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segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Os grandes monstros marinhos


UMA cabeça monstruosa, olhos nos cantos de enorme boca, nenhuma orelha, apenas um buraco na cabeça, servindo de narinas. Eis o perfil da Sra. Baleia. Quando abre a boca, surge enorme vazio cavernoso, capaz de conter um elefante africano plenamente maduro! Não há dentes. Apenas longas e delgadas lâminas córneas brancas que se acham penduradas de ambos os lados do céu da boca.
Sobre o enorme lábio inferior da Sra. Baleia há sua colossal língua aveludada. As lâminas córneas de três metros de sua boca são duras e flexíveis. Quando ela respira fundo, não respira pela boca. O ar vai direto a seus pulmões através das válvulas daquele buraco em sua cabeça. Está interessado em examiná-la mais? Então, ao invés de seguir a via pela qual o alimento é tragado, recuemos e vejamos esta vasta criatura duma posição mais confortável.
Em nossas mentes, a palavra "baleia" usualmente está associada com algo enorme. Mas, há baleias menores, melhor conhecidas como delfins e toninhas. Sendo mamíferos de sangue quente, e que inalam ar, navegando com nadadeiras e impulsionadas por poderosa cauda, esta ordem inteiramente fascinante de criaturas que vão de um metro e meio a trinta metros de comprimento, pesando cerca de 45 quilos até umas cento e cinqüenta toneladas, é chamada "Cetacea". Algumas têm dentes, e são chamadas "Odontoceti", ao passo que outras têm lâminas córneas ao invés de dentes, e são conhecidas como "Mysticeti".


Baleias Sem Dentes


O espécimen já descrito é a baleia lisa e branca ou baleia da Groenlândia, que freqüenta o Pacífico Norte e o Atlântico Norte. Cerca de um terço de seu comprimento é ocupado pela cabeça. É intimamente aparentada com outra maravilha sem dentes, a baleia azul, o maior de todos os mamíferos, vivos ou extintos. Uma baleiazinha azul recém-nascida pode medir mais de seis metros. Um modelo da baleia azul adulta, feita de poliuretano sobre um esqueleto de aço, recoberta de pele de fibra de vidro, constituiu por diversos anos uma amostra especial no Salão de Biologia dos Mamíferos do Museu de História Natural de Nova Iorque.
As lâminas córneas internas destas criaturas gigantescas, devidamente chamadas "barbas de baleia", são mencionadas como barbatanas de baleia. Não se tratando realmente de ossos, são fundamentalmente como pelo. Os japoneses as chamam de hige, ou fios de barba. Seu uso em espartilhos e em outros produtos há muito já foi suplantado pelas fibras sintéticas. Não obstante, ainda é usada como cerdas em certos tipos de escovas industriais.
O sobretudo de óleo da baleia sem dentes, uma grossa camada semelhante a borracha, sob uma pele fina como o papel, é o que a habilita a manter a temperatura do corpo semelhante à do homem. O óleo de baleia, produzindo de 50 a 80 por cento de seu próprio peso em óleo comestível, é transformado em gorduras para se cozinhar, sabões e em outros produtos.
A indústria baleeira cobra tremendo preço destas baleias sem dentes.


Baleias com Dentes


Não foi senão no início do século dezoito que os baleeiros começaram a dar atenção a outra variedade de baleias, a variedade com dentes, especialmente o cachalote. Por volta de 1846, mais de 700 baleeiras ianques se empenhavam na caça, ansiosas de gozar os lucros da imensa carcassa desta criatura — suas toneladas de óleo, altamente prezado como iluminante, e o óleo claro e sem cor encontrado em sua cabeça, do qual se produziam velas de cera da melhor qualidade. Agora, contudo, o óleo do cachalote é usado numa variedade de outras formas: para a laminação do aço, para acabamento de couros, para engomar têxteis, e em lubrificantes especiais, em composições de cera, sabão, detergentes e cosméticos.
O âmbar gris é outro produto do cachalote. Às vezes encontrada boiando no oceano, outras vezes lançada na praia, esta substância cinzenta e cerácea é formada no estômago e nos intestinos do cachalote, provavelmente devido a algum tipo de irritação, e é vomitada pela criatura. Sua contextura é como um queijo muito duro, parece-se com o mármore quando cortada, e possui delicioso aroma. É considerada excelente fixador na fabricação de perfumes caros.
Como um todo, os membros da família das baleias são inofensivos e brincalhões. Não raro são observados brincando na superfície em cardumes, saltando como rãs ou dando saltos mortais. A amigável inquisitividade do delfim é bem conhecida. Quando ferido ou desesperadamente se debatendo na água, por outro lado, uma baleia enorme pode pôr em perigo até um navio pesado.


A Orca


A orca é exceção: Não fica satisfeita com plâncton e outros peixinhos do oceano. Prefere fincar os dentes nos delfins, nas toninhas, nas focas, nos pingüins e nos tubarões, e não hesitará em arrancar um pedaço de outra grande baleia, até dilacerando a língua dela. Caçam em cardumes. Sabe-se que destroçam blocos de gelo flutuantes para caçar homens ou focas.
Os japoneses a chamam de shachi, usando um ideógrafo chinês que combina apropriadamente os caracteres para "peixe" e "tigre". Tem um lugar especial nas superstições. Parecendo à distância uma cabeça quadrada de vaca, com pequenos chifres para fora, modelos do macho e da fêmea shachi, com sua cauda no ar, encaram um ao outro na aresta do mais alto teto do castelo japonês. O mais famoso destes encantamentos está sobre o castelo de Nagóia. Foram feitos em 1959 para substituir os destruídos junto com o castelo durante a segunda guerra mundial. São de cobre, recobertos de 560 escamas de ouro de 18 quilates.

Alguma idéia do enorme apetite da orca pode ser obtida do fato que quatorze focas e treze toninhas foram encontradas no estômago de um espécimen de seis metros e meio. É o único dos cetáceos que se alimentará de sua própria espécie ou de outros mamíferos de sangue quente.


Características da Baleia


Com dentes ou sem dentes, todas as baleias engolem inteiro seu alimento. Os dentes são usados para apresar apenas o alimento. As baleias que possuem barbas ou não têm dentes navegam com suas bocas abertas e vivem principalmente dos pequenos crustáceos que aderem a suas barbas. Lá nas muitas câmaras do estômago, a comida sofre longo período de digestão. Em 1891, um baleeiro inglês, James Bartlett, foi engolido por um cachalote. Mais tarde, foi retirado vivo do túmulo úmido, sem ter sido digerido.
A visão não é característica destacada da baleia. Para "ver" a baleia depende principalmente de seus ouvidos, como o morcego. Os ouvidos se localizam atrás dos olhos, embora não sejam visíveis ao observador casual. Um sistema ímpar de sacos de ar cumpre duplo dever. Agem como isoladores do som e também ajustam a pressão exterior por um influxo e uma saída de sangue. Os sons que entram no ouvido externo batem na membrana do tímpano e são levados ao ouvido interno. Em caminho, o arranjo de ossos no ouvido médio faz com que sejam grandemente ampliados.
Outra provisão de segurança inerente da baleia entra em ação quando a pressão diminui subitamente à medida que a baleia vem à tona. O homem em tais circunstâncias, exposto a tal mudança de pressão, tem de evitar o "mal-dos-caixões", condição resultante da formação de bolhas de nitrogênio no sangue e nos tecidos. A baleia acha-se maravilhosamente protegida contra o "mal-dos-caixões".
Incapaz de inalar diretamente o oxigênio da água, como o fazem os peixes, a baleia tem de vir à superfície para adquirir uma reserva de ar a cada quinze a vinte minutos. Quando exala, cria um visível "jato" pela súbita expansão e resfriamento do ar ejetado pelo orifício específico para isso. Deveras, os baleeiros experientes podem dizer o tipo de baleia pelo tamanho, pela forma e pelo ângulo do "jato".


Luta Pela Existência


Devido à tremenda eficiência dos modernos métodos de caça à baleia e o fato de que apenas um baleote nasce depois de um período de gestação de onze a quinze meses, a baleia perde a luta pela sobrevivência.
O arpão lançado à mão cedeu seu lugar ao arpão lançado por um canhão e este foi construído de tal modo que explodirá na cabeça do alvo. Os navios-fábricas podem tirar a pele e cortar uma baleia em pedaços em trinta a quarenta e cinco minutos. Com todo o equipamento moderno para detectar a presença da baleia e liquidá-la, que chance tem a baleia?


in Despertai de 8/11/1970 pp. 10-12

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.