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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Casar-se no estilo de Hong Kong


OS CASAMENTOS de Hong Kong incluem muitas tradições transmitidas de geração em geração na China. Mas, as famílias observam diferentes tradições, dependendo da província da China de que são originárias. Também, a influência ocidental trouxe mudanças. Assim, os casamentos variam, e ninguém pode dizer dogmaticamente a norma exata para um casamento de Hong Kong. Contudo, há certos costumes de casamentos considerados corriqueiros aqui que as pessoas de outros lugares talvez considerem bastante estranhos.

Já de longa data tem sido o costume chinês os pais de um rapaz entrarem em contato com os pais da moça por meio dum mediador a fim de providenciarem um casamento, fazendo isso antes de o jovem casal sequer se conhecer. Atualmente, porém, a corte em Hong Kong é em geral feita no estilo ocidental. De fato, os encontros começam na adolescência, muito embora os casais contratem a maioria dos casamentos com uns vinte e cinco ou quase trinta anos de idade.

Marcar a Data

Quando um casal que se namora decide casar-se, em geral o rapaz se dirige aos pais da moça para considerar o assunto. Às vezes os pais do rapaz, ou em alguns casos raros, um mediador conhecido de ambas as famílias, intercedem pelo rapaz. Nesse contato entre as duas famílias consideram-se os pormenores do casamento, o dote e outros requisitos. Nestas considerações, os pais da moça têm a última palavra.

No que toca à escolha da data para o casamento, os pais talvez consultem uma ledora da sorte que possa apontar um “dia de sorte”. Ou talvez se decida o “dia de sorte” por se consultar um almanaque chinês. Este é basicamente um livro de astrologia que alista cada dia do ano e o que se deve ou não fazer nesse dia. A “boa sorte” é considerada importantíssima tanto pelos não-cristãos como até mesmo pelos membros das religiões da cristandade em Hong Kong. Explora-se todo meio possível para trazer “boa sorte”.

Considerou-se o ano lunar chinês de 1969-70, o “ano da galinha”, um “ano de sorte” para se casar porque havia duas festas da primavera. Assim, houve enorme lista de espera de casais para registrar seu casamento naquele ano. Mas, o ano lunar de 1970-71, o “ano do cachorro”, é chamado ano cego visto que não há festas de primavera. Assim, é considerado “mau ano” para casamentos.

Dote

Uma vez fixa a data do casamento, começa o regateio do que se poderia chamar de o preço da noiva ou o dote. O preço da noiva era pago pelos servos de Deus nos tempos bíblicos, e assim não é em si mesmo um costume objetáveis aos cristãos. Se for a primeira e a filha mais velha a se casar, o preço dela será provavelmente mais do que seria, digamos, o da quarta filha.

O dote em geral é uma quantia fixa de dinheiro paga diretamente aos pais da moça, ou por uma festa de casamento num restaurante. Os pais da moça costumeiramente estipulam o número de mesas, bem como quais algumas das iguarias de festa que deverão ser incluídas, tais como cogumelos, galinha e haliote.

A uma mesa numa festa de casamento sentam-se doze pessoas. Os pais da moça, por exemplo, talvez exijam o pagamento de vinte ou mais mesas ao custo de ( um certo valor ) por mesa, dependendo do cardápio e do restaurante. Mas, isto é só para os parentes e amigos da família da moça. A família do rapaz talvez tenha um número igual de mesas.

Contudo, isto é apenas parte do pagamento do dote. A família da noiva talvez também exija que certo número de cates (600 gramas) de bolo de casamento sejam entregues num “dia de sorte” antes do casamento para a distribuição a amigos e parentes.

A família também talvez queira que se lhes envie um ou mais leitões assados inteiros no terceiro dia depois do casamento. Na antiga China enviava-se o leitão assado no terceiro dia depois do casamento como evidência de que o rapaz achou virgem a moça. Hoje em dia e neste mundo cada vez mais imoral, nem sempre se adere ao costume do terceiro dia, nem o leitão indica necessariamente virgindade. Agora, o leitão talvez seja enviado no primeiro dia depois do casamento, ou seja até incluído no cardápio da festa.

Nenhum dos dotes exigidos surpreende o rapaz. Já esperava pagar um preço. Mas, não cede com demasiada facilidade. Há regateio quanto ao número de mesas, os cates de bolo e de leitão assado, e assim por diante. Se houver um mediador; então o mediador fará o regateio.

Em geral o regateio termina num acordo amigável, havendo compromissos de ambos os lados. Às vezes, porém, ocorrem brechas na relação, resultando até mesmo no cancelamento do casamento. Ou os parentes de um e do outro talvez realizem festas separadas. Naturalmente, os pais do rapaz se preocupam com o dinheiro envolvido, visto que amiúde ajudam seu filho a pagar o dote, e às vezes arcam com todas as despesas. Alguns pais acham que se pagarem o casamento, os filhos têm a responsabilidade de cuidar deles em sua velhice.

Se o rapaz aderir estritamente a certas tradições, talvez tenha de pagar as roupas novas para todos os membros da família da noiva. Talvez também pague o vestido de noiva, que com freqüência é o tradicional branco ocidental. A noiva talvez troque de trajes diversas vezes no dia do casamento. Incluso entre estes trajes se acha o Kwa Kwan chinês. Esta vestimenta tradicional ( consiste ) em um casaco e uma saia longa.

“Bem, não têm os pais da moça de pagar nada?” — talvez pergunte. Sim, costumeiramente pagam. Depois de terminar o regateio em relação com o casamento, há com freqüência uma consideração com respeito ao que os pais da moça vão dar aos recém-casados. Às vezes é alguma mobília para o novo lar, exceto a cama de casal, que cabe somente ao rapaz comprar. Se os pais da moça forem abastados, talvez forneçam um apartamento com o aluguel pago por um ano, ou, em alguns casos, totalmente pago.

O Dia do Casamento

Finalmente chega o dia do casamento! O noivo vai primeiro encontrar-se com a noiva. Quando chega, os amigos e membros da família talvez não o deixem entrar a menos que primeiro pague o “dinheiro da sorte”. Este dinheiro, colocado em pacotes vermelhos, é dado ao que abre a porta ou a todos na casa. É só depois do pagamento que o noivo recebe sua noiva.
A seguir, os participantes do casamento talvez se dirijam ao cartório para a cerimônia civil. Em Hong Kong, só podem ser registrados legalmente como casados num dos cartórios de registro do governo, ou por irem a uma das poucas igrejas grandes autorizadas para este fim. O casal tem de solicitar com bastante antecedência que a cerimônia seja realizada no cartório na data e no horário que desejam. Assim, não há noivas atrasadas aqui, senão perderão a sua vez!

Algumas pessoas em Hong Kong, porém, talvez desejem casar-se num “dia de sorte”, mas talvez verifiquem que estão atrasados demais para registrar seu casamento naquele dia. Assim, têm um costumeiro casamento chinês, e então, no ínterim, vivem juntos antes de registrar seu casamento.
Depois do casamento, a religião chinesa exige que a noiva volte para casa vestida de Kwa Kwan e se prostre ou se curve diante do altar dos deuses da cozinha, do céu, da terra ou quaisquer outros deuses adorados pela família. Então, tem de prostrar-se diante de quaisquer ancestrais mortos representados por uma placa, altar ou retratos na parede. Por fim, prostra-se diante dos membros da família, e serve-lhes cerimonialmente chá.
A Festa de Casamento

A festa consiste em dez conjuntos de iguarias ou mais e é realizada em geral tarde da noite. Os parentes e amigos preferem que seja bem tarde, pois isso lhes dá a oportunidade de ir ao restaurante cedo na parte da tarde e jogar até à hora de comer, que é por volta das 22 horas.

O casal em geral recebe presentes em dinheiro e de outros tipos também antes, durante e depois do casamento. Isto ajuda a cobrir as despesas. Mas, os casamentos de Hong Kong, como pode ver, são amiúde dispendiosos. Assim, os recém-casados talvez não saiam nem perdendo nem ganhando, ou talvez fiquem sobrecarregados com uma dívida. Para pagar seu casamento, alguns casais tiveram de cancelar sua lua-de-mel no estrangeiro e outros planos.

in Despertai de 22/10/1971 pp. 24-27

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.