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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Visitando a "cidade das flores" da Argentina


CORES, em ampla variedade de matizes e formas, é o que brindará seus olhos na "Cidade das Flores" da Argentina, na época da cesta das Flores anual. Deliciosa fragrância encherá o ar. Escobar, a cerca de cinqüenta quilômetros ao noroeste de Buenos Aires, é para onde se deve dirigir nas datas certas, se há de gozar este regalo para os olhos e as narinas. O solo desta área é fertilíssimo e a altitude é adequada para o cultivo de flores. Na cidade de Escobar se encontra o maior núcleo colonizador japonês na Argentina.
Na região, mais de 400 estabelecimentos se empenham em cultivar flores, e, destes, 300 dispõem de estufas. E muitos floricultores cultivam suas plantas ao ar livre. Para se ter idéia da extensão desta indústria, considere os seguintes algarismos para o ano de 1969: 400 cestas de flores chegaram diariamente aos mercados de flores de Buenos Aires procedentes de Escobar. Não é muito, talvez pense? Bem, cada cesta contém 30 ou 40 embalagens de gladíolos, havendo 24 hastes de flores em cada embalagem; também, contém 15 embalagens de cravos, com 100 flores por embalagem; e 20 embalagens de rosas, com 48 unidades em cada uma.


Maravilhosa Exposição Floral


Sim, a época do festival é a melhor ocasião de se ir a tal cidade. E que profusão de flores se acham em exposição! Cravos, por exemplo, tão grandes que quase é necessário usar ambas as mãos para segurar um. Pertencem à variedade Sim, e são produzidos em tonalidades vermelhas, brancas, rosas e outras delicadas tonalidades. Eis aqui uma variedade que possui listras brancas diminutas, e parece que receberam o primeiro prêmio este ano.
E as azáleas! Aqui está uma tão grande que se parece a uma árvore e está cheia de flores. Estas, também, são produzidas numa variedade de cores — branca, rosa, violeta, coral e até algumas com efeito de dois tons.
Em seguida vêm as rosas. E por que os cavalheiros japoneses estão examinando este espécime tão pormenorizadamente, até mesmo se curvando e olhando por baixo das pétalas e para o caule? Bem, são os juízes oficiais do festival, e parece que há três fatores que devem ser levados em consideração ao se julgar flores. Primeiro, o caule do cravo ou da rosa deve ser suficientemente robusto para manter ereta a flor quando se abre por completo. Daí, a cor é considerada quanto à sua pureza ou uniformidade. Por fim, o tamanho da flor é levado em conta.
Por certo, a rosa se acha bem representada neste festival. Eis aqui algumas intensamente vermelhas, e ali há uma variedade bastante surpreendente — a alaranjada. São chamadas de Super Estrela. Daí, há algumas com pétalas de mais de uma cor. As amarelas são chamadas Pirata e as outras ali são conhecidas como Suspense.
Certifique-se de ver as estranhas e lindas flores que se apegam aos troncos destas árvores. São as orquídeas. São produzidas em todos os tamanhos e variedades também. Há as orquídeas anãs, bem como estas maiores que cobrem as árvores. Note quão perfeitamente formada é a flor, e tão fresca e de aparência revigoradora.
Há tanta coisa para se ver aqui. Por exemplo, a seção de cactos, na qual verá uma estonteante variedade de formas geométricas — algumas esféricas, outras cilíndricas, ovais, cônicas, prismáticas, e assim por diante. E a maioria se acha em flor agora, o que as torna muitíssimo atraentes. Mas, não se pode gastar muito tempo em uma única seção, pois há muitas outras belezas que nos cativam, tais como a cinerária, os gladíolos, os crisântemos, as tulipas, as ervilhas-de-cheiro, e uma hoste de outras.


O Jardim Japonês


Uma visita a esta área não se tornaria completa sem se ver o Jardim Japonês. A municipalidade local fez uma concessão do terreno necessário, e a comunidade japonesa desenvolveu o jardim como dádiva ao povo argentino. Mede cerca de cinco mil metros quadrados e se acha desenvolvido artisticamente como miniatura viva do ambiente japonês. É do tipo clássico, chamado Tsukiyama-Sansuri (montanha e água).
Como adorno, pedras foram trazidas especialmente de Alta Gracia, na província de Córdoba, de La Toma, na província de San Luis, e de Olavarría, na província de Buenos Aires. Algumas delas se acham esculpidas e outras são pedras simples.
Um grupo de prisioneiros de Sierra Chica foram empregados para construir uma típica ponte de pedras japonesa por sobre o diminuto lago que tanto contribui para a beleza do jardim. Nove lanternas de pedra foram importadas do Japão para dar destaque ao efeito clássico. Juntas, cerca de 3.000 pessoas trabalharam no projeto, e cerca de 250 tipos diferentes de árvores foram plantadas.


Objetivo do Festival


Antes de deixar este festival colorido, pode-se visitar a estufa, e ali, diante de atordoante variedade a escolher, pode-se selecionar e comprar uma planta de vaso para a sala de estar ou para a varanda. Praticamente todo mundo parte com um, como lembrança de inesquecível exposição de cores e beleza — lembrança que durará por longo tempo, com o devido cuidado.
Entretanto, há razão para este festival anual, além da questão de se vender grande quantidade de plantas. Os fundos estão sendo ajuntados para se fundar uma escola de jardineiros e cultivadores, escola esta que servirá para tentarem desenvolver novas técnicas para se obter sementes e bulbos. Isto acabará gradualmente com a necessidade de importá-los. Já 2.500 hectares de terra foram comprados para a escola. Quando entrar em operação, por fim, espera-se que este festival possa expor ainda mais grandiosa variedade de flores e plantas. Escobar procurará manter seu título de "Cidade das Flores" da Argentina.


in Despertai de 22/11/1970 pp. 28-29

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.