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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poderá melhorar sua voz


QUANDO fala, será que os outros lhe dão ouvidos? Obtém de sua pessoa a impressão correta? Se não, talvez isso seja devido à sua voz. Uma boa voz é sonora e forte, sugerindo energia. É uma voz que instila confiança e crédito. Detém a atenção. Uma voz ruim detrai que é dito. Pode dar uma impressão errada.
Sua voz é influenciada por sua personalidade. Quando as pessoas o ouvem falar, tiram conclusões quanto à espécie de pessoa que é. Em certos casos, as conclusões talvez signifiquem a diferença entre conseguir um emprego e não o conseguir. Há agências de emprego que preferem que o peticionário lhes telefone, ao invés de escrever, de modo que possam julgar a personalidade do peticionário pelo som de sua voz. Mas, o que a voz duma pessoa talvez pareça revelar sobre sua personalidade talvez não seja verdadeiro.
Em certa ocasião, talvez tenha tido características ruins que influíram na qualidade de sua voz. Visto que a produção da voz é um hábito mecânico, essa determinada qualidade de voz talvez tenha continuado, muito embora a pessoa aprimorasse sua personalidade. Talvez sua voz seja ríspida e dura, mas a pessoa não tencione que isto aconteça. Seja qual for a impressão desagradável, pode ser mudada pelo melhoramento da voz.
Se profere discursos públicos, sua voz pode fazer com que a assistência reaja de forma favorável ou desfavorável para com sua pessoa. Pense nos vários oradores a quem ouviu. Será que o orador com voz fraca e fina conseguiu mantê-lo atento? Será que o orador com voz trêmula e sem fôlego instilou-lhe confiança? Será que o orador com inflexão constantemente recorrente de sua voz, aumentando e diminuindo de volume, fez sentir que ele era sincero? Ou não ficou muito mais favoravelmente impressionado com o orador dotado de voz forte, clara e cheia, que possuía variedade de inflexão?
Assim, se costuma fazer discursos públicos, tem motivo adicional para melhorar sua voz. Mas, primeiro, tem de reconhecer a necessidade de fazê-lo.


Ouça a si Mesmo Quando Fala


Embora ouça a si mesmo quando fala todo dia, não ouve a si mesmo como os outros o fazem. As vibrações de sua voz em seu corpo fazem com que tenha som diferente para o leitor da que para os outros que ouvem apenas o som que lhes chega pelo ar. Se nunca ouviu alguma vez a sua voz num gravador de alta-fidelidade, provavelmente ficaria muitíssimo surpreso se a escutasse. Usualmente a pessoa, ao ouvir uma gravação de sua voz pela primeira vez, dirá em descrença: “É essa a minha voz? Não se parece com ela!”
Assim, para ouvir a si mesmo como os outros realmente o ouvem, grave uma fita de sua própria voz em situações que incluam palestra, leitura em voz alta e um discurso público, se tiver oportunidade de proferir um. Veja se a voz que ouve reflete a personalidade que acha ter. Note se é agradável e fácil de ouvir. É suficientemente alta, ou alta demais? São claros os tons e as palavras? É suficientemente amplo o diapasão? Parece artificial? É uma voz que gostaria de ouvir? Depois de ouvi-la, poderá determinar melhor em que deve empenhar-se em melhorar.


O Que Influi na Qualidade da Voz?


A coluna de ar que envia para cima, proveniente dos pulmões, quando fala, constitui o alicerce dos sons que produz. Ela entra em sua caixa de voz, chamada laringe, onde há duas dobras de tecido muscular, chamadas de cordas vocais. Estas se põem em vibração pelo ar que passa por elas. Seu tom muda, à medida que os músculos as apertam ou soltam, assim como o tom duma corda de violino muda quando é apertada ou afrouxada. Quando se acham amplamente separadas, permitem o respirar tranqüilo comum. Mas, quando são ajuntadas, consegue produzir os sons que usa ao falar.
O som de suas cordas vocais atravessa o ar em sua garganta até a boca e fossas nasais. Estas ajudam a ampliar o som que provém de suas cordas vocais, assim como os tubos progressivamente ampliados de muitos instrumentos de sopro o fazem. As fossas nasais são também ressonadores e constituem importantes fatores na qualidade da voz. Diferente de um instrumento musical de cobre, podem ser modificadas pela contração e descontração muscular, tornando-as grandes ou pequenas e de várias formas, segundo o que faz com seus maxilares e lábios. O resultado é a mudança na qualidade do tom.
Estas fossas ressonantes de sua cabeça e garganta talvez possam ser comparadas à caixa de um violino. Os sons produzidos pelas cordas vibrantes são reforçadas pela caixa oca ou corpo sob as cordas e se tornam facilmente ouvidas até mesmo à distância. A forma e o tamanho daquela caixa influem no tom. Assim, o violino tem diferente tom que a viola e o violoncelo. Suas fossas ressonantes são tão importantes para os sons provenientes de suas cordas vocais como as caixas destes instrumentos o são para os sons que provêm de suas cordas.
A forma em que usa seus lábios, sua boca, garganta e fôlego influi na qualidade de sua voz. É por isso que o cantor bem treinado, que sabe usar o fôlego e as fossas ressonantes com o máximo proveito, pode produzir sons que são muito mais apreciáveis de se ouvir do que os sons produzidos pelo cantor destreinado. Isto se dá também com os oradores bem treinados e destreinados.
Se não abrir a boca, mas falar através de dentes cerrados e lábios apertados, não poderá obter boa ressonância e uma voz agradável. Este hábito também torna difícil que seja entendido. Por abrir a boca, poderá tornar-se mais audível, com menos esforço, e poderá produzir tons claros e cheios.


Controle da Respiração


Melhorar a qualidade da voz começa com a respiração. Para se obter tons firmes e suaves de volume adequado, é necessário um suprimento bom e constante de ar, com bom controle. Consegue-se isto mediante a respiração diafragmática, sendo o diafragma um músculo sob os pulmões, ao invés de pela parte superior estreita dos pulmões, como tantas pessoas fazem. Com freqüência se lembra aos cantores que façam isso por lhes dizer que ‘sustentem seus tons contra seu cinto’. Por meio da respiração diafragmática, enche os pulmões até em suas partes inferiores. Quando se faz isto, pode sentir a pressão de seu cinto ou de outra roupa sobre o abdômen.
Dispondo de boa reserva de ar e controlando seu uso com seu diafragma, ao invés de com os músculos da garganta, pode dar à sua voz o apoio adequado, sem esforço. As pessoas que não aprenderam a descontrair os músculos da garganta e a desenvolver o hábito da respiração diafragmática, forçam tanto seus músculos da voz que não raro se tornam roucas depois de falar por algum tempo. Isto se dá em especial se tentam fazer com que sua voz predomine sobre um ruído exterior.
O orador ou cantor treinado pode usar sua voz durante horas sem tensão, porque mantém descontraídos os músculos de sua garganta. Obtém a força que deseja por depender da coluna forte de ar resultante de usar seu poderoso diafragma. Por fazer isto, um cantor de ópera pode cantar intermitentemente durante duas ou três horas com volume suficiente para encher um auditório e sem ficar rouco.


Como Melhorar Sua Voz


Aprender a controlar a respiração é a primeira coisa a fazer. Faça um esforço consciente de evitar expandir a parte superior de seu tórax quando inala para falar ou cantar. Faça com que a parte inferior dos pulmões se expanda. Encolha o abdômen para apoiar o diafragma. Então, controle a saída de ar por gradualmente permitir que seus pulmões expirem com bom apoio diafragmático, mantido pelos músculos abdominais. Ao mesmo tempo, mantenha descontraídos seus músculos da garganta. Isto pode ser praticado por se contar tanto quanto possível, sem esforço, num único fôlego. Ler em voz alta também é boa prática.
A ressonância pode ser melhorada por senti-la em sua cabeça. Isto pode ser feito por se exagerar os tons vibrantes e os prolongar. Sussurrar e ecoar as letras “m” e “n” ajudarão a melhorar sua ressonância. Misture tais letras com vogais em palavras tais como mão, não, sem, tem, e assim por diante. Sustente o som de “n” e “m” por duas vezes mais tempo do que o comum, ao praticar.
Para que as palavras que profere possam sair cheias e distintas, precisa de boa articulação. Isto exige o livre movimento dos lábios, língua e maxilares, pois moldam os sons. Se tiver o hábito de falar com os lábios e maxilares apertados, precisará fazer exercícios que os tornem mais flexíveis. Pela prática, também poderá melhorar sua articulação, de modo que suas palavras saiam distintas. Os sons não devem sobrepor-se e tornar-se indistintos. Talvez precise empenhar-se nisso pacientemente por muitos meses. Um bom exercício é ler em voz alta. Ao fazê-lo, pronuncie cada palavra corretamente e destaque com cuidado cada som. Mas, tenha cuidado de não exagerar e ficar com uma maneira afetada de falar.
Suponhamos que tenha o problema de habitualmente falar com sua voz num diapasão muito alto. O que pode fazer para evitar isto? Um diapasão alto é devido à tensão dos músculos que controlam as dobras ou cordas vocais. Apertam as dobras e assim elevam o diapasão da voz. Por descontrair os músculos dos maxilares e da garganta, e por usar a respiração diafragmática, poderá desenvolver um tom mais agradável e levar o diapasão de sua voz a um âmbito mediano, que é o nível mais natural e que soa menos tenso. Daí, terá maior amplitude de inflexão.
Uma voz suave e tenra, com tons claros, é agradável de se ouvir, mas a voz não deve ser suave demais. Quando é, as pessoas talvez tenham dificuldades de ouvir o que lhes diz. Com o correto controle respiratório, a pessoa de voz suave pode controlar seu volume, mantendo-o adequado em todos os tipos de situações.
Por outro lado, algumas pessoas têm vozes que sempre são bombásticas. Tais vozes são inapropriadas para ambientes tranqüilos e podem irritar outras pessoas. Isto se dá em especial quando se ouve a tais pessoas no telefone. Às vezes é necessário manter o fone a diversos centímetros de distância do ouvido da pessoa, porque a voz do outro lado é inconsideravelmente alta. Aprender a variar o volume de sua voz para ajustar-se às circunstâncias é um dos fatores que contribuem para a boa voz.
Se uma pessoa com voz perpetuamente alta ouvir a si mesma num gravador e ouvir como soa perante os outros, isso a ajudará a ver a necessidade de reduzir seu volume. Tudo que é necessário para melhorar tal voz, no que diz respeito ao volume, é um pouco de esforço consciente para falar mais suavemente.


Temperamento e Atitudes


O que se reflete em particular em sua voz, que leva as pessoas a tirar conclusões sobre sua pessoa, são o seu temperamento emocional e suas atitudes. Pode avaliar isso quando pensa nas várias pessoas de sua vizinhança. Suas emoções colorem suas vozes.
A mulher de temperamento estourado, por exemplo, talvez tenha voz áspera e irada quando está emocionalmente perturbada. Outra pessoa talvez revele sua opinião sobre alguém por falar com voz cheia de sarcasmo. Outra pessoa talvez transpareça sua mesquinhez pela sua voz, como o veneno duma cobra. Por outro lado, a pessoa feliz talvez mostre isso pelo brilho de sua voz, e alguém enamorado talvez mostre isso por um tom sonhador.
Uma atitude crônica de queixa talvez seja refletida na voz por uma lamúria. A pessoa com indiferença egoísta para com os outros talvez tenha na voz um toque de dureza. A pessoa condolente talvez revele esta atitude por uma voz calorosa e compreensiva. Assim, há muitas emoções e atitudes que uma voz pode refletir. Estas não podem ser melhoradas por exercícios vocais, mas exigem a mudança de personalidade. Feito isto, a pessoa está em condições de empenhar-se para que sua voz não mais reflita sua velha personalidade. Até mesmo se nada mais for conseguido, esta mudança apenas na impressão causada faria com que valesse o esforço todo de melhorar a voz.


in Despertai de 22/6/1971 pp. 17-20

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.