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quinta-feira, 25 de setembro de 2003

Temos telenovelas portuguesas e estrangeiras! Temos concursos da treta que não aquecem nem arrefecem. Temos talk-shows idiotas onde ninguém deixa falar ninguém, escolas de música com crianças muito lavadinhas e com cabelinhos bem cortadinhos e peitos bem rapadinhos a fingirem que cantam e a sonhar que vão ser estrelas. Temos até programas em que não é preciso fazer nada: basta residir numa casa filmada 24 horas por dia. A televisão está-se rapidamente a transformar na melhor medicação contra insónias. Porque não aproveitar a violência proporcionada por espectáculos como touradas e "apontá-la" para outros públicos? Eis algumas ideias de programas que conquistarão qualquer audiência desde o episódio número 1.

Septuagenarismo compulsivo
Com o aumento do buraco da camada de ozono e da poluição causada pelo ser humano, têm-se vindo a criar condições climatéricas adversas para todos os seres vivos que habitam este planeta. O ar respirável é cada vez mais escasso numa era em que a população cresce assustadoramente e cada vez precisa mais dele. Num mundo ideal seria, portanto, considerado um acto de egoísmo viver para além dos 70 anos, sendo o suicídio nessa idade (para todos os que lá chegarem) considerado um acto heróico e ambientalmente correcto.
Por isso, será instaurada a lei do Septuagenarismo Compulsivo, que dita que qualquer pessoa pode comemorar o seu septagésimo aniversário junto da sua família (se a tiver), tendo de se suicidar no dia seguinte. Perante uma tão grande responsabilidade social, a televisão pública tratará de cobrir o evento através de um programa especial que será transmitido em horário nobre, logo a seguir ao noticiário. Os septuagenários terão a oportunidade de escolher vários tipos de suicídio (fuzilamento, enforcamento, electrocução, esquartejamento, etc.) podendo, inclusive, sugerir uma forma de suicídio inovadora. O suicídio mais votado por SMS fará com que a família do vencedor falecido ganhe viagens a locais determinados ou vales de compras para centros comerciais e empresas aderentes.

O Violador
Um concorrente tentará desesperadamente violar uma concorrente. Terá o direito de a perseguir por onde for preciso e levará consigo uma equipa para filmar o evento em tempo real, com transmissão directa para um canal dedicado da TV Cabo. A concorrente foragida, com igual equipa televisiva junto dela, terá de andar foragida e não se deixar ser violada, caso contrário perde o jogo. Os limites geográficos de fuga estão limitados a Portugal Continental e o jogo tem a duração de 15 dias. Uma coleira presa no pescoço de cada um dos concorrentes, ligada a um sistema de GPS, dar-lhes-á uma indicação sobre o local onde o seu concorrente se encontra, com um erro mínimo de 1000 metros. Se, no final desses 15 dias, o violador não a encontrar ou ela conseguir escapar às suas garras, ela ganha. Caso ele a apanhe, terá o direito de a violar no sítio onde a encontrou, aproveitando o facto de existirem duas equipas televisivas para poderem filmar a violação em modo de multi-câmara. Este programa baterá o nível de audiências alguma vez vistos na televisão portuguesa.

Touros de morte
O nome deste jogo possui uma conotação diferente daquela que lhe é hoje atribuída. Neste cenário, um toureiro despido e pintado de vermelho terá de enfrentar um touro bravo numa arena, touro esse que não possui os cornos serrados, como é hábito os maricas dos toureiros fazerem agora. O jogo tem a duração de trinta minutos e, durante este tempo, não há saída possível da arena, não há vacas introduzidas para distrair o touro, não há barreiras sobre as quais o toureiro possa saltar. Apenas o Homem e a Besta. E que ganhe o melhor.

Cyber-Tuning
Quem é que não conhece aqueles cromos da bola com cara de matarruanos e boné saído numa tômbola do Pingo Doce e que gastam mais dinheiro em extras do que no carro em si? Sim, estamos a falar dos parolos do Tuning, aquilo a que alguém um dia chamou a "arte" da afinação automóvel. O Cyber-Tuning seria uma espécie de street race, mas com algumas diferenças. Para começar, e como o prefixo Cyber indica, os caminhos por onde os concorrentes conduzirão não serão pré-definidos mas sim comandados à distância. Um servidor de internet ligado ao sistema central de informação da Brigada de Trânsito envia mensagens SMS para os telemóveis dos concorrentes, informando-os dos caminhos menos congestionados que eles poderão tomar. Porém, juntamente com o SMS dos percursos possíveis também vai a indicação de que se encontram 4 carros (por exemplo) da Brigada de Trânsito nalguns desses percursos. Mas o sistema não diz onde estão. Diz apenas que lá estão. Juntamente com cada SMS do percurso e número de carros vem também a missão, que pode ser tão simples como ir buscar uma mulher grávida, prestes a conceber, à porta da sua casa e levá-la para o hospital mais próximo. Os aceleras terão, então, de escolher o percurso mais capaz e não se deixarem ser apanhados pela polícia. O primeiro a chegar ao local completa metade da missão. Ao completar metade da missão (ex: chegar à mulher grávida), mesmo que tivesse sido perseguido pela polícia nos últimos quilómetros, a polícia terá de esperar que ele parta em direcção ao hospital, começando então uma nova perseguição. Se conseguir chegar ao hospital sem ser apanhado, o concorrente ganha. Se for apanhado pelo caminho ou tiver um acidente mortal, é desqualificado.
Este concurso poderia, inclusivamente, ser patrocinado pela UPS, FedEx, Prosegur, ou qualquer outra empresa de serviços de entrega expresso.
Sucesso garantido!

Sem comentários:

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.