanto à electricidade:
• Cuidado quando estiver no banheiro. Este não é lugar para rádios, aquecedores eléctricos, secadores de cabelo ou abajures de pé. Acima de tudo evite tocar, ou ligar e desligar aparelhos eléctricos ou interruptores quando estiver na banheira ou no chuveiro. Isso significa brincar com a morte.
• Quando suas mãos ou pés estiverem molhados, jamais toque em nada eléctrico; estará provavelmente sendo “condutor”.
• Tenha cuidado ao colocar lâmpadas. Poderá ser electrocutado se seus dedos escorregarem para dentro do casquilho.
• Para proteger as crianças, use tampas de segurança nas tomadas eléctricas. Os buraquinhos nas tomadas eléctricas talvez atraíam as crianças pequenas a meter agulhas, as unhas, tesouras ou outros objectos neles. Expõem-se a grande perigo mas isso pode ser impedido.
• Ao remover o fio de ligação dum aparelho eléctrico, sempre o retire por puxá-lo pelo pino, e não por puxar o fio.
• Ao pregar um prego na parede, use de precaução extra se não souber exatamente onde estão os fios eléctricos. Usualmente correm em sentido vertical e horizontal das tomadas e dos interruptores.
• Antes de sair de casa para passar férias extensas, retire os pinos das tomadas ou desligue sua chave-geral como precaução contra incêndio.
• De tempos a tempos inspeccione os fios eléctricos para ver se o isolamento ainda é flexível e não está rachado. Examine-os em especial nas tomadas e no ponto em que entram no aparelho. Fios descascados são um incêndio em potencial.
• Não passe nenhum fio eléctrico sob o tapete. Se o isolamento ficar gasto, talvez dê curto circuito, possivelmente provocando um incêndio.
• Utilize fusíveis que são de amperagem apropriada para o circuito envolvido. Usar fusíveis de amperagem maior do que o circuito exige pode causar um incêndio doméstico. Uma solução melhor é mudar um aparelho para uma tomada de outro circuito.
• Devido ao acúmulo de alta voltagem, jamais brinque com o interior dum televisor se estiver ligado.
• Ao usar aparelhos que consomem muita energia, tais como ferros eléctricos, torradeiras e fogões eléctricos, certifique-se de possuir fio grosso se precisar duma extensão. Deve ser uma extensão com fio bastante grosso, e não apenas com isolamento extra.
• Se a torrada ficar presa numa torradeira, não meta uma faca nem outro utensílio para retirá-la, a menos que tenha retirado o fio da tomada.
• A maioria dos aparelhos eléctricos estão equipados com pinos com o “terra”, para isolar com segurança a armação ou caixa do equipamento. Certifique-se de que o aparelho esteja isolado antes de usá-lo. Esta é a lei em muitos países, e é para a sua segurança.
• Lave os cobertores eléctricos levemente a mão. Usualmente é melhor não enviá-los aos tintureiros. Os fluidos da lavagem a seco contêm solventes que podem estragar o isolamento. O revolver da lavadora e da secadora também podem causar rompimentos na fiação e no isolamento. É mais segura a lavagem cuidadosa a mão.
• Se presenciar um acidente eléctrico, não toque na vítima enquanto a corrente estiver ligada. De outra forma, talvez também possa ser electrocutado. Primeiro, desligue a corrente tão rápido quanto possível. Remova o pino, desligue a tomada ou desatarrache o fusível. Numa emergência, usando como intermediário vários jornais secos, uma tábua seca, um tapete de borracha ou algum outro material isolante, segure na roupa da vítima e a arranque do condutor de energia. Uma corda seca ou um lençol da cama podem resultar de ajuda, também. Se a respiração ou batida cardíaca da pessoa tiver cessado, aplique de imediato a respiração artificial.
Mantenha-se alerta e observador ao trabalhar com electricidade. Se ocorrer grave ferimento ou morte, dizer que “não pensei que . . .” não é uma desculpa muito confortadora. Cuidado com a electricidade.

in Despertai de 8/6/1973 p. 12

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Provérbio da semana ( 22:7 )

O rico é quem domina sobre os de poucos meios, e quem toma emprestado é servo do homem que empresta.

domingo, 19 de maio de 2013

sábado, 18 de maio de 2013

O saber não ocupa lugar ( 367 )




O acidente nuclear de Chernobil libertou cerca de 400 vezes mais material radioactivo que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

É mais divertido participar





AS CONVENIÊNCIAS modernas concedem a mais pessoas mais tempo de lazer como nunca antes. Todavia, muitos não o usufruem plenamente. Dá-se isto com o leitor? Traz-lhe prazer o seu lazer? Ou o deixa com a sensação de vazio e dessatisfação?
Por que não analisa sua recreação? É a maior parte de seu tempo de lazer gasto em ver televisão, ir ao cinema, assistir a eventos esportivos ou a concertos musicais? Será esta a melhor forma de obter o maior prazer do tempo de lazer?
Lembra-se duma ocasião em que era participante activo de alguma recreação? Talvez fosse um jogo ao ar livre, feito com amigos, ou uma festinha musical. Quando terminou, como se sentiu? Falou com entusiasmo sobre como tudo foi divertido? É bem provável que essa experiência ainda esteja vívida em sua mente.
Naturalmente, isto não significa que não poderá divertir-se como espectador. Mas, inegável é que é mais divertido participar.

Benefícios da Participação

Participar deveras exige mais esforço do que ser um espectador passivo. Mas, há boas razões pelas quais vale a pena fazer esforço. Há benefícios a serem colhidos.
Exemplificando: lembre-se daquele jogo ao ar livre que realizou com os amigos. Lembre-se de como teve de manter-se constantemente alerta e até lépido em dados momentos. Seus olhos, ouvidos, seu cérebro, sua voz — seu corpo inteiro ficou envolvido nessa ação. E não foi gostoso verificar que correspondia razoavelmente bem às exigências do jogo? Oh, talvez tenha havido alguma confusão, mas tudo contribuiu para divertir. Se apenas tivesse observado o jogo, teria usado apenas os olhos e os ouvidos. Mas, a participação fez com que mais de seus sentidos fossem exercidos. Ajudou a manter alerta a sua mente.
Também considere o exercício benéfico que fez. O corpo precisa disso. O Dr. Sol C. Colman, quiroprático de Brooklyn, observou sobre o dano que sobrevêm às pessoas que gastam seu tempo de lazer vendo televisão. Disse que, às vezes no passado, quando as pessoas sofriam da doença da ‘espectadorite’, pelo menos andavam para ir e voltar do estádio ou do cinema. Mas, o que dizer de nós hoje? “Depois do jantar, muitos de nós só andam até o sofá ou até à próxima poltrona. Daí, sentamo-nos e permanecemos sentados, e olhamos e continuamos olhando sem parar, e comemos e continuamos comendo sem parar! Por fim, com os olhos turvos, os músculos entorpecidos e a espinha vergada, arrastamo-nos para a cama. . . . A maioria das pessoas precisamos mais do tipo correto de exercício, e ver menos TV. Isto inclui as crianças, bem como os adultos.’,
A participação traz outro benefício. Aproxima-o de seus amigos. O prazer mútuo fortalece os vínculos da amizade. Também, a participação aumenta seu respeito pela habilidade dos outros. Empenhar-se em certa atividade como amador o ajuda a avaliar a perícia daqueles que são especialistas nela. E, quando o leitor, como espectador, observa tais peritos em ação, seu prazer é muito maior.

Actividades Saudáveis

Há muitos jogos em que se pode participar, tais como futebol, boliche, golfe, basquetebol, voleibol, malha, tênis, beisebol e outros esportes. Natural é que a pessoa não queira escolher um jogo ou participar num jogo de tal forma que possa ferir a si mesmo ou a outros. Ter presente que se trata dum simples jogo, e que todos querem divertir-se, ajudará a pessoa a manter a devida perspectiva.
Outra atividade em que pode participar é caminhar a pé e o campismo. As famílias e os grupos de amigos acham isto um passatempo muitíssimo proveitoso. Planejar organizar a viagem, ajuntar o equipamento e as provisões necessários, montar acampamento, fazer uma fogueira e cozinhar nela, tudo isso pode contribuir ao prazer da vida ao ar livre. Todos os envolvidos ficam mais achegados. Em certo verão, um pequeno grupo gozou esta atividade por alguns dias ao longo de uma trilha para caminhadas na parte nordeste dos EUA. Divertiram-se tanto que, depois disso, suas experiências em tais caminhadas se tornaram o tópico de muitas palestras.
A música também fornece oportunidades de participação. Exemplificando: se toca um instrumento musical, poderá juntar-se a outros músicos e poderão tocar juntos. Ou, poderá fornecer o acompanhamento musical para uma festinha musical dum grupo. Mas, mesmo se não souber tocar um instrumento, tem uma voz que pode usar para cantar junto com os outros quando surgir a ocasião. Isto pode ser tão revigorante!
Assistir reuniões, também, pode ser mais prazeiroso e proveitoso se aproveitar-se das ocasiões em que se pede à assistência que participe por comentar ou responder a perguntas. Por envolver-se, a reunião se torna mais interessante para o leitor e os outros presentes.
Naturalmente, há ocasiões em que está sozinho nas horas de lazer. Haverá actividades em que poderá participar pessoalmente então?

Participar Quando Só

Podem ser muito estimulantes as atividades criativas em que a pessoa pode participar quando está só. Por exemplo, pintar, esculpir, construir coisas para o lar, ou tecer. Tais atividades podem ser tão absorventes que verificará que fica aguardando ansiosamente oportunidades de se empenhar nelas. Estojos para amadores se acham disponíveis para trabalhos com móveis, equipamento eletrônico, pinturas a óleo, brinquedos, artigos de couro e muitas outras artes. Não são difíceis de montar, se dispuser de um pouco de know-how.
Um benefício atraente é que tais estojos lhe economizam dinheiro, pois são usualmente mais baratos do que os itens já montados. Também, se der de presente um item feito em casa, será muito mais apreciado por ter sido feito pelo leitor. Uma dádiva assim é uma dádiva permanente, e o recebedor se lembrará do leitor muito mais do que se lhe tivesse dado um presente comprado.
Se gosta de ouvir música clássica gravada e sabe ler música, há uma forma em que pode envolver-se mais e, talvez, aumentar sua apreciação. Como? Por seguir a execução tendo em mãos a partitura musical. A partitura alerta a sua mente para os vários instrumentos em execução. Pode também estimular sua imaginação, movendo-o a visualizar os instrumentos e, talvez, até os movimentos dos executantes.
Se não tiver experiência em ler música, comece por seguir a música solada ao piano, daí, passe para canções, tercetos, quartetos e daí para uma orquestra plena, talvez até mesmo uma ópera. Muitas bibliotecas possuem partituras reduzidas e livros que ensinam a ler a partitura.
Assim, há muitas coisas que se pode fazer quando se está só e que podem tornar mais divertido seu lazer. Mas, o que dizer das ocasiões em que se tem de desempenhar o papel de espectador? Como se pode torná-lo mais satisfatório?

Apreciar o Papel de Espectador

Primeiro, é importante reconhecer as ocasiões em que se deve ser espectador. Exemplificando: se estiver numa reunião e o anfitrião convidou alguém a fazer algo para divertir seus convidados, então esta é uma ocasião para observar e ouvir. Talvez se tenha pedido a um violonista ou pianista que toque algo. Como seria fora de propósito alguém tentar ficar em foco ou pedir que outros participem. Esta é uma ocasião de desempenhar o papel de espectador.
O mesmo se aplica a comparecer a uma reunião em que é proferido um discurso público. Não se tentaria participar nisso a menos que o orador pedisse a participação da assistência, formulando perguntas para que ela respondesse. Ou talvez esteja vendo uma demonstração de alguma atividade. Para aprender, é preciso ouvir e observar.
Naturalmente, se alguém assiste a um evento esportivo ou a um concerto, as circunstâncias o obrigam a ser espectador. E, dependendo do que é apresentado, poderá apreciá-lo ou não.
Isto se dá, por exemplo, quando se trata de espetáculos de televisão e filmes. Pode-se ver um filme ou programa de televisão educativo que sublinhe a sabedoria manifesta na criação. Ou, poderá ver um excelente filme histórico ou simplesmente um excelente espetáculo leve. Mas, hoje em dia, muitas peças e filmes destacam a imoralidade como algo a ser aceito, tolerado e até mesmo glorificado. Assim, é importante ser seletivo se queremos que nossas atividades de espectadores sejam apreciadas e proveitosas.
Mas, para pleno usufruto de seu lazer, não seja sempre espectador. Lembre-se, é mais divertido participar.

in Despertai de 8/6/1973 pp. 9-11

segunda-feira, 13 de maio de 2013

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Palavra da semana ( 44 )

Atenção, leiam como deve ser!


caraolho |ô|

(alteração de caolho) 
adj.
1. [Portugal: Algarve, Brasil]  Pessoa que tem estrabismo. = ESTRÁBICO, VESGO
2. [Portugal: Algarve, Brasil]  Pessoa que só tem um olho ou só vê de um olho.

Sinónimo Geral: CAOLHO, ZAROLHO
Plural: caraolhos |ó|.

domingo, 5 de maio de 2013

O saber não ocupa lugar ( 366 )




De 1889 até 1960, a medida padrão de um metro foi definida com base em uma barra de platina iridiada.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O rio gigante da África Central





QUASE que silenciosamente, serpenteando entre a vegetação tropical luxuriante, ele corre. Sua superfície ondulada marrom reflecte os raios do reluzente sol africano. Não se trata duma serpente das selvas, e sim do segundo rio mais comprido do continente africano e o sexto mais extenso do mundo.
Trata-se da poderosa corrente conhecida de muitos como o Rio Congo. O rio foi redenominado de Zaire pela República de Zaire em 1971. Longe de ser um riacho sussurrante, este rio gigantesco tem uma descarga de mais de 37.800.000 litros de água a cada segundo. Em termos de volume de água, é somente excedido pelo Rio Amazonas do Brasil.

Viajando Corrente Acima

A fim de familiarizar-se com esta maravilha natural, venha comigo numa viagem rio acima. Ela nos levará por cerca de 4.800 quilómetros, e verá os panoramas que fascinaram o Dr. Livingstone e Mr. Stanley, famosos exploradores do século dezanove. É deveras o paraíso do explorador.
Antes de começarmos nossa jornada, note quão forte é a corrente do rio em seu estuário. Lançando-se incansavelmente no Atlântico azul, deixou de resto pequeníssimo delta, mas cortou um canhão de uns 1.200 metros na plataforma continental, e suas águas marrons são discerníveis a cento e sessenta quilómetros da costa.
A primeira etapa de nossa viagem nos leva do estuário do rio a uns 130 quilómetros no interior, ao porto de Matadi. Neste ponto, temos de desembarcar, pois as montanhas de Cristal erguem uma barreira natural ao curso do rio. As águas espumantes cascateiam numa série de trinta ou mais cachoeiras conhecidas de forma colectiva como Quedas de Livingstone. Nos pouco mais de 320 quilómetros da capital, Kinshasa, até Matadi, o rio se abaixa mais de 240 metros. Parte desta energia natural é agora captada por turbinas duma hidroeléctrica, mas estas quedas d’água são também o motivo de se saber tão pouco sobre as cabeceiras do rio até há uns cem anos atrás. Actualmente, uma ferrovia é usada para transferir passageiros e carga de um barco para outro entre estes dois pontos.
Pouco acima da primeira das corredeiras, chegamos ao centro governamental de Kinshasa, cidade bem moderna que se espalha sobre uma ribanceira arenosa. Do outro lado desta vasta extensão do rio se acha a pululante cidade de Brazzaville, capital da República do Congo, país que margeia o rio por várias centenas de quilómetros.

Viagem de Barco

Para a segunda etapa de nossa jornada, desejaremos chegar ao ancoradouro dos barcos bem cedo a fim de pegar uma das barcas fluviais. Tudo está sendo colocado nela, pois tais barcas não só transportam pessoas (da primeira à terceira classe), mas também mercadorias e veículos de todos os tipos. Barcaças são também amarradas aos lados, ou na frente ou na traseira, a fim de serem puxadas ou empurradas a lugares distantes. Muitos itens importados, tais como combustíveis e manufacturados, percorrem sua longa jornada rio acima, ao passo que as barcas retornam trazendo as riquezas da bacia em forma de borracha, madeira, café, dendê, e produtos agrícolas.
Soltando as amarras, começamos a deslizar continuamente contra a corrente mais vagarosa, desviando-nos das milhares de ilhotas cobertas de mato que existem no rio. Estas e as enganosas correntes fluviais põem à prova as perícias de navegação até mesmo do capitão e da tripulação mais experientes. Calcula-se que, ao passo que o próprio rio pode receber barcos de carga em aproximadamente 2.700 quilómetros de sua extensão, as águas navegáveis são aumentadas para mais de 12.800 quilómetros quando combinadas com a de seus tributários. Às vezes, o rio se alarga de dezasseis a vinte e quatro quilómetros.

A Terra Intacta

Que vistas apreciamos pelo caminho! Progressivamente, sentimos que deixamos para trás a maior parte do que chamamos de civilização. Apenas as cidades ribeirinhas de Mbandaka e Kisangani, e algumas outras cidades crescentes, abertas nas selvas, nos lembram dos passos do país para viver no século vinte. A maior parte do cenário permanece intacta pela passagem do tempo.
“Mbote!” “Jambo!” Estas são as costumeiras saudações nativas ao atingirmos portos de parada ao longo do caminho. Em cada povoado que passa, grupos de crianças nuas correm à beira do rio, mostrando seus dentes imaculadamente brancos ao sorrirem e gritarem de forma excitada. No fundo, vemos várias casas de barro ou com telhado de colmo, cada uma com sua horta de milho, mandioca, abacaxi e banana.
Ali, vê aquele senhor de idade em pé em sua pequena canoa? Talvez contemple onde possa apanhar melhor seu jantar de hoje. E, mais adiante, um casal de papagaios cinzentos, com penas da cauda de um vermelho brilhante, voam baixo, chalrando estridentemente um para o outro. Ao dobrarmos a curva, um crocodilo desliza silenciosamente da ribanceira à procura de um jantar.
Actualmente, somos afortunados de ver um grupo de hipopótamos chafurdando alegremente nas águas lamacentas. E ali, à distância, um deles nada apenas com os olhos e as orelhas fora d’água.
Os animais e as aves de grande variedade habitam este grande rio do equador. E, ao continuarmos seguindo corrente acima, as árvores e os arbustos se tornam tão prolíficos que o reluzente sol do meio-dia adquire tonalidades escuras quando contemplamos as sombras das margens densamente arborizadas.

Comerciantes Fluviais

Mas, o que está à frente? Parece um comboio de pirogas ou canoas que pertencem aos lokeles, uma das mais de duzentas tribos que vivem em Zaire. Estas pessoas já vivem por séculos quer em suas canoas quer em casebres ribeirinhos. São comerciantes e percorrem o rio, vendendo comida e mercadorias de muitos tipos aos viajantes fluviais.
Para tornar mais fácil o comércio, alguns conseguem prender seus pequenos barcos no lado da barca mais rápida. Veja só aquela piroga ao lado. Pode-se ver que a própria piroga foi escavada numa árvore, sendo longo tronco recto escavado por horas e horas. A maioria delas são manobradas por um remo, mas algumas das maiores hoje em dia possuem motores de popa e deslizam pelas águas marrons como um torpedo, levando às vezes até quarenta ou cinquenta pessoas. São verdadeiros ‘ônibus fluviais’. Numa terra em que são poucas as grandes pontes, a viagem de canoa é um fato diário da vida de muitos.

Trovejantes Corredeiras de Stanley

Chegando a Kisangani, pouco abaixo das Corredeiras de Stanley, viajamos mais de mil e seiscentos quilómetros de barco e ainda assim o ponto que indica a metade do rio ainda está à frente. Nossa barca voltará daqui depois de receber a carga, visto que as sete cataratas que constituem as Corredeiras de Stanley impedem que se continue rio acima. Mesmo neste ponto, bem rio acima, cerca de 17.000.000 de litros de água por segundo rugem e trovejam sobre as falhas naturais rochosas da terra, sendo várias vezes maior a vazão que nas Cataratas do Niágara na América do Norte.
Mas, venha, eu lhe mostrarei uma vista que não desejará perder. Junto das corredeiras vivem os wagenias, que pegam peixes de forma incomum. Desafiando as correntes rápidas, fixam uma rede de varas nas reentrâncias das rochas, às quais prendem cestas em forma de cone, feitas de madeira e cipós, medindo cerca de um metro e oitenta de diâmetro na abertura. Duas vezes por dia, os wagenias inspeccionam suas armadilhas a fim de apanhar os peixes que se alojam nas cestas e que ficam presos ali devido à correnteza forte. Não demonstrando nenhum temor, remam em suas canoas no meio das correntes agitadas e mergulham bem no meio das águas espumantes, seus músculos cor de ébano se encrespando ao pegarem sua presa.

Em Direcção às Cabeceiras

Deixando para trás as Corredeiras de Stanley, continuamos rio acima, mas, agora, viajamos quase que para o sul. Curvando-se como uma gigantesca cimitarra, o curso do rio primeiro vai para o nordeste, mais tarde se volta para o leste, ao cruzar o equador, e então se curva para o sul.
Visto que a bacia fluvial recebe a chuva das épocas de ambos os lados do equador em ocasiões diferentes, não existem os extremos de enchentes e vazantes existentes em muitos outros grandes rios. A proporção de sua vazão mais baixa para a mais alta é de 1 para 3 (o que significa pouca variação sazonal no nível das águas e em seu fluxo), quando comparada com a de 1 para 20 para o Mississippi nos Estados Unidos, e de 1 para 48 no Nilo.
Além das Corredeiras de Stanley, o rio é conhecido localmente como Lualaba. Estendendo-se para o interior de Zaire, chega à vizinhança de Lubumbashi (antiga Elizabethville). No entanto, as cabeceiras mais distantes começam no nordeste de Zâmbia.
Gigantesco rio da África Central! Este é o poderoso Congo, agora conhecido como Rio Zaire, nome igual ao do país que depende grandemente dele para satisfazer suas necessidades diárias. Na verdade, trata-se duma infindável maravilha e de mais um testemunho da sabedoria e força dinâmica dum Criador inteligente.

in Despertai de 22/5/1973 pp. 24-26

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.