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segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Evitar acidentes com crianças


A CAMPAINHA da escola primária acabara de soar, indicando o fim de certas aulas, e o corredor se encheu de estudantes. Um grupo de quatro meninas desceu correndo escada abaixo, dirigindo-se para suas próximas aulas.
Bárbara, com onze anos, foi a última delas. Ao chegar ao último lanço, esticou brincando o braço para cima, tentando tocar nas escadas acima. Pulando ao fazê-lo, perdeu o equilíbrio e rolou escada abaixo, caindo de cabeça. Ficou inconsciente durante vários dias. Finalmente se determinou que sofrera grave lesão cerebral. Que terrível preço a pagar por um único ato tolo!
Naturalmente, nem todas as crianças saem correndo escada abaixo, ou se metem no meio do trânsito atrás de bolas, nem cruzam as ruas com o sinal vermelho, nem todas andam de bicicleta de forma desordenada. Muitos jovens atravessam a meninice sem acidentes sérios. Mas, ainda permanece o fato de que, todo ano, quase dez milhões de crianças com menos de quinze anos, apenas nos EUA, sofrem acidentes no lar ou próximo dele.
O que podem fazer os pais a fim de proteger seus filhos, e, ao mesmo tempo, treiná-los a proteger-se? Num exemplar anterior de Despertai! foram oferecidas sugestões relativas a infantes e criancinhas. Examinemos agora alguns aspectos mais da segurança, em especial tendo-se presente as crianças mais velhas.


Proteção nos Carros


A mortandade causada por veículos motorizados domina o índice de mortes em acidentes entre os jovens nos Estados Unidos. Entre as idades de cinco a dez anos, a principal causa de mortes e de ferimentos é o automóvel, muitos enquanto as crianças são os passageiros.
Bom número destes ferimentos e destas mortes poderiam ser evitados, ou, pelo menos, serem diminuídos os danos, pelo simples ato de prender um cinto de segurança ou uma faixa de segurança sobre os ombros. Embora se calcule que o uso de cintos de segurança salve mais de 5.000 vidas anualmente, muitos deixam de usá-los. Será que o leitor, como muitos proprietários de carro, deixa de usá-los para si mesmo e seus filhos em viagens curtas? Calcula-se que a maioria dos acidentes ocorra num raio de dezesseis quilômetros de casa. Assim, aqueles que esperam até que façam uma viagem longa para usarem os cintos de segurança talvez nunca tenham tal oportunidade.
Em grande medida, a segurança dos filhos dependerá do leitor, o motorista. É extra-cauteloso à noite, em mau tempo e durante as horas altamente perigosas do anoitecer? Faz questão de jamais guiar quando está cansado demais, sonolento, transtornado emocionalmente ou depois de tomar bebidas alcoólicas ou drogas?
Também, obedece a todas as regras de trânsito? Isto é importante, não só para a segurança de seus filhos, mas também porque eles o observam, bem como ao cenário. Se o virem repetidas vezes desrespeitar os sinais para parar, dar guinadas no meio do tráfego, correr demais, seguir outros carros perto demais, ou fechar outros motoristas, isso poderia lançar o alicerce para seus próprios hábitos ruins de dirigir no futuro. As crianças ficam profundamente impressionadas pelo exemplo paternal, e imitam o que vêem.


Proteção na Rua


Com freqüência as crianças são atropeladas por veículos por atravessarem as ruas com o sinal vermelho ou por deixarem de ver onde é que vão. Por volta do tempo em que a criança tem cinco anos, pode-se-lhe ensinar a observar as leis de trânsito. Deveria aprender a atravessar as ruas corretamente: Atravesse-as só na área designada para tal; cruze-as apenas com a luz verde, jamais com a vermelha; e olhe para ambos os lados antes de atravessá-las, até mesmo quando a luz estiver verde, visto que alguns motoristas talvez desrespeitem o sinal de parar. Estas coisas devem ser leis em seu treinamento.
Depois de repetir tais regras vez após vez, poderá testar o entendimento dela. Talvez deseje fazer disso uma brincadeira. Leve o seu filho pela mão, e talvez diga: "Agora, Joãozinho, serei seu filho e você será meu Papai. Você vai atravessar a rua comigo e farei exatamente o que você fizer." Isto deveria encorajar o seu senso de responsabilidade e, ao mesmo tempo, deveria ajudá-lo a determinar quão bem segue suas instruções.
As crianças também precisam aprender os perigos envolvidos em correr pelo meio de carros parados atrás de bolas ou de outros brinquedos. Devem ser proibidas de brincar nas ruas não reservadas para esse fim. Incentive-as a brincar nos passeios, longe do trânsito, e, preferivelmente, em campos de esportes ou áreas destinadas a tal fim.


Segurança em Bicicletas


Algumas crianças talvez observem as outras leis de trânsito, mas se tornem descuidadas quando têm uma bicicleta nas mãos. Quando o garoto já tiver idade suficiente para possuir uma bicicleta, deve aprender que andar nela traz responsabilidades. Não se lhe deve permitir andar nela no meio do trânsito senão quando tiver adquirido bom equilíbrio de si, e souber guiá-la, pedalar e frear, e, então, somente quando aprender a obedecer aos sinais de trânsito.
Inculque nele os perigos envolvidos em andar ziguezagueando no meio do trânsito, de rodar com os pés fora dos pedais, e pegar caronas de ônibus, caminhões e carros por ficar segurando neles. Quando for apanhado em tais ações, o leitor talvez deseje retirar sua permissão de ele andar de bicicleta até que mostre sua disposição de andar nela com responsabilidade.


Segurança na Água


Deve-se ensinar às crianças a respeitar a água, e quanto mais cedo melhor. Será que seus filhos sabem nadar? A maioria das crianças deveriam aprender a nadar para sua própria proteção. Podem aprender isto, como se deu com muitas crianças, até mesmo antes de entrarem para a escola. E, ademais, trata-se dum esporte saudável.
Mas, até mesmo quando a criança aprende a nadar bem, deveria aprender a jamais nadar sozinho numa piscina, num lago ou em outra massa de água ou quando ameaça vir uma tempestade. Quando estiver na praia, as crianças só devem nadar onde houver salva-vidas por perto.
Uma forma de os pais poderem contribuir para a segurança de seus filhos é por não os deixarem confiar inteiramente em brinquedos inflados ou em outros plásticos para sustentá-los na água, em especial se não souberem nadar. Não se lhes deve permitir usá-los em água funda. Divertem muito as crianças, mas, qualquer instrumento feito pelo homem pode falhar. Portanto, a precaução é a nota a soar quando a criança estiver dentro d’água ou perto dela.


A Parte da Disciplina na Proteção


Quando as crianças atingirem a idade escolar, deveriam ser avisadas de não acompanharem outras crianças que sabem ser desordeiras. Os meninos, mais do que as meninas, têm de evitar a tendência para o comportamento ousado quando instigados por outros. Muitos são os garotos que agiriam com sensatez quando sozinhos, mas, quando desafiados por colegas, lançam a precaução ao vento. Ensine-lhes a avaliar que, quando outros os instigam a práticas inseguras, são eles mesmos que talvez fiquem feridos, e não os instigadores. Isto exige boa disciplina.
Quando a disciplina necessária surge como parte do processo de aprendizagem e é administrada de forma firme embora amorosa, resulta ser poderosa força nas vidas das crianças. Elas acolhem bem a firmeza e os limites ao seu comportamento, em especial quando está envolvida a segurança delas. É firme quando isto é necessário? É positivo no que diz, mesmo na primeira vez em que fala? Quando diz a uma criança que faça algo, ou não faça algo, é preciso que suas palavras sejam acompanhadas de ações, se ela há de entender que realmente lhe quer dizer isso. Daí, suas palavras governarão realmente as ações dela.
Há vezes, contudo, em que até mesmo crianças dóceis se tornam rebeldes. Talvez não lhe obedeçam, até mesmo quando a segurança delas está envolvida. Assim, o castigo é apropriado. Quando é ministrado, não deve ser num acesso de ira, mas de forma calma e razoável. A criança deve saber por que está sendo castigada. A forma de castigo poderá variar conforme a criança. Para algumas, apenas reter a afeição ou certo privilégio por algum tempo traz resultados. Para muitas, isolá-las é eficaz, visto que a maioria das crianças não desejam ficar de fora das atividades familiares ou longe de seus colegas. Para outras, a dor física, uma surra, é a linguagem que entendem melhor. Mas, seja qual for o método empregado, o castigo deve ser coerente e apoiado por ambos os genitores.
Uma das melhores formas de se evitar os acidentes é a de os próprios pais serem disciplinados em questões de segurança. Muitos acidentes resultam de condições que existem no próprio lar, condições pelas quais os pais são responsáveis. Assim, os pais devem ser cônscios da segurança, aceitando isto como uma obrigação.
A fim de demonstrar a necessidade de os pais tomarem a liderança em descobrir situações perigosas no lar, façamos um passeio imaginário. Estaremos interessados apenas em quão seguro é o lar do ponto de vista das crianças que vivem ali, e o que pode ser feito para se evitar acidentes.


Segurança Fora da Casa


Antes de entrarmos, porém, examinemos o lado de fora. Notamos alguns papéis, garrafas de refrigerantes e outro lixo em frente da casa. Sem se considerar quem o deixou ali, cria um perigo. A criança que vem correndo da escola para casa ou que corre para fora de casa para brincar pode tropeçar nestas coisas e ferir-se. Assim, a área em volta de casa deve ser limpa de qualquer lixo.
Antes de continuarmos dando a volta à casa, paremos na garagem por alguns minutos. Algumas são garagens apenas no nome. A garagem é realmente um depósito de vários itens além do próprio carro. O que dizer de sua garagem? Será que o piso é seguro de se andar? Ou está cheio de tachinhas, ferramentas abandonadas, parafusos, macacos e outras coisas semelhantes? Estas representam um perigo para as crianças, que talvez tropecem nelas ou se cortem com elas. E alguns de tais itens talvez acabem na boca das crianças que engatinham! Todos eles devem ser trancados seguramente num armário de ferramentas, ou jogados fora.
Ao andarmos em volta da casa, em direção à parte de trás, vemos um balanço. Sem dúvida as crianças passam muitas horas felizes ali. Mas, quão amiúde é inspecionado? Determina se o equipamento em que brincam é seguro, antes de permitir que o usem?
Retornando à parte da frente da casa, notamos um garotinho brincando na entrada para veículos. Verifica sempre sua entrada de carro para certificar-se de que esteja desimpedida antes de dar a partida em seu carro? Muitas crianças são feridas e algumas até mesmo mortas por não se fazer isso.


Segurança Interior


Agora, entremos na casa. Notamos a escada que leva ao segundo andar. Há luz adequada aqui e tudo parece ser seguro. Há uma grade no alto das escadas para impedir que a criança que engatinha role escada abaixo. Notamos que os degraus são firmes e seguros. O corrimão é firme e o tapete se acha em boas condições. Incidentalmente, olharemos em cada quarto para ver se os tapetes, se houver algum, estão pregados ou não escorregam.
Visto que tantos acidentes ocorrem na cozinha, vamos até lá antes de subirmos as escadas. Será que a dona de casa se assegura de que, enquanto cozinha, os cabos das panelas fiquem virados para a parede, a fim de impedir que as crianças menores as alcancem e derramem coisas quentes sobre si mesmas? E será que ela se certifica de que, depois de usar vários utensílios de cozinha, tais como facas, amoladores, cortadeiras e outros instrumentos perigosos, estes são colocados fora do alcance das criancinhas? Quando não estão em uso, tais itens deveriam ser guardados em lugar seguro.
O que dizer de sua sala de estar? Estão suas lâmpadas seguramente presas e os fios esticados? Estão os assoalhos encerados demais e são escorregadiços? Certifica-se de que todas as tomadas elétricas sejam recobertas de tampas de plástico quando não estão em uso, de forma que as crianças não possam enfiar objetos nelas?
Agora que examinamos alguns dos itens aqui em baixo, vejamos o que há lá em cima. Ao entrarmos no quarto de dormir, logo notamos algo. Um saco de plástico ficou sobre uma cadeira. Por que é isto perigoso? Um jovem talvez, brincando, meta a cabeça no saco e daí não consiga tirá-la, talvez ficando sem ar. Mas, também notamos boas coisas. Por exemplo, a janela se abre na parte de cima, ao invés de na de baixo, visto que não há grades na janela. Isto impede que as crianças caiam lá embaixo.
O banheiro vem a seguir em nossa lista. Aqui notamos que há um tapete de borracha que impede que se escorregue na banheira e a caixa de remédios está trancada, o que é ótimo. Mas, vejam só — há uma lâmina de barbear na cesta de lixo, prontinha para uma criança brincar com ela! Talvez o pai a jogasse fora depois de barbear-se. A lâmina não deveria ficar ao alcance fácil de crianças que talvez não saibam quão perigosa é.
Poderíamos continuar nossa visita e, sem dúvida, ainda descobrir outras condições perigosas, pois se acham à espreita em cada casa. E, falando-se de visitar a casa para ver sua segurança, por que não fazer exatamente isso? Por que não reserva tempo para verificar a inteira casa quanto a condições perigosas? Poderia até mesmo fazer disso uma brincadeira junto com as crianças, vendo-se quem encontra perigos que precisam ser corrigidos.
As famílias que praticam a prevenção de acidentes terão menos tragédias em suas vidas. Conforme se disse há muito: "Uma grama de prevenção vale um quilo de cura." Quão veraz é isso quando a vida duma criança se acha envolvida!


22/3/70-16

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.