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quarta-feira, 21 de abril de 2010

O vale da Morte — corresponde mesmo ao seu nome?



O NOME Vale da Morte é conhecido em todo o mundo. Mas, muitos sabem bem pouco sobre o lugar em si. É realmente um vale da morte? Onde se acha localizado? Por que é tão famoso?
O Vale da Morte se acha nos Estados Unidos, na parte oriental da Califórnia, perto da divisa com Nevada, aproximadamente a uns 400 quilômetros ao nordeste de Los Angeles. É um vale que tem de quase dez a vinte e dois quilômetros de largura, e mais de 200 quilômetros de extensão. Em 1933, o vale e as montanhas nas cercanias, uma área de quase 7.700 quilômetros quadrados, foi estabelecida como monumento nacional, sendo chamado de Monumento Nacional do Vale da Morte.

O próprio vale é uma ampla área funda, sendo que 1.420 quilômetros quadrados da mesma se acham abaixo do nível do mar. Aqui, próximo de Badwater, acha-se o ponto mais baixo do hemisfério ocidental, a uns 85 metros abaixo do nível do mar. Mas, ironicamente, dista apenas uns 130 quilômetros do Monte Whitney, que, com 4.420 metros, é o ponto mais alto dos EUA, fora do Alasca.

No extremo ocidental do vale se acha o Pico do Telescópio, que ascende a 3.368 metros. De Badwater, há uma ascensão contínua até o pico. Este pico é deveras notável pela forma com que encima as cercanias. Que vista maravilhosa se obtém nele!

No passado distante, um grande lago ocupava o Vale da Morte. Daí, ao aumentar a aridez, o lago decresceu de tamanho e finalmente evaporou-se, com grandes concentrações de sal na água que ficaram depositadas. Isto deixou cerca de 500 quilômetros quadrados de depressões salgadas, que é a área mais baixa, mais quente e mais seca do vale.

O Clima e Seu Efeito Sobre a Vida

O sol abrasador produz temperaturas no vale que atingem novos recordes, tornando-o perigoso para os humanos. Em 10 de julho de 1913, registrou-se uma temperatura à sombra de 57.° centígrados, que era então a mais alta temperatura registrada no mundo. Mas, nove anos depois, um povoado da Líbia registrou 58.° C., obtendo o recorde de calor mundial.

As temperaturas do solo do Vale da Morte com freqüência atingem 85.° C. Certa mãe, como esposa do principal naturalista do parque do Vale da Morte, relatou que ela cozia ovos por enterrá-los dentro da caixa de areia de seu filho. E fazia chá por colocar os saquinhos de chá num jarro de água exposto ao sol.

O Vale da Morte também é um dos lugares mais secos da terra. A umidade cai a menos de um quarto de um por cento! Mas, o tempo é moderado no inverno, e, de novembro até maio, o clima se pode aproximar do ideal.

A precipitação pluviométrica atinge em média apenas 50 milímetros por ano. Breves chuviscos usualmente ocorrem na primavera e outono. São incomuns as chuvaradas constantes. Mas, quando ocorrem, a umidade traz à vida sementes que talvez estiveram latentes por muitos anos. As áreas do deserto se tornam então recobertas de ampla variedade de lindas flores — prímulas, papoulas, girassóis, e assim por diante. Vinte e duas plantas na região do vale, segundo se afirma, não podem ser encontradas em nenhuma outra parte da terra.

Apesar do calor e da aridez extremos, notável número de animais também vivem aqui. Cerca de vinte e seis espécies de mamíferos já foram registrados no solo do vale, inclusive o coiote, a raposa de pequeno porte e o rato-canguru. Há também muitas variedades de lagartos, cobras, aranhas e insetos. Mas, talvez, o mais notável é o fato de que a terra supostamente mantém 230 espécies de aves.

Creria que também os peixes vivem no Vale da Morte? Vivem mesmo! O diminuto ciprinodonte, que raramente ultrapassa cinco centímetros de comprimento, vive no raso “Salt Creek”, o único riacho que dura o ano todo no vale. Observou James E. Deacon, Professor de Biologia da Universidade de Nevada:

“Registramos temperaturas da água que variam de 44.°C. a 4.°, e o ciprinodonte não mostra nenhum efeito ruim. Pelo nosso trabalho de laboratório, sabemos que podem sobreviver a temperaturas até de pouco menos de 1.° C., e suspeitamos que este peixe possa tolerar água até cinco vezes mais salgada do que o mar.”

Com suas raridades vegetais e ictiológicas, suas altas montanhas, suas colinas nuas, seus amplos depósitos de sal, suas dunas de areia douradas, suas quentes temperaturas hibernais e outras características, o Monumento Nacional do Vale da Morte se tornou verdadeira atração turística. Mas, qual é o significado de seu nome — Vale da Morte?

Origem do Nome

Isto nos leva a 120 anos atrás. Em 1848, descobriu-se ouro em “Sutter’s Mill” perto de Sacramento, no nordeste da Califórnia. Dentro em pouco, caravanas de carroças, pessoas e suprimentos se dirigiam para lá, para ‘tirar a sorte grande’.

Uma localidade perto da Cidade do Lago Salgado, Utah, se tornou o ponto de onde se iniciava a longa e perigosa Jornada. Tinha-se de atravessar um amplo e seco deserto, que é agora o estado de Nevada, e, daí, havia as Montanhas da Serra Nevada a atravessar. Nevascas profundas tornavam tais montanhas intransitáveis durante grande parte do ano.

Por conseguinte, em fins de 1849, uma caravana de cerca de cem carroças partiu de Lago Salgado, procurando uma rota que contornasse a Serra Nevada para o sul. Devido a cálculos errados e a um mapa falho, as carroças foram parar no Vale da Morte. Era óbvio que os buscadores de ouro estavam perdidos. Houve dissensão entre eles, e separaram-se em pequenos grupos amedrontados, cada um procurando saídas através das muralhas montanhosas.

Um grupo de bom tamanho, cansado e desanimado depois de oitenta dias de viagem, acampou perto de um riacho sob o Pico do Telescópio. Dali, dois rapazes, Lewis Manly e John Rogers, partiram para conseguir ajuda e suprimentos. Não tinham idéia alguma da tortuosa prova de perseverança adiante deles. Depois de saírem do vale, foram arrastando-se a pé, cruzando o grande Deserto Mojave até a região costeira, uma jornada de 400 quilômetros!

Obtendo suprimentos, iniciaram a viagem de volta. Quão felizes ficaram todos com sua chegada, depois de terem sumido por vinte e seis dias! Abandonando as carroças, o grupo inteiro de magros homens, mulheres e crianças começaram a longa jornada para a segurança. Alegadamente, ao cruzarem a cadeia de montanhas Panamint, olharam para trás, para o grande vale branco pela última vez, e alguém disse: “Adeus, Vale da Morte.” O nome pegou.

Embora, graças a Manly e Rogers, este grupo sobreviveu, outros não foram tão felizes. De três a oito pessoas da caravana, segundo relatado, pereceram no vale. E, se a pessoa não tratar com respeito o extremo calor e aridez do Vale da Morte, poderá corresponder mesmo ao seu nome atualmente.

in Despertai de 8/8/1971 pp. 23-25

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.