UMA das vistas mais lindas e sempre em transformação na terra é o céu. Seu escopo e sua grandeza simplesmente deixam perplexa nossa imaginação. A terra inteira se acha envolvida pelo panorama infindavelmente majestoso e colorido do céu. No oriente, um brilho dourado anuncia a aurora, ao passo que o céu ocidental carmesim dá adeus ao dia. Há momentos em que o céu talvez esteja adornado de real abóbada azul, ou cinza pálido ou branco resplandecente. Nuvens encapeladas, brancas como algodão, chamadas "cúmulos", proclamam lindo dia primaveril; alegres nuvens semelhantes a plumas, chamadas "cirros", nos dizem que o verão chegou, e o esportivo manto de nuvens outonais, que se parecem à lã de ovelha, revelam a proximidade do inverno.
À noite, a beleza do céu é ainda mais magnífica quando adornada de esplendor estrelar. A glória ofegante da noite é destacada quando a aurora tece bem adiante delicado tapete de cores. Cada veste assume infinita variedade de formas, todas constituindo surpreendentes obras-primas de beleza, todas sendo criações de perfeita arte. Quase que diariamente, pela ampla avenida do céu, desfilam nuvens de todo tamanho e descrição. Nuvens fofas, nuvens encapeladas, nuvens lanosas — são como gloriosos objetos flutuantes que planam silenciosamente. Há nuvens brancas de colunas cercadas de pequenas nuvens que se apartam, como filhos em torno dos pais. Há nuvens onduladas e nuvens que rolam, cujas formas e contornos são dignos do mais excelente escultor. Há nuvens enormes que se parecem um tanto a gigantesca couve-flor ou a enorme bigorna branca.
Os cúmulos-nimbos, também chamados de prenunciadores de tempestades, são maciços. Compõem-se de bilhões de cristais de gelo. Tais formações sobem até a 15.000 metros ou mais de altitude Uma única formação pode conter até 300.000 toneladas de água! calculadamente, 44.000 tempestades com trovoadas açoitam cada dia a superfície da terra, cerca de 1.800 delas estando em ação a qualquer momento! São majestosas pelo respeito reverente que causam, e delas pode irromper o espetáculo régio da criação — o arco-íris.
À noite, a beleza do céu é ainda mais magnífica quando adornada de esplendor estrelar. A glória ofegante da noite é destacada quando a aurora tece bem adiante delicado tapete de cores. Cada veste assume infinita variedade de formas, todas constituindo surpreendentes obras-primas de beleza, todas sendo criações de perfeita arte. Quase que diariamente, pela ampla avenida do céu, desfilam nuvens de todo tamanho e descrição. Nuvens fofas, nuvens encapeladas, nuvens lanosas — são como gloriosos objetos flutuantes que planam silenciosamente. Há nuvens brancas de colunas cercadas de pequenas nuvens que se apartam, como filhos em torno dos pais. Há nuvens onduladas e nuvens que rolam, cujas formas e contornos são dignos do mais excelente escultor. Há nuvens enormes que se parecem um tanto a gigantesca couve-flor ou a enorme bigorna branca.
Os cúmulos-nimbos, também chamados de prenunciadores de tempestades, são maciços. Compõem-se de bilhões de cristais de gelo. Tais formações sobem até a 15.000 metros ou mais de altitude Uma única formação pode conter até 300.000 toneladas de água! calculadamente, 44.000 tempestades com trovoadas açoitam cada dia a superfície da terra, cerca de 1.800 delas estando em ação a qualquer momento! São majestosas pelo respeito reverente que causam, e delas pode irromper o espetáculo régio da criação — o arco-íris.
Amiúde, o céu prediz o tempo. No hemisfério ocidental, quando cúmulos espalhados pontilham o céu, quando o barômetro permanece constante ou sobe, e quando o vento sopra suavemente, o tempo bom provavelmente continuará. As longas nuvens onduladas, conhecidas como "cauda de éguas", são em geral um sinal de que o tempo ruim, em forma de neve ou chuvarada, provavelmente virá no período de vinte e quatro horas. Quando as sérias nuvens cinzentas alto-estratos escurecem todo o céu e o barômetro cai, a chuva ou a neve provavelmente continuarão a cair. Um alvorecer vermelho pressagia o oposto de um ocaso vermelho.
Por Que o Céu É Azul
O que é esta maravilhosa obra de Deus que chamamos de "céu azul"? O azul não é a cor do ar, como se cria no século dezenove. Nem ele é azul devido à luz emitida pela própria atmosfera, pois então pareceria azul à noite. No caso de o ar ser completamente transparente ou não existente, o céu seria necessariamente tão preto como o espaço, fato confirmado pelos astronautas que viajaram acima da atmosfera. "Lá em cima há um mundo preto e branco. Não há nenhuma cor", afirmou o astronauta estadunidense Jim Lovell. Mais recentemente, porém, os astronautas que voltavam da superfície lunar descreveram a superfície lunar como sendo de um cinza indescritível.
Visto que o céu não é preto para nós na terra, a causa, então, deve residir no comportamento da luz solar quando entra em contato com a substância da atmosfera.
A cor do céu resulta do ar no limite de cento e sessenta quilômetros de distância da terra. Este cinturão de atmosfera se compõe primariamente de cinco gases, a saber, de nitrogênio, oxigênio, argônio, vapor d’água (composto de hidrogênio e oxigênio) e bióxido de carbono. Além destes gases, há outros gases raros, mas em quantidades menores, tais como o hélio, o xenônio, o neônio; e alguns gases venenosos, tais como o metano, a amônia, o monóxido de carbono, o óxido nitroso. No domínio das mais altas nuvens conhecidas, o céu também contém certa quantidade de matéria estranha, tais como pólen, pó, bactérias, fuligem, esporos, cinza vulcânica, partículas de sal dos oceanos e pó do espaço sideral.
Quando a radiação solar, que consiste em ondas eletromagnéticas de muitos diferentes comprimentos de onda, passa pela atmosfera, as ondas de maior comprimento atravessam a atmosfera bem facilmente e atingem nossa terra. Talvez as sintamos como calor. Mas, as de menor comprimento se espalham em todas as direções devido às moléculas de ar e outras partículas na atmosfera. A luz azul ricocheteia vez após vez ao vir em direção do sol para a terra. Em outras palavras, o céu azul é um tecido fino e diáfano como gaze, e reluzente, resultante da luz azul e do ar. Tem, ademais, apenas cerca de uns dezenove quilômetros de altitude; acima disto o céu escurece para a cor violeta. Acima de trinta e dois quilômetros, o céu se torna preto e as estrelas emergem.
Por Que Outras Cores?
Embora seja geralmente azul, o céu talvez se torne vermelho, laranja, verde, com efeito, quase de toda cor. Tudo depende de como as ondas luminosas entrem na atmosfera e o que encontrem em seu caminho para baixo.
Na atmosfera inferior se acham nuvens, pó e todos os tipos de partículas concentradas. Sendo estas maiores do que as moléculas de ar, espalham as ondas de comprimento maior de luz. Quando o sol se aproxima do horizonte, seus raios entram na atmosfera com certa inclinação, passando por maior parte do ar carregado de partículas. Todos os comprimentos de ondas se espalham, e apenas os raios vermelhos mais compridos conseguem penetrar por ele. Daí, as matizes rosadas do alvorecer e do ocaso. Quanto mais pó ou partículas de nuvens houver no ar, tanto mais intensa a cor. Quanto menos pó, tanto mais azul será o céu, porque as compridas ondas luminosas atingirão bem a terra, sem se desviarem, ao passo que as ondas curtas de luz azul que vemos são as que ricochetearam nas moléculas de ar no céu. Por conseguinte, num dia claro, relativamente livre de pó, nosso maravilhoso "teto" é azul.
Outras Vistas do Céu
Quando, após dias de brilhante tempo hibernal, as nuvens altas, plumosas e frágeis, dão ao céu uma opalescência branco-leitosa, anéis brilhantes, chamados halos, aparecem circundando o sol ou a lua. Os halos da lua são, necessariamente, muito mais tênues, e suas cores quase que são imperceptíveis. Em muitas partes do mundo, os halos se acham visíveis, em média, até uma vez a cada quatro dias. Até mesmo algumas das estrelas mais brilhantes mostram coroas, à medida que nuvens tênues e lanosas planam vagarosamente por elas. Tais halos talvez apresentem vários círculos concêntricos de cor, distintos, cada um sendo azulado do lado de dentro, daí, passando para um branco amarelado e para um castanho-avermelhado do lado externo. Às vezes se assemelham a arco-íris circulares no céu. Tal fenômeno é causado pelas ondas de luz serem refletidas pelos cristais de gelo de formato regular que flutuam bem alto no ar.
O arco-íris regular que vemos no céu, que suscita reverência e excitação, é formado pela luz brincar com as gotículas de vapor d’água que caem. Cada gota de chuva atua como diminuto prisma, decompondo os raios brancos do sol de luz mista em suas cores que compõem o espectro. Ocasionalmente, gotículas de neblina podem causar um arco-íris, mas em geral são as maiores gotas de chuva.
Não há duas pessoas que vejam o mesmo arco-íris. Cada pessoa vê o arco-íris de seu ponto de vista particular, porque o arco-íris é apenas luz que vem de uma certa direção. Visto que as gotas que refletem a luz estão caindo, isto significa que vemos um novo arco-íris ser formado por cada conjunto novo de gotas de chuva.
Às vezes surge um segundo arco-íris no céu, do lado de fora do primeiro e brilhando um tanto menos intensamente. Já notou que as cores deste arco-íris se acham na ordem inversa, ficando o azul do lado exterior e o vermelho do lado de dentro? Isto se dá porque os raios de luz sofreram mais do que uma reflexão nas superfícies internas das gotas de chuva e são invertidos mais ou menos da mesma forma que a esquerda se torna a direita e a direita se torna a esquerda num espelho. Mas, este reflexo extra provoca a redução da intensidade da luz, sendo por isso que o segundo arco-íris é sempre mais indistinto.
A Aurora
Nem o arco-íris nem uma formação de nuvens, exceto talvez um glorioso por do sol ou alvorecer, pode comparar-se com a aurora celeste, isto é, com a aurora boreal ou austral. Não há descrição por escrito ou fotografias que possam transmitir a verdadeira magnificência destes espetáculos luminosos, sempre em transformação, não raro de cores vívidas. As vezes são tão brilhantes que sua luz permite que se leia.
Geralmente, a aurora bruxuleia, sugerindo uma fogueira logo além da colina. Não raro, o fulgor se torna brilhante, assumindo a forma de enorme arco, ou talvez assuma a forma de feixes de raios como os de luz solar que brilham por aberturas duma nuvem. Tais raios de luz podem ser branco pálido, verde esmeraldino, violeta ou vermelho rosado. Às vezes, a aurora talvez pareça pregueada como enorme cortina doméstica ou de um palco. Talvez estremeça como as pregas de grande tela pendurada no céu, agitada por silencioso vento. Ou talvez irrompa em febril atividade. O amarelo se torna tingido de vermelho e verde, à medida que os raios saltam à frente, desaparecem, daí, partem impetuosamente à frente de novo.
Não há nada a que se possa comparar a beleza delicada e o colorido da aurora, provocados pelas nuvens de partículas com cargas elétricas provenientes do sol e que entram no campo magnético da terra. Tais partículas colidem com as moléculas de ar, fazendo com que vibrem e deixem escapar luzes vermelhas, brancas, azuis e verdes de seus espetáculos que causam reverência.
O milagre do Relâmpago
Calculadamente 9.000.000 de relâmpagos atingem diariamente o solo. Cerca da metade do tempo, o que as pessoas vêem no céu como um único relâmpago é, em realidade, composto de dez golpes sucessivos que percorrem a mesma trajetória do primeiro. Talvez haja até quarenta ondas luminosas por segundo, que é mais ou menos o tempo em que a trajetória do relâmpago permanece aberta. O calor da trajetória aumenta tão abruptamente que o ar na vizinhança rompe a barreira do som ao se afastar. O resultado é o trovão. O céu, em tal ocasião, está cheio de fogo e de som.
Há vários tipos de relâmpagos. O relâmpago de calor ocorre no horizonte e é considerado reflexo dos golpes muito distantes para serem vistos ou ouvidos diretamente. O relâmpago de onda ocorre dentro das nuvens, recobrindo-as de ampla luz bruxuleante. O relâmpago de faixa ocorre quando forte vento sopra o canal conduzente de golpes múltiplos para um lado. Os golpes sucessivos irrompem para cima com alguns centímetros de distância, parecendo como faixas de luz.
Mas, o que de bom se realiza com todo este encher de fogo o céu? Sabe-se agora que o relâmpago ajuda grandemente a fertilizar o solo. Oitenta por cento da atmosfera ou do céu se compõe de nitrogênio, essencial alimento para as plantas. Cerca de 22.000.000 de toneladas deste nutriente fluem sobre cada milha quadrada da terra. Mas, conforme se acha na atmosfera, o nitrogênio não pode ser usado pelas plantas. Antes de as plantas poderem obter vida do mesmo, têm de sofrer uma série de transformações químicas, como o alimento em nosso sistema digestivo tem de sofrer mudanças. O relâmpago no céu inicia a série de mudanças. As partículas de ar se tornam brancas e quentes por parte do relâmpago, pois pode aquecer um canal de ar de cinco a vinte e cinco centímetros para ficar mais quente que a superfície do sol. Sob este calor intenso, o nitrogênio se combina com o oxigênio no ar para formar os óxidos de nitrogênio que são solúveis em água. A chuva dissolve os óxidos e os leva para a terra, como ácido nítrico diluído. Atingindo a terra, o ácido nítrico reage sobre os minerais da terra, tornando-se ali os nitratos de que se podem nutrir as plantas. Visto que as plantas podem alimentar-se e viver, o homem e os animais podem alimentar-se das plantas e viver!
in Despertai de 22/9/70 pp. 17-20
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