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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Seu apêndice — qual é seu valor?


"O APÊNDICE, Muitas Vezes Removido, Talvez Seja o Próximo em Transplantes." Assim rezava o título de um relatório de pesquisa feita na Universidade de Minneapolis, conforme publicado em The National Observer. O relatório passava a dizer: "Não faz muito tempo, os médicos removiam incidentalmente apêndices durante cirurgia realizada principalmente por razões que não eram a apendicite. Agora fala-se de talvez se transplantarem realmente apêndices em algumas pessoas."
O que é exatamente o apêndice? Qual é sua função? Por que as pessoas contraem apendicite? O que se pode e se deve fazer quanto a isso?
Tem-se descrito o apêndice humano como um dos menores órgãos do homem e, contudo, o que mais lhe traz problemas. Nos círculos médicos, é chamado de apêndice "vermiforme" ou "ileocecal", pois o corpo humano possui outros apêndices.
Um dos menores? Sim, pode ser tão pequeno quanto oito milímetros de diâmetro e ter apenas dois centímetros e meio de comprimento. O comprimento médio, porém, é de cinco a dez centímetros, embora, às vezes, pode crescer a vinte e dois centímetros. A maioria dos animais não tem apêndice. Quanto à sua localização no homem, estende-se da parte dianteira, em forma de bolsa, do intestino grosso, conhecida como ceco, perto do intestino delgado. Tão pequeno, e contudo causa tantos problemas! De fato, mais pacientes se internam nos hospitais para a remoção do apêndice do que para qualquer outra operação abdominal.


Nenhuma Função?


Qual é a função do apêndice? O que muitos médicos dizem dele faz lembrar o que diziam do timo, por séculos: órgão vestigial. Mas, na última década, descobriram que o timo desempenha indispensável papel para aumentar a imunidade do corpo à doença. E parece que se tem há muito difamado similarmente o apêndice. O dicionário se refere a ele como "órgão atrofiado"; obras médicas o qualificam de "sobra evolucionária", "órgão vestigial", "órgão sem função", e dizem que "não tem utilidade nenhuma".
Assim, o Dr. John Paul North, diretor do Colégio Norte-Americano de Cirurgiões, é citado numa revista popular como tendo dito que "qual medida preventiva contra apendicite, é aceita a prática médica em que o cirurgião remove o apêndice — muito embora não esteja inflamado — no decurso de outras operações".
Mas, como no caso das atitudes para com o timo, verifica-se gradual mudança. Assim, a equipe de pesquisas médicas da Universidade de Minneapolis "está começando a crer que o outrora desprezado apêndice talvez tenha um papel valioso no combate à doença", especialmente a de natureza maligna, e que o papel do apêndice é particularmente vital nos jovens. Também o Dr. J. B. Murphy comenta no British Journal of Câncer, que o apêndice, as adenóides e as amígdalas, são "acúmulos fixos dos linfócitos do homem, e o tecido linfóide, segundo constatado, desempenha papel vital nos ratos quanto à resistência de tumores malignos", e que o mesmo bem que se pode dar com o homem.
Similarmente, o Journal of Chronic Diseases, continha um relatório no sentido de que homens com a doença de Hodgkin tinham um índice significantemente mais elevado de remoção passada do apêndice do que os homens sem esta doença, mas de idênticas circunstâncias gerais. E o Dr. J. R. McVay, no Medical Tribune, declarou que "o apêndice talvez esteja idealmente situado para por-se em contato com vírus e produzir células de maior eficiência do que as camadas linfóides comuns na região intestinal. Se for o caso, talvez tais células eficientes, desenvolvidas no apêndice, possam ir até as camadas linfóides em outras partes do corpo, muito semelhante a soldados que recebem treinamento num posto central e são então enviados a vários postos avançados onde se colocam para enfrentar os invasores". (Incidentalmente, algo idêntico a isso é o que se verificou ser a função do timo.)
Que esta teoria não deixa de ter mérito é evidente do que o Dr. Sussdorf descobriu no tratamento de pacientes de câncer com radiação. Descobriu que blindar o apêndice dava maior proteção contra a radiação do que blindar qualquer outro órgão. Também verificou que por meio de isótopos radioativos pôde estabelecer que "as células linfóides no apêndice blindado migravam para o baço prejudicado pela radiação, repovoavam aquele órgão e fabricavam anticorpos ali". — Science News Letter.
Assim, também, o Dr. H. R. Bierman constatou que de várias centenas de pacientes que sofriam diversas doenças malignas, 84 por cento tinham removido o apêndice há algum tempo no passado, enquanto que dentre os que não tinham tais doenças, apenas 25 por cento tinham removido o apêndice. E disse ele: "Ironicamente, a maioria dos pacientes em nosso estudo contraíram câncer depois da remoção ‘rotineira’ de um apêndice perfeitamente sadio." — Science Digest.
Em vista desses fatos, porque alguns cirurgiões ainda insistem em fazer a remoção rotineira do apêndice? Uma das razões talvez seja que nem toda a pesquisa tem sido inequívoca nesse assunto.
Quanto a outras funções do apêndice, parece haver certa base para a posição assumida pelos chamados médicos "naturalistas" de que o apêndice lubrifica o intestino grosso e que a remoção dele tende a aumentar o problema da constipação. Isto parece ter sido deduzido do fato de que um extrato feito do apêndice de porcos, mostrou-se útil no combate à constipação e outros distúrbios digestivos depois da remoção do apêndice. Isto bem que poderia ser verdade, visto que o apêndice segrega um fluido grosso, amarelado, de odor pungente, que contém uma proteína mucosa.


O Problema do Diagnóstico


Quando o apêndice se inflama, geralmente revela isso por meio de dores agudas no lado direito inferior do abdômen, acompanhadas de constipação ou, às vezes, diarréia. Às vezes, é acompanhado de náuseas e vômitos. Há uns quatro séculos atrás, descreveu-se a condição pela primeira vez na literatura médica, e há uns dois séculos, realizou-se a primeira apendicectomia, ou operação para a remoção do apêndice. No entanto, o entendimento e o tratamento modernos dele remontam apenas à cerca de oitenta anos. Não tem havido diminuição no número de casos de apendicite, embora as fatalidades provenientes dela tenham sido grandemente reduzidas. Ainda só nos Estados Unidos, umas 2.000 pessoas morrem cada ano de rupturas do apêndice e das complicações que seguem as operações.
É deveras um problema saber se um paciente tem o apêndice inflamado ou não e quão seriamente inflamado está. O que parece ser apendicite poderá apenas ser também uma inflamação da região pélvica, especialmente no caso de uma paciente. E a diagnose é também compreensivelmente difícil no caso de alguém muito jovem, bem como no caso de alguém muito idoso.
Uma das indicações de apendicite aguda é geralmente o aumento dos corpúsculos brancos do sangue. Em geral, sua contagem é de 5 a 10 mil, e se estes aumentarem de repente para 12 a 20 mil, é indício de que o corpo se mobilizou por causa de séria infeção, e assim talvez seja necessária uma operação. No entanto, às vezes, o apêndice talvez esteja inflamado e a contagem do sangue talvez seja normal, assim como em outras vezes a contagem do sangue talvez seja elevada e, contudo, o apêndice esteja normal. Daí, também, pode acontecer que o apêndice não esteja localizado no lugar costumeiro. Todos esses fatores tendem a dificultar a diagnose.


Operações Desnecessárias


É compreensível que os médicos difiram quanto à necessidade de operar. Assim, num hospital havia duas equipes de médicos, uma procedendo conservadoramente, a outra mais liberalmente. As fatalidades de ambos os grupos eram as mesmas, embora o grupo conservador operasse em apenas três de cada cinco casos, ao passo que o outro grupo operasse em quatro de cada cinco. No entanto, do modo como é a natureza humana, é fácil ver como alguns cirurgiões talvez se sintam tentados a realizar operações desnecessárias. De modo que o West Virgínia Medical Journal, declarou: "Estamos convictos de que a remoção ocasional de um apêndice normal pode ser justificável, mas não podemos tolerar a remoção tão elevada quanto 50 por cento dos apêndices normais, conforme praticada por alguns cirurgiões."
Com efeito, por causa da tendência de alguns cirurgiões de operar sem mais nem menos, sem haver indicação suficiente, os hospitais vêm sendo obrigados a ter comissões especializadas em tecidos. Estas inspecionam as descobertas do patologista que deve supostamente examinar todos os tecidos removidos pelos cirurgiões para ver se estavam doentes ou não, de modo a julgar a qualidade do trabalho do cirurgião. Isto se tem mostrado um grande coibidor de operações desnecessárias. Todavia, há registros de patologistas que trabalham de mãos dadas com cirurgiões que gostam de usar o bisturi e que relatam que as amostras estão infeccionadas quando, na realidade, não estão.
De interesse, neste particular, é o relatório sobre quatro hospitais feito por um diretor do Hospital Universitário Johns Hopkins, conforme publicado em Hospitals. Revelava que o hospital que tinha a mais elevada proporção de fatalidades era também o que tinha o mais elevado número de apendicectomias desnecessárias. E a proporção de operações desnecessárias era mais elevada entre pacientes em quartos privados ou semiprivados do que entre pacientes de enfermarias — os que não podem pagar muito. O relatório também revelava que os pacientes segurados pela Cruz Azul tinham maior proporção de operações desnecessárias do que os não assegurados. Similarmente, as mulheres tinham mais operações desnecessárias do que os homens; e as pessoas brancas tinham mais operações desnecessárias do que as pessoas de cor.
No entanto, uma apendicectomia que muito provavelmente era necessária foi noticiada no Times de Nova Iorque. Relatava o caso de um médico russo a bordo de um submarino que realizou a operação em si mesmo com a ajuda de um anestésico local e dois marinheiros. O submarino ficou submerso enquanto se realizava a operação para assegurar completa imobilidade. A operação foi um sucesso, noticiou o Pravda.


Sua Causa


Quanto à causa de apendicite: embora haja os que sustentem que não se pode apresentar nenhuma causa específica, parece haver pelo menos vários fatores contribuintes. Alguns médicos sustentam que os fatores psicossomáticos, tais como excitamento, pesar, e assim por diante, causam apendicite aguda, e outros sustentam que a exposição ao frio pode ocasioná-la. Entretanto, sendo o apêndice parte do canal alimentar, é bem provável que os hábitos de comer da pessoa tenham algo a ver com isso. Assim, Pathology de Boyd, declara:
"A doença é comum em países e comunidades urbanas altamente civilizados, mas rara em distritos rurais remotos e entre povos primitivos. Durante os nove anos que McCarrison praticou a medicina entre as tribos montanhesas dos Himalaias nunca viu um caso de apendicite. Os nativos que vivem de uma dieta abundante em celulose são imunes a esta doença, mas quando adotam a dieta da civilização, perdem essa imunidade. Estes e muitos outros fatores similares sugerem que os hábitos de vida, e em especial os costumes de alimentação . . . são de importância na predisposição à apendicite." Disto é evidente que alimentos altamente refinados, tais como os feitos de farinha branca e açúcar branco, bem que poderiam ser os culpados.
Entre outros fatores contribuintes, acham-se a ocupação sedentária, com a resultante falta de exercício e a constipação crônica, especialmente onde haja a tendência ao uso de laxantes fortes. Mas, uma coisa que definitivamente não causa apendicite é a semente de frutas tais como as uvas, conforme se afirmava no passado. A opinião médica moderna desacreditou completamente tal idéia, assim como o Dr. H. W. Hill a expressou: "Nunca vi uma só semente de uva num caso de apêndice. Muitíssimas pessoas comem sementes de uva. Talvez contraiam apendicite, mas não a contrairão de comer sementes de uva."
Visto que amiúde há dúvida quanto à necessidade de operar, recomenda-se o seguinte: Descanse na cama; não coma nenhuma comida; não tome nenhum laxante de espécie alguma; ao invés, tome um enema. Alguns recomendam o uso de compressas quentes ou frias, e pode-se recorrer a uma bolsa de gelo para aliviar a dor. O uso de medicamento, tal como antibióticos, não é recomendável como cura. No entanto, em casos de dor abdominal persistente, os médicos recomendam prontamente buscar cuidado médico competente.
Acumula-se a evidência quanto ao valor do apêndice. Não há dúvida de ser ele um dos menores órgãos do corpo e, contudo, o mais provável a causar problemas. Em vista de quão séria pode ser uma ruptura do apêndice, com a probabilidade de causar peritonite, que poderia ser fatal, parece que, em caso de dúvida, a diretriz segura é operar.
Mas, nesse caso também se aplica o antigo adágio: "Mais vale um grama de prevenção do que um quilo de cura." Empenha-se numa ocupação sedentária? Então, certifique-se de fazer suficiente exercício. Também, consuma uma quantidade suficiente de alimentos naturais, os que ainda contenham a sua celulose, tais como produtos de trigo integral e arroz não polido e, naturalmente, bastantes frutas e legumes. Apenas essas duas precauções podem livrá-lo de ter um apêndice inflamado.


22/6/70-13

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.