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quinta-feira, 26 de março de 2009

Multado duas vezes num minuto


Vítor Manuel Pinto, de 39 anos, informático, mora no Porto e trabalha em Penafiel. Cerca das 9 horas do passado dia 13, circulava na Avenida Sacadura Cabral, no centro da cidade penafidelense. Conduzia um automóvel e, ao mesmo tempo, ia a falar ao telemóvel com a mulher.
Vítor Pinto contou, ao JN, que a mulher estava doente e que foi para saber o seu estado que lhe telefonou. Porém, um carro patrulha da GNR avistou-o e foi no seu encalço, mandando-o encostar mais adiante, no centro da cidade penafidelense.
Diz que quando estava a ser autuado por uma patrulha da GNR - e acabava dos respectivos 120 euros da multa, às 9.14 horas - chegaram outros dois guardas, que copiaram dos colegas os dados do condutor, e avisaram-no que o iam multar pelo mesmo motivo. Oito dias depois, recebeu, em casa, a segunda multa, passada às 9.15 horas.
"Obedeci às ordens dos senhores guardas e apelei para me perdoarem a multa, mas eles foram irredutíveis. Consciente da transgressão, dei a minha identificação e eles passaram o auto. Levantei dinheiro e paguei logo, no acto, 120 euros", conta o condutor.
Só que, enquanto os guardas passavam a multa, chegaram mais dois guardas, a pé. Vítor Pinto conta que um deles avisou-o logo da segunda multa. "Disse-me: o senhor vai ser autuado porque o vi a conduzir ao telemóvel. Vou copiar os dados dos meus colegas e a multa vai para sua casa."
"Não me pediram documentos e eu pensei que se tratava de uma intimidação porque um desses guardas mostrava-se agressivo. Para espanto meu, oito dias, depois recebo em casa, no Porto, o segundo auto com o texto igual à primeira multa, o mesmo artigo e em tudo idêntico. A diferença é que a primeira multa foi passada às 9.14 horas e a segunda às 9.15 horas", explica, ao JN.
"Ainda fui à GNR de Penafiel expor o meu assunto, acompanhado por um amigo. Disse a um guarda que perante a lei ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime, no mesmo local e praticamente à mesma hora, mas o guarda levou a mal o meu reparo e vim-me embora", acrescentou.
Indignado, Vítor Pinto diz que vai expor o assunto à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e espera não ter de pagar a segunda multa. "Não reclamo a primeira multa, mas a segunda não me parece correcta. Além disso, corro o risco de ficar sem carta, o que muito me prejudica porque viajo diariamente entre o Porto e Penafiel. Acho isto de muito mau gosto", frisa.
Comandante critica militares


Contactado pelo JN, o comandante do destacamento territorial da GNR de Penafiel, capitão Adriano Rocha, explica que pode haver situações em que um condutor é autuado pela mesma infracção, em pouco espaço de tempo, desde que, por exemplo, não haja conhecimento por parte dos autuantes. No caso, tendo em conta que os quatro guardas se encontraram, o procedimento do último autuante "é reprovável em termos éticos, revela excesso de zelo, não contribui para a boa imagem da GNR e nota má formação cívica", considera o comandante do destacamento territorial. Resta a Vítor Manuel Pinto protestar o segundo auto e lamentar a má fortuna de ter sido multado... numa sexta-feira 13. Em apenas um minuto.


in JN
Completamente absurdo!

quarta-feira, 25 de março de 2009

Apanhado a fazer sexo com boneca em estacionamento


A polícia de Cape Coral, no estado da Flórida, EUA, prendeu esta quarta-feira um homem que foi apanhado a ter relações sexuais com bonecas insufláveis num parque de estacionamento, com a capacidade esgotada, de uma loja, de acordo com o canal «Wink News», revela o G1.Testemunhas contaram que o homem nem sequer tentou esconder o que estava a fazer. «Eu notei o que se passava. Era óbvio que ele estava com uma mão sobre a boneca», disse uma das testemunhas.Um casal que estava com os filhos disse ao canal que viu tudo. «Ele começou, sabe, a molestar as bonecas», descreveu o marido. Segundo as testemunhas, as cenas aconteceram quase em frente à entrada principal do estabelecimento. «O gerente pediu para o homem sair, mas ele recusou. Ele era muito arrogante e disse que não tinha nenhuma razão para ir embora», disse.De acordo com o canal americano, as testemunhas destacaram ainda que o homem não parecia estar preocupado com a chegada das autoridades.


in tvi.iol.pt / EstranhomasVerdade.com
Queria sentir a borracha!

terça-feira, 24 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 232


O cosmonauta russo Sergei Krikalev (foto) é o ser humano que mais tempo passou no espaço, num total acumulado de 803 dias, 9 horas e 39 minutos.

segunda-feira, 23 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 231



O fio de uma teia de aranha é cinco vezes mais resistente que um fio de aço do mesmo diâmetro.

O que provoca seus tique-taques?


O QUE provoca o tique-taque rítmico dum relógio? Essa é uma pergunta que quase todo garotinho já fez, e, talvez, um bom número de menininhas. Poderia responder à sua pergunta?
O tique-taque é muito mais freqüente do que pensa. Sabia que um relógio tiquetaqueia uma média de 18.000 vezes por hora? Isso significa cinco vezes por segundo, 300 vezes por minuto, 432.000 vezes por dia — e cerca de 13 milhões de vezes por mês!


Primitivos Medidores do Tempo


Comparado com outros métodos de medir o tempo, o relógio é relativamente um novo instrumento. Os humanos provavelmente mediam o tempo primeiro por observarem o sol ou por medirem o ângulo das sombras das árvores. Por fim, relógios de sol foram introduzidos. Tais instrumentos marcavam o tempo por medir as sombras. Mas, num dia nublado, ou à noite, deixavam o homem sem seu relógio.
Obviamente, outro tipo de medidor do tempo era necessário. Muitas civilizações primitivas usaram um relógio de água ou "clepsidra". Embora variassem, o princípio era o mesmo. Permitia-se que a água ou outra substância escoasse de um vaso para outro. A quantidade que escoava podia ser medida, e, desta forma, marcava-se a passagem do tempo.
A introdução de meios mecânicos para medir o tempo foi importante melhora. Parece que os primeiros de tais medidores do tempo surgiram na Europa no século quatorze. Daí, por volta de 1500, um serralheiro em Nurembergue, Alemanha, inventou um relógio portátil. No entanto, era tão pesado que tinha de ser pendurado num cinto em torno da cintura.
Além de ser volumoso, os primitivos relógios não eram muito exatos. Com efeito, tinham apenas o ponteiro de horas. Mas, foram feitos aprimoramentos, e, por fim, medidores do tempo de precisão foram produzidos. Todos estes relógios primitivos eram fabricados à mão.
Daí, por volta de meados do século passado, os princípios de produção em massa foram aplicados à fabricação de relógios. Com o passar dos anos, aprimoramentos foram feitos nas técnicas de produção, de modo que são agora produzidos relógios que marcam o tempo quase que com perfeição.
Podem-se fabricar relógios agora que se adaptem num elegante anel ornamental para o dedo duma dama. Os parafusos usados em sua manufatura são tão pequeninos que milhares deles poderiam caber num dedal! Também, alguns dos buracos em que operam os pequeninos pivôs das rodas são tão pequenos que um cabelo humano não passaria por eles!


Como Funciona


Mas, como é que funciona um medidor mecânico do tempo? Como é que mede o tempo? O que provoca seu tique-taque?
Para ajudá-lo a visualizar a função dum relógio, poderia montar um carretel de linha num prego na parede. Daí, use um pouco de cola para grudar um palito de dentes na extremidade do carretel. Este palito de dentes servirá como ponteiro de minutos. Agora, devagarinho, puxe a linha do carretel. Isto fará girar o carretel e o palito grudado, o ponteiro de minutos. Se puxar a linha justamente na medida exata, o ponteiro de minutos fará uma volta completa em uma hora. Assim, dispõe dum instrumento para medir o tempo — embora um instrumento muito rudimentar.
Um medidor mecânico do tempo faz essencialmente a mesma coisa. Move os ponteiros em torno dum mostrador dum relógio em taxas precisas de velocidade para marcar o dia em unidades de tempo de segundos, minutos e horas. No entanto, o mecanismo para manter a taxa correta de movimento dos ponteiros, bem como sua sincronização uns com os outros, é deveras complexo.
Primeiro, um relógio tem de dispor duma fonte de energia para mover os ponteiros. Na ilustração acima, a energia era provida por se puxar a linha. Isto fazia girar o carretel, que rodava o palito de dentes, ou ponteiro de minutos. Num relógio comum, a energia é fornecida por uma "mola mestra". Trata-se duma peça fina, estreita, semelhante a uma fita, de aço de alta têmpera.
A mola mestra se acha dentro de um tambor que tem dentes em torno de sua circunferência exterior. Para acumular energia, há um mecanismo de corda por meio do qual se pode dar corda na mola mestra. Assim, quando dá corda em seu relógio, estoca energia na mola mestra. A mola mestra está ligada à parte interna do tambor de modo que faz girar o tambor à medida que tenta desenrolar-se.
Assim, à medida que o tambor gira, move a roda central. Esta roda, por sua vez, movimenta uma série adequada de outras rodas. A série de rodas é chamada de "jogo de engrenagens". Seu propósito é levar o movimento bem lento do tambor a todo o relógio. O jogo é assim uma série de engrenagens de redução que gasta a energia da mola mestra um pouco de cada vez, de modo que dure mais.
Ligados a certas rodas se acham os ponteiros de segundo, de minutos e de horas do relógio. Por meio de várias relações entre o número de dentes, o tamanho das rodas e sua velocidade de movimento, os ponteiros são movidos na velocidade devida para medirem o tempo.
Mas, como é regulado o fluxo de energia através das rodas, de modo que girem na velocidade correta para registrar corretamente a passagem do tempo?
Eis a tarefa do "escapamento", o coração e cérebro do relógio. A exatidão do relógio depende de sua precisão, qualidade e condição. Talvez possa visualizar em certa medida a operação do escapamento por considerar de novo a ilustração do carretel de linha preso à parede.
Suponhamos agora que entalhe com cuidado uns dentes na extremidade lateral do carretel. Daí, em baixo do carretel de linha, monte encostado à parede uma forquilha especialmente feita que tenha um pêndulo. Monte-a encostado à parede, com um prego no pivô da forquilha. Coloque a forquilha de modo que seus dois pontos se enredem nos dentes do carretel.
Agora, se puxar a linha, um dente do carretel afastará um ponto da forquilha do carretel, e isto moverá o pêndulo para um lado. Isto fará com que o outro ponto da forquilha se engate num dente do carretel. Ao continuar a puxar a linha, o pêndulo retornará e o primeiro ponto da forquilha se engatará com o seguinte dente do carretel. Ao continuar esta ação, o engate e desengate destas partes fará um rápido tique-taque. Em seu relógio, este tique-taque normalmente ocorre cinco vezes a cada segundo.
Um relógio de pulso em geral emprega um escapamento altamente refinado, usando uma roda de escapamento com quinze dentes e dois rubis nas pontas da forquilha. Num relógio, isto é chamado de âncora. Há outra roda conhecida como balanço, num relógio. Esta está ligada mais ou menos onde se acha o pêndulo em nosso escapamento ilustrado. A velocidade com que se move a roda de balanço de um lado para o outro é governada pelo cabelo. A roda de balanço e o cabelo se acham coordenados para girar de um lado para o outro cinco vezes por segundo, ou 18.000 vezes por hora.


Relógios Automáticos e Elétricos


Alguns relógios modernos são automáticos. Dispõem de um peso giratório ligado à mola mestra. À medida que o usuário move o braço, o peso gira e a mola mestra recebe corda. Os relógios elétricos empregam uma pequeníssima célula elétrica de aproximadamente 1,35 volts. Esta energia é ligada numa bobina (eletroímã) montada numa roda de balanço. A roda de balanço então movimenta os ponteiros na forma exatamente ao contrário de um relógio movido pela mola mestra. Em 1957, o relógio elétrico foi introduzido nos EUA.
Certo relógio elétrico utiliza um diapasão que faz movimentar um lingüete de catraca que, por sua vez, movimenta os ponteiros. Não usa um interruptor, mas um transistor para ligar a energia a suas bobinas. Esta combinação resulta num medidor de tempo muito exato. Não apresenta tique-taques, mas sussurros. O ponteiro de segundos não se move aos pulos como se dá com a maioria dos relógios, mas se move suavemente como o ponteiro dos segundos dum relógio elétrico. Este relógio foi introduzido em 1961.


Se Seu Relógio não Anda Certo


Se seu relógio começar a se atrasar ou a adiantar, ou parar por completo, qual é provavelmente o defeito?
Primeiro é bom compreender que muitos relógios contêm cerca de 200 partes diminutas que são mui cuidadosamente unidas e devidamente ajustadas. Embora algumas partes trabalhem sem óleo, os pequeníssimos pivôs que giram nos rubis empregam quantia extremamente pequena de óleo altamente refinado e custoso, usualmente óleo de peixe.
Agora, é possível imaginar o que acontece a este óleo num ano ou dois. Talvez se seque, e o relógio não ande certo ou pare. Manter seu relógio perto de uma fonte de calor fará com o que o óleo se seque mais cedo do que o normal. A falta de óleo é a causa número um dos defeitos de relógios.
O óleo é aplicado pelo relojoeiro que conserta relógios com um pequeno instrumento similar a uma chave de fenda, ou com um tubo de vidro que dispõe de diminuto cano de metal na extremidade, de cerca do tamanho dum cabelo humano. A cada rubi se aplica pequenina gota de óleo de cerca de um quarto do tamanho do ponto do fim desta sentença. Se vir embaçamento ou umidade no vidro de seu relógio, leve-o de imediato a um relojoeiro para limpeza. Deve ser limpo ou, de outra forma, o óleo será estragado. Se tiver sido mergulhado em água e não puder levá-lo logo a um relojoeiro para limpeza, pode ser mergulhado em álcool. Este absorverá a umidade, embora prejudique o mostrador e os ponteiros. O custo de reformar o mostrador e os ponteiros, contudo, é bem pequeno em comparação com a substituição de um mecanismo estragado dum relógio.
As mulheres, às vezes, esquecem-se de tirar o relógio quando lavam louça. E os homens que fazem trabalho árduo suam abundantemente, assim expondo seu relógio aos efeitos corrosivos do ácido da transpiração. A neve, embora seja agradável brincar nela, é uma das causas principais de o relógio andar mal em alguns lugares.
Também, a sujeira ou fiapos de tecido no mecanismo do relógio obstruirão as engrenagens pequeníssimas e por fim pararão o relógio. Às vezes, traz-se para conserto um relógio que parou, e encontra-se uma partícula microscópica de material entre o rubi e o eixo do balanço. A obstrução tem de ser removida antes de o relógio andar bem de novo.
A complexidade de um medidor de tempo se reflete no custo dos consertos. Em geral, porém, uma limpeza e lubrificação cabais levarão de uma hora e meia a duas horas e o custo pode variar grandemente, dependendo da localidade.
Entretanto, se um relojoeiro que conserta relógios lhe disser que deu muita corda em seu relógio, peça o relógio de volta e procure outro relojoeiro. Só se pode dar corda num relógio até certo ponto e, se estiver em boas condições, ele andará. Também, se lhe disser que tem de enviá-lo à fábrica, está querendo tomar tempo, ou é incompetente. Encontre alguém que conheça seu ramo.


A Perícia em Consertar Relógios


Talvez fique intrigado com os relógios. Talvez deseje conhecer mais do que apenas a razão de tiquetaquearem. Talvez aprecie trabalhar neles. Consertar relógios é uma perícia que pode ser desenvolvida. É interessante, desafiador e, às, vezes, frustrador. Mas, também pode ser recompensador.
Mesmo que não se interesse em aprender a consertar relógios, é bom saber o que os faz tiquetaquear. Saber algo sobre eles o ajudará a cuidar melhor do seu relógio.


in Despertai de 22/12/1970 pp. 17-21

Provérbio da semana (15:5)

Quem é tolo desrespeita a disciplina de seu pai, mas quem considera a repreensão é argucioso.

terça-feira, 17 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 230


Madagascar, na África, possui a maior diversidade em fauna e flora existente no planeta, com milhares de espécies exclusivas de seu território.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 229


Isaac Newton, um dos inventores do Cálculo, sofria de cálculo renal.

O seu fígado se pronuncia


PROVAVELMENTE pouco pensa em mim. Oh, talvez às vezes se preocupe com seu coração ou seus pulmões, mas raramente sobre mim — seu fígado. Muitas pessoas têm pouca idéia do que eu faço.
Sabia que, se eu parasse de funcionar, morreria em questão de menos de um dia? No número e na complexidade de minhas funções, eu envergonho seus órgãos mais conhecidos, o coração e os pulmões.
Não quero me jactar, mas realizo tarefas tão complexas que seria necessária uma grande indústria química, com hectares de laboratórios para realizar algumas de minhas tarefas mais simples. E, simplesmente não conseguiriam executar algumas de minhas designações mais complexas.
Em realidade, desempenho mais de 500 tarefas — pelo menos este é o número das que foram catalogadas. Mas, os homens constantemente descobrem outras que eu realizo. Eu fabrico mais de 1.000 enzimas diferentes para executar minhas conversões químicas! Caso eu falhe em qualquer uma de minhas principais operações, isso o deixaria doente e talvez morto. Até mesmo meus menores deveres são importantes para o seu bem-estar.
Participo em praticamente tudo que o leitor e os outros órgãos em seu corpo fazem. Sou vital para a digestão de seu alimento, a agudeza de seu cérebro, a força de seus músculos, a constituição de seu sangue, a batida de seu coração. Estou bem familiarizado com a sua pessoa. Então, não acha que deveria familiarizar-se mais comigo? Só se cuidar de mim é que posso fazer o mesmo pelo leitor.


Minha Morada e Tamanho


Primeiro, talvez fique pensando onde é que me localizo. Sou bem escondido e inconspícuo. Não apresento batidas como seu coração. Nem me expando e contraio a ponto de se notar, como seus pulmões. Assim, muito embora seja o maior órgão do corpo, pesando de um quilo e trezentos a um quilo e oitocentos gramas, muitas pessoas não sabem onde me encontrar.
Estou situado principalmente no lado superior direito de seu abdômen. Mas, eu me espalho! Tenho quase trinta centímetros de comprimento, e partes em mim variam de dois centímetros e meio a sete centímetros e meio de grossura. Minha parte superior atinge, no varão, quase a metade do tórax. E me estendo por todo o caminho até à extremidade inferior das costelas.
Assim, fico sob a cavidade protetora de suas costelas. Seus pulmões superpõem-se à minha parte superior. E minha parte inferior, por sua vez, sobrepõem-se a seus intestinos e estômago. Talvez, alguma vez, um médico já tenha feito pressão com as pontas dos dedos no sentido da parte superior da margem inferior direita das costelas. Provavelmente tentava sentir-me.
A engenhosidade é evidente em minha localização. Não só me ajusto bem num lugar bem protegido, mas também me acho próximo de seus outros órgãos. Isto é ideal, porque dependem grandemente de mim para o desempenho de suas funções.


Centro Básico de Controle


Tome-se o coração, por exemplo. Regulo o fluxo de sangue que vai até ele. Caso aja uma sobrecarga de sangue, eu fico inchado, absorvendo o excesso que talvez prejudicasse sua função bombeadora. Daí, emito sangue gradualmente, de modo que o coração possa manejá-lo. Sendo a esponja vascular que sou, posso embeber-me em cerca de três pintas de sangue ou posso reter até alguns gramas só.
Estou também vividamente interessado em seu alimento. O alimento que ingere passa do estômago para seus intestinos, onde é decomposto, e as matérias utilizáveis são enviadas à corrente sangüínea. Estou situado de tal modo que tais matérias chegam primeiro até mim. Elas me são entregues pela ampla veia porta, que se liga com a rede das veias intestinais.
Porta é nome apropriado para esta veia. Serve qual ‘porta’ ou ‘saída’ através da qual as matérias alimentares têm de passar antes de atingir os tecidos do corpo. E visto que a veia porta flui até mim, consigo monitorar todas estas matérias, convertendo-as numa forma utilizável pelas células corpóreas.
Minha posição estratégica também me permite protegê-lo das bactérias prejudiciais absorvidas pela corrente sangüínea portal. Disponho do que se chamam de "células de Kupffer". Estas agem como uma espécie de glóbulos brancos necrófagos. Capturam, engolfam e destroem as bactérias, à medida que passam através de mim. Se não fosse por esta proteção que lhe dou, grave infeção poderia desenvolver-se em alguma parte de seu corpo.
Também o protejo de outras substâncias tóxicas, tais como a cafeína e várias drogas. Se injetasse tais substâncias em meu vaso de saída de sangue que leva ao coração, talvez estivesse morto em questão de minutos. Mas, visto que têm de passar primeiro por mim, consigo salvaguardá-lo.
Um indício de minha eficiência foi certa vez fornecido por uma experiência feita com cães. Dois cães receberam igual dose de veneno, um dos cães a recebendo numa veia comum e o outro na veia porta. O primeiro cão morreu, mas o segundo, tendo o seu fígado tornado inofensivo o veneno, permaneceu sem ser atingido. Com efeito, a dose de veneno teve de ser multiplicada várias vezes antes de o segundo cão ser atingido. Isto ilustra minha importância como centro controlador de venenos.
Seu próprio corpo fabrica venenos que poderiam matá-lo. Sabia disso? Por exemplo, suba correndo as escadas ou faça algum outro exercício, e seus músculos queimam glicose — um combustível do corpo — para produzir energia. No processo, os músculos produzem ácido láctico que o envenenariam se se permitisse acumular-se. Mas, eu venho em seu socorro, transformando o ácido láctico em uma forma que possa ser de novo utilizada como combustível.
Também, a amônia está sendo constantemente fabricada, à medida que suas células corpóreas queimam proteínas. A amônia é absorvida pela corrente sangüínea portal e vem até mim. Se se permitisse que se acumulasse em seu corpo, morreria. Mas, eu cuido bem do leitor. Formo uréia da amônia, e a transmito aos rins, para ser eliminada.
Também regulo sua reserva de hormônios, mantendo um equilíbrio correto. O hormônio em demasia da tireóide poderia prejudicá-lo. Destruo o excesso perigoso. Também o protejo do acúmulo demasiado dos hormônios adrenais e sexuais.
Isto talvez o ajude a ver por que sou o mais versátil de seus órgãos, e o centro básico de controle do corpo. Sou o principal ponto de intercâmbio, síntese, decomposição e estocagem de itens alimentícios, bem como de outras substâncias necessárias a seu bem-estar.


Incomparável Laboratório Químico


Pense só na execução de centenas de conversões químicas, algumas das quais incrivelmente intrincadas, e, ainda assim, em fazê-las todas corretamente e no devido tempo! É isso que faço. Fabrico substâncias de que seu corpo carece, quando precisa delas. Mas, devido às múltiplas e complexas reações bioquímicas envolvidas, qualquer descrição dos meus processos tem de ser uma extrema simplificação.
Por exemplo, recebo açúcar pelo sangue portal em forma de glicose. Esta serve de combustível para seu corpo. Mas, se muito dela for lançada na corrente sangüínea, entrará em coma e morrerá. Certifico-me de que isto não aconteça.
Se houver suficiente glicose na corrente sangüínea, converto a glicose em excesso que recebo em glicogênio. Trata-se duma forma conveniente e compacta de estocagem da glicose, que, em sua própria forma, tomaria demasiado espaço. Daí, à medida que o corpo precise de combustível no decorrer do dia, transformo o glicogênio novamente em glicose e a envio pouco a pouco. Tal transformação, segundo certo médico escreve, "envolve uma seqüência altamente interrelacionada e complexa de eventos controlados enzimaticamente". Todavia, para mim, é um proceder simples e básico.
Em adição, recebo os aminoácidos que as enzimas intestinais decompuseram das proteínas. Caso as mandasse adiante na forma em que as recebi, seriam tão mortíferas como o cianureto! Assim, "humanizo-as", transformando-as em uma forma de proteína que seu corpo possa usar para edificar os tecidos.
Também produzo o fibrinogênio e a protrombina que coagulam seu sangue. Sangraria até morrer por qualquer cortesinho, se não fosse por elas! Todavia, ao mesmo tempo, participo na fabricação de heparina, que impede que o sangue fique fatalmente grosso. Certo médico assemelhou esta ação minha à fabricação de bombas atômicas e espoletas simultaneamente, sem um acidente ou explosão fatal. Sinta-se grato por eu não ficar confuso naquilo que estou fazendo!
Outra substância que fabrico é a albumina. Impede que o fluido de seus vasos sangüíneos escape e atinja os tecidos adjacentes. E para lhe fornecer a resistência contra a moléstia infecciosa, fabrico a globulina, que contém agentes imunizadores.
Todavia, outro de meus maravilhosos produtos é a bílis — aquele líquido amargo, verde-amarelado. Formo-a continuamente — até pouco menos de um litro por dia — gotejando-a em sua vesícula próxima para estocagem. É surpreendente o que entra em sua composição. Por exemplo, a cada segundo dez milhões de seus glóbulos vermelhos morrem. Ao passarem por mim, eu os apanho, retiro as partes boas para fazer novos glóbulos de alguns dos resíduos na produção de bílis!
Por meio da bílis, expilo as matérias indesejáveis do seu corpo. A bílis é lançada no trato intestinal e, dali, segue seu caminho para fora de seu corpo.
Mas, a bílis também é importante na digestão das gorduras, sendo enviada a seu trato intestinal na hora das refeições. Ajuda, também, na absorção das partículas gordurosas e das vitaminas do trato intestinal para a corrente sangüínea. Assim, fabrico e lanço a bílis no trato intestinal de modo que importantes nutrientes possam ser liberados e enviados de volta a mim por meio da corrente sangüínea!
Depois de eu terminar de processar as matérias nutritivas, produzindo os nutrientes de que seu corpo necessita, talvez os envie de imediato para a corrente sangüínea. Este sangue carregado de alimento sobe até seu coração, de onde é bombeado a toda célula de seu corpo. Ou, se não forem necessitados de imediato, estoco os nutrientes para uso posterior — açúcares, gorduras, proteínas, vitaminas e ferro se achando entre meus principais itens estocados. Daí, quando são necessários, eu os envio. Posso também converter os nutrientes de uma forma em outra — os açúcares em gorduras ou as gorduras em açúcares — para satisfazer as necessidades de seu corpo.


Dando o Devido Crédito


Estou seguro de que deve ter ficado impressionado com as tarefas complexas que realizo. Mas, não assuma a idéia de que esta é uma verificação completa. Só lhe fornece uma idéia de que órgão magistral eu sou. Realmente, quanto mais a pessoa aprende sobre mim, tanto mais aumenta sua reverência e surpresa.
Mas, não posso assumir o crédito. Não fiz a mim mesmo. E, certamente, o leitor não me fez! Ora, os mais bem informados cientistas médicos nem chegaram sequer a aprender como é que eu realizo muitas de minhas maravilhas químicas!


Pode Cooperar


Fico angustiado quando olho em redor e vejo quantos de meus vizinhos sofrem abusos de seus donos. Por exemplo, a cirrose trata-se duma doença que destrói as células do fígado e as substitui por inútil tecido cicatricial.
E o que provoca a cirrose? Entregar-se demais ao álcool é o fator principal. Converto o álcool em bióxido de carbono e água, impedindo um acúmulo fatal do mesmo no seu sangue. Mas, quando a pessoa consome diariamente grandes quantidades de álcool, seu fígado não pode suportá-lo. Decompõe-se, tornando-se retraído, duro e granuloso. Se isto não cessar, resultará a morte.
Isto não significa que eu seja um órgão delicado. Longe disso! Em realidade, minhas faculdades de regeneração são surpreendentes. Caso fosse removida uma parte de mim — até uns 80 por cento ou mais — poderia mantê-lo vivo até eu produzir novo tecido. Em questão de meses eu retornaria ao meu tamanho normal!
Ainda assim, preciso de sua cooperação para me manter saudável e para mantê-lo saudável. Uma dieta equilibrada de alimentos salutares é minha principal exigência. Isto significa ingerir alimentos que contenham os nutrientes básicos — carboidratos, gorduras e proteínas. Preciso especialmente de proteínas em que todos os aminoácidos essenciais se achem presentes em proporção correta. Os alimentos de origem animal — ovos, carne, galinha, peixe — são importante fonte delas.
Meu maior inimigo talvez seja comer demais os alimentos da espécie errada. Simplesmente não poderá esperar que eu me mantenha saudável se viver numa dieta de massas e alimentos processados desvitalizados. Nem posso funcionar corretamente se o leitor ficar com peso excessivo ou deixar de fazer o adequado exercício físico.
Deseja ser saudável? Então, lembre-se de que constituo uma de suas melhores proteções contra as doenças. Cuide bem de mim, portanto, e eu cuidarei bem de sua pessoa.


in Despertai de 22/12/1970 pp. 13-17

Provérbio da semana (15:4)

A calma da língua é árvore de vida, mas a deturpação nela significa quebrantamento do espírito.

segunda-feira, 9 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 228


O astrônomo alemão Johannes Kepler descobriu que os planetas se movimentam com velocidades variáveis e que o movimento tem a forma de uma elipse, e não de um círculo perfeito, como se pensava anteriormente.

Quais são os seus modos?


NA PRINCIPAL estação ferroviária duma capital européia, uma fila de pessoas aguardava a vez para cambiar moeda estrangeira. Ali vem um homem baixinho e corpulento. Passou pela fila de espera como se esta não existisse, adiantou-se a uma senhora no guinche, apresentou seu dinheiro ao caixa e disse algo sobre estar com muita pressa. Foi imediatamente servido, e daí saiu num passo desapressado, bem feliz com o êxito de suas táticas do tipo "eu primeiro".
Talvez estivesse com pressa. Mas também estavam os outros naquela fila. A diferença era que ele era egocêntrico, desconsiderado e possuía maus modos. Muitas vezes já passou por situações similares em lojas, em reuniões públicas e em meios de transporte público. Alguns abrem caminho aos trancos e barrancos para atingir um lugar de destaque.
Em bares públicos, por exemplo, já notou que, não importa o número dos que esperam ser servidos, alguém freqüentemente abre caminho por eles e faz aos berros seus pedidos. Já fez isto alguma vez? Esperamos que não. Já observou, porém, a reação daqueles que estão por ali? Alguns, sem dúvida, fizeram comentários quietos sobre a falta de consideração dessa pessoa. Talvez alguns expressassem duramente suas objeções. Outros, vendo seu êxito, sentiram-se movidos a seguir o exemplo da pessoa sem modos, sabendo bem que era algo egoísta e rude a fazer. Mas, o que fez o leitor?
O que faz sob tais circunstâncias revela muito sobre sua pessoa. Traz à tona sua verdadeira personalidade. Por que deveria aviltar-se ou rebaixar-se a práticas de pessoas egoístas em seu redor? Por que permitir que pessoas sem modos a influenciem ao ponto de se esquecer dos modos excelentes?
Um bem-conhecido poeta medieval usou a expressão, "O homicídio virá à tona", isto é, será por fim exposto. Do mesmo jeito, pode-se dizer que seus modos, sejam ruins ou bons, "virão à tona". Usualmente, revelam-se em ações pequenas e pouco conscientes, pela presença ou ausência de palavras simples, tais como "Por Favor" e "Obrigado". Podem ser detectados, também, pela forma com que se livra de seu lixo.
Lança o lixo simplesmente em qualquer lugar, ou o deposita em seus devidos receptáculos? Latas, garrafas, envólucros, guardanapos de papel já usados estragam a beleza dos parques públicos. Ao longo duma faixa de noventa metros duma estrada rural sossegada de Nova Jersey, EUA, certo repórter encontrou cerca de quinhentos litros de lixo. Nas estações de trem, nas paradas de ônibus e por volta dos balcões de lanchonetes, pode-se amiúde ver lixo, mesmo quando são providos receptáculos para lixo. E é comum verificar que nosso sapato adere à calçada, simplesmente porque alguém sem modos livrou-se indevidamente duma bolota de chiclete. Ugh! É revoltante a idéia de ter de raspá-la!
Uma enquête internacional confirmou que este problema do lixo existe em muitas nações. A Austrália, o Canadá, a Dinamarca, a Inglaterra, a Índia, o Japão, a Holanda, a Suécia, os Estados Unidos da América, a Alemanha Ocidental e a Venezuela foram citados como países que sofrem esta forma de delinqüência. Nem verificou ser verdade que a maior parte da sujeira possa ser atribuída aos visitantes e turistas. Com efeito, 70 por cento dos que participaram da enquête colocaram o maior quinhão de culpa nos ombros dos residentes locais.
O emporcalhador é um proscrito. Está contra a lei, a ordem e a limpeza. Não tem nenhuma consideração pelo conforto e bem-estar dos outros. Olhe só alguns dos parques públicos e locais de piqueniques em que ele já esteve! Não há nenhum prazer em se visitar tal lugar sujo. Mas, quando verifica que certo local já é uma mixórdia, o que faz? Tende a arrazoar que um pouco mais de lixo jogado por ali não fará nenhuma diferença real? Não se engane. Por suas palavras e ações, coloca-se do lado destes emporcalhadores ou contra eles.
Não se deve desperceber o custo deste tipo de maus modos. Sim, custa dinheiro cada vez que se joga fora o lixo. É preciso pagar os funcionários da limpeza pública para satisfazer as demandas de limpeza, e o custo da crescente equipe de limpeza pública se reflete em impostos mais altos — impostos que têm de sair do bolso de todos.
Todos nós devemos praticar bons modos, mas, os pais têm responsabilidade adicional. Devem estar também vividamente interessados nos modos dos filhos. É preciso paciência para treiná-los a demonstrar bons modos em todas as ocasiões, no lar e em público. Mas, o exemplo dos pais é que mais contribuirá para ajudar seus filhos a aprender a serem considerados para com os outros, os estranhos bem como os conhecidos, sob todas e quaisquer circunstâncias. O que os jovens fazem longe de casa usualmente reflete os modos aprendidos no lar.
Há bom motivo para examinar seus modos. Certamente não deseja que seus modos ofendam a Deus ou aos homens.


in Despertai de 22/12/1970 pp. 3-4

Provérbio da semana (15:2)

A língua dos sábios faz bem com o conhecimento, mas a boca dos estúpidos borbulha com tolice.

sexta-feira, 6 de março de 2009

O saber não ocupa lugar - 227


Joana d'Arc comandou as tropas francesas durante a Guerra dos Cem Anos com apenas dezessete anos de idade, foi chamada de bruxa por William Shakespeare e ridicularizada por Voltaire, antes de ser canonizada.

segunda-feira, 2 de março de 2009

A crise chegou aos ladrões...


Pesticidas — bênção ou maldição?


CADA ano, a terra e as colheitas de muitas nações são ensopadas de milhões de quilos de venenosas substâncias químicas. Os pesticidas químicos são usados para matar insetos, roedores e fungos indesejáveis. Venenos químicos são também usados para matar ervas daninhas e desfolhar as plantas.
O grau em que são usados os venenos químicos em algumas áreas foi observado pelo Times de Nova Iorque. Falando das fazendas algodoeiras do estado de Mississipi, EUA, disse:
"De março a novembro, o ar fica cheio de substâncias químicas para impedir que as ervas daninhas germinem, e outras para matá-las, caso o façam; com substâncias químicas para matar o gorgulho do algodão, as lagartas do algodão e outros insetos; e, por fim, na época de colheita, com um desfolhante de cheiro insuportável para remover as folhas dos algodoeiros. . . . Tudo junto, as substâncias químicas são espalhadas de 10 a 20 vezes por estação."


Cresce a Evidência


Todavia, há aqueles que, por muitos anos, avisaram sobre a tendência de se usar cada vez mais substâncias químicas nas colheitas e terras. Argumentavam que se causava um dano que poderia ter conseqüências sérias a longo prazo.
Atualmente, cresce a evidência de que os pesticidas e outros venenos fazem o que tais pessoas diziam. Nos anos recentes, as duras conseqüências do uso pesado de pesticidas se tornaram evidentes. Tais venenos resultaram ser eliminadores de grande número de aves e peixes, tornando algumas espécies quase extintas.
Verificou-se também que alguns dos pesticidas de longa duração estavam infiltrando-se nos humanos. Assim, até as autoridades e cientistas do governo estão preocupados agora. O Dr. Charles F. Wurster, biólogo da Universidade Estadual de Nova Iorque, disse: "O perigo não é mais discutível; é um fato estabelecido e científico." Outro cientista que examinou a evidência, observou: "Estou assustadíssimo."


Atingida a Vida Animal


Os venenos químicos são levados pelo ar quando espalhados, ou são levados, pela água, da terra para os rios e lagos, atingindo os peixes. No Rio Mississippi, verificou-se que os peixes que se alimentam de mosquitos continham tanto veneno que o Dr. Denzel B. Ferguson, do departamento de zoologia da Universidade Estadual de Mississippi declarou: "Tais peixes são bombas vivas. Qualquer coisa que vier e os comer está simplesmente condenada."
As aves norte-americanas, tais como a águia de cabeça branca, o falcão real e o pelicano americano castanho correm perigo de extermínio. No oceano, na costa da Califórnia, diminutas plantas marinhas e animais, conhecidos como plâncton, absorvem pesticidas que foram levados da terra pelas águas ou foram transportados para o oceano pelo ar. Os peixes comem o plâncton e acumulam pesticidas em seus sistemas. Daí, quando os pelicanos comem os peixes, os pesticidas se acumulam neles. Isto perturba seu intricado sistema reprodutivo. Agora as fêmeas põem ovos com casca tão fina que os ovos se racham e se desmancham quase que de imediato. Os ovos que talvez durem alguns dias são tão frágeis que, quando a fêmea se senta sobre eles, eles se rompem sob o peso dela.
Assim, muito embora os pelicanos talvez não sejam diretamente mortos pelos pesticidas, estão sofrendo extermínio porque seus ovos não conseguem ser incubados. Conforme declarou o Chronicle de São Francisco: "Parece que as enormes aves castanhas não chocarão nenhum filhote de forma alguma na Califórnia este ano, e a vereda da morte varre inexoravelmente em direção ao sul, chegando até às ilhas mexicanas dá costa da Baía Califórnia."
Numa fazenda criadora de perus em Arkansas, o poderoso pesticida heptacloro foi usado em perus vivos para controlar os micuins. De um total de 300.000 perus examinados, 124.000 se achavam contaminados pelo pesticida, segundo se verificou.
Às vezes, grandes números de animais são mortos diretamente pelos pesticidas. Por exemplo, em Hanover, New Hampshire, os pesticidas usados em olmos eliminaram centenas de aves. Cerca de 70 por cento dos tordos foram mortos.
O Medical World News, noticia uma experiência em que em vinte e cinco ovos fertilizados foram injetadas pequenas quantidades de uma substância química desfolhante usada amplamente nos Estados Unidos (e no Vietnam). Apenas quinze franguinhos sobreviveram. Onze dos quinze ficaram aleijados e sofreram outros defeitos. Nos franguinhos não incubados, verificaram-se várias deformidades e distúrbios.


Poderosos e Duradouros


Tão poderosos e duradouros são alguns pesticidas que vestígios deles foram encontrados nos pingüins da Antártida. Isto foi a milhares de quilômetros de distância do ponto mais próximo em que eram usados!
O que torna grave o problema é que alguns pesticidas não são solúveis em água. Assim, acumulam-se nos organismos expostos a eles. Com o tempo, o animal talvez contenha muito mais resíduos do pesticida em seu sistema do que há no ambiente. Deveras, diz-se que alguns animais talvez contenham mais de um milhão de vezes o total de seu ambiente!
Quando um animal come outro, tais como as aves que comem peixes que contenham pesticidas, os venenos se acumulam rapidamente no comedor. Por isso, quanto mais alto formos na cadeia de animais, mais concentrado se torna o acúmulo de pesticidas.
O uso de pesticidas tornou-se tão amplo que o Dr. Lorenzo Tomatis, da Agência Internacional Para a Pesquisa do Câncer, em França, declarou: "Não existe animal, nem água, nem solo nesta terra que, no presente, não se ache contaminado pelo DDT." Também, o Senador Gaylord Nelson de Wisconsin, declarou sobre o DDT: "Apenas em uma geração, tem contaminado a atmosfera, o mar, os lagos e as correntes, e se infiltrado no tecido gorduroso da maioria das criaturas do mundo."
Por ter o DDT aparecido no leite, na carne, nos legumes, nas frutas e nas pessoas, as autoridades governamentais dos Estados Unidos impuseram estritos limites ao seu uso após 1.° de janeiro de 1970. Mas, Robert H. Finch, então Secretário de Saúde, Educação e Bem-Estar, disse que os resíduos de DDT se apresentariam em alimentos "por dez anos ou mais" depois de uma proscrição entrar em vigor. Ao passo que diversos outros países também limitaram o uso do DDT, centenas de outros pesticidas continuam a ser usados.


Que Efeito Sobre o Homem?


Os estudos mostram que os estadunidenses possuem em média 12 partes por milhão de DDT nos tecidos gordurosos de seus corpos. Isto é mais de duas vezes a quantidade permitida em peixe vendido comercialmente. O Guardian Weekly da Inglaterra noticiou: "Tem-se descoberto também que o sangue do estadunidense mediano contém mais DDT do que é permitido na carne . . . inseticidas clorinados podem causar envenenamento crônico em pessoas expostas muito a eles, e se sabe que há perigo de prejudicar o fígado e os rins."
Os bebês de peito, segundo se verificou, estavam obtendo do leite de sua mãe o dobro da quantidade de pesticidas recomendada como limite máximo pela Organização Mundial de Saúde. O toxicólogo sueco, Dr. Goran Lofroth, observou que, quando tais quantidades se apresentam nos animais, começam a mostrar mudanças bioquímicas.
Vestígios de pesticidas foram encontrados nos tecidos de natimortos e de bebês que foram abortados. Em alguns casos, a concentração de venenos era tão alta como a existente na mãe. Verificou-se a existência de pesticidas no fígado, nos rins e no cérebro dos bebês, havendo a maior concentração no tecido gorduroso.
Num caso noticiado pela televisão nacional dos EUA, certo pai erroneamente alimentou seu leitão com cereal tratado com mercúrio, cereal que se destinava a ser plantado, mas não comido. Mais tarde, matou seu leitão e sua família o comeu. Séria doença afligiu sua esposa grávida e diversos filhos. Houve cegueira, defeitos na fala, dano cerebral e outras complicações. Disse-se que um dos filhos, se conseguisse sobreviver, se tornaria como um "vegetal", por causa de grave dano cerebral sofrido por ela.
Em experiências com ratos, grandes doses de pesticidas produziram câncer, anormalidades congênitas e defeitos hereditários a longo prazo. Na verdade, a maioria das pessoas não ficam expostas a uma dose concentrada de venenos químicos de uma só vez. Mas, o que acontece aos humanos que ingerem diariamente pequenas quantidades na comida que comem, no ar que respiram e na água que bebem? Deveríamos presumir que os insetos, as aves e os peixes podem ser mortos e algumas espécies ficar quase extintas, e, ainda assim, nenhum mal sobrevém ao homem por parte destes mesmos venenos?


Rompendo o Equilíbrio


Os pesticidas perturbam o que é chamado de "equilíbrio da natureza". Exemplo disto foi relatado pelo Dr. Lamont C. Cole, da Universidade de Cornell, conforme noticiado por U.S. News & World Report:
"A Organização Mundial de Saúde mandou o DDT para Bornéu para matar mosquitos. Funcionou muito bem. Mas, não matou as baratas, que acumularam DDT em seus corpos. Os lagartos que vivem nas choupanas com telhado de colmos comeram as baratas. O DDT tornou mais vagarosos os lagartos. Os gatos então apanhavam facilmente os lagartos. Mas, os gatos morreram . . . Desaparecidos os gatos, vieram os ratos, trazendo a ameaça de praga. E, uma vez desaparecidos os lagartos, as lagartas de borboletas se multiplicaram nas choupanas, onde se alimentavam do teto de colmos. Daí, os tetos começaram a desabar."
Quão irônico é que, ao passo que os pesticidas mataram insetos, estes mesmos tipos de insetos produziram variedades que são resistentes a tais pesticidas. Assim, são necessários venenos mais potentes para matá-las. Mas, diz-se que não há pesticida que os insetos não consigam por fim enfrentar.
Quais são estes insetos? O Departamento de Agricultura dos EUA fez um recenseamento de todos os insetos considerados prejudiciais pelo homem. De mais de 800.000 tipos conhecidos, o número classificado como "prejudicial" ficou reduzido a apenas 235, menos de 1/25 avos de 1 por cento dos conhecidos pela ciência!
O trabalho dos insetos que polinizam as plantas ultrapassa de muito o dano causado por outros insetos. Se os insetos que transportam o pólen fossem eliminados, a maioria das plantas florescentes e das flores se tornaria extinta. Se apenas as abelhas desaparecessem, calcula-se que 100.000 tipos de plantas florescentes morreriam.
Também, considere o seguinte comentário da World Book Encyclopedia: "Os lavradores contribuem para a difusão e o aumento das pestes de insetos por romperem o equilíbrio da natureza, e substituírem a variada vida vegetal dos campos silvestres por hectares de uma só espécie de planta." Certos insetos parecem vicejar quando grandes áreas são plantadas com uma única colheita.


Que Alternativas?


Há alternativas para o uso de pesticidas? Sim. Uma é o uso de insetos que comem outros insetos considerados daninhos. Os insetos que controlam pragas são muitos, tais como as joaninhas, os louva-a-deus, os hemeróbios e as vespas tricogrâmicas.
Em Kansas, certas plantações estavam sendo destruídas pelo pulgão verde, de modo que os lavradores importaram grandes quantidades de joaninhas de reprodutores. Depois de seis semanas, as joaninhas já mantinham controlados os pulgões verdes. Um dos grandes utilizadores das joaninhas relatou que os pulgões verdes ficaram quase que inteiramente sob controle após dois dias. E as joaninhas não constituem ameaça às plantações.
Outras alternativas incluem cultivar variedades de plantas mais resistentes aos insetos; técnicas de esterilização de insetos; controles mecânicos; interplantação de colheitas; uso de aerossóis feitos de matérias orgânicas tais como cebolas, alho, hortelã e outras.
A respeito da função e do controle dos insetos, a seguinte observação de Organic Gardening and Farming é interessante. Declara: "Quanto mais observamos seus métodos, tanto mais chegamos a entender que o inseto é o censor da Natureza em destruir a vegetação indesejada . . . em geral, os insetos preferem alimentar-se de plantas cultivadas com fertilizantes químicos antes que das cultivadas pelo método orgânico. O controle de pestes de insetos é possível de várias maneiras, sem se recorrer ao uso de aerossóis e substâncias químicas venenosas. As plantas fortemente atacadas pelos insetos ficam com freqüência nutricionalmente desequilibradas."
Torna-se aparente que muitos dos problemas encontrados pelo homem em seu uso dos venenos químicos se devem à sua falta de conhecimento e de previsão, bem como à sua gula econômica.


in Despertai de 8/12/1970 pp. 24-28

O saber não ocupa lugar - 226


A única diferença entre uma orquestra sinfônica e uma orquestra filarmônica é que a primeira é financiada pelo poder público e a segunda pela iniciativa privada, nada tendo a ver com sua constituição instrumental.

Provérbio da semana (15:1)

Uma resposta, quando branda, faz recuar o furor, mas a palavra que causa dor faz subir a ira.

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.