“DO JEITO em que estão os preços agora, simplesmente não sei mais com o que alimentar minha família.” Soam-lhe familiares estas palavras? Ecoam seus sentimentos? Muitas donas de casa verificam que não mais conseguem comprar alimentos que compravam antes e ainda limitar-se a seu orçamento. Razão é que os preços dos alimentos através do mundo subiram tanto na última década.
Muitos verificam ser cada vez mais difícil equilibrar seu orçamento. A luta corrente do consumidor estadunidense obteve grande atenção e muitas são as propostas para suster os aumentos dos preços dos alimentos. Apesar dos vários passos dados em escala federal e local para proteger os interesses do consumidor, cabe por fim à dona de casa conseguir economizar por sua própria conta. Ela conhece exatamente em que áreas poderá reduzir as despesas sem por em perigo à saúde da família. Para alcançar este alvo, tem de saber que alimentos são essenciais para sua saúde e quais poderá dispensar.
Os requisitos básicos para a nutrição adequada podem ser divididos a grosso modo em quatro grupos:
(1) Carnes e substitutos para a carne, abrangendo ovos, queijo, nozes, soja, e assim por diante.
(2) Pão, farinha e vários cereais (grãos).
(3) Leite e produtos lácticos.
(4) Frutas e legumes numa variedade tão grande quanto possível.
Para os que não apreciam beber os recomendados dois ou três copos de leite por dia para os adultos e os três a quatro copos para as crianças, o leite pode ser usado de outras formas. Os nutricionistas recomendam que as donas de casa planejem seu cardápio em torno de tais requisitos básicos para assegurar que suas famílias comam os alimentos corretos.
Os requisitos básicos para a nutrição adequada podem ser divididos a grosso modo em quatro grupos:
(1) Carnes e substitutos para a carne, abrangendo ovos, queijo, nozes, soja, e assim por diante.
(2) Pão, farinha e vários cereais (grãos).
(3) Leite e produtos lácticos.
(4) Frutas e legumes numa variedade tão grande quanto possível.
Para os que não apreciam beber os recomendados dois ou três copos de leite por dia para os adultos e os três a quatro copos para as crianças, o leite pode ser usado de outras formas. Os nutricionistas recomendam que as donas de casa planejem seu cardápio em torno de tais requisitos básicos para assegurar que suas famílias comam os alimentos corretos.
Como Reduzir os Preços da Carne
Saber que alimentos são essenciais é importante. Mas, a dona de casa mediana, se há de reduzir seus custos alimentares em qualquer grau apreciável, tem de começar primeiro com a carne — usualmente o item mais alto em suas despesas com alimentos. Pode ficar alerta para ler nos jornais ofertas especiais e fazer seu cardápio com base nas ofertas de carne da semana. Talvez seja vantajoso comprar fígado e carne do tipo mais barato, tais como rabada, pescoço, ponta de agulha, acém ou coxão duro. As costeletas são relativamente baratas. Bifes do peito são ainda mais econômicos. Pernil de porco é tão saboroso quanto o lombo de porco, todavia, muito menos custoso.
O que há de bom é que tais cortes são tão elevados em valor nutritivo quanto os mais custosos. A única diferença é que se precisa mais cuidado para cozinhá-los visto que talvez sejam menos tenros. A língua é outro item econômico. Quando cozida à la braise em molho aromático e devidamente enfeitada, é deliciosa, todavia, custa não raro apenas a metade do preço de outras carnes!
A carne de preço reduzido, contudo, nem sempre é econômica. Às vezes contém muitos pedaços não comestíveis. Assim, ao comparar o custo básico, é melhor calcular o custo por porção. Um quilo de acém, moído, por exemplo, talvez dê para dez porções.
Alimentos Que Satisfazem
Uma vez apreciado que a carne não é a única fonte de proteínas, pode-se começar a economizar verdadeiramente. Há outros alimentos ricos em proteínas, porém, para se obter os melhores resultados, precisam ser preparados e servidos com especial cuidado, de modo que se tornem tanto convidativos na aparência como deliciosos ao paladar.
O peixe é um destes alimentos proteínicos, e, em algumas localidades, pode ser obtido a baixo custo. Grande variedade de alimentos de peixes são agora disponíveis em quantidades cada vez maiores — mexilhões, salmeiras, litorinas, urtigas do mar. Podem ser assados, cozidos numa tábua, fritados numa frigideira ou mergulhados em gordura, escaldados ou cozidos a vapor, dependendo do método que ressalte o que há de melhor em cada coisa. Está atento ao mercado de peixes?
O ovo é outro alimento satisfatório que é proteína completa. Pode também ser preparado de diversos modos — desde o ovo bem cozido até o delicioso soufflé. Não é de admirar que seja tão popular!
Alguns alimentos, embora não sejam completos em proteínas como os ovos, ainda contêm valiosas proteínas. Tais alimentos, tais como as ervilhas, o feijão branco e o feijão-de-lima, são amiúde chamados de proteínas “incompletas’’ porque não contêm tantos dos essenciais aminoácidos. As lentilhas são outro exemplo. Combinam-se com muitos alimentos a fim de fornecer pratos satisfatórios, e, ainda assim, baratos.
A realidade é que nem toda refeição precisa ser rica em proteínas. Há outros pratos que são bastante satisfatórios. A humilde batata é um exemplo. É surpreendente o número de formas de prepará-la e servi-la em pratos deliciosos, sozinha ou combinada a outros alimentos. Se a cozinheira ficar sem novas idéias neste respeito, poderá comparar seu receituário com os de suas vizinhas. Daí, há também o arroz. O arroz branco e o arroz integral oferecem amplo escopo, e podem ser cozidos quer como substituto da batata quer como sobremesa. Tudo depende do tempero ou condimentos acrescentados a ele.
Há muitas outras refeições de um prato único que poderá ser satisfatórias: macarrão, espaguete e molho de tomate, beringela recheada, guisado de galinha picadinha com cogumelos e bolinhos de massa frita, pimentões verdes recheados, para citar alguns. Na verdade, estes representam um desafio à perícia do cozinheiro, pois se espera com freqüência que se rivalizem com o prato de carne tanto em sabor como em atrativos. Mas, bem que vale a pena o esforço, pois dará mais variedade a seu cardápio, ao passo que também reduzirá os custos.
Comprar Exige Perícia
É uma compradora perita? Sabe o que comprar, onde comprar e, o que é mais importante de tudo, quando comprar? É uma perícia que pode ser adquirida, e há muitas ajudas. Ofertas especiais de alimentos são usualmente anunciadas no rádio, na TV e na imprensa pública. Caso possa obter com economia itens que usa com freqüência, vale a pena comprar uma quantidade extra, conquanto não haja problema de estocagem. Mas, certifique-se de que não se envolva em despesas extras de passagens que poderiam facilmente eliminar qualquer lucro obtido de comprar a um preço de pechincha. É melhor que descubra um lugar perto de casa em que são oferecidas pechinchas.
A primeira coisa que a compradora sábia fará, antes de sair de casa, é examinar as prateleiras da despensa e fazer uma lista de itens que estão acabando. Desta forma, a dona de casa comprará as coisas necessárias. Isso tende a impedir as compras por impulso, ou gastar muito em itens que realmente não são essenciais.
É bom, também, cultivar o hábito de ler os rótulos. Disse certa dona de casa: “Embora eu já faça compras por anos, apenas recentemente me tornei cônscia dos rótulos. Agora não sou mais influenciada pelos enganosos lemas de vendas. Agora leio os rótulos para ver o que estou realmente adquirindo antes de comprar, e isso faz uma grande diferença. Os rótulos deviam mencionar os ingredientes, bem como a quantidade ou o peso. Um pouco de aritmética mental deve determinar se é mais econômico comprar a lata pequena ou grande de algum item.
Alguns supermercados oferecem alimentos de suas próprias marcas a preços inferiores às marcas anunciadas nacionalmente dos mesmos produtos. Por que não experimenta alguma vez certas marcas particulares? Talvez verifique que são de qualidade tão boa quanto as que são astutamente promovidas em grandes cartazes ou na TV e no rádio. Deveras, em alguns casos, tratar-se-á de produto idêntico, vendido a varejo sob diferentes rótulos.
E enquanto estamos no assunto de rótulos, outro ponto que a compradora judiciosa deve considerar é o custo da embalagem. Alguns produtos alimentícios são enfeitados com embalagens especiais, cujo custo é passado ao público comprador. Para sermos práticos, vale a pena preocupar-se mais com o próprio produto do que com a forma em que é embalado, não importa quão atraente pareça.
Também deve-se ter presente o uso que fará de sua compra. Se o item for tomate em conserva, há marcas de alta qualidade, bem como as de qualidade inferior. No entanto, se os tomates serão usados numa sopa ou em molho de espaguete, não é necessário obter-se tomates de alta qualidade. A diferença em qualidade talvez seja que uns não têm a cor dos outros, ou certa marca tenha mais tomates inteiros do que a outra.
A época em que compra tais itens perecíveis como frutas e legumes é importante. Comprá-los só porque são atraentes à vista, sem considerar sua época pode envolver despesas desnecessárias. Deve ser simples verificar a época de abundância de cada item, a época em que podem ser comprados por menos. Na verdade, pode-se comprar frutas e legumes congelados, mas pode-se fazer isto a um custo razoável?
A compradora sábia também levará em conta o fator desperdício ao comprar frutas e legumes. Do volume total, em qualquer compra, quanto será jogado fora? Isto é importante ao se determinar o custo real. E outro ponto em que vale a pena pensar é: Será realmente necessário jogar fora tanto das cascas e aparas dos legumes e das batatas? Ao cortar aipo cru para a mesa, por exemplo, poderiam as aparas menos atraentes ser guardadas num saco plástico e usadas mais tarde numa sopa ou salada?
A compradora também poderá perguntar-se: Fico num dilema quando se trata de comprar legumes? Há ampla margem de escolha, e a maioria é excelente para se fazer uma salada. Considere, por exemplo, alguns deles: erva-doce, couve, endívia, verduras de mostarda, escarola, chicória e agrião. E, no caso da alface, deve-se ter presente que aquelas folhas verde-escuras exteriores, amiúde tolamente jogadas fora, são ricas em vitaminas e sais minerais.
Refeições Para Estimular o Apetite
A boa cozinheira pode fazer da mais simples refeição uma experiência deleitosa, pois sabe que a cor, a forma, o paladar e o arranjo da comida podem ter poderosa influência sobre quem come. Assim, dá atenção a itens tais como ervas, temperos e adornos. Um pouco de atenção extra e alguns minutos a mais na preparação de uma refeição atraente podem constituir a diferença.
O fator da cor numa refeição terminada pode exercer muita influência. Um prato de carne marrom pardacenta pode ser avivado com tomates, beterraba, cenoura ou brócolos. Os rabanetes darão um lampejo de cor à salada. A aparência atrativa da comida estimula as papilas gustativas e torna mais apreciável a refeição.
Temperos e condimentos, usados com moderação, podem aumentar o prazer das refeições e dar variedade a seus pratos. E, por falar em variedade, é bom tentar novas receitas de vez em quando. Tome a batata, por exemplo. Diz-se que há mais de 1.500 formas de servir este item comum. Talvez muitas donas de casa não tenham usado mais de mela dúzia delas. Assim, há um grande campo para aventura aqui.
Nem é necessário cozinhar todo legume. Além de servi-los crus em saladas, alguns deles, como as cenouras, cebolas e aipo, podem ser servidos frescos. Desta forma, dispõem de mais valor nutritivo do que quando cozidos. Crianças famintas ficarão muito contentes de mordiscar tais itens entre as refeições.
O uso perito de sobras de comida é outra forma de obter economia sem sacrificar o atrativo do sabor. Com imaginação e perícia, muitos pratos populares podem ser preparados. Por exemplo, carne que sobre pode ser cortada em pedaços bem pequeninos e cozida junto com arroz, temperado ou condimentado exatamente no grau certo. O purê de batatas que sobre pode ser fritado na panela no dia seguinte.
Contribuição do Amor Para o Comer Bem
A esposa e mãe amorosa não está apenas interessada em cozinhar e servir as refeições de modo apressado. Ela se preocupa com a saúde e o bem-estar da família. Quando há crianças em idade escolar, há sério empenho em estimular seus apetites para os alimentos simples e nutritivos. As lições de geografia poderiam se tornar vívidas bem na mesa do jantar se pratos populares em terras distantes fossem incluídos no cardápio de vez em quando — o borche russo, o gulache húngaro, os tamales mexicanos, e assim por diante. Muitos deles são também bastante econômicos. A dona de casa verificará ser de seu proveito experimentar e expandir os gostos de seus fregueses regulares à mesa. Levará tempo extra para ficar atenta a ofertas especiais de alimentos, para certificar-se de que a família esteja obtendo a nutrição adequada, para introduzir maior variedade no cardápio, para reduzir o desperdício. Mas, ela própria se sentirá livre da monotonia e gozará a satisfação de contribuir para uma economia que é tão vital nestes dias de custos crescentes.
Há um fator vital relativo a refeições que jamais deve ser despercebido ou subestimado. É grátis e não se precisa fazer nenhuma compra para obtê-lo. Sem ele, muito do prazer das refeições no dia a dia ficaria perdido. O que é? Uma atmosfera agradável, descontraída, alicerçada em amor, é uma base sólida para a alimentação saudável.
in Despertai de 8/3/1971 pp. 13-16
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