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terça-feira, 30 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 276


Os primeiros voos comerciais transatlânticos entre a América do Norte e a Europa, nos anos 30, eram feitos apenas por hidroaviões, que pousavam no rio Tejo, em Portugal.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 275




A abelha tem cinco olhos.

Um dia no tribunal


JÁ COMPARECEU a um tribunal em seu país, quer como espectador, quer como participante. Isso com certeza pode revelar ser uma experiência bem alertadora, experiência que pode ampliar sua visão e auxiliá-lo a apreciar que um sistema de lei é fase indispensável de uma sociedade, conforme a conhecemos.
Provavelmente muitas pessoas acham que as representações de julgamentos nos tribunais na televisão ou nos filmes são suficientes para familiarizá-las com a processualística jurídica. No entanto, deve-se ter presente que tais julgamentos fictícios são, usualmente, muito mais dramáticos e rápidos do que os reais. Ademais, um dia inteiro gasto no tribunal traz à visão uma certa medida das ações que são levadas a juízo, indo de assuntos insignificantes até a casos que envolvem a perda da vida.
Residindo em Willemstad, Curaçau, capital das Antilhas Holandesas, por mais de vinte e três anos, tempo durante o qual jamais estive num tribunal, achei que seria interessante ir até lá e ver o que se passava. De interesse adicional é o fato que os casos aqui são julgados pelo sistema de lei romana, ao passo que cresci num país em que a lei comum era seguida.


Os Dois Sistemas Legais


A lei da maioria dos países se baseia em um dos dois grandes sistemas legais, a lei romana ou a lei comum. No entanto, temos de ficar prevenidos de possível confusão resultante de aplicações diferentes do mesmo termo. Por exemplo, em países em que se segue a lei romana, não a chamam de “lei romana”, mas, antes, de “lei civil”. Por outro lado, em países em que se pratica a lei comum, o termo “lei civil” é usado para contrastar com “lei criminal”. Assim, atenhamo-nos aos termos de “lei romana” e “lei comum” a fim de evitar quaisquer mal-entendidos.
A lei romana é muito mais antiga do que a lei comum. A primeira codificação dá lei romana consistia em doze tabuinhas colocadas no Forum romano, à insistência dos desprivilegiados, por volta de 450 A. E. C. Permaneceu em vigor por muitos séculos. Daí, no sexto século E. C., o Imperador Justiniano procurou maior esclarecimento e a compilação da lei romana. Durante a chamada “renascença”, a lei romana ganhou muito prestígio adicional. Daí, em 1804, empreendeu-se ulterior codificação em França.
Quanto à lei comum, pode-se dizer que começou com a Carta Magna no século treze E. C. O Rei Eduardo I, da Inglaterra, foi para a lei comum o que Justiniano representou para a lei romana. Um ponto destacado no desenvolvimento da lei comum surgiu com a publicação de Commentaries on the Laws England (Comentários Sobre as Leis da Inglaterra), no século dezoito, pelo notável jurista, William Blackstone.
A investigação dos dois sistemas traz à vista evidências de rivalidades. No entanto, visto que nenhum dos dois sistemas é perfeito, deve-se esperar que cada um tenha seus méritos e defeitos. Uma diferença notável é que sob a lei comum a pessoa é considerada inocente até que se prove que é culpada, ao passo que, sob a lei romana, a pessoa acusada de um crime é considerada culpada até que possa provar sua inocência.


Abertura do Tribunal


O dia 7 de janeiro marcou a abertura da primeira sessão do tribunal criminal em Willemstad, Curaçau. A sessão foi iniciada às 9 horas da manhã, sob a presidência do Juiz F. C. Fliek, um holandês de maneiras brandas e de meia-idade. Quarta-feira é o dia dedicado aqui ao tribunal criminal. As violações de trânsito e outros casos menores são deixados para outros dias da semana. Excitado com esta aventura, cheguei cedo a tribunal. Tomei um dos lugares da primeira fila na seção reservada aos espectadores.
Como o Supremo Tribunal dos Estados Unidos, o tribunal é grande, mas a sala de julgamentos é pequena, acomodando apenas cerca de cinqüenta espectadores em quatro filas de bancos, cada fila sendo um pouco mais elevada do que a da frente. Há cadeiras para três juízes, bem como um lugar à direita dos juízes para o promotor público e um à esquerda para o escrivão do tribunal. Os juízes e os advogados se vestem de compridas vestes negras e amplos peitos brancos de aventais, dando um ar de solenidade à cena.
Pouco depois dois policiais trouxeram um grupo de seis homens que iriam ser julgados. Estavam bem vestidos e tinham boa aparência, variando entre vinte e trinta e oito anos. Os elementos materiais de prova a serem usados no caso foram colocados na mesa do juiz. Uma advogada, também vestida de comprida veste negra, apareceu e conversou com um dos réus. Daí, apareceu o oficial de polícia encarregado dos prisioneiros. Quando me viu, veio até mim e apresentou-se, afirmando que me conhecia, embora não me lembrasse onde é que nos encontramos. Quando perguntei se poderia tomar notas, convidou-me para ir à bancada da imprensa. Isto me convinha muito, visto que, de outra forma, os prisioneiros ficariam de costas para mim, tornando difícil ouvir suas declarações.
O problema do idioma às vezes complica as coisas na sala de julgamentos de Curaçau. O holandês é o idioma oficial, ao passo que o papiamento é a língua nativa. No entanto, há também muitas pessoas no país que falam inglês ou espanhol como sua língua nativa Normalmente a pessoa seria julgada em sua língua nativa, e, assim, um intérprete legal se acha usualmente disponível. O juiz de hoje, conforme se verificou, era um poliglota e tanto, e fez pouco uso do intérprete. Em holandês, papiamento ou inglês, aconselhou os réus com bondade, como um pai faria com um filho transviado.


Tecendo Comparações


Algo que não se encontra nesta sala de julgamentos é a bancada do júri. Na lei comum, há um júri dos pares do réu para decidir sobre sua culpa ou inocência ou, em alguns processos, para determinar a dose do julgamento. Aqui, sob a lei romana, o juiz sozinho decide tais questões.
Diz-se que a lei romana se baseia mais em regras, no que é chamado de “doutrina”, ao passo que a lei comum se baseia em princípios e precedentes. Na primeira, o juiz desempenha um papel menor. É mais como um juiz que exige que se atue segundo as regras. Sob o sistema da lei comum, os advogados e juízes procuram os precedentes, e um juiz talvez se torne famoso por alguma decisão baixada, uma que será usada qual precedente para as gerações vindouras.
O tratamento do réu antes de ser julgado também difere nos dois sistemas. Em partes do mundo, a lei comum progrediu ao ponto em que o preso não pode sequer ser interrogado pela polícia até que tenha oportunidade de ser representado por um advogado e até ser informado de quais são seus direitos sob a lei. Aqui em Curaçau, por outro lado, pode-se ser preso quando se é suspeito de um crime e pode-se ser mantido incomunicável por quatro dias ou mais, enquanto o caso é investigado. A vantagem disto, segundo se diz, é que o acusado não pode estabelecer um falso álibi enquanto fica incomunicável. A vantagem, naturalmente, está do lado da polícia. Em tais circunstâncias, o criminoso mais provavelmente confessará seu crime.
Talvez se conclua precipitadamente que o julgamento por júri, sob a lei comum, oferece as melhores probabilidades de um Julgamento imparcial do caso. Mas, dá-se isto necessariamente? O que sabe a pessoa mediana, que serve num júri, sobre a lei? Não é verdade que os membros dum júri podem ser mais facilmente controlados em suas emoções por um advogado esperto, ao passo que um juiz ou um painel de juízes terá menos probabilidade de ser controlado?
Há também a questão do tempo e da despesa a ser considerada. O tempo consumido na escolha dum júri não raro se vai amontoando e resulta numa pilha de casos nos tribunais de lei comum. Sob a lei romana, vários casos podem ser resolvidos no tempo em que se leva para escolher um membro dum júri sob a lei comum — em especial se o membro acontece ser figura controversial.
Os casos tendem a ser resolvidos com menos demora sob a lei romana, pois, sob tal sistema, não há provisão para livramento sob fiança ou sob custódia. Em Curaçau, se for cometido um crime que leva uma sentença de quatro anos ou mais, a pessoa é encarcerada até ser julgada. O tempo gasto na prisão antes do julgamento é usualmente deduzido da sentença. Se o crime envolver uma sentença de menos de quatro anos, o tribunal talvez permita que o réu retorne para casa até o caso ser julgado, embora muito dependa do tipo de crime envolvido.


Observando o Processo


Queda-se pensativo sob a efetividade dum sistema em que a decisão fica a critério de um só homem, o juiz? Bem, em cada caso julgado naquele dia no tribunal, o juiz sempre foi cuidadoso de dizer ao réu que tinha quatorze dias em que poderia apelar da decisão. Isso levaria o caso a um tribunal de maior instancia, com três juízes. Se ainda ficasse insatisfeito, o réu poderia levar seu caso a um tribunal de ainda maior alçada na Holanda. Dos quatorze casos que observei naquele dia, nenhum moveu recurso. Se o juiz parecia errar em qualquer tempo de suas decisões, era do lado da misericórdia.
Talvez pense que este é simples tribunal municipal, em que apenas casos insignificantes ou acidentes de trânsito são julgados. Não, tratava-se de verdadeiro tribunal criminal. Por exemplo, o terceiro réu naquele dia era um homem alto, bem vestido, de boas maneiras, de trinta e oito anos. Não havia nada em suas maneiras que sugerisse que, apenas alguns meses antes, cometera um homicídio premeditado.
Os fatos, conforme apresentados ao tribunal, mostravam que ele ensopara seu patrão em gasolina e então ateara fogo nele. Embora socorrido pela polícia, a vítima sofrera graves queimaduras e morrera no hospital dois dias depois. Qual a razão do crime? Parece que o homem há muito alimentava a animosidade contra seu patrão e não raro entretinha idéias de vingança. Isto se dava por que seu patrão continuava a menosprezá-lo e a zombar dele. Era envergonhado demais para discutir o assunto com seu patrão, simplesmente permitiu que o ressentimento fosse crescendo até chegar em estado explosivo.
No julgamento o promotor público pediu uma sentença de quatorze anos de prisão. Parece-lhe uma sentença leve para tal crime? Faz-nos lembrar que a lei romana, desde seu início, tendeu sempre a avaliar pouco a vida humana. Por exemplo, na primitiva Roma, um homem descuidado de seus deveres para com seu mestre podia ser severamente punido, ao passo que, se este matasse um de seus pares, era chamado de “indivíduo imprestável” e se saía com um castigo comparativamente leve.
Outros casos que foram julgados neste dia no tribunal eram de natureza menos séria. A maioria envolvia roubos, fraudes, brigas, resistir à prisão. Um caso a respeito da moral foi julgado por trás de portas fechadas. O juiz fazia a cada réu várias perguntas, tais como: Achava-se sob a influência do álcool quando o crime foi cometido? É casado? Quantos filhos tem? Tem emprego, ou perdeu o emprego por causa desta dificuldade em que se meteu? Era como um pai, mostrando interesse pessoal neles, dizendo-lhes que deveriam aprender a controlar seu temperamento. Indicava a tolice de resistir à prisão, pois, afinal de contas, o policial tinha de cumprir seu dever e não trabalhava nisso por prazer.
Os criminosos, como os violadores do trânsito, não raro repetem o mesmo crime, e era isso que apresentava verdadeiro problema para o juiz. Os ofensores na primeira vez foram admoestados a reformar-se, e, via de regra, receberam sentenças leves. Os reincidentes foram tratados com mais firmeza.
Os efeitos do colapso moral geral através da terra são refletidos aqui em Curaçau. O roubo parece estar aumentando. O que é mais, o roubo de um tipo que anteriormente jamais se ouvira falar — roubo de caixas de esmolas das igrejas!

Um dia passado num tribunal, especialmente como espectador, é deveras educativo. Aprende-se a pensar claro e logicamente; a ver uma questão de mais de um ângulo; a apreciar os direitos de um réu no tribunal.


in Despertai de 8/2/1971 pp. 20-24

Provérbio da semana (15:22)

Há frustração de planos quando não há palestra confidencial, mas na multidão de conselheiros há consecução.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 274


Os quatro pontos extremos da América do Sul são o Cabo Horn, no Chile (sul), Punta Gallinas, na Colômbia (norte), Ponta do Seixas, no Brasil (leste) e Punta Pariñas, no Peru (oeste).

quinta-feira, 25 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 273


Nijinski, um dos maiores bailarinos de todos os tempos, era esquizofrênico e morreu numa clínica psiquiátrica.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 272


Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico é a maior palavra da língua portuguesa, usada para tipificar o portador de uma rara doença pulmonar contraída pela aspiração de cinzas vulcânicas.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 271


Apesar de ser o descobridor da América, Cristóvão Colombo nunca pisou no continente americano, apenas em ilhas da atual América Central.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 270


Veneza, na Itália, possui 177 canais e 400 pontes.

Flores — deleitosa dádiva de Deus ao homem


QUEM é a pessoa cujo coração não se alegra ao contemplar uma flor? Um ramalhete de rosas pode de imediato iluminar um dia, alegrar um rosto tristonho, soerguer um coração deprimido, até mesmo fazer com que brote uma amizade e floresça o amor.
Na primavera, quem pode passar por um corpo de água, com sua superfície reluzindo com a beleza do nenúfar, sem sentir alguma apreciação pela própria vida? Ou, no outono, quem pode atravessar um campo decorado com o brilho de purpurinos ásteres e lampejos da virga-áurea, sem se sentir enriquecido? Que janela não foi embelezada, ou que cozinha não foi abrilhantada, ou que sala de estar não foi transformada pela presença de lindas e delicadas flores ou plantas?
Os homens se referiram a elas como “as estrelas da terra”, “os sorrisos da boa qualidade de Deus”, “um autógrafo da mão de Deus”. “As flores”, disse o estadista inglês William Wilberforce, “são os pensamentos belos de Deus, assumindo forma para abrilhantar a contemplação mortal; — brilhantes gemas da terra, em que, quiçás, vemos o que era o Éden — o que poderá ser o Paraíso!” Quão muito menos agradável seria a terra sem as flores!
Para muitos homens e mulheres, as flores são mais do que criações de beleza decorativa. São coisas vivas delicadas que excitam a imaginação. Inspiram fé em Deus e fazem com que ações de graça e louvor fluam até ele. As frágeis formas das flores e as infinitas cores perfeitas revelam um Deus sensível às necessidades e emoções humanas.
“Pense só nisso”, disse certa dona de casa, “podemos tocar numa flor e ela talvez morra, ainda assim, essa mesma flor é suficientemente vigorosa para atravessar uma chuvarada sem sofrer danos! É simplesmente maravilhoso”. Numa entrevista, ela mencionou as flores como significando muitas coisas: calorosa afeição, entendimento, apreciação e, talvez, acima de tudo, tenro amor. Ela gostava de flores.


As Flores Através das Eras


A apreciação pelas flores é uma coisa que o homem antigo e o homem moderno têm em comum. Os babilônios, os egípcios, os medos e os persas eram engenhosos em seu uso decorativo de flores. Seus parques eram magnificamente arquitetados e suas mesas de festa e de banquetes não raro eram decorados com jardins em miniatura que suscitavam grande admiração. Segundo certa inscrição, o Rei Ramsés III do Egito doou nada menos de 500 jardins e 19 milhões de buquês de flores em honra ao deus Amom!
Quando o Egito se tornou província do Império Romano, & antiga arte de decoração floral começou a mostrar sua influência em Roma. Nas cortes de Nero, era costumeiro guiar os convivas para os grandes banquetes por um tapete de pétalas de flores, e oferecer-lhes uma coroa de rosas, a qual, quando posta na cabeça, tinha efeito refrescante.
Algumas das formas mais artísticas de decorações florais chegaram ao homem moderno procedentes do Japão. A habilidade e a perícia dos japoneses neste campo estão intimamente associadas com o arraigado amor que nutrem pela terra.


Jardins Interiores


Quando jardins florais se instalam em interiores, algo de maravilhoso acontece. Tornam-se companheiros íntimos. Os peitoris de janelas se alinham com plantas em vasos e os buquês enfeitam os cômodos. Cada novo raminho se torna importante. Cada nova folha é observada desde a mais tenra infância. Cada nova flor se torna uma amiga pessoal, praticamente um conviva no lar. Desde pequeno pedúnculo até a plena madureza, dificilmente um movimento escapa ao se acompanhar esta beleza do crescimento da flor.
Alguns, em especial, apreciam flores perfumadas. Quando realmente chega o inverno, como se sente falta do cheirinho do ar livre! E o jardim interior habilita a pessoa a gozar parte dessa fragrância estival o ano todo. Com freqüência se escolhem flores para casa por causa disso. Observe-as abrir-se e enviar seu perfume por toda a casa. Há plantas cujas folhas, quando esmagadas com gentileza, perfumam seus dedos com uma variedade de perfumes refrescantes. Que dádivas deleitosas de fragrância!


Arranjos Florais


Criar um arranjo floral é grande arte. Significa mais do que jogar flores num vaso. Os japoneses afirmam que cada caule, folha e flor é parte vital dum padrão, e que até mesmo o espaço entre eles pode ser usado com bom proveito. Raminhos e flores de várias dimensões, arranjados com graça, não raro se combinam para fazer surpreendentes composições.
Um grande buquê não é necessário para produzir bom efeito. Um vaso de cobre com algumas zínias de cores brilhantes ou girassóis amarelos, contrastando com um fundo claro, podem fazer maravilhas a um quarto. O efeito é como se as cortinas fossem afastadas para o lado e se tivesse deixado brilhar lá dentro o sol. Alguns amores-perfeitos na cozinha, ou pequeno caneco de barro de fura-neves ou anêmonas são um estímulo. Fazem a pessoa pensar que alguém lhe sorri o dia inteiro. E que sorrisos de felicidade são!
Longas hastes são colocadas com melhor proveito em vasos altos, mas, deve-se exercer cuidado para que o buquê não se transforme numa “vassoura”. A fim de manter o arranjo todo tão natural e sereno quanto possível, as hastes devem abrir-se como um leque a partir de um ponto central, e não ser lançadas num padrão entrecruzado.
O estilo exige uma relação planejada entre as flores, as folhas e o vaso. Num vaso de miniatura, usam-se apenas flores bem pequenas. Flores bem grandes exigem um vaso suficientemente grande para contê-las. Um pequeno arranjo talvez vá bem numa pequena escrivaninha ou mesa. Para uma mesa grande e pesada, num quarto espaçoso, um arranjo maciço num vaso adequado é o que serve. Assim, o arranjo floral exige o equilíbrio.
Por observar cuidadosamente as flores arranjadas com bom gosto nas vitrinas das lojas de flores, pode-se aprender muito. Num arranjo de cores misturadas, cada cor pode ser usada em pencas ou massas, ao invés de ser colocada como um tecido de xadrez escocês. Com poucas exceções, as flores não são colocadas uma diretamente sobre a outra ou em degraus ordenados.
Quanto aos vasos, em geral, as cores neutras são as melhores, porque podem ser usados para muitas flores diferentes. Verde acinzentado, branco antigo, e cinza pálido são cores bem escolhidas. As formas devem ser simples e agradáveis à vista.


Flores em Toda Estação


Toda estação tem sua beleza que pode ser trazida para os interiores; não há estação que desaponte o homem. Durante os meses de inverno, a hamamélide e o abrunheiro bravo podem ser apreciados em sua plenitude. A primavera nos deleita com a ornamental magnólia, as flores de coloração suave da ameixeira, do pessegueiro e da cerejeira, os amentilhos do amieiro e do salgueiro e o temporão rododendro. O verão torna muito fácil para nós as coisas, provendo-nos ampla variedade de arbustos florescentes, tais como o laburno, o pilriteiro, e o jasmim, ao passo que as hastes cortadas de ásteres, a bérberis vermelha, a piracanta, e o alaranjado ramno do mar, para citar apenas alguns, são, na época do outono, especialmente adequados para se criar um quinhão raro de decoração floral. Uma simples tigela de barro, com a ajuda de alguns ramos de folhagens de frutinhas silvestres, pode transformar-se em fascinante peça de beleza exterior dentro de sua sala de estar.
Com efeito, um único ramo de folhagem, formado anormalmente, uma vez colocado numa jarra ou vaso de gargalo estreito, pode tornar-se uma criação peculiarmente artística e um motivo de conversa no lar. Os lindos frutos ou as folhas esplendidamente coloridas de certas espécies de folhagens fornecem adornos bem apropriados que passam de uma estação para a seguinte sem confusão.
Poderíamos continuar sempre explorando mais e mais meios de trazer a deleitosa dádiva de Deus ao homem — sua bela criação vegetal — ao nosso alcance, em especial se não estivermos normalmente em condições de sair ao ar livre e apreciar a beleza excitante dos lugares abertos.


in Despertai de 8/2/1971 pp. 13-15

Provérbio da semana (15:21)

A tolice é a alegria do falto de coração, mas homem de discernimento é aquele que vai diretamente para a frente.

terça-feira, 16 de junho de 2009

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Aproveite ao máximo a sua energia quando trabalha


SENTE-SE amiúde cansado, ou esgotado, antes de terminar seu dia de trabalho? Se assim for, pode derivar conforto de que não é de jeito nenhum o único. Todavia, não se pode deixar de notar que alguns se cansam menos rápido do que outros; parecem conseguir fazer mais com menos dispêndio de energia. Para eles, trabalhar é um prazer, como deveria sê-lo.
Sábia e amorosamente, o Criador equipou o homem para o trabalho. Supriu ao homem de ossos e músculos fortes, de modo que pudesse fazer o necessário trabalho físico, e um cérebro surpreendente com o qual o homem pudesse efetuar todos os tipos de tarefas mentais. Também nos constituiu emocionalmente de forma a termos satisfação e felicidade de fazermos um trabalho bom e útil. Como se expressou o sábio Rei Salomão: “Vi que não há nada melhor do que o homem alegrar-se com o seu trabalho, porque este é o seu quinhão.” — Ecl. 3:22.
O que o ajudará a aproveitar ao máximo sua energia quando trabalha? Uma coisa que o ajudará grandemente é interessar-se em seu trabalho. Como assim? Devido ao poder das emoções sobre o corpo. Quando a mãe dum rapazinho lhe pede que faça certas tarefas domésticas, talvez alegue que está cansado. Mas, no instante seguinte talvez gaste todos os tipos de energia jogando bola com seus vizinhos jovens. Acha essa atividade emocionalmente satisfatória, mas não a outra.
Por interessar-se realmente em seu trabalho, pode torná-lo emocionalmente recompensador e, assim, mais fácil de fazer. E pode avivar seu interesse em seu trabalho por analisar por que é necessário, por que é um trabalho que precisa ser feito. Também, pode aumentar seu interesse nele por lembrar-se de seu próprio motivo de efetuá-lo: porque supre as necessidades da vida para si e para seus entes queridos. E pode aumentar ainda mais seu interesse em seu trabalho por pensar em aprimorar a qualidade do mesmo, ou sua eficiência em fazê-lo. A satisfação resultante o ajudará a dirimir qualquer sensação de amolação, o que com tanta freqüência impede que a pessoa aproveite ao máximo sua energia quando trabalha.
Se há de aproveitar ao máximo sua energia quando trabalha, também fará bem em aprender a evitar movimentos desnecessários. Uma ajuda neste sentido é dispor seus instrumentos ou materiais da forma mais conveniente. As cozinhas modernas são feitas de modo a exigir o mínimo de passos da parte da dona de casa quando ela prepara as refeições. Pode usar este princípio em tudo que faz. Assim, pode agir também o lavrador, o mecânico, o carpinteiro e outros. Os empregadores não raro oferecem polpudas gratificações a empregados que apresentam sugestões práticas para aumentar a eficiência duma operação. Com este mesmo fim, empregam-se peritos em eficiência.
De ajuda neste sentido é usar ambas as mãos sempre que isso ajude a tornar mais fácil ou mais rápido cumprir uma tarefa. Ao erguer objetos pesados, não deixe toda a tensão ficar sobre suas costas por apenas se curvar para a frente, mas dobre os joelhos de modo a utilizar a força dos músculos das pernas. Deixar de fazer isso já causou rupturas desnecessárias em muitos homens. Por outro lado, não envolva mais partes do seu corpo do que as que são necessárias para fazer certa tarefa. Não envolva seu braço inteiro quando apenas os pulsos ou antebraços têm de movimentar-se.
O treinamento correto não deve ser despercebido. Não raro, a pressa de cumprir uma tarefa faz com que a pessoa deixe de lado a instrução ou o treino corretos, e, assim, age duma forma que não é eficiente e desperdiça muito tempo e energia. Poder estabelecer seu ritmo também é útil em conservar sua energia quando trabalha. Se for tanto nervoso como consciencioso, é bem provável que se incline a trabalhar tão rápido quanto possível. Em resultado, é provável que fará mais erros, bem como ficará exausto antes de terminar seu dia de trabalho. Aprenda a controlar sua ansiedade e adotar um ritmo calmo e constante. Daí, não ficará exausto antes da hora de deixar o trabalho e até mesmo ainda disporá de alguma energia para as horas da noite.
Outro fator a considerar, se há de aproveitar ao máximo sua energia quando trabalha, é não sobrecarregar-se por comer demais. Refeições muito ricas e muito pesadas tendem a fazer com que diminua de passo e tornará mais laborioso o empenho nas tarefas à mão. Tais refeições também tendem a torná-lo gordo demais, e a pessoa gorda não raro acha todos os tipos de trabalho físico muito mais difíceis.
É importante descansar e dormir o suficiente. A quantidade de energia de que dispõe, em primeiro lugar, depende em considerável grau do que faz toda noite. Não busque tão avidamente os prazeres a ponto de que trabalhar se torne uma dureza ou amolação. Em especial, é essencial o sono adequado para restaurar sua energia mental e nervosa. É ainda mais vital do que o alimento e a bebida.
Mas, sem levar em conta sua vocação na vida, é o proceder de sabedoria pensar em aproveitar ao máximo sua energia quando trabalha. Resulta não só em eficiência, mas também em satisfação e em prazer em seu trabalho.


in Despertai de 8/2/1971 pp. 3-5

Provérbio da semana (15:20)

Filho sábio é aquele que alegra ao pai, mas o homem estúpido despreza a sua mãe.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 266


O primeiro selo postal do mundo foi o Penny Black, surgido no Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda em maio de 1840.

A aveia lhe faz bem


Cultiva-se a aveia em todo o mundo, cerca de 1 milhão de hectolitros por ano, mais de um quarto do que é produzido nos Estados Unidos. Nesse país, só o milho ultrapassa a aveia. Há cerca de cem espécies diferentes de aveias, entre as quais se acham a aveia branca, a vermelha, a amarela, a cinza e a negra. Trata-se dum cereal favorito dos escoceses, e não sem boa razão. Grassa em solo inclinado, tal como o encontrado na Escócia, é o mais econômico de todos os cereais no que tange ao valor alimentício, e a palha de aveia pode ser usada como ração e como fertilizante.
Em alguns países, considerável porção da colheita de aveia é usada como ração para animais, tais como cavalos e galinhas. Com efeito, é a melhor ração de todas para os cavalos, não sendo ultrapassada como reparador dos tecidos ou músculos. Os cavalos demonstram seu valor para um lavrador por empregar seus músculos, e, assim, precisam de aveia.
Para muitos humanos, a aveia também é excelente alimento de cereal. Até quando remonta a produção de aveia não se sabe hoje, não havendo nenhuma referência à aveia na Bíblia. Mas, nesse particular, também não há menção de outros cereais importantes na Bíblia, tais como o milho, o arroz e o centeio. No entanto, a Mixna, terminada por volta do ano 200 E. C., menciona a aveia. As referências mais primitivas mencionam as aveias selvagens como sendo joio incomodativo.
Hipócrates, o chamado pai das artes curativas, que viveu no quinto século A. E. C., escreveu que a aveia transformada em mingau ou papa fina, “quando comida umedece e refresca”. Quilo por quilo, a aveia lidera todos os demais cereais em valor alimentício. Na forma de farinha de aveia, é rica não só em carboidratos, 67 por cento, mas também em proteínas, 16 por cento; gordura, 7 por cento; minerais, 2 por cento, e o restante em umidade ou água. Em suma, cerca de meio quilo de aveia contém 1.850 calorias. Segue-se que o uso judicioso da farinha de aveia pode reduzir o uso de alimentos mais custosos. A farinha de aveia é especialmente boa fonte de vitamina B.
Uma das razões pelas quais a aveia tem tão grande vantagem sobre certos outros cereais é que, quando moída, apenas a casca externa é removida, permanecendo a película e o gérmen, as porções ricas em vitaminas e sais minerais. Por conseguinte, é muito mais nutritiva do que qualquer alimento para o desjejum feito na maior parte de farinha branca ou arroz descascado. Isto é deveras algo a ser considerado, pois, segundo o Dr. Jean Mayer, nutricionista de Harvard, durante os últimos vinte anos houve um declínio no conteúdo vitaminado e mineral da dieta do estadunidense mediano.
Há muitas outras formas de se usar aveia em flocos ou pedacinhos. Por um lado, podem ser usadas para se fazer o recheio para galinhas e perus, assim como pode ser usada ao invés de farinha de rosca quando se faz bife a milanesa. Pode-se usar também a aveia ao invés de farinha como agente engrossador.
Muitos são também os usos da aveia em coisas cozidas. Biscoitos de farinha de aveia são tão deliciosos quanto nutritivos. Para fazê-los com farinha, usem-se quatro chícaras de farinha de aveia, duas chícaras de açúcar mascavo, uma chícara de óleo. Misture e deixe assentar por oito horas. Daí, adicione dois ovos bem batidos, meia colher de chá de sal, uma colher de chá de extrato de amêndoa, e passas e nozes se desejado. Asse num forno moderadamente quente por 15 minutos. Deixe esfriar antes de retirar da bandeja. O resultado? Um biscoito tão gostoso, nutritivo e saudável como se poderia desejar.
Daí, há também o pão de farinha de aveia, favorito dos escoceses, assim como há bolos leves de farinha de aveia. A farinha de aveia também pode ser usada junto com a farinha de trigo ao se fazer a crosta de tortas, ao se fazer quadradinhos de tâmaras e nozes, e assim por diante. E, naturalmente, o uso mais comum da farinha de aveia é para mingau ou um prato de cereal quente. Como tal, tem sido o favorito já por vinte e cinco séculos. Cozida com leite, mel e cubinhos de maçã, e servido junto com gérmen de trigo e fatias de bananas, é uma refeição em si.
Sim, como cereal nutritivo, a aveia lhe faz bem. E, com um pouco de engenho culinário, a aveia também será o “máximo” em apelo ao paladar de sua família.


in Despertai de 22/1/1971 p. 28

Provérbio da semana (15:19)

O caminho do preguiçoso é como uma sebe de sarça, mas a vereda dos retos é um caminho aterrado.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Coitadas das sogras...

Um homem vai ao psiquiatra:
- Qual é o seu problema? - perguntou o doutor.
- Bem, é que eu tive uma discussão com a minha sogra e ela disse-me que não falaria comigo durante um mês.
E o psiquiatra:
- Para muitos, isso não é problema. Muito pelo contrário...
- Só que para mim é um grande problema!
- Mas porquê?
- É que o prazo termina hoje!

A frase que identifica um indeciso

( Ou o cúmulo da indecisão... )

"Eu achava que era indeciso, mas agora já não tenho a certeza disso..."

O saber não ocupa lugar - 265


O primeiro Hooligan


Nos princípios do Sec.XIX, veio da Irlanda para a Inglaterra, mais concretamente para Londres, um irlandês irascível e sempre mal-humorado, chamado Patrick Hooligan.
Por onde andava, o Sr. Patrick Hooligan semeava a discórdia e resolvia todos os seus problemas com agressões e arruaças. Era, portanto, um provocador, que teve de ser preso por várias vezes.
Ainda hoje em dia, temos memórias de pessoas como esta, pois ficou-nos de herança o "Hooliganism" ou como o Dicionário da Língua Portuguesa Contemporânea, da Academia das Ciências de Lisboa o define, o "holiganismo" praticado por holíganes, ou seja as "pessoas pertencentes a um grupo desordeiro que comete actos de violência em locais públicos, sobretudo em encontros desportivos".

O saber não ocupa lugar - 264


Algumas bactérias têm a capacidade de produzir, elas próprias, as substâncias que lhes servem de alimento.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 263



O símbolo da Ferrari, o cavalo empinado, foi copiado do Conde Francesco Baracca , um ás da aviação italiana durante a I Guerra Mundial, que o pintava na lateral de seu avião.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

terça-feira, 2 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 261


A temperatura mais alta já registrada na superfície terreste foi de 57,7ºC, na localidade de Al 'Aziziyah, Líbia, em 1922.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O saber não ocupa lugar - 260


O escaravelho, um animal de sucesso


Os insectos mais numerosos são os escaravelhos. Há mais espécies destas criaturas adoradas pelos antigos egípcios do que de qualquer outro animal vivo ou extinto. Na actualidade, conhecem-se umas 27 mil espécies.

O saber não ocupa lugar - 259


As Pirâmides de Gizé, no Egito, são as únicas das Sete Maravilhas do Mundo Antigo ainda existentes.

Gigantescos tanques de água do deserto


VERDADEIRO tanque vivo de água! Isso é o que se poderia chamar o gigantesco cacto saguaro. Por quê? Por causa da quantidade de água que esta planta do deserto pode embeber e estocar. Como vê, a chuva não cai durante muitos meses no deserto. Mas, quando cai, o cacto saguaro embebe suficiente água para continuar vivendo e dando fruto e flores por um ano ou até mais. E, quando está cheio de água, pode pesar cinco ou mais toneladas.
O estudo de perto do tanque de água deste cacto nos diz que se presta idealmente para seu lar desértico. Ao invés de dispor de longa raiz principal que não poderia sobreviver nas areias do deserto, este cacto possui longas raízes perto da superfície que se espalham em todas as direções de seu tronco principal. Quando chove, estas raízes absorvem água da areia com a mesma rapidez com que ela cai. Também, sua “pele” ou casca externa suavemente encerada é estriada para se expandir como um acordeão quando absorve água. Ademais, o interior desta casca cercada, estanque, está cheio de um material esponjoso que absorve a água embebida pelas raízes.
Agora, o que impede o cacto saguaro de cair pesadamente, transformando-se num monturo? O Criador o fez com um esqueleto de apoios como os raios duma roda ou células duras de dois centímetros e meio ou cinco centímetros que correm pelo seu tronco e ramos. Estes servem também para levar a água até o tecido esponjoso.
Veja só o tamanho do cacto saguaro! Alguns espécimens chegaram a atingir a altura de quinze metros ou mais, tendo seu tronco principal sessenta centímetros de diâmetro. E cresce que alguns têm mais de duzentos anos de idade.
Onde poderá ver estes gigantescos tanques de água? No Deserto Sonoran, na região sudoeste dos Estados Unidos, em especial na área que é conhecida como Monumento Nacional ao Saguaro.


in Despertai de 22/1/1971 pág.27

Provérbio da semana (15:18)

O homem enfurecido suscita contenda, mas aquele que é vagaroso em irar-se sossega a altercação.

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.