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quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Suriname, a terra das kottomissies
A VARIADA população do Suriname inclui crioulos, hindus, indonésios, negros de ascendência africana, ameríndios, chineses, holandeses e outros. Na sua capital de Paramaribo podem-se ver senhoras em trajes modernos, mas também mulheres hindus em saris, mulheres indonésias em sarongues, negras de ascendência africana em togas brilhantemente coloridas, e outras usando o “kottojakki”. Gostaria de lhes falar sobre esta última vestimenta.
Acha estranho esse nome? Sua origem se deriva da língua suriname, “kotto” significando casaco, e “jakki” significando jaqueta. Naturalmente, “missie” significa Senhorita ou Senhora. Assim, é por essa razão que a senhora que usa este vestido típico é chamada de “kottomissie”.
A estória deste vestido remonta aos tempos da escravidão, há mais de cem anos. A maioria dos escravos trazidos da África andavam praticamente nus, e muitas das moças eram muito bonitas. Acontecia com freqüência que os donos de escravos se enamoravam de seus encantos corporais e faziam propostas indecorosas a elas. Assim, decidiu-se tentar desencorajar isto.
As esposas dos donos de escravos, segundo se relata, se reuniram para discutir o assunto. Decidiram criar um vestido que cobrisse o corpo inteiro das moças, e as fizesse parecer sem formas. Assim, idealizou-se o “kottojakki”!
As mulheres começaram por idealizar uma grande roupa de baixo ou anágua. Amarraram-na com um “kooi”, isto é, um pedaço de pano cheio de palha, que era usado acima dos quadris. Daí, puxava-se para cima a anágua de modo que pendesse sobre o “kooi” formando um tufo, ocultando assim os quadris. Vestia-se um “kotto” de cores graciosas, ou uma veste exterior, sobre a anágua. E para completá-lo idealizou-se uma “jakki” ou jaqueta dupla. Esta tinha apenas o comprimento suficiente para juntar-se com o “kooi”, e tinha mangas três quartos. A fazenda era bem engomada. Assim, com tal roupa, uma moça esbelta parecia alguém que pesava noventa quilos!
Idealizou-se uma “anjisa”, ou cobertura para a cabeça, para acompanhar o vestido. Com o tempo, as mulheres começaram a amarrar esses coloridos lenços de cabeça de forma a indicar suas várias disposições de ânimo, quer fosse de amor, ciúme, ira, e assim por diante.
O estilo da “anjisa” tinha outros significados além de indicar a disposição de ânimo de quem a usava. Por meio delas, as moças marcavam encontros com seus namorados, e mostravam se ainda os amavam.
Também, o uso da “anjisa” indicava a posição ou ocupação. Por exemplo, havia um tipo que identificava as meretrizes. Uma escrava que tomava conta dos filhos do dono de escravos usava um tipo especial de “kottojakki”, e uma “anjisa” com uma ampla aba redonda. Em cima dela, usava um chapéu. Assim, todos podiam ver pelo seu vestido que era uma escrava especial.
Um “mek sani édé”, ou uma cobertura de cabeça de “fazer coisas”, é muito interessante. É feito por se amarrar três “anjisas” juntas, com todos os doze cantos apontando para fora. E para combinar com isto, usavam-se três “kottojakkies”, um sobre o outro, cada um sendo mais curto do que o outro para que todos fossem visíveis. Segurava-se uma “anjisa” desatada em cada mão. Este vestido era para ocasiões especiais, tais como quando uma pessoa influente do estrangeiro visitava o Suriname.
As “kottomissies” davam boas-vindas a tal pessoa por fazerem mesuras e dizerem algumas palavras de boas-vindas. Daí, enquanto ainda encaravam a pessoa, retrocediam e agitavam as “anjisas” em suas mãos. Estendiam também “anjisas” desatadas no chão para que a pessoa influente pudesse andar sobre elas. Isto significava: “Honro-lhe tanto que até faço com que ande sobre aquilo que uso em minha cabeça.”
Um estilo mais recente de amarrar a “anjisa” chama-se “oto baka”, que significa pára-choque de automóvel. Este estilo é feito por se dobrar juntas as extremidades da “anjisa” atrás da cabeça na forma de um pára-choque.
Agora, só se vêem as mulheres mais idosas usarem às vezes o “kottojakki”, mas sem o enchimento de palha. Usa-se com mais freqüência uma simples “anjisa” amarrada. Para eventos especiais, porém, tais como o Dia da Emancipação, que celebra a abolição da escravatura em 1863, muitas mulheres, jovens e idosas, desfilam pelas ruas neste interessante vestido dos dias de antanho.
in Despertai de 8/1/1972 p. 24
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OBRIGADO RUI COSTA!
AMOR MEU, DOR MINHA
DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
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