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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Aptidão física — vale a pena o esforço?





ERA um almoço de sábado. Todo o mundo acabara de se levantar. De súbito, um senhor tombou sobre a pessoa junto dele e foi ajudado a sentar-se em seu lugar. Mas, o ataque cardíaco o matou quase que instantaneamente. Só tinha trinta e quatro anos, mas era um tanto obeso.
Seria bastante triste se este fosse apenas um incidente isolado. Mas, todo dia, os ataques cardíacos abatem muitos em seus trinta, em seus quarenta e em seus cinquenta anos — matando-os ou aleijando-os. É uma epidemia! The New York Times Encyclopedic Almanac afirma: “Achamo-nos numa nova era de pandemias [epidemias difundidas], visto que quase a metade dos homens dos países ocidentais (e crescente proporção das mulheres) morrem de uma única doença — a moléstia cardiovascular, ou, mais especificamente, a catástrofe coronária [do coração].”
Por que é especialmente nos países ocidentais, onde há prosperidade material, que esta doença é comum? E por que se tornou uma epidemia nesta geração? O consenso dos especialistas médicos é que há vários factores contribuintes, cada um dos quais influi adversamente na aptidão física.

O Que É Aptidão Física?

Segundo certo médico, a aptidão física permite que uma pessoa cumpra suas actividades diárias sem interferência da fadiga. Também a pessoa apta dispõe de suficientes reservas físicas para enfrentar com segurança emergências inesperadas, e possui suficiente energia para gozar o lazer.
Assim, poder-se-ia dizer que alguém fisicamente apto consegue suportar a tensão. A tensão pode provir de um dia de trabalho árduo no escritório ou em cuidar duma casa, de um quase acidente, de correr para pegar um ónibus e assim por diante. Estas coisas provocam demandas extras sobre o corpo; mais oxigénio precisa ser levado aos músculos, e os produtos residuais extras precisam ser eliminados. Isto exige trabalho incrementado do coração e a circulação mais rápida.
Mas, e se a pessoa não estiver apta? Daí, as funções físicas não corresponderão adequadamente. Isto pode ser perigoso. Amiúde, ouve-se falar de pessoas que desmaiam numa situação tensa. Exemplo disso é que, a cada inverno, muitos tombam quando removem a neve de suas calçadas. Seus corações e sistemas circulatórios não são suficientemente aptos para suprir o volume incrementado de sangue, e, assim, falham.
Por certo é desejável a aptidão física. Não só poderá tornar a pessoa mais segura — capaz de enfrentar situações tensas sem efeitos perigosos — mas pode aprimorar a eficiência pessoal em todo campo. A pessoa apta se sente melhor, tem melhor aparência, tem mais energia, e, por conseguinte, goza mais a vida.
Assim, ‘talvez conclua que a aptidão física vale a pena o esforço. Mas, que esforço é aconselhável? Que factores influem adversamente na aptidão, e assim contribuem para a catástrofe coronária?

Inimigos Principais da Aptidão

Um dos factores é a obesidade, e uma dieta alta de ‘gorduras saturadas. Quando são consumidos em abundância os alimentos ricos, acumula-se a gordura do corpo — a metade dos adultos nos Estados Unidos são obesos. Muito mais certos, porém, são os ocultos depósitos da gordura, em especial os que se formem nas paredes das artérias coronárias. A obstrução duma artéria vital pode levar ao fatal ataque cardíaco.
Os estudos mostram que os bantus da África e outros povos que ingerem uma dieta limitada em alimentos ricos têm poucos, se tiverem alguns, depósitos de gordura nas paredes das artérias coronárias e assim sofrem pouco do coração. Todavia, os depósitos arteriais se tornam coisa comum nas pessoas dos países prósperos. Significativamente, na Segunda Guerra Mundial, quando a dieta dos povos nos países escandinavos era restrita em calorias e gorduras, a incidência das afecções coronárias foi dramaticamente reduzida.
Cuidar da dieta, portanto, é aparentemente essencial à aptidão física, e reduz as probabilidades de um ataque cardíaco. Lembre-se, a gordura visível provavelmente significa que dentro do corpo os depósitos de gordura se acumulam nas artérias, estreitando-as perigosamente. Assim, evite o excesso de peso! Talvez seja aconselhável, também, limitar ou excluir a ingestão de alimentos fritados inteiramente em gordura animal, bem como utilizar como fonte generosa de nutrição, os legumes, as frutas, os melões e os cereais.
Outro factor que contribui para se reduzir a aptidão, segundo se crê, é o modo de vida hodierno, corrido, tenso. As gerações prévias não viviam no ritmo acelerado em que vivem as pessoas hoje, com o senso de urgência do tempo, a tremenda competição, e a hostilidade latente. Embora os efeitos disto sejam difíceis de medir, há peritos que crêem ser factor primário no horrendo aumento da doença coronária. O cardiologista Meyer Friedman explica:
“O que quero dizer — e dispomos de muitos dados para apoiá-lo — é que sempre que o homem se empenha por demais incessantemente em conseguir fazer muitas coisas num espaço muito curto de tempo, assim produzindo em si mesmo um senso de urgência do tempo, ou sempre que o homem se empenha por demais competitivamente com outras pessoas, esta luta marcantemente acentua o processo da doença coronária do coração. . . . As forças bioquímicas geradas por esta inquietação íntima são bem capazes de, por si mesmas, produzir a [catástrofe] da parada cardíaca.”
Rodar um motor de carro constantemente na velocidade máxima encurtará sua vida. Efectivamente, é isso que milhões de homens fazem a si mesmos — esforçando-se freneticamente em ir avante, em obter uma posição melhor, em fazer mais do que uma outra pessoa — apenas para sofrer um colapso abrupto. Por certo, isso não vale a pena! Obter muitas coisas materiais não é necessário para a real felicidade.

Inimigo Comum da Aptidão

Agora chegamos a um inimigo especialmente comum da aptidão — o moderno estilo de vida sedentária. Crê-se que é um dos principais factores contribuintes para a avalancha da doença cardiovascular. O objectivo, hoje, é aparentemente remover qualquer necessidade de se exercitar um músculo.
Os carros substituíram as pernas como o principal meio de transporte, e até os braços são poupados pelo volante electrónico e janelas eléctricas. Nos prédios de escritórios, os funcionários são levados de um andar para o outro por elevadores. Em casa, escovas eléctricas engraxam sapatos e escovam os dentes. Gramados são aparados com cortadores de grama a motor. E os canais de TV são trocados do próprio lugar da pessoa por controle remoto.
A ênfase na ‘vida fácil’ quase que eliminou por completo o exercício físico. O fato é que o trabalho diário mais duro que alguns escriturários fazem é tomar um banho de chuveiro e vestir-se! Mas, será que tal falta de exercício realmente precipita os ataques cardíacos?
Sim, a evidência revela que as pessoas sedentárias são mais inclinadas aos ataques cardíacos do que as pessoas activas.
Exemplificando, certo estudo verificou que os cobradores de ónibus londrinos que constantemente andavam para a frente e para trás, e subiam e desciam as escadas dos ónibus de dois andares tinham uma taxa de ataques cardíacos na metade da dos motoristas de ónibus. Também, um estudo dos residentes dos mosteiros, onde a dieta e o ambiente eram os mesmos, revelou que os trabalhadores campais tinham menos ataques cardíacos do que os monges de ocupações sedentárias.
As autoridades concordam quase que unanimemente que o exercício é vital para a vida saudável. O Director de Pesquisas Cardiovasculares da Universidade de Vermont, o Dr. Wilhelm Raab, indicou com precisão: “A falta de exercício é a causa principal da doença coronária.”
Por que, porém, se diz isso? Por que precisamos de exercício para vivermos?

A Capacidade do Coração

Nosso corpo se compõe de mais de 600 músculos, sendo o coração o mais notável de todos eles. Normalmente bate cerca de setenta vezes por minuto, ou cerca de 100.000 vezes por dia. Neste tempo, bombeia cerca de sete toneladas de sangue através dos mais de 96.000 quilómetros de vasos sanguíneos. Todavia, nessa taxa, o coração não está trabalhando arduamente. É capaz de um esforço muito maior.
Por exemplo, quando obrigado pelo exercício, o coração de pessoa fisicamente apta pode dobrar a quantidade de sangue bombeada com cada batida. E pode acelerar grandemente sua taxa, bombeando eficazmente ao bater 180 vezes por minuto. Assim, o coração consegue aumentar seu trabalho mais de cinco vezes, bombeando mais de vinte e cinco litros por minuto para levar a nutrição aos músculos do corpo. E o coração de atletas persistentes possui uma capacidade ainda maior!
Por certo, tendo tão notável capacidade de trabalho, o coração da pessoa sedentária deve sofrer com a falta de exercício. O Doutor M. F. Gram, da Faculdade de Medicina do Sudoeste da Universidade do Texas, EUA, observa: “Privar este notável órgão da sua função máxima por longos períodos de tempo é um convite ao desastre. É bem parecido a se colocar o braço numa tipóia; os músculos definham e se atrofiam e logo o braço não é capaz de realizar nada mais de que uma fracção do trabalho para o qual foi originalmente tencionado. Daí, quando subitamente convocado ao exercício estrênuo, não consegue corresponder. Comummente, no caso do coração não treinado, isto resulta num ataque cardíaco.”

Necessidades do Coração

O músculo cardíaco precisa de quantidade grande e constante de sangue para nutri-lo, exigindo 1/20 do suprimento de sangue do corpo, embora represente apenas 1/200 do peso do corpo. O coração não obtém este sangue directamente de suas próprias câmaras de recepção e ejecção, mas o obtém por meio das duas artérias coronárias. Estas artérias principais envolvem o coração, e se dividem em muitas artérias cada vez menores que se estendem e se aprofundam no músculo cardíaco. O oxigénio e outros nutrientes fornecidos por estas artérias são vitalmente importantes, pois estas são as artérias directamente envolvidas nos ataques cardíacos.

O Valor do Exercício Regular

O que ocorre quando uma pessoa é sedentária? As artérias que suprem o sangue aos músculos se tornam cada vez mas estreitas, e muitos vasos pequenos até mesmo desaparecem. Assim, o sangue para os músculos, e portanto o oxigénio, é menos. O volume total de sangue do corpo é até mesmo reduzido. Caso haja uma emergência, talvez súbita tensão ou uma artéria coronária “obstruída”, então, o que acontecerá? O sistema circulatório talvez não consiga fornecer suficiente oxigénio ao coração, provocando um ataque cardíaco.
Por outro lado, o que acontece quando a pessoa é regularmente activa? Na vigorosa actividade física, o fluxo de sangue pelos músculos do esqueleto aumenta cerca de dez vezes e o consumo de oxigénio por estes músculos talvez aumente cem vezes. Assim, o exercício regular faz com que as artérias da pessoa se tornem maiores, de modo a poderem levar mais sangue. Também, mais vasos sanguíneos se abrem nos tecidos musculares, fornecendo novas rotas para levar mais oxigénio. Especialmente no caso do músculo cardíaco, isto é uma vantagem, pois, então, se uma das artérias se tornar “obstruída”, o suprimento de sangue pelas rotas auxiliares talvez seja suficiente para impedir que o músculo cardíaco careça de oxigénio e pare.
A actividade física regular, também, ‘fortalece o bombeamento por parte do coração. Assim, menos batidas são necessárias para conseguir os mesmos resultados, permitindo que o coração condicionado descanse mais. As pessoas sedentárias, cujo coração bate de oitenta ou mais vezes por minuto, podem reduzir significativamente esta taxa e permitir que seus corações descansem mais, através do exercício regular.
Mas, o benefício especial da actividade física é que o coração fortalecido opera mais eficazmente sob tensão. Isto é facilmente demonstrado. Por exemplo, em um teste, um grupo de escriturários recebeu um período de vinte minutos de exercício. Suas taxas cardíacas, em média, se aceleraram até 170 batidas por minuto, quase tão alto quanto é seguro para os homens não condicionados. No entanto, depois de se empenharem em tal período diário de exercícios por oitenta e quatro dias, a taxa média cardíaca dos homens se acelerou para apenas 142 batidas por minuto. Seus corações faziam o mesmo trabalho com menos esforço. A aptidão havia sido melhorada. Isto significa que a tensão podia ser tolerada mais eficazmente e com menos perigo de colapso cardíaco.

Fazer o Esforço

O corpo do homem foi claramente feito para ser exercitado. No entanto, ao procurar satisfazer tal necessidade, é sábio ser moderado, evitando indevida ênfase no treinamento físico.
A sensação de fadiga comummente sentida pelos trabalhadores sedentários amiúde se relaciona com a falta de exercício. Se a pessoa se empenhar na actividade física, esta a ajudará a lhe dar energias e a vencer seu cansaço. Fazer um hábito regular de andar é um óptimo meio de se começar. Por que não andar, ao invés de usar o carro em viagens curtas? Disse certo médico: “Andar vigorosamente, se praticado desde a juventude em diante, em si mesmo reduziria drasticamente a inaptidão e as mortes prematuras devido à doença coronária.”
Outra actividade física também é boa. Nadar, andar de bicicleta, lavar o carro, cuidar do jardim, cortar a grama — toda forma de actividade que exija o movimento físico vigoroso será proveitosa para os trabalhadores sedentários se for feita com regularidade. Usar as escadas ao invés de o elevador é excelente modo de melhorar a aptidão física.
Contudo, há necessidade de cautela: Cuidado para não se exercitar vigorosamente demais no início, antes que seu sistema circulatório seja fortalecido pela actividade regular. Aumente de forma gradual a quantidade de exercícios, e, evite a tendência de tentar fazer muita coisa de uma só vez. Isto permitirá que o coração e os vasos sanguíneos sejam fortalecidos progressivamente, e não prejudicados.
A aptidão física vale a pena o esforço. A pergunta é: Está disposto a fazer tal esforço?

in Despertai de 8/12/1972 pp. 17-21

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.