Vítor Manuel Pinto, de 39 anos, informático, mora no Porto e trabalha em Penafiel. Cerca das 9 horas do passado dia 13, circulava na Avenida Sacadura Cabral, no centro da cidade penafidelense. Conduzia um automóvel e, ao mesmo tempo, ia a falar ao telemóvel com a mulher.
Vítor Pinto contou, ao JN, que a mulher estava doente e que foi para saber o seu estado que lhe telefonou. Porém, um carro patrulha da GNR avistou-o e foi no seu encalço, mandando-o encostar mais adiante, no centro da cidade penafidelense.
Diz que quando estava a ser autuado por uma patrulha da GNR - e acabava dos respectivos 120 euros da multa, às 9.14 horas - chegaram outros dois guardas, que copiaram dos colegas os dados do condutor, e avisaram-no que o iam multar pelo mesmo motivo. Oito dias depois, recebeu, em casa, a segunda multa, passada às 9.15 horas.
"Obedeci às ordens dos senhores guardas e apelei para me perdoarem a multa, mas eles foram irredutíveis. Consciente da transgressão, dei a minha identificação e eles passaram o auto. Levantei dinheiro e paguei logo, no acto, 120 euros", conta o condutor.
Só que, enquanto os guardas passavam a multa, chegaram mais dois guardas, a pé. Vítor Pinto conta que um deles avisou-o logo da segunda multa. "Disse-me: o senhor vai ser autuado porque o vi a conduzir ao telemóvel. Vou copiar os dados dos meus colegas e a multa vai para sua casa."
"Não me pediram documentos e eu pensei que se tratava de uma intimidação porque um desses guardas mostrava-se agressivo. Para espanto meu, oito dias, depois recebo em casa, no Porto, o segundo auto com o texto igual à primeira multa, o mesmo artigo e em tudo idêntico. A diferença é que a primeira multa foi passada às 9.14 horas e a segunda às 9.15 horas", explica, ao JN.
"Ainda fui à GNR de Penafiel expor o meu assunto, acompanhado por um amigo. Disse a um guarda que perante a lei ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime, no mesmo local e praticamente à mesma hora, mas o guarda levou a mal o meu reparo e vim-me embora", acrescentou.
Indignado, Vítor Pinto diz que vai expor o assunto à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e espera não ter de pagar a segunda multa. "Não reclamo a primeira multa, mas a segunda não me parece correcta. Além disso, corro o risco de ficar sem carta, o que muito me prejudica porque viajo diariamente entre o Porto e Penafiel. Acho isto de muito mau gosto", frisa.
Comandante critica militares
Vítor Pinto contou, ao JN, que a mulher estava doente e que foi para saber o seu estado que lhe telefonou. Porém, um carro patrulha da GNR avistou-o e foi no seu encalço, mandando-o encostar mais adiante, no centro da cidade penafidelense.
Diz que quando estava a ser autuado por uma patrulha da GNR - e acabava dos respectivos 120 euros da multa, às 9.14 horas - chegaram outros dois guardas, que copiaram dos colegas os dados do condutor, e avisaram-no que o iam multar pelo mesmo motivo. Oito dias depois, recebeu, em casa, a segunda multa, passada às 9.15 horas.
"Obedeci às ordens dos senhores guardas e apelei para me perdoarem a multa, mas eles foram irredutíveis. Consciente da transgressão, dei a minha identificação e eles passaram o auto. Levantei dinheiro e paguei logo, no acto, 120 euros", conta o condutor.
Só que, enquanto os guardas passavam a multa, chegaram mais dois guardas, a pé. Vítor Pinto conta que um deles avisou-o logo da segunda multa. "Disse-me: o senhor vai ser autuado porque o vi a conduzir ao telemóvel. Vou copiar os dados dos meus colegas e a multa vai para sua casa."
"Não me pediram documentos e eu pensei que se tratava de uma intimidação porque um desses guardas mostrava-se agressivo. Para espanto meu, oito dias, depois recebo em casa, no Porto, o segundo auto com o texto igual à primeira multa, o mesmo artigo e em tudo idêntico. A diferença é que a primeira multa foi passada às 9.14 horas e a segunda às 9.15 horas", explica, ao JN.
"Ainda fui à GNR de Penafiel expor o meu assunto, acompanhado por um amigo. Disse a um guarda que perante a lei ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime, no mesmo local e praticamente à mesma hora, mas o guarda levou a mal o meu reparo e vim-me embora", acrescentou.
Indignado, Vítor Pinto diz que vai expor o assunto à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária e espera não ter de pagar a segunda multa. "Não reclamo a primeira multa, mas a segunda não me parece correcta. Além disso, corro o risco de ficar sem carta, o que muito me prejudica porque viajo diariamente entre o Porto e Penafiel. Acho isto de muito mau gosto", frisa.
Comandante critica militares
Contactado pelo JN, o comandante do destacamento territorial da GNR de Penafiel, capitão Adriano Rocha, explica que pode haver situações em que um condutor é autuado pela mesma infracção, em pouco espaço de tempo, desde que, por exemplo, não haja conhecimento por parte dos autuantes. No caso, tendo em conta que os quatro guardas se encontraram, o procedimento do último autuante "é reprovável em termos éticos, revela excesso de zelo, não contribui para a boa imagem da GNR e nota má formação cívica", considera o comandante do destacamento territorial. Resta a Vítor Manuel Pinto protestar o segundo auto e lamentar a má fortuna de ter sido multado... numa sexta-feira 13. Em apenas um minuto.
in JN
Completamente absurdo!
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