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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Aceite um aperto de mão




PARA o observador, parece que algumas pessoas simplesmente se deleitam em dar apertos de mão. Fazem-no na primeira vez em que se encontram no dia, mesmo com velhos conhecidos, e, daí, novamente quando se despedem. Este processo talvez até mesmo se repita várias vezes no dia se tais conhecidos se cruzarem com frequência. Em países em que isto é costumeiro, poderia ser tido como insulto se tal saudação manual fosse despercebida, quer ao chegar quer ao partir.
Mas nem todos se entusiasmam com isso. Alguns afirmam: “É uma rígida formalidade!” “Por que a pessoa simplesmente não é natural?” “Como isso é imprático!” “Ademais, acho que não deve ser saudável andar por aí espalhando todos esses germes através de tal íntimo contacto!”
As atitudes e os costumes diferem, não é mesmo? Há outras pessoas que preferem beijar-se, abraçar-se ou esfregar os narizes, ou simples mesura basta. Enquanto tais costumes de nos saudar não pisotearem em seus princípios de consciência, por que não ser adaptável quando se está no país dos outros, não ignorando seu modo de vida e esperando que eles mudem o deles? Seja qual for a forma de saudação, acalenta-nos por dentro quando sentimos que é de coração e sincera!

Apertos de Mão nos Tempos Primitivos

Há algumas facetas interessantes do assunto dos apertos de mão. É mencionado até mesmo na Bíblia como sendo conhecido dos israelitas, embora não como forma de saudação. Os povos consideravelmente menos inibidos do Oriente Médio têm meios muito mais emocionais de expressar suas alegrias de encontrarem outras pessoas e suas dores da partida do que por meio do aperto de mão um tanto conservador. Nos tempos bíblicos, o aperto de mão ou bater as palmas das mãos eram gestos empregados para expressar acordo, ratificação ou confirmação dum contrato ou barganha. Este gesto não é desconhecido nem mesmo no presente, ainda tendo valor legal nos dias de nossos trisavós. Os antigos povos germânicos também o empregavam ao fazer acordos.
Ao passo que alguns afirmam que os romanos foram os primeiros a usar o aperto de mão como saudação, evidentemente foi durante a Idade Média que o aperto de mão se tornou costume comum na Europa. Apresentar a mão de certa maneira predeterminada também servia como sinal de identificação para indicar que se pertencia a certo grupo ou guilda. Tal sinal distintivo de ser membro dum grupo ou de partilhar de determinada forma de pensar permanece em uso até mesmo hoje em dia.

Apertos de Mão Típicos

E agora, gostaria de conhecer alguns que têm apertos de mão típicos de nossos dias? Cada um tem um jeito diferente de segurar. O primeiro que encontramos segurará ansiosamente sua mão brandamente estendida, como que triturando-a. Ficamos com medo depois de mover a mão, receando que todos os ossos tenham sido quebrados e, se costuma usar um anel, ficará com ferimentos por diversos dias.
Mas, nem todos são tão cheios de vitalidade. Por exemplo, nosso próximo amigo aqui. A frieza e desânimo que sente quando a mão dele molemente e sem desejo algum pende na sua faz com que boceje, tentando ver se não foi um peixe que apanhou. Nosso terceiro amigo é mais afectuoso, e seu aperto de mão, ou “sacudida”, destina-se a demorar um pouco.
Naturalmente, há outros que empregam o sistema de acertar ao acaso. Parece que nunca conseguimos segurar sua mão devidamente, pois verifica que a mão deles escorrega pelo seu polegar e corre pelo seu braço. E, talvez já encontrou o tipo “não tenho nenhum interesse” que, ao passo que lhe oferece a mão, vira logo a cabeça para olhar para outra coisa, de modo que, quando as mãos se encontram, não há um encontro de olhos.
Por último há o grande sustentáculo da tradição do aperto de mão. Se verifica que suas mãos estão ocupadas demais ou cheias demais para dar um correto aperto de mão, então lhe oferecerá um dedinho ou um cotovelo a bem da tradição.
Qual foi sua impressão daqueles que acabamos de lhe apresentar? Alguns mostram definida consciência da impressão que causam pela forma precisa e deliberada com que apertam a mão deles na sua. Tentam mostrar firmeza, com graciosidade, e dão uma torcidinha extra como prova de uma calorosa personalidade forte. Sim, o aperto de mão realmente revela muita coisa sobre as características duma pessoa. Mas, a pessoa natural que não se leva demasiado a sério sempre é apreciada.

Ser Equilibrado Quanto a Apertos de Mão

Embora não sendo regras, eis aqui algumas situações em que a razão deve ditar. Talvez a pessoa desacostumada a apertos de mão sinta-se justificada em achar que o hábito é imprático quando, depois de entrar numa sala, numa reunião, tem de realizar mais uma vez o ritual de apertar as mãos cada vez que entre alguém novo. E, se chegar atrasado numa reunião, ou a palestra já tiver começado, seria mostrar consideração usualmente sentar-se quietamente sem achar necessário interrompê-la para apertar a mão de todo o mundo. Alguém poderia pensar que é rude desperceber alguém com esta saudação formal do aperto de mão, mas seria mais respeitoso e considerado aguardar o momento natural e conveniente para expressar nossa alegria por vermos nossos amigos. E já pensou em quão inapetitoso poderia ser para alguém se se visse obrigado a apertar a mão de uma pessoa ou de várias que não lavaram as mãos, durante uma refeição?
Se gosta de poupar tempo, talvez tenha ficado amolado apenas com a frequência deste acto social, ao invés de com o acto em si. Tome, por exemplo, os alemães, cujo costume de apertar as mãos é tido em máxima estima, mas que agora começam a pensar se saudar a mesma pessoa uma dúzia de vezes num dia com um aperto de mão talvez não esteja indo longe demais.
A revista Time teceu a seguinte observação: “Alguns encarregados do pessoal alemães calculam que seus empregados gastam no emprego um mínimo de 20 minutos por dia dando apertos de mão.” O Comité de Peritos em Boas Maneiras da Alemanha se expressou assim: “Apertos de mão em exagero não são apreciados, e, com efeito, às vezes tornam mais difícil de se estabelecer o contacto pessoal. Basta dar um aperto de mão na primeira vez que se encontram.”
Assim, então, tentando-se ser razoável sobre o uso do aperto de mão normal, a sugestão mais simples a lembrar seria: Mostre calor humano sincero junto com discernimento. Daí, não teremos dificuldades em ser naturais, ao invés de seguirmos cegamente a tradição.
Chegou a hora de dizer até logo. Mas, diz que não deseja despedir-se com pancadinhas nas costas, nem com um beijo ou um abraço? Muito bem, então, aceite um aperto de mão!

in Despertai de 8/7/1973 pp. 26-28

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.