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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A língua chamada “pidgin”


POUCO acima da Austrália se acha a ilha de Nova Guiné, inferior apenas à Groenlândia como a maior ilha do mundo. Aqui, o meio comum de comunicações faladas é pela língua chamada "pidgin", ou, mais corretamente "melanésio-pidgin".
Trata-se duma língua relativamente nova, tendo apenas cem anos de idade. E tem menos de 2.000 palavras. Assim, talvez a pessoa se incline a pensar que simplesmente não tem uma palavra para expressar as idéias desejadas. Todavia, pelo uso perito das palavras disponíveis, o melanésio-pidgin pode ser muitíssimo definido e expressivo.
Como se desenvolveu esta língua? Que fins úteis tem? Como são expressas as idéias nesta língua quando não há palavra específica para o assunto que é considerado? Que atitude assumem as diferentes pessoas para com o melanésio-pidgin?


Sua Origem


O pidgin é uma língua que se desenvolveu principalmente devido ao comércio, a palavra "pidgin", segundo se pensa, sendo uma corruptela da palavra inglesa "business" (negócios). Originalmente, uma língua chamada "pidgin" foi criada pelos comerciantes ingleses e nativos ao longo da costa da China, no século dezessete, a fim de fazerem negócios. Daí, com o tempo, muitos dialetos pidgin se desenvolveram em vários lugares, em geral com os mesmos fins.
Em 1788, os imigrantes ingleses chegaram à Austrália, e, pouco depois, um pidgin australiano se desenvolveu para facilitar as comunicações com os nativos. A respeito de sua disseminação dali, observa The Encyclopœdia Britannica:
"Visto que o pidgin se desenvolveu na costa leste da Austrália, no fim do século dezoito, consideravelmente antes de as ilhas do Pacífico ficarem abertas ao comércio, deve-se considerar a Austrália como a fonte primária do pidgin pacífico. . . . O elo entre o pidgin australiano e o nova-guineense é naturalmente íntimo; o vocabulário do nativo nova-guineense inclui muitas palavras que foram primeiro introduzidas na Austrália."
A ilha de Nova Guiné era virtualmente desconhecida do mundo exterior até tão recentemente como cem anos atrás. Mas, daí, os comerciantes, os missionários e colonizadores começaram a chegar em números cada vez maiores. Foi nessa época que a língua melanésio-pidgin nasceu. Esta língua inclui agora palavras de derivação inglesa e palavras emprestadas do alemão, do melanésio, do polinésio e do malaio.


Seu Valor


Devido a sua natureza desregrada, têm sido feitas tentativas de se suprimir o pidgin. Mas, por volta do último quarto do século dezenove, os comerciantes alemães verificaram que estava tão arraigado na Nova Guiné que os nativos recusavam-se a falar alemão. Isto deixou irritado o Barão von Hesse-Wartegg, que instou que esta "tolice pidgin" fosse substituída "pela sensata língua alemã". Todavia, quaisquer tentativas nesta direção resultaram apenas em várias palavras alemãs serem introduzidas no pidgin.
Até mesmo hoje em dia, o uso do pidgin é proibido nas escolas da Nova Guiné. Poderosas forças continuam seus esforços de supressão dessa língua. Mas, apesar desta oposição, não se pode negar que o melanésio-pidgin serve a um fim prático. Como? Bem, considere as circunstâncias neste lugar remoto.
A Nova Guiné é uma ilha de montanhas elevadas, de platôs e de vales escondidos, partes dos quais jamais foram exploradas pelo homem branco. É o lar de muitos povos tribais, que falam mais de 500 línguas diferentes! Em alguns casos, talvez não haja mais do que 5.000 pessoas num único grupo lingüístico,
Nos tempos primitivos, havia muito pouco intercâmbio entre os grupos tribais em questões comerciais. Na verdade, havia freqüentes guerras tribais, mas poucos contatos culturais entre as tribos. Mas, agora, os tempos mudam. Há necessidade de um meio de comunicação que possa ser pronta e facilmente aprendido. O melanésio-pidgin cumpre essa necessidade. E, à medida que tal língua penetra nas regiões mais distantes e difíceis da Nova Guiné, cada vez mais as pessoas tribais podem comunicar-se umas com as outras. Num curto período de tempo, podem dominar essa língua, ao passo que uma língua mais complexa seria mais difícil de se aprender.


Uso Perito de Palavras Limitadas


O número de palavras em melanésio-pidgin está aumentando, mas ainda há menos de 2.000 delas. As línguas mais antigas comumente têm muitas vezes esse número. Mas, até mesmo com limitado número de palavras é possível ser definido e expressivo. Simplesmente se precisa aprender a arranjar devidamente o vocabulário limitado.
Considere, por exemplo, o que é feito em relação com a palavra para pão, que é "bret" em melanésio-pidgin. Visto que não há palavra para padaria, diz-se "haus bret", literalmente "casa do pão". O padeiro é "man bilong wokim bret" isto é, "um homem que fabrica pão". Um pãozinho é simplesmente "hap bret" que não significa meio pãozinho, mas "um pedaço de" pão. Uma fatia? Bem, isso é "bret ol i-katim pastaim", ou "pão previamente cortado".
Assim, muito embora haja coisas para as quais não há palavra exata em melanésio-pidgin, pode-se usualmente expressar de forma adequada a idéia que se tem em mente.


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Há problemas derivados da tradução de publicações para o melanésio-pidgin. Produz-se cada vez mais material de leitura em melanésio-pidgin. Avisos públicos e panfletos surgem agora em melanésio-pidgin, bem como jornais e uma variedade de livros. Neste dia em que uma das maiores necessidades da humanidade é comunicar-se com pessoas de todas as raças e nacionalidades sem mal-entendidos, essa língua chamada "pidgin" é um meio para se chegar a tal fim.


*** g70 8/8 pp. 19-20 ***

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.