CONFRONTADO com os crescentes preços de alimentos do mercado de sua vizinhança, já desejou alguma vez poder cultivar em seu próprio quintal dos fundos as frutas e os legumes frescos de que sua família necessita? Ou já se emocionou de ver o belo arranjo de flores coloridas, a grama luxuriante e as plantas artísticas e desejou poder cultivá-las em seu próprio jardim?
Talvez já tentou fazer algo nesse sentido, e, cheio de grandes esperanças, começou a cavar, plantar, cavoucar o terreno e regá-lo com disposição. Daí — que desapontamento! As poucas plantas que brotaram eram mirradas e dispersas.
Tais experiências desencorajaram muitos que gostariam de ser jardineiros. Simplesmente se resignaram à idéia de que não possuem a proverbial ‘inclinação para jardineiro’. Mas, mesmo que for alguém que usufrui êxito moderado em jardinagem, talvez ache que poderia obter ainda maior êxito. Talvez ache que não tem feito progresso. Seus empenhos, ano após ano, trouxeram pouca melhora.
Uma solução para tais problemas é simples, barata e está às mãos. O segredo jaz em utilizar muitas coisas que agora joga fora como inúteis — lixo de sua cozinha, grama aparada de seu gramado, aparas da cerca viva, sementes, folhas. Todas essas coisas são acessórios para o jardim, que podem trazer-lhe ricas recompensas, tanto em cruzeiros novos como em beleza. Transformados devidamente num composto, tais materiais podem ser convertidos em rico fertilizante que coloque em seu solo todos os elementos de que suas plantas necessitem para tornar-se saudáveis, produtivas e belas.
Assim, enquanto a pessoa tiver pequeno terreno disponível, vale a pena parar — quando chega a hora de desfazer-se do lixo — e perguntar: Poderia parte deste material ser usada como fertilizante? A maior parte de nosso lixo pode-se tornar fertilizante por meio do processo conhecido como "adubação composta".
Adubação Composta
Isto se refere uma variedade de métodos por meio dos quais a matéria vegetal se decompõe e fica reduzida a um húmus escuro e rico. A lógica do processo é óbvia. Simplesmente devolve ao solo aquilo que foi tirado dele. Imita o arranjo natural de coisas, por meio do qual as bactérias e os fungos começam a atacar e decompor toda a matéria morta, eventualmente devolvendo-a ao solo. Este contínuo círculo é o que torna possível que a terra continue a produzir ano após ano, sem perder a fertilidade.
Mas, não seria muito mais fácil ir a uma loja e comprar um saco de fertilizante químico? Sim, seria, mas tal processo deixa de ter certas vantagens definidas. Não gostaria de economizar o dinheiro do fertilizante comprado na loja? Daí, também, com o fertilizante orgânico natural, jamais precisará preocupar-se de aplicar o mesmo em demasia e "queimar" suas plantas. Ademais, tem de continuar adicionando o fertilizante químico cada ano, ao passo que o fertilizante orgânico edificará a qualidade de seu solo. E muitas pessoas estão convencidas de que o sabor e o valor alimentício são aprimorados com o uso do fertilizante natural.
Formar o adubo composto não é difícil nem complicado. Há um número tão grande de métodos que é muito provável que um deles satisfaça sua necessidade. Por exemplo, há o método de fazer o adubo composto em sacos de plástico. Usando-se saco grosso, simplesmente corte e costure quatro sacos, cada um pouquinho maior do que uma fronha. Comece a encher um deles com lixo umedecido (grandes pedaços de casca de árvore devem ser cortados), grama cortada, velhos arranjos florais, um pouco de terra solta, e, se disponível, um pouco de estrume. Daí, sele o saco firmemente com um barbante e o deixe decompor-se ao sol, preferivelmente. Todo dia, deve-se revirar o saco. Daí, faça o mesmo com o saco seguinte. Por volta do tempo em que o quarto saco estiver cheio, o conteúdo do primeiro já estará pronto para ser usado.
Para formar um adubo composto em maior escala, constrói-se usualmente um depósito em que os vários materiais são colocados em camadas. Primeiro, coloca-se uma camada de grama cortada, aparas de plantas, folhas, palha, e assim por diante, e, daí, uma fina camada de lixo, e então uma camada de estrume, se houver disponível, e, por fim, lança-se um pouco de terra solta. Pode-se adicionar minhocas depois de a pilha ficar umedecida, e isto apressará a decomposição. Uma tampa sólida, que se ajuste perfeitamente, ajudará a manter longe as moscas e os odores desagradáveis.
Se as aves de rapina constituírem problema, talvez seja suficiente cobrir o depósito com tela para galinheiro. A pilha deve ser mantida úmida, e, visto que o líquido que escoa da pilha leva muitos nutrientes valiosos para o solo debaixo do depósito, talvez seja proveitoso mudar a localização do depósito de tempos a tempos. Por se ter dois depósitos, pode-se começar com um, enquanto o outro está amadurecendo ou sendo usado.
Melhor ainda é outro método, que exige o uso de grandes tambores de óleo ou de tinta. Estes são primeiro revestidos de alcatrão ou pintados, para impedir que enferrujem, daí, abrem-se buracos de drenagem na parte inferior. Podem ser colocados pouco acima do solo, sobre pedras achatadas ou tijolos. Dessa forma, pode-se movê-los de uma parte para outra do jardim, de modo que várias localidades se beneficiem da drenagem líquida que resulta do material composto. Se a pessoa tiver inclinações artísticas, tais tambores podem ser camuflados com tinta verde ou marrom, ou embelezados com desenhos coloridos.
Naturalmente, num terreno maior se poderia simplesmente formar a pilha de adubo composto como um grande monte no fundo do terreno. Simplesmente umedeça-o bem e cubra-o com folha de plástico, mantendo-o firme no lugar por empilhar terra ou algumas pedras pesadas em volta da beirada. O plástico promove a decomposição, visto que conserva a umidade e o calor, e não há necessidade de revolver a matéria em fermentação. A pilha acabada deve ser revolvida verticalmente para que as várias camadas de matérias fiquem bem misturadas. Em tempo brando, a pilha deve ficar pronta num mês; o tempo mais frio retarda a decomposição, às vezes por várias semanas.
Outras Alternativas
Talvez nenhum dos métodos precedentes se adapte a certas circunstâncias. Então, eis outro modo, especialmente adequado para os que vivem em cidade e que desejariam certificar-se de que não surjam os problemas relacionados com odores, moscas e ratos. Simplesmente enterre os restos de cozinha nos canteiros em que vai plantar no ano seguinte. O material pode ser colocado, não muito apertado, e coberto com uns vinte a vinte e três centímetros de solo. Deve-se dar o prazo de um ano inteiro antes de plantar, de modo a ter certeza de que a decomposição já tenha terminado.
Pode-se aplicar o mesmo princípio a fim de restaurar a fertilidade do solo ao nível das raízes profundas, digamos, de árvores ou arbustos tais como o lilás. Neste caso, simplesmente cave um buraco fundo onde depositar o lixo. Pode usar seu próprio critério quanto ao tamanho e a profundidade. Certo jardineiro cavou um buraco de noventa centímetros de comprimento por sessenta centímetros de largura e cerca de um metro e meio de profundidade. Durante todo o inverno depositou os restos de cozinha nele — folhas de vegetais, cascas, cascas de ovo, restos de comida, e assim por diante.
Pode-se fazer uma tampa ao nível do chão para tal buraco. De vez em quando, pode-se acrescentar ao buraco um pouco de cal agrícola e granito pulverizado para assegurar uma fertilização mais completa. Se começarem a surgir odores, podem ser controlados por se cobrir cada camada de lixo com alguns centímetros de terra, usando a terra removida do buraco. Quando o buraco estiver quase cheio, remova a tampa e termine de encher com terra até o nível do chão. Não demorará muito até que veja um notável melhoramento em seu arbusto ou árvore próximos.
Um jardineiro descreveu os resultados de tal buraco enchido com lixo: "Junto com o granito e o cal, os nutrientes no conteúdo se infiltraram no solo adjacente, levando alimento às ramificações menores e às raízes principais daquele lilás francês especial. Sua folhagem tornou-se de um verde mais escuro e denso, e quando os brotos nasceram, cobriram completamente o arbusto que, por ocasião da florescência, era um monte de lavanda de tanta fragrância."
Não é evidente, então, que há muitos modos de se criar um suprimento de bom fertilizante orgânico? Quer viva numa cidade quer numa fazenda, quer seja amador quer experiente em jardinagem, há modos de certificar-se de que suas plantas e flores obtenham os nutrientes necessários a uma produção sadia.
Gostaria de poder suprir sua mesa de frutas e legumes extras a um custo grandemente reduzido? Gostaria de converter um quintal desenxabido num lindo gramado orlado de bonitos arbustos e coloridas flores, com uma luxuriante árvore frondosa aqui e ali? Então, poderia pensar em começar uma pilha de adubo composto. Não precisa jogar fora todo aquele lixo. Use-o para aumentar a fertilidade do solo.
Talvez já tentou fazer algo nesse sentido, e, cheio de grandes esperanças, começou a cavar, plantar, cavoucar o terreno e regá-lo com disposição. Daí — que desapontamento! As poucas plantas que brotaram eram mirradas e dispersas.
Tais experiências desencorajaram muitos que gostariam de ser jardineiros. Simplesmente se resignaram à idéia de que não possuem a proverbial ‘inclinação para jardineiro’. Mas, mesmo que for alguém que usufrui êxito moderado em jardinagem, talvez ache que poderia obter ainda maior êxito. Talvez ache que não tem feito progresso. Seus empenhos, ano após ano, trouxeram pouca melhora.
Uma solução para tais problemas é simples, barata e está às mãos. O segredo jaz em utilizar muitas coisas que agora joga fora como inúteis — lixo de sua cozinha, grama aparada de seu gramado, aparas da cerca viva, sementes, folhas. Todas essas coisas são acessórios para o jardim, que podem trazer-lhe ricas recompensas, tanto em cruzeiros novos como em beleza. Transformados devidamente num composto, tais materiais podem ser convertidos em rico fertilizante que coloque em seu solo todos os elementos de que suas plantas necessitem para tornar-se saudáveis, produtivas e belas.
Assim, enquanto a pessoa tiver pequeno terreno disponível, vale a pena parar — quando chega a hora de desfazer-se do lixo — e perguntar: Poderia parte deste material ser usada como fertilizante? A maior parte de nosso lixo pode-se tornar fertilizante por meio do processo conhecido como "adubação composta".
Adubação Composta
Isto se refere uma variedade de métodos por meio dos quais a matéria vegetal se decompõe e fica reduzida a um húmus escuro e rico. A lógica do processo é óbvia. Simplesmente devolve ao solo aquilo que foi tirado dele. Imita o arranjo natural de coisas, por meio do qual as bactérias e os fungos começam a atacar e decompor toda a matéria morta, eventualmente devolvendo-a ao solo. Este contínuo círculo é o que torna possível que a terra continue a produzir ano após ano, sem perder a fertilidade.
Mas, não seria muito mais fácil ir a uma loja e comprar um saco de fertilizante químico? Sim, seria, mas tal processo deixa de ter certas vantagens definidas. Não gostaria de economizar o dinheiro do fertilizante comprado na loja? Daí, também, com o fertilizante orgânico natural, jamais precisará preocupar-se de aplicar o mesmo em demasia e "queimar" suas plantas. Ademais, tem de continuar adicionando o fertilizante químico cada ano, ao passo que o fertilizante orgânico edificará a qualidade de seu solo. E muitas pessoas estão convencidas de que o sabor e o valor alimentício são aprimorados com o uso do fertilizante natural.
Formar o adubo composto não é difícil nem complicado. Há um número tão grande de métodos que é muito provável que um deles satisfaça sua necessidade. Por exemplo, há o método de fazer o adubo composto em sacos de plástico. Usando-se saco grosso, simplesmente corte e costure quatro sacos, cada um pouquinho maior do que uma fronha. Comece a encher um deles com lixo umedecido (grandes pedaços de casca de árvore devem ser cortados), grama cortada, velhos arranjos florais, um pouco de terra solta, e, se disponível, um pouco de estrume. Daí, sele o saco firmemente com um barbante e o deixe decompor-se ao sol, preferivelmente. Todo dia, deve-se revirar o saco. Daí, faça o mesmo com o saco seguinte. Por volta do tempo em que o quarto saco estiver cheio, o conteúdo do primeiro já estará pronto para ser usado.
Para formar um adubo composto em maior escala, constrói-se usualmente um depósito em que os vários materiais são colocados em camadas. Primeiro, coloca-se uma camada de grama cortada, aparas de plantas, folhas, palha, e assim por diante, e, daí, uma fina camada de lixo, e então uma camada de estrume, se houver disponível, e, por fim, lança-se um pouco de terra solta. Pode-se adicionar minhocas depois de a pilha ficar umedecida, e isto apressará a decomposição. Uma tampa sólida, que se ajuste perfeitamente, ajudará a manter longe as moscas e os odores desagradáveis.
Se as aves de rapina constituírem problema, talvez seja suficiente cobrir o depósito com tela para galinheiro. A pilha deve ser mantida úmida, e, visto que o líquido que escoa da pilha leva muitos nutrientes valiosos para o solo debaixo do depósito, talvez seja proveitoso mudar a localização do depósito de tempos a tempos. Por se ter dois depósitos, pode-se começar com um, enquanto o outro está amadurecendo ou sendo usado.
Melhor ainda é outro método, que exige o uso de grandes tambores de óleo ou de tinta. Estes são primeiro revestidos de alcatrão ou pintados, para impedir que enferrujem, daí, abrem-se buracos de drenagem na parte inferior. Podem ser colocados pouco acima do solo, sobre pedras achatadas ou tijolos. Dessa forma, pode-se movê-los de uma parte para outra do jardim, de modo que várias localidades se beneficiem da drenagem líquida que resulta do material composto. Se a pessoa tiver inclinações artísticas, tais tambores podem ser camuflados com tinta verde ou marrom, ou embelezados com desenhos coloridos.
Naturalmente, num terreno maior se poderia simplesmente formar a pilha de adubo composto como um grande monte no fundo do terreno. Simplesmente umedeça-o bem e cubra-o com folha de plástico, mantendo-o firme no lugar por empilhar terra ou algumas pedras pesadas em volta da beirada. O plástico promove a decomposição, visto que conserva a umidade e o calor, e não há necessidade de revolver a matéria em fermentação. A pilha acabada deve ser revolvida verticalmente para que as várias camadas de matérias fiquem bem misturadas. Em tempo brando, a pilha deve ficar pronta num mês; o tempo mais frio retarda a decomposição, às vezes por várias semanas.
Outras Alternativas
Talvez nenhum dos métodos precedentes se adapte a certas circunstâncias. Então, eis outro modo, especialmente adequado para os que vivem em cidade e que desejariam certificar-se de que não surjam os problemas relacionados com odores, moscas e ratos. Simplesmente enterre os restos de cozinha nos canteiros em que vai plantar no ano seguinte. O material pode ser colocado, não muito apertado, e coberto com uns vinte a vinte e três centímetros de solo. Deve-se dar o prazo de um ano inteiro antes de plantar, de modo a ter certeza de que a decomposição já tenha terminado.
Pode-se aplicar o mesmo princípio a fim de restaurar a fertilidade do solo ao nível das raízes profundas, digamos, de árvores ou arbustos tais como o lilás. Neste caso, simplesmente cave um buraco fundo onde depositar o lixo. Pode usar seu próprio critério quanto ao tamanho e a profundidade. Certo jardineiro cavou um buraco de noventa centímetros de comprimento por sessenta centímetros de largura e cerca de um metro e meio de profundidade. Durante todo o inverno depositou os restos de cozinha nele — folhas de vegetais, cascas, cascas de ovo, restos de comida, e assim por diante.
Pode-se fazer uma tampa ao nível do chão para tal buraco. De vez em quando, pode-se acrescentar ao buraco um pouco de cal agrícola e granito pulverizado para assegurar uma fertilização mais completa. Se começarem a surgir odores, podem ser controlados por se cobrir cada camada de lixo com alguns centímetros de terra, usando a terra removida do buraco. Quando o buraco estiver quase cheio, remova a tampa e termine de encher com terra até o nível do chão. Não demorará muito até que veja um notável melhoramento em seu arbusto ou árvore próximos.
Um jardineiro descreveu os resultados de tal buraco enchido com lixo: "Junto com o granito e o cal, os nutrientes no conteúdo se infiltraram no solo adjacente, levando alimento às ramificações menores e às raízes principais daquele lilás francês especial. Sua folhagem tornou-se de um verde mais escuro e denso, e quando os brotos nasceram, cobriram completamente o arbusto que, por ocasião da florescência, era um monte de lavanda de tanta fragrância."
Não é evidente, então, que há muitos modos de se criar um suprimento de bom fertilizante orgânico? Quer viva numa cidade quer numa fazenda, quer seja amador quer experiente em jardinagem, há modos de certificar-se de que suas plantas e flores obtenham os nutrientes necessários a uma produção sadia.
Gostaria de poder suprir sua mesa de frutas e legumes extras a um custo grandemente reduzido? Gostaria de converter um quintal desenxabido num lindo gramado orlado de bonitos arbustos e coloridas flores, com uma luxuriante árvore frondosa aqui e ali? Então, poderia pensar em começar uma pilha de adubo composto. Não precisa jogar fora todo aquele lixo. Use-o para aumentar a fertilidade do solo.
22/5/70-20
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