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quarta-feira, 1 de setembro de 2010
O que dizer dos cálculos biliares?
ENTRE as operações cirúrgicas mais comuns realizadas nos EUA se acham a remoção da vesícula biliar por causa de cálculos. De fato, os cálculos biliares se classificam em quinto lugar entre as razões de pessoas serem hospitalizadas nos EUA. Os cálculos biliares são também bastante comuns em certos países da Europa Ocidental. No entanto, são praticamente desconhecidos em certos outros países, tais como a Indonésia.
A vesícula biliar, em que se formam os cálculos, é uma bolsa na forma de pêra situada abaixo do fígado. Quando moderadamente distendida no adulto masculino, tem cêrca de 12,70 cm de comprimento e 7,60 cm de largura. Diversos canalículos partem do fígado para formar o “canal comum”, que entra na parte superior do intestino delgado conhecida como duodeno. Partindo do canal comum há o canal cístico, que se liga com a vesícula biliar. Por meio de tais canais, a bile produzida pelo fígado chega ao intestino delgado, onde ajuda na digestão das gorduras. Visto que o fígado produz a bile todo o tempo, ao passo que só é necessária quando o alimento é digerido, a vesícula biliar serve de receptáculo de armazenagem para a bile entre as refeições; em média pode conter cerca de meio litro. Quando o alimento atinge o intestino delgado, uma válvula no canal cístico se abre, deixando a bile entrar no intestino delgado.
O mal funcionamento da vesícula biliar amiúde resulta na formação de cálculos. Estes talvez se localizem na própria vesícula ou em quaisquer dos tubos ligados a ela. Talvez sejam tão pequenos como grãos de areia e estejam presentes às centenas, ou talvez sejam tão grandes que apenas um cálculo encha a vesícula inteira. Uma análise química dos cálculos revela que contêm primariamente colesterol, pigmento de bile e sais de cálcio. Uma das principais complicações que exigem atenção urgente é a causada pela obstrução das vias biliares por cálculos.
Como se pode saber se tem cálculos biliares? Um meio seguro é tirar uma chapa de raio-X. Não raro os cirurgiões os descobrem ao operarem algum outro órgão no abdômen de um paciente. Em geral, porém, os cálculos se fazem sentir por uma dor aguda na parte superior direita do abdômen. É bem provável que ocorra cólica depois dum jantar pesado, talvez acompanhada de inchaço, arrotos e outros desconfortos. Pode haver náusea, vômito e até icterícia. Mas, amiúde os cálculos são “quietos”, estando presentes sem se fazerem sentir.
O Que Causa os Cálculos Biliares?
Exatamente o que causa os cálculos é um assunto bastante controversial, embora a pesquisa moderna tenha lançado alguma luz sobre o assunto. Descobriu-se que comer muita carne leva à formação de cálculos. Os europeus que comem carne só uma ou duas vêzes por semana raramente têm cálculos; mas quando emigram para a Austrália e ali comem carne uma ou duas vêzes por dia, logo ficam com cálculos com a mesma freqüência que os australianos nativos que comem carne tanto assim.
Também experiências com cricetos (criaturas parecidas a camundongos) revelaram que uma dieta elevada em sacarina, uma forma de açúcar, leva à formação de cálculos. Há também evidência de que comer muita gordura animal tende a causar o mesmo, pois uma cólica devida a cálculos biliares amiúde segue à ingestão de muito alimento gorduroso. Não é de surpreender, portanto, que quando indonésios, entre os quais os cálculos biliares são praticamente desconhecidos, se mudam para países ocidentais e adotam os hábitos alimentares ocidentais, apareçam cálculos entre eles com a mesma freqüência que aparecem entre os naturais dos países ocidentais.
Mas, há também outros fatores. Até à meia-idade constitui uma aflição primariamente do “belo sexo”, sendo pelo menos duas vezes mais comum entre as mulheres do que entre os homens. Deveras, em tempos passados os médicos costumavam dizer que a paciente mais típica que sofre de cálculos é “Feminina, Gorda, Quarentona, Flatulenta e Fecunda”. É verdade que abaixo dos cinqüenta anos de idade, as mulheres operadas de cálculos tinham em média uns onze quilos de peso mais do que as mulheres que não sofreram operações de cálculos. É também verdade que as mulheres na idade de ter filhos têm maior probabilidade de ter cálculos do que as abaixo ou acima dessa idade, e as que realmente têm filhos têm ainda maior probabilidade de ter cálculos. E um dos sintomas de cálculos é deveras o do inchaço ou o da flatulência. Mas, com a idade avançada os homens tendem a ter cálculos quase com a mesma freqüência que as mulheres.
Outro fator que as estatísticas mostram ter relação com os cálculos é a atividade física ou o exercício. Pessoas empenhadas em ocupações sedentárias, tais como trabalhadores de escritório, professores, e advogados têm muito mais probabilidade de ter cálculos do que os empenhados em trabalho braçal, tais como fazendeiros, pedreiros e carpinteiros.
E ainda outra condição que se descobriu que tem relação direta com a produção de cálculos é o que chamam de estase. Com isso se quer dizer uma falha da vesícula em se esvaziar no intestino delgado. A bile possui todos os ingredientes para formar cálculos e assim, quando permanece por longos períodos de tempo na vesícula, talvez se formem cálculos.
Operar ou não Operar?
Haver certas coisas que se podem fazer para minimizar a probabilidade da formação de cálculos sugere que nem sempre é necessário operar para remover a vesícula quando primeiro se detecta a existência de cálculos. No entanto, se a pessoa já passou dos sessenta e cinco e precisar duma operação de emergência dos cálculos, talvez tenha esperado demais, pois as estatísticas mostram que a morte é dez a vinte vezes mais provável em tais operações do que as realizadas mais cedo.
Em tempos passados, alguns cirurgiões renomados recomendavam a remoção apenas dos cálculos em certos casos ao invés da remoção da vesícula. No entanto, amiúde era preciso uma segunda operação, e assim, atualmente, os cirurgiões em geral removem a vesícula quando os cálculos dão trabalho, para evitar complicações posteriores, inclusive a perfuração pelos cálculos.
Obviamente, a prevenção é melhor do que a operação. Em vista do que se sabe sobre os cálculos, parece que se poderia minimizar a probabilidade de contrair cálculos por se vigiar a dieta. Deve-se ser cuidadoso de não comer alimento muito rico, em especial doces, carnes e gorduras animais. Recomenda-se a ingestão de bastante vitamina A e vegetais frescos. Há também evidência de que a lecitina coíbe a formação de cálculos. Entre os alimentos ricos em lecitina se acham as gemas de ovo (muito embora tenham alto teor de colesterol), feijão soja, óleos vegetais e azeite, miúdos de vaca ricos em purina (fígado, coração, rins), trigo e outros germens de cereais e nozes. Também o que merece atenção, se a pessoa tiver ocupação sedentária, é algum exercício regular.
Por dar certa consideração agora a tais fatores, poderá poupar-se de sérios problemas mais tarde.
in Despertai de 22/11/1971 pp. 25-26
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OBRIGADO RUI COSTA!
AMOR MEU, DOR MINHA
DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.
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