QUEM é a pessoa cujo coração não se alegra ao contemplar uma flor? Um ramalhete de rosas pode de imediato iluminar um dia, alegrar um rosto tristonho, soerguer um coração deprimido, até mesmo fazer com que brote uma amizade e floresça o amor.
Na primavera, quem pode passar por um corpo de água, com sua superfície reluzindo com a beleza do nenúfar, sem sentir alguma apreciação pela própria vida? Ou, no outono, quem pode atravessar um campo decorado com o brilho de purpurinos ásteres e lampejos da virga-áurea, sem se sentir enriquecido? Que janela não foi embelezada, ou que cozinha não foi abrilhantada, ou que sala de estar não foi transformada pela presença de lindas e delicadas flores ou plantas?
Os homens se referiram a elas como “as estrelas da terra”, “os sorrisos da boa qualidade de Deus”, “um autógrafo da mão de Deus”. “As flores”, disse o estadista inglês William Wilberforce, “são os pensamentos belos de Deus, assumindo forma para abrilhantar a contemplação mortal; — brilhantes gemas da terra, em que, quiçás, vemos o que era o Éden — o que poderá ser o Paraíso!” Quão muito menos agradável seria a terra sem as flores!
Para muitos homens e mulheres, as flores são mais do que criações de beleza decorativa. São coisas vivas delicadas que excitam a imaginação. Inspiram fé em Deus e fazem com que ações de graça e louvor fluam até ele. As frágeis formas das flores e as infinitas cores perfeitas revelam um Deus sensível às necessidades e emoções humanas.
“Pense só nisso”, disse certa dona de casa, “podemos tocar numa flor e ela talvez morra, ainda assim, essa mesma flor é suficientemente vigorosa para atravessar uma chuvarada sem sofrer danos! É simplesmente maravilhoso”. Numa entrevista, ela mencionou as flores como significando muitas coisas: calorosa afeição, entendimento, apreciação e, talvez, acima de tudo, tenro amor. Ela gostava de flores.
Na primavera, quem pode passar por um corpo de água, com sua superfície reluzindo com a beleza do nenúfar, sem sentir alguma apreciação pela própria vida? Ou, no outono, quem pode atravessar um campo decorado com o brilho de purpurinos ásteres e lampejos da virga-áurea, sem se sentir enriquecido? Que janela não foi embelezada, ou que cozinha não foi abrilhantada, ou que sala de estar não foi transformada pela presença de lindas e delicadas flores ou plantas?
Os homens se referiram a elas como “as estrelas da terra”, “os sorrisos da boa qualidade de Deus”, “um autógrafo da mão de Deus”. “As flores”, disse o estadista inglês William Wilberforce, “são os pensamentos belos de Deus, assumindo forma para abrilhantar a contemplação mortal; — brilhantes gemas da terra, em que, quiçás, vemos o que era o Éden — o que poderá ser o Paraíso!” Quão muito menos agradável seria a terra sem as flores!
Para muitos homens e mulheres, as flores são mais do que criações de beleza decorativa. São coisas vivas delicadas que excitam a imaginação. Inspiram fé em Deus e fazem com que ações de graça e louvor fluam até ele. As frágeis formas das flores e as infinitas cores perfeitas revelam um Deus sensível às necessidades e emoções humanas.
“Pense só nisso”, disse certa dona de casa, “podemos tocar numa flor e ela talvez morra, ainda assim, essa mesma flor é suficientemente vigorosa para atravessar uma chuvarada sem sofrer danos! É simplesmente maravilhoso”. Numa entrevista, ela mencionou as flores como significando muitas coisas: calorosa afeição, entendimento, apreciação e, talvez, acima de tudo, tenro amor. Ela gostava de flores.
As Flores Através das Eras
A apreciação pelas flores é uma coisa que o homem antigo e o homem moderno têm em comum. Os babilônios, os egípcios, os medos e os persas eram engenhosos em seu uso decorativo de flores. Seus parques eram magnificamente arquitetados e suas mesas de festa e de banquetes não raro eram decorados com jardins em miniatura que suscitavam grande admiração. Segundo certa inscrição, o Rei Ramsés III do Egito doou nada menos de 500 jardins e 19 milhões de buquês de flores em honra ao deus Amom!
Quando o Egito se tornou província do Império Romano, & antiga arte de decoração floral começou a mostrar sua influência em Roma. Nas cortes de Nero, era costumeiro guiar os convivas para os grandes banquetes por um tapete de pétalas de flores, e oferecer-lhes uma coroa de rosas, a qual, quando posta na cabeça, tinha efeito refrescante.
Algumas das formas mais artísticas de decorações florais chegaram ao homem moderno procedentes do Japão. A habilidade e a perícia dos japoneses neste campo estão intimamente associadas com o arraigado amor que nutrem pela terra.
Jardins Interiores
Quando jardins florais se instalam em interiores, algo de maravilhoso acontece. Tornam-se companheiros íntimos. Os peitoris de janelas se alinham com plantas em vasos e os buquês enfeitam os cômodos. Cada novo raminho se torna importante. Cada nova folha é observada desde a mais tenra infância. Cada nova flor se torna uma amiga pessoal, praticamente um conviva no lar. Desde pequeno pedúnculo até a plena madureza, dificilmente um movimento escapa ao se acompanhar esta beleza do crescimento da flor.
Alguns, em especial, apreciam flores perfumadas. Quando realmente chega o inverno, como se sente falta do cheirinho do ar livre! E o jardim interior habilita a pessoa a gozar parte dessa fragrância estival o ano todo. Com freqüência se escolhem flores para casa por causa disso. Observe-as abrir-se e enviar seu perfume por toda a casa. Há plantas cujas folhas, quando esmagadas com gentileza, perfumam seus dedos com uma variedade de perfumes refrescantes. Que dádivas deleitosas de fragrância!
Arranjos Florais
Criar um arranjo floral é grande arte. Significa mais do que jogar flores num vaso. Os japoneses afirmam que cada caule, folha e flor é parte vital dum padrão, e que até mesmo o espaço entre eles pode ser usado com bom proveito. Raminhos e flores de várias dimensões, arranjados com graça, não raro se combinam para fazer surpreendentes composições.
Um grande buquê não é necessário para produzir bom efeito. Um vaso de cobre com algumas zínias de cores brilhantes ou girassóis amarelos, contrastando com um fundo claro, podem fazer maravilhas a um quarto. O efeito é como se as cortinas fossem afastadas para o lado e se tivesse deixado brilhar lá dentro o sol. Alguns amores-perfeitos na cozinha, ou pequeno caneco de barro de fura-neves ou anêmonas são um estímulo. Fazem a pessoa pensar que alguém lhe sorri o dia inteiro. E que sorrisos de felicidade são!
Longas hastes são colocadas com melhor proveito em vasos altos, mas, deve-se exercer cuidado para que o buquê não se transforme numa “vassoura”. A fim de manter o arranjo todo tão natural e sereno quanto possível, as hastes devem abrir-se como um leque a partir de um ponto central, e não ser lançadas num padrão entrecruzado.
O estilo exige uma relação planejada entre as flores, as folhas e o vaso. Num vaso de miniatura, usam-se apenas flores bem pequenas. Flores bem grandes exigem um vaso suficientemente grande para contê-las. Um pequeno arranjo talvez vá bem numa pequena escrivaninha ou mesa. Para uma mesa grande e pesada, num quarto espaçoso, um arranjo maciço num vaso adequado é o que serve. Assim, o arranjo floral exige o equilíbrio.
Por observar cuidadosamente as flores arranjadas com bom gosto nas vitrinas das lojas de flores, pode-se aprender muito. Num arranjo de cores misturadas, cada cor pode ser usada em pencas ou massas, ao invés de ser colocada como um tecido de xadrez escocês. Com poucas exceções, as flores não são colocadas uma diretamente sobre a outra ou em degraus ordenados.
Quanto aos vasos, em geral, as cores neutras são as melhores, porque podem ser usados para muitas flores diferentes. Verde acinzentado, branco antigo, e cinza pálido são cores bem escolhidas. As formas devem ser simples e agradáveis à vista.
Flores em Toda Estação
Toda estação tem sua beleza que pode ser trazida para os interiores; não há estação que desaponte o homem. Durante os meses de inverno, a hamamélide e o abrunheiro bravo podem ser apreciados em sua plenitude. A primavera nos deleita com a ornamental magnólia, as flores de coloração suave da ameixeira, do pessegueiro e da cerejeira, os amentilhos do amieiro e do salgueiro e o temporão rododendro. O verão torna muito fácil para nós as coisas, provendo-nos ampla variedade de arbustos florescentes, tais como o laburno, o pilriteiro, e o jasmim, ao passo que as hastes cortadas de ásteres, a bérberis vermelha, a piracanta, e o alaranjado ramno do mar, para citar apenas alguns, são, na época do outono, especialmente adequados para se criar um quinhão raro de decoração floral. Uma simples tigela de barro, com a ajuda de alguns ramos de folhagens de frutinhas silvestres, pode transformar-se em fascinante peça de beleza exterior dentro de sua sala de estar.
Com efeito, um único ramo de folhagem, formado anormalmente, uma vez colocado numa jarra ou vaso de gargalo estreito, pode tornar-se uma criação peculiarmente artística e um motivo de conversa no lar. Os lindos frutos ou as folhas esplendidamente coloridas de certas espécies de folhagens fornecem adornos bem apropriados que passam de uma estação para a seguinte sem confusão.
Poderíamos continuar sempre explorando mais e mais meios de trazer a deleitosa dádiva de Deus ao homem — sua bela criação vegetal — ao nosso alcance, em especial se não estivermos normalmente em condições de sair ao ar livre e apreciar a beleza excitante dos lugares abertos.
in Despertai de 8/2/1971 pp. 13-15
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