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segunda-feira, 2 de março de 2009

Pesticidas — bênção ou maldição?


CADA ano, a terra e as colheitas de muitas nações são ensopadas de milhões de quilos de venenosas substâncias químicas. Os pesticidas químicos são usados para matar insetos, roedores e fungos indesejáveis. Venenos químicos são também usados para matar ervas daninhas e desfolhar as plantas.
O grau em que são usados os venenos químicos em algumas áreas foi observado pelo Times de Nova Iorque. Falando das fazendas algodoeiras do estado de Mississipi, EUA, disse:
"De março a novembro, o ar fica cheio de substâncias químicas para impedir que as ervas daninhas germinem, e outras para matá-las, caso o façam; com substâncias químicas para matar o gorgulho do algodão, as lagartas do algodão e outros insetos; e, por fim, na época de colheita, com um desfolhante de cheiro insuportável para remover as folhas dos algodoeiros. . . . Tudo junto, as substâncias químicas são espalhadas de 10 a 20 vezes por estação."


Cresce a Evidência


Todavia, há aqueles que, por muitos anos, avisaram sobre a tendência de se usar cada vez mais substâncias químicas nas colheitas e terras. Argumentavam que se causava um dano que poderia ter conseqüências sérias a longo prazo.
Atualmente, cresce a evidência de que os pesticidas e outros venenos fazem o que tais pessoas diziam. Nos anos recentes, as duras conseqüências do uso pesado de pesticidas se tornaram evidentes. Tais venenos resultaram ser eliminadores de grande número de aves e peixes, tornando algumas espécies quase extintas.
Verificou-se também que alguns dos pesticidas de longa duração estavam infiltrando-se nos humanos. Assim, até as autoridades e cientistas do governo estão preocupados agora. O Dr. Charles F. Wurster, biólogo da Universidade Estadual de Nova Iorque, disse: "O perigo não é mais discutível; é um fato estabelecido e científico." Outro cientista que examinou a evidência, observou: "Estou assustadíssimo."


Atingida a Vida Animal


Os venenos químicos são levados pelo ar quando espalhados, ou são levados, pela água, da terra para os rios e lagos, atingindo os peixes. No Rio Mississippi, verificou-se que os peixes que se alimentam de mosquitos continham tanto veneno que o Dr. Denzel B. Ferguson, do departamento de zoologia da Universidade Estadual de Mississippi declarou: "Tais peixes são bombas vivas. Qualquer coisa que vier e os comer está simplesmente condenada."
As aves norte-americanas, tais como a águia de cabeça branca, o falcão real e o pelicano americano castanho correm perigo de extermínio. No oceano, na costa da Califórnia, diminutas plantas marinhas e animais, conhecidos como plâncton, absorvem pesticidas que foram levados da terra pelas águas ou foram transportados para o oceano pelo ar. Os peixes comem o plâncton e acumulam pesticidas em seus sistemas. Daí, quando os pelicanos comem os peixes, os pesticidas se acumulam neles. Isto perturba seu intricado sistema reprodutivo. Agora as fêmeas põem ovos com casca tão fina que os ovos se racham e se desmancham quase que de imediato. Os ovos que talvez durem alguns dias são tão frágeis que, quando a fêmea se senta sobre eles, eles se rompem sob o peso dela.
Assim, muito embora os pelicanos talvez não sejam diretamente mortos pelos pesticidas, estão sofrendo extermínio porque seus ovos não conseguem ser incubados. Conforme declarou o Chronicle de São Francisco: "Parece que as enormes aves castanhas não chocarão nenhum filhote de forma alguma na Califórnia este ano, e a vereda da morte varre inexoravelmente em direção ao sul, chegando até às ilhas mexicanas dá costa da Baía Califórnia."
Numa fazenda criadora de perus em Arkansas, o poderoso pesticida heptacloro foi usado em perus vivos para controlar os micuins. De um total de 300.000 perus examinados, 124.000 se achavam contaminados pelo pesticida, segundo se verificou.
Às vezes, grandes números de animais são mortos diretamente pelos pesticidas. Por exemplo, em Hanover, New Hampshire, os pesticidas usados em olmos eliminaram centenas de aves. Cerca de 70 por cento dos tordos foram mortos.
O Medical World News, noticia uma experiência em que em vinte e cinco ovos fertilizados foram injetadas pequenas quantidades de uma substância química desfolhante usada amplamente nos Estados Unidos (e no Vietnam). Apenas quinze franguinhos sobreviveram. Onze dos quinze ficaram aleijados e sofreram outros defeitos. Nos franguinhos não incubados, verificaram-se várias deformidades e distúrbios.


Poderosos e Duradouros


Tão poderosos e duradouros são alguns pesticidas que vestígios deles foram encontrados nos pingüins da Antártida. Isto foi a milhares de quilômetros de distância do ponto mais próximo em que eram usados!
O que torna grave o problema é que alguns pesticidas não são solúveis em água. Assim, acumulam-se nos organismos expostos a eles. Com o tempo, o animal talvez contenha muito mais resíduos do pesticida em seu sistema do que há no ambiente. Deveras, diz-se que alguns animais talvez contenham mais de um milhão de vezes o total de seu ambiente!
Quando um animal come outro, tais como as aves que comem peixes que contenham pesticidas, os venenos se acumulam rapidamente no comedor. Por isso, quanto mais alto formos na cadeia de animais, mais concentrado se torna o acúmulo de pesticidas.
O uso de pesticidas tornou-se tão amplo que o Dr. Lorenzo Tomatis, da Agência Internacional Para a Pesquisa do Câncer, em França, declarou: "Não existe animal, nem água, nem solo nesta terra que, no presente, não se ache contaminado pelo DDT." Também, o Senador Gaylord Nelson de Wisconsin, declarou sobre o DDT: "Apenas em uma geração, tem contaminado a atmosfera, o mar, os lagos e as correntes, e se infiltrado no tecido gorduroso da maioria das criaturas do mundo."
Por ter o DDT aparecido no leite, na carne, nos legumes, nas frutas e nas pessoas, as autoridades governamentais dos Estados Unidos impuseram estritos limites ao seu uso após 1.° de janeiro de 1970. Mas, Robert H. Finch, então Secretário de Saúde, Educação e Bem-Estar, disse que os resíduos de DDT se apresentariam em alimentos "por dez anos ou mais" depois de uma proscrição entrar em vigor. Ao passo que diversos outros países também limitaram o uso do DDT, centenas de outros pesticidas continuam a ser usados.


Que Efeito Sobre o Homem?


Os estudos mostram que os estadunidenses possuem em média 12 partes por milhão de DDT nos tecidos gordurosos de seus corpos. Isto é mais de duas vezes a quantidade permitida em peixe vendido comercialmente. O Guardian Weekly da Inglaterra noticiou: "Tem-se descoberto também que o sangue do estadunidense mediano contém mais DDT do que é permitido na carne . . . inseticidas clorinados podem causar envenenamento crônico em pessoas expostas muito a eles, e se sabe que há perigo de prejudicar o fígado e os rins."
Os bebês de peito, segundo se verificou, estavam obtendo do leite de sua mãe o dobro da quantidade de pesticidas recomendada como limite máximo pela Organização Mundial de Saúde. O toxicólogo sueco, Dr. Goran Lofroth, observou que, quando tais quantidades se apresentam nos animais, começam a mostrar mudanças bioquímicas.
Vestígios de pesticidas foram encontrados nos tecidos de natimortos e de bebês que foram abortados. Em alguns casos, a concentração de venenos era tão alta como a existente na mãe. Verificou-se a existência de pesticidas no fígado, nos rins e no cérebro dos bebês, havendo a maior concentração no tecido gorduroso.
Num caso noticiado pela televisão nacional dos EUA, certo pai erroneamente alimentou seu leitão com cereal tratado com mercúrio, cereal que se destinava a ser plantado, mas não comido. Mais tarde, matou seu leitão e sua família o comeu. Séria doença afligiu sua esposa grávida e diversos filhos. Houve cegueira, defeitos na fala, dano cerebral e outras complicações. Disse-se que um dos filhos, se conseguisse sobreviver, se tornaria como um "vegetal", por causa de grave dano cerebral sofrido por ela.
Em experiências com ratos, grandes doses de pesticidas produziram câncer, anormalidades congênitas e defeitos hereditários a longo prazo. Na verdade, a maioria das pessoas não ficam expostas a uma dose concentrada de venenos químicos de uma só vez. Mas, o que acontece aos humanos que ingerem diariamente pequenas quantidades na comida que comem, no ar que respiram e na água que bebem? Deveríamos presumir que os insetos, as aves e os peixes podem ser mortos e algumas espécies ficar quase extintas, e, ainda assim, nenhum mal sobrevém ao homem por parte destes mesmos venenos?


Rompendo o Equilíbrio


Os pesticidas perturbam o que é chamado de "equilíbrio da natureza". Exemplo disto foi relatado pelo Dr. Lamont C. Cole, da Universidade de Cornell, conforme noticiado por U.S. News & World Report:
"A Organização Mundial de Saúde mandou o DDT para Bornéu para matar mosquitos. Funcionou muito bem. Mas, não matou as baratas, que acumularam DDT em seus corpos. Os lagartos que vivem nas choupanas com telhado de colmos comeram as baratas. O DDT tornou mais vagarosos os lagartos. Os gatos então apanhavam facilmente os lagartos. Mas, os gatos morreram . . . Desaparecidos os gatos, vieram os ratos, trazendo a ameaça de praga. E, uma vez desaparecidos os lagartos, as lagartas de borboletas se multiplicaram nas choupanas, onde se alimentavam do teto de colmos. Daí, os tetos começaram a desabar."
Quão irônico é que, ao passo que os pesticidas mataram insetos, estes mesmos tipos de insetos produziram variedades que são resistentes a tais pesticidas. Assim, são necessários venenos mais potentes para matá-las. Mas, diz-se que não há pesticida que os insetos não consigam por fim enfrentar.
Quais são estes insetos? O Departamento de Agricultura dos EUA fez um recenseamento de todos os insetos considerados prejudiciais pelo homem. De mais de 800.000 tipos conhecidos, o número classificado como "prejudicial" ficou reduzido a apenas 235, menos de 1/25 avos de 1 por cento dos conhecidos pela ciência!
O trabalho dos insetos que polinizam as plantas ultrapassa de muito o dano causado por outros insetos. Se os insetos que transportam o pólen fossem eliminados, a maioria das plantas florescentes e das flores se tornaria extinta. Se apenas as abelhas desaparecessem, calcula-se que 100.000 tipos de plantas florescentes morreriam.
Também, considere o seguinte comentário da World Book Encyclopedia: "Os lavradores contribuem para a difusão e o aumento das pestes de insetos por romperem o equilíbrio da natureza, e substituírem a variada vida vegetal dos campos silvestres por hectares de uma só espécie de planta." Certos insetos parecem vicejar quando grandes áreas são plantadas com uma única colheita.


Que Alternativas?


Há alternativas para o uso de pesticidas? Sim. Uma é o uso de insetos que comem outros insetos considerados daninhos. Os insetos que controlam pragas são muitos, tais como as joaninhas, os louva-a-deus, os hemeróbios e as vespas tricogrâmicas.
Em Kansas, certas plantações estavam sendo destruídas pelo pulgão verde, de modo que os lavradores importaram grandes quantidades de joaninhas de reprodutores. Depois de seis semanas, as joaninhas já mantinham controlados os pulgões verdes. Um dos grandes utilizadores das joaninhas relatou que os pulgões verdes ficaram quase que inteiramente sob controle após dois dias. E as joaninhas não constituem ameaça às plantações.
Outras alternativas incluem cultivar variedades de plantas mais resistentes aos insetos; técnicas de esterilização de insetos; controles mecânicos; interplantação de colheitas; uso de aerossóis feitos de matérias orgânicas tais como cebolas, alho, hortelã e outras.
A respeito da função e do controle dos insetos, a seguinte observação de Organic Gardening and Farming é interessante. Declara: "Quanto mais observamos seus métodos, tanto mais chegamos a entender que o inseto é o censor da Natureza em destruir a vegetação indesejada . . . em geral, os insetos preferem alimentar-se de plantas cultivadas com fertilizantes químicos antes que das cultivadas pelo método orgânico. O controle de pestes de insetos é possível de várias maneiras, sem se recorrer ao uso de aerossóis e substâncias químicas venenosas. As plantas fortemente atacadas pelos insetos ficam com freqüência nutricionalmente desequilibradas."
Torna-se aparente que muitos dos problemas encontrados pelo homem em seu uso dos venenos químicos se devem à sua falta de conhecimento e de previsão, bem como à sua gula econômica.


in Despertai de 8/12/1970 pp. 24-28

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.