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terça-feira, 25 de novembro de 2003

A SAGA DO CHICO BRILHANTE

VIVENTIA II

Estou de volta, depois de um merecido descanso, merecido pois, porque os grandes escritores também se cansam! Claro que não é esse o meu caso…
Mas voltemos ao que interessa. E o que interessa nesta altura é descansar mais um pouco, pois já estou cansado…
Ah, apanhei-vos!
Conforme já perceberam, chegámos ao dia glorioso em que nasceu o rapaz que mudou muitas coisas. Ainda não percebi foi o que é que ele mudou, mas gosto desta frase. Tem impacto!
Dona Juventina, cada vez com mais dores, suplicava ao seu marido que a levasse à parteira ( não havia hospital, claro…).O Senhor Namérico, sempre amável, só dizia que ela teria de aguentar, pois o telefone estava avariado e ainda não tinham inventado o telemóvel. Provavelmente, a criança teria de nascer em casa, dizia ele. Mas não havia problema nenhum, pois ele tinha tirado um curso de parturiente por correspondência.
- Parturiente, homem????!!!!! Estás parvo, ou quê???!!!! Eu é sou a parturiente!!!!!!! (Nota do escritor ( sim, sou eu… ) : Parturiente: fêmea que está para parir ou que pariu há pouco.)
- Mas eu é que tirei o curso…
- Mas qual curso????!!!!! Quando é que foi isso???!!!!!!
- Foi há muitos anos, na Marinha! In the Navy! Aprendemos a ajudar uma coelha a dar à luz!
- Ahahahahah…ai,ai,ai,ai,ai…ui,ui,ui,ui…O que é que uma coelha tem de parecido comigo???!!!!!
- Bem, hum, então, isto é, pois, acho que são mesmo as orelhas…
Foi precisamente neste ponto que a criança achou que seria boa ideia sair da barriga da mãe (vocês sabem que não é bem da barriga…), de forma a acabar com uma provável discussão. Eram 23.54. Portanto, parecia que o miúdo ainda iria nascer naquele dia glorioso…
O pai teve mesmo de dar assistência à esposa, pois ninguém estava ali presente que pudesse ajudar…bem…talvez o cão…não?...está bem! Não vou contar os pormenores do nascimento, pois alguém poderia ficar impressionado e até mesmo desmaiar, o que não é bom para mim, pois se já são poucos os que lêem isto…
Infelizmente, a criança não nasceu no dia glorioso. Nasceu às 00.03 do dia seguinte, o que só me complica as contas, pois além de não nascer no dia glorioso, também não nasceu no ano glorioso… Pois é, nasceu no dia 1 de Janeiro…
Mas o que interessa é que nasceu perfeitinho, como disse a Dona Juventina (como se fosse possível alguém nascer perfeito…).Ela e o Senhor Namérico estavam felicíssimos! O seu tão ansiado rapaz tinha finalmente nascido! Afinal, o esforço que tiveram para fazer aquele filho não tinha sido em vão! Sim, muito esforço… Nem queiram saber…Querem?! Depravados!
Então visualizem nas vossas mentes brilhantes o cruzamento entre duas girafas a tentarem fazer girafinhas e o esforço que precisaríamos para abrir uma lata de Coca-Cola com os dentes! ( já estou a facturar… )
Conseguem?
Pois, o esforço foi tanto que até ficaram exaustos, aliás, até tiveram de tirar um mês inteirinho de férias! Para continuarem a tentar… Nem fazem ideia! A propósito, sabiam que alguns leões chegam a copular cerca de cinquenta vezes por dia? Não tem nada a ver, lembrei-me agora. Um pouco de cultura faz sempre bem.
Mas o que realmente interessa é que o rapaz nasceu cheio de saúde e de vigor, aliás, a primeira palavra que ele disse foi Viagra. Não, não, ele não disse isso quando nasceu, quer dizer, o rapaz era muito inteligente mas não tanto!
Os vizinhos acorreram para saudar aquele nascimento, coisa rara na aldeia, pois há precisamente oito anos, vinte e dois dias e quarenta e três minutos que não nascia ninguém! Aliás, o último nascimento era bem recordado pela população porque trazia com ele alguma tragédia, emoção e desencanto. Essa criança foi gerada por um casal que ficou famoso naquela aldeia, embora não por boas razões.
O Aniceto Curioso, jovem casadoiro, tinha uma grande pancada amorosa pela Felisberta Coentros, mas a moça aparentemente não estava com muita tendência para o namorico com o Aniceto. Mas o rapaz estava perdidamente apaixonado e tentava de tudo para estar perto da sua amada. Nos bailes da aldeia, aquilo era uma desgraça! O “Romeo” não descolava, e a rapariga começava a ficar farta. Mas um dia ele resolveu adoptar outra táctica. Vendo que a Felisberta não achava piada às suas colagens, resolveu distanciar-se dela, começando a manter contacto simplesmente por carta. Na tentativa de ganhar o amor da moça, as suas cartas eram autênticos hinos de amor, sinfonias de paixão, melodias de afecto. A verdade é que o rapaz se tornou um poeta de emoções, um prosador de sentimentos.
Após longos meses, as cartas teriam de ter algum efeito. Sem dúvida que as cerca de setecentas cartas que o Aniceto escreveu teriam algum resultado. E é óbvio que o resultado foi desastroso.
A Felisberta fugiu com o carteiro.
Já estão emocionados, não estão? Eu ainda hoje choro quando conto esta história, até porque foi hoje que a contei.
O Aniceto Curioso, desfeito, partiu sem destino. Recentemente, na aldeia surgiu a notícia de que o Aniceto se tinha tornado carteiro... Curioso!
Voltando aos vizinhos, aquele acontecimento teria de ser comemorado devidamente. Toda a vizinhança concordou em fazer uma festa para celebrar aquele nascimento. E assim ficou decidido. Mas como as festas são sempre muito cansativas, eu vou descansar mais um pouco. Até porque a festa não era para ser feita naquele dia, mas sim no fim de semana seguinte, portanto tenho tempo…

Sem comentários:

OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.