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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Ensinou seus filhos a trabalhar?





UMA resposta de um Sim ou de um Não a esta pergunta talvez revele muito mais sobre sua família do que talvez pense. Como pais, sua resposta em grande medida reflectirá as circunstâncias e o ambiente em que foram criados. Também reflectirá, talvez, sua actual atitude para com a vida em geral, além de sua preocupação com o futuro de seus filhos. Sim, sua resposta talvez revele coisas, não só sobre seus filhos, mas também sobre vocês, pais deles.
Considere a questão de seu passado. Foi criado numa fazenda em que a família toda tinha de trabalhar arduamente? Ou foi criado numa cidade em que parecia haver pouco trabalho para os jovens? Trabalhavam arduamente seus pais para ganhar a vida? E, como criança, fizeram com que trabalhasse arduamente em casa? Ou dispunha de muito tempo livre? Estas experiências da infância poderiam exercer profunda influência sobre sua atitude no que tange a ensinar seus filhos a trabalhar.
Similarmente, a atitude que tem cultivado durante sua vida adulta para com o trabalho é também importante factor. Exemplificando, se acontece que mora num país que adoptou muitos aparelhos que economizam o trabalho, no comércio e na indústria, isto pode influenciar sua opinião sobre o trabalho.
Actualmente, como nunca antes, dar-se muita ênfase a mais mecanismos ao apertar dum botão, a mais computadores, a mais automação, com menos esforço físico e mental. Também a maioria das pessoas desejam menos horas de trabalho e menos trabalho, para terem mais tempo de lazer. Esta forma um tanto fácil de vida move alguns a criar uma aversão ao trabalho, chegando mesmo a odiá-lo. Se for vítima de tal raciocínio, então tenderá a encarar negativamente a tarefa de ensinar seus filhos a trabalhar.
E o que dizer do futuro de seus filhos? — algo com que a maioria dos pais ficam muito preocupados. Se crer que uma criança jamais deve ter de ‘mover uma pena’, então tentará escudar e proteger seu filho de mais do que o mínimo de trabalho e de responsabilidade. Por outro lado, se acha que o trabalho supervisionado e bom para as crianças, procurará meios de ocupar o tempo e a energia delas com actividades produtivas.

Quando Começar?

Se seus pais trabalharam arduamente, é provável que lhe tenham dado um bom começo na vida por lhe ensinarem a trabalhar. E, se não cultivou a filosofia do preguiçoso nesta era das máquinas, sem dúvida está convencido de que a criança deve aprender a trabalhar, para o seu próprio bem. A questão é quando começar.
Inicie seu programa de treinamento quando a criança é bem jovem. Quando jovem, é moldável, disposta e ansiosa de aprender. Ao chegar aos três anos, deve ter aprendido a colocar seus brinquedos no lugar depois dos momentos de folguedo. Pelo menos ao chegar a ocasião em que já é suficientemente grande para ir para a escola, devia ter-lhe ensinado a banhar-se e vestir-se, e a arrumar seu quarto.
Estas coisas talvez pareçam triviais, mas ensinam a criança a ser ordeira e fidedigna — qualidades tão essenciais para que obtenha êxito nos empreendimentos futuros.
Assim, lá se vão seus filhos para a escola. Mas, será que isso é tudo que deve haver em sua tabela de trabalho diário? Gastar cerca de quatro a seis horas na escola não esgota completamente as crianças. Isto se dá em especial quando se considera a ênfase nos intervalos, períodos de recreio, desportos e a maneira descontraída de instrução e disciplina na sala de aula hoje em dia.
Em vista disso, quando seus filhos voltam da escola, seria proveitoso se tivessem deveres regulares a cumprir. É bom ter uma tabela de tais deveres, feita de antemão, de modo que cada criança saiba o que se espera dela. Naturalmente, tais tabelas não deviam ser tão inflexíveis que não se possam fazer ajustes quando surgem circunstâncias imprevistas. Até mesmo aprender a fazer ajustes na hora em sua tabela é, em si mesmo, um bom treinamento para a criança, pois terá de fazer isso com frequência em sua vida adulta, não terá?

O Que Ensinar?

As tarefas para depois das aulas podem incluir várias coisas no lar. Isto depende, naturalmente, da espécie de lar em que a pessoa viva, quer seja numa fazenda quer na cidade, se numa casa com quintal ao redor ou num pequeno apartamento, sem quaisquer responsabilidades além da porta da frente.
Mas, sem considerar onde quer que more, há muitas coisas numa casa que uma criança pode aprender a fazer, e a fazer bem. Citando-se algumas: passar o aspirador de pó e a vassoura do tipo bruxa no assoalho, remover o pó e passar óleo nos móveis, lavar e passar roupa, retirar as coisas da mesa e lavar a louça do jantar, também, levar o lixo para fora.
Toda jovem deve saber cozinhar. Ensine primeiro a elas as tarefas elementares de preparar batatas e cebolas para cozinhar. Daí, progressivamente, ensine-lhes a preparar saladas, vários pratos de carne e a fazer saborosas sobremesas. Devem também aprender a assar. Até mesmo as mães que não são grandes cozinheiras podem, com a ajuda de livros de cozinha, ensinar suas filhas a preparar boas refeições.
Deixe que suas filhas, em tenra idade, aprendam a pregar botões e a emendar meias. Ao ficarem mais velhas, ensine-lhes a operar máquinas de costura por emendarem roupas de trabalho, fazendo aventais e bainhas nas toalhas. Toda jovem de dez anos deve também poder fazer tricô e croché — artes práticas que treinam os olhos e os dedos.
Agora, devem estas tarefas domésticas ser designadas apenas às meninas da família? Os pais que têm visão avaliam a sabedoria de treinar seus filhos, também, a manter a casa limpa e asseada. Todo homem deveria saber cozinhar e costurar quando necessário, e podem aprender os rudimentos destas perícias se forem incluídas nas tabelas de trabalho de sua infância. Certamente é um modo míope de pensar dizer que ensinar os meninos a cozinhar e a coser os torna efeminados. A ciência de temperar e a química de cozinhar são campos de conhecimento atraentes para muitos rapazes.
Da mesma forma, é sabedoria prática ensinar suas filhas, bem como seus filhos, a usar instrumentos comuns como o martelo, o serrote e a broxa. Em toda casa, mais cedo ou mais tarde, alguma coisa precisa ser consertada.
Deixe que os rapazes aprendam por construir as mui necessárias prateleiras no armário ou no porão, pintando-as também. Ao se desenvolverem suas perícias, poderão fabricar armários mais sofisticados. Permita que coloquem novas capas nas cadeiras da cozinha e reformem os móveis da sala de estar. Em vista do preço em que são vendidos móveis e acessórios hoje em dia, será sábio se permitir que seus próprios filhos aprendam a construí-los e a consertá-los em casa!
Há também muitas tarefas ao ar livre que os filhos podem fazer, em especial se morarem numa fazenda, onde o serviço jamais termina. O morador da cidade talvez tenha oportunidades um tanto limitadas, mas, com frequência há quintais a serem limpos, gramados a serem regados e cortados, janelas a lavar, casas e cercas a pintar, automóveis a lavar e encerar, para se mencionar algumas. Até mesmo a criança que mora num apartamento pode amiúde achar este tipo de trabalho na vizinhança.
Se estiver disponível, deixe que seus filhos tenham um pedaço de terra para fazer um jardim que possam chamar de seu. Forneça-lhes a ajuda necessária, mas deixe que assumam a responsabilidade. Isto significa que terão de decidir o que plantar, depois do que terão de regá-lo e cultivá-lo, e combater as pestes, as aves e os animais predadores, se hão de conseguir algum fruto de seu trabalho. Se houver colheitas ruins nos primeiros anos, incentive-os a aprender dos seus erros e a continuar a melhorar sua perícia e seus métodos.

Como Lhes Ensinar a Trabalhar?

Muitos pais talvez achem que ensinar os filhos a trabalhar é um desafio que não conseguirão enfrentar bem. É um daqueles que lança as mãos para o ar numa atitude do “que é que adianta”, simplesmente porque tem de continuar mandando seu filho fazer as mesmas coisas vez após vez? Tem de continuar instando e implorando a ele que faça isto ou aquilo?
Há uma arte em se ensinar algo, inclusive a perícia de trabalhar. A paciência, a compreensão, a bondade e o amor são absolutamente necessários. Não grite nem ameace, e não zombe nem menospreze sua ineficiência. Naturalmente, de início ficarão acanhados e desajeitados. Mas, com mais prática da parte deles e com a instrução prestimosa de sua parte, hão de melhorar. É nestes primeiros estágios da aprendizagem que você, genitor, como instrutor, precisa ter paciência, tolerância e longanimidade. Lembre-se de que também já foi jovem, acanhado e sem perícia, e que apenas depois de muitos anos desenvolveu a eficiência e a perícia.
Já observou uma criança de cinco ou seis anos ansiosa de ajudar seu papai a lavar e encerar o carro, apenas para ser mandado embora pelo pai, talvez com uma observação irritada de “caia fora daqui”? Daí, quando o filho tem doze ou quinze anos, o mesmo pai não consegue entender por que o rapaz se rebela quando lhe mandam lavar e encerar o carro da família. Outro pai permite que seu filhinho limpe as calotas e os pára-choques, e, ao ficar mais velho, poderá limpar as portas e os pára-lamas. Qual dos dois pais é o leitor?
Isto ilustra outra regra de ensino: Quando possível, trabalhe junto com seus filhos para cumprir certa tarefa. Desta forma, não só dará um bom exemplo; também poderá supervisionar pessoalmente o trabalho e oferecer prestimosas sugestões à próxima geração. Assim, quando as tarefas permitem que trabalhem juntos, não diga: ‘O serviço é esse, poderá começar a fazê-lo’, mas, antes: ‘Aqui está o serviço, eu vou ajudá-lo a fazê-lo.’
É bom que o leitor, como professor de seus filhos, crie neles a ânsia e o entusiasmo de ver terminada a tarefa, e muito bem feita. Para isto, tem de explicar o valor e a importância de cada serviço que lhes é designado. Daí, avaliarão por que é necessário fazê-lo e, com o tempo, até mesmo assumirão a responsabilidade de fazê-lo.
Mas, o que dizer se uma tarefa for difícil, monótona e até mesmo enjoativa? Como se pode fazer que uma criança sinta entusiasmo para com tal serviço? Bem, certas tarefas são assim, e constituem verdadeiro desafio à perseverança e persistência da pessoa. Deve-se fazer com que o filho aprecie isto desde o início. Ao invés de tentar criar um falso entusiasmo, deixe que o encare como um desafio. Vencê-lo, então, dá à pessoa a sensação de consecução, de satisfação.
Há outros meios de ajudar o filho a apreciar cumprir uma tarefa um tanto desagradável. Exemplificando: talvez possa lembrar ao filho que se refreia de lavar a louça do jantar de quão realmente feliz ele é de ter jantado, em primeiro lugar. Há milhões de crianças que vivem à beira da fome que se sentiriam muito felizes de lavar a louça, conquanto não tivessem que ir dormir sem ter jantado. Então, seu filho talvez diga que gostaria de trocar de lugar com tais infelizes. Se assim for, deixe que vá dormir algumas noites sem jantar até que venha a apreciar seu privilégio de lavar a louça.
Suponhamos que seu filho objecte a ter de fazer certas coisas, tais como cortar a grama ou lavar o carro, à base de que isto é cansativo e deixa doloridos os músculos. Isso talvez seja verdade; a maior parte do trabalho o faz. Mas, não cansa também a pessoa e deixa os músculos doloridos o jogar uma partida de futebol, ou nadar, ou caminhar? Assim, qual é a diferença?
A diferença está na atitude mental ou no ponto de vista. As primeiras coisas mencionadas são rotuladas de “trabalho”; as últimas, têm a agradável denominação de “eventos esportivos” ou “recreação”. Por que não trocar de nomes quanto à tarefa? Por que não tornar agradável o trabalho, e não um ordálio? Mostre-lhes como sentir verdadeira satisfação e duradouro prazer na realização de uma tarefa. Ensine-lhes a orgulhar-se de seu trabalho.

Recompensas e Benefícios

Todo o mundo aguarda alguma recompensa ao terminar uma tarefa. Talvez não seja mais do que a satisfação de tê-la terminado. Mas, as recompensas que vão além da satisfação pessoal também são apreciadas. É por isso que os pais reflexivos e considerados elogiam as consecuções de seus filhos. Talvez seja apenas um simples “Obrigado, meu filho” para as coisas pequenas, ou talvez seja uma pequena dádiva de amor pelos esforços extraordinários feitos por seus filhos em seu trabalho.
Tais recompensas elogiosas servem como maior incentivo para se fazer a mesma tarefa ou outra da próxima vez.
Pais: talvez considerem ensinar a seus filhos uma tarefa maior do que fazer vocês mesmos o serviço, e este bem pode ser o caso. Mas, aceitem esta responsabilidade de ensinar como sua tarefa, seu trabalho. Daí, desincumbam-se bem dela, e tanto vocês como seus filhos serão ricamente recompensados. Conforme afirma o provérbio: “Observaste o homem que é destro na sua obra? É perante reis que ele se postará.” — Pro. 22:29.

in Despertai de 8/12/1972 pp. 5-8

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.