HÁ UMA criaturinha que só mede cerca de um centímetro de diâmetro ao nadar como larva, mas que custa aos proprietários de navios e de embarcações centenas de milhões de cruzeiros cada ano. Este é o triste histórico da humilde craca.
Num período de seis a oito meses, estas criaturinhas podem aumentar o peso dum navio em mais de cem toneladas e fazer com que gaste 50 por cento mais combustível. Como fazem isso? Pelos simples números.
A larva da craca nada pelo oceano até que atinge a idade adulta, ocasião em que procura uma superfície firme à qual aderir. Quando encontra o casco dum navio, uma rocha, uma estaca dum cais, uma tartaruga ou até mesmo uma baleia, aderirá a essa superfície por meio duma substância aglutinante que fixa a craca permanentemente no lugar. Passa então por uma metamorfose, atingindo a idade adulta e forma uma concha dura que também fica seguramente fixa.
A concha é semelhante a uma caixinha com tampa que pode ser fechada para sua proteção. Quando se abre, a craca estende apêndices que nem penas com os quais traga diminutas criaturas marinhas qual alimento. Se acontecer estar sobre uma rocha que fique exposta quando a maré baixa, fechará a tampa de sua caixa e esperará a subida de novo da maré.
Um zoólogo britânico calculou que as cracas da Ilha de Man produzem 1.000.000.000.000 de filhotes todo ano para cada oitocentos metros de litoral. Mas, nem todos continuam vivos de modo a se tornarem cracas maduras. Apenas cerca de 1 a 10 por cento dos ovos lançados na água e que dão larvas conseguem produzir cracas adultas.
O que as torna tão amolantes para o navio é que se fixam no casco em uma massa continuamente crescente, à medida que novas cracas se fixam em cima das mais antigas. No espaço de seis a oito meses, um navio pode ficar com uma camada delas que tenha de cinco a sete e meio centímetros de espessura. Porque impedem que a água deslize suavemente pelo casco da embarcação, é preciso mais energia para mover o navio, e isso significa maior consumo de combustível. Um navio grande já consome enormes quantidades de combustível numa operação normal, mas as cracas podem aumentar grandemente seus custos operacionais.
Uma vez se tenham fixado no casco de um navio, não é muito simples arrancá-las de lá. Em alguns casos, acham-se tão firmemente apegadas que será necessário usar um martelo de perfuração. Visto que não se pode fazer isto com o navio na água, tem de ser colocado em dique seco. Depois de se raspar por completo o seu casco, tem de ser repintado. Este processo, além do dinheiro que o navio perde por estar parado, custaria ao gigantesco transatlântico "United States" mais de NCr$ 300.000,00. Os armadores comerciais gastam cerca de NCr$ 400 milhões por ano para livrar seus navios desta criatura tenaz.
A única forma conhecida de se proteger os navios das cracas é usar cobre nos cascos. É altamente venenoso para elas. Por recobrir o casco de madeira de uma embarcação com cobre, obtém-se proteção permanente das cracas, mas, isto não é possível com embarcações feitas de ferro. A reação química do cobre e do ferro faz com que se desgaste o casco. Assim, usa-se um método menos eficaz.
Por se pintar o casco com tinta que contém óxido de cobre, obtém-se certa medida de proteção. Mantém as cracas longe do navio por cerca de dois anos, mas, por volta desse tempo, o cobre já terá desaparecido da tinta e os pequenos crustáceos começarão de novo a se fixar no casco. A proteção contínua exige que se pinte o casco de novo em intervalos regulares.
Assim, uma criaturinha que só tem cerca de um centímetro de diâmetro quando nada como larva, pode se tornar custoso problema para os proprietários de navios e embarcações. Talvez, da pesquisa que agora se faz para se encontrar melhores meios de proteger os navios de sua tenaz aderência, descubra-se o segredo de seu cimento adesivo. Isso poderia significar um novo cimento superforte para uso do homem. Se assim for, a craca poderá compensar o homem em um pequeno sentido por ser tal incomodativo clandestino.
Num período de seis a oito meses, estas criaturinhas podem aumentar o peso dum navio em mais de cem toneladas e fazer com que gaste 50 por cento mais combustível. Como fazem isso? Pelos simples números.
A larva da craca nada pelo oceano até que atinge a idade adulta, ocasião em que procura uma superfície firme à qual aderir. Quando encontra o casco dum navio, uma rocha, uma estaca dum cais, uma tartaruga ou até mesmo uma baleia, aderirá a essa superfície por meio duma substância aglutinante que fixa a craca permanentemente no lugar. Passa então por uma metamorfose, atingindo a idade adulta e forma uma concha dura que também fica seguramente fixa.
A concha é semelhante a uma caixinha com tampa que pode ser fechada para sua proteção. Quando se abre, a craca estende apêndices que nem penas com os quais traga diminutas criaturas marinhas qual alimento. Se acontecer estar sobre uma rocha que fique exposta quando a maré baixa, fechará a tampa de sua caixa e esperará a subida de novo da maré.
Um zoólogo britânico calculou que as cracas da Ilha de Man produzem 1.000.000.000.000 de filhotes todo ano para cada oitocentos metros de litoral. Mas, nem todos continuam vivos de modo a se tornarem cracas maduras. Apenas cerca de 1 a 10 por cento dos ovos lançados na água e que dão larvas conseguem produzir cracas adultas.
O que as torna tão amolantes para o navio é que se fixam no casco em uma massa continuamente crescente, à medida que novas cracas se fixam em cima das mais antigas. No espaço de seis a oito meses, um navio pode ficar com uma camada delas que tenha de cinco a sete e meio centímetros de espessura. Porque impedem que a água deslize suavemente pelo casco da embarcação, é preciso mais energia para mover o navio, e isso significa maior consumo de combustível. Um navio grande já consome enormes quantidades de combustível numa operação normal, mas as cracas podem aumentar grandemente seus custos operacionais.
Uma vez se tenham fixado no casco de um navio, não é muito simples arrancá-las de lá. Em alguns casos, acham-se tão firmemente apegadas que será necessário usar um martelo de perfuração. Visto que não se pode fazer isto com o navio na água, tem de ser colocado em dique seco. Depois de se raspar por completo o seu casco, tem de ser repintado. Este processo, além do dinheiro que o navio perde por estar parado, custaria ao gigantesco transatlântico "United States" mais de NCr$ 300.000,00. Os armadores comerciais gastam cerca de NCr$ 400 milhões por ano para livrar seus navios desta criatura tenaz.
A única forma conhecida de se proteger os navios das cracas é usar cobre nos cascos. É altamente venenoso para elas. Por recobrir o casco de madeira de uma embarcação com cobre, obtém-se proteção permanente das cracas, mas, isto não é possível com embarcações feitas de ferro. A reação química do cobre e do ferro faz com que se desgaste o casco. Assim, usa-se um método menos eficaz.
Por se pintar o casco com tinta que contém óxido de cobre, obtém-se certa medida de proteção. Mantém as cracas longe do navio por cerca de dois anos, mas, por volta desse tempo, o cobre já terá desaparecido da tinta e os pequenos crustáceos começarão de novo a se fixar no casco. A proteção contínua exige que se pinte o casco de novo em intervalos regulares.
Assim, uma criaturinha que só tem cerca de um centímetro de diâmetro quando nada como larva, pode se tornar custoso problema para os proprietários de navios e embarcações. Talvez, da pesquisa que agora se faz para se encontrar melhores meios de proteger os navios de sua tenaz aderência, descubra-se o segredo de seu cimento adesivo. Isso poderia significar um novo cimento superforte para uso do homem. Se assim for, a craca poderá compensar o homem em um pequeno sentido por ser tal incomodativo clandestino.
22/2/70-23
Sem comentários:
Enviar um comentário