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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Quem dera que seus pulmões pudessem falar!



QUE história interessante seus pulmões poderiam contar — se eles pudessem falar! Não só poderiam fornecer-lhe alguns fatos estonteantes sobre seu tamanho e formato delicado, mas também poderiam descrever como funcionam, e a luta que travam às vezes para mantê-lo vivo. Mas, visto que seus pulmões não podem falar, terá que obter sua fascinante história de investigadores externos.

Pode sobreviver sem alimento por semanas. Alguns já jejuaram por quarenta ou cinqüenta dias. E pode passar sem água por vários dias, como tem sido a experiência de marujos que naufragaram no meio do oceano salgado. Mas, não pode passar sem respirar por mais de alguns minutos. Eis aqui como lhe são importantes os seus pulmões.

A maioria das pessoas consideram os pulmões algo corriqueiro, e, para cada vez maior número de pessoas, funcionam sem ruídos e eficientemente na maior parte do tempo, do berço ao túmulo. Com efeito, quando seus pulmões se fazem sentir, já está em dificuldades. Assim, é melhor que pense um pouco neles e cuide bem deles antes que seja tarde demais.

Seus pulmões são dois órgãos cônicos ou piramidais que pesam cêrca de 550 gramas cada um nos adultos. Nos homens, eqüivalem a uma trigésima sétima parte do peso do corpo, e, nas mulheres a uma quadragésima terceira parte. O pulmão direito consiste em três seções ou lobos; seu pulmão esquerdo só tem dois lobos por causa do espaço que o coração ocupa na caixa torácica. Ao nascer, seus pulmões são branco-róseo, mas, com o passar dos anos, adquirem a aparência de cinza salpicado e de cor de ardósia, e, na velhice, talvez apresente até manchas negras. Embora seus dois pulmões possam reter uns 5.800 cm3 de ar, isto não quer dizer que sejam órgãos ocos, semelhantes a foles. Se os abrisse por um corte longitudinal, verificaria que se parecem um tanto à esponja de espuma de borracha.

O ar que inala entra em seu nariz e boca e então flui pela faringe, laringe e traquéia. A traquéia se bifurca em dois tubos conhecidos como brônquios, que entram na parte de trás de cada pulmão mais ou menos no meio. A traquéia e os brônquios se acham cercados de pesados anéis de cartilagem a fim de evitar que algum esmagamento por objetos externos possa impedir o ar de fluir aos pulmões.

As duas ramificações principais ou brônquios, ao chegarem aos pulmões, dividem-se em quatro ramos, os quatro em oito, e assim por diante por cêrca de vinte vezes mais até que haja um milhão ou mais destes ramos diminutos conhecidos como bronquíolos. O menor deles não tem senão vinte e cinco centésimos de milímetro de diâmetro. Na extremidade dos bronquíolos há sacos de ar com diminutas protuberâncias caliciformes conhecidas como alvéolos. Em seus pulmões há até 300 milhões deles; alguns calculam que há até uns 750 milhões. Estes diminutos alvéolos, se espalhados, cobrariam uma área de uns 83 metros quadrados ou mais.

Cada um destes diminutos alvéolos é coberto por uma rêde de capilares. Através das paredes destes diminutos capilares, o oxigênio entra em contato com o sangue, de modo que as células do corpo, por sua vez, podem ser supridas de oxigênio a fim de produzirem energia. O oxigênio é transportado até às células, através do corpo, pela hemoglobina nos glóbulos vermelhos. Se colocados de ponta a ponta, estes vasos capilares se estenderiam por centenas de quilômetros. Incidentemente, estes capilares são apenas suficientemente grandes para que um glóbulo vermelho passe de cada vez.

Naturalmente, o fluxo de um lado para o outro de oxigênio e bióxido de carbono através das paredes, dos alvéolos aos glóbulos, se faz numa distância muito inferior ao mais fino papel que já viu, de menos de um milésimo de milímetro!

Em questão de um ano, seus pulmões inalam de uns dois a cinco milhões de litros de ar. Quando inteiramente cheios, contêm uns 5.600 a 6.600 cm3 de ar. Todavia, quando exala, usualmente restam 1.800 cm3, embora possa exalar de propósito ao ponto de não restar senão pouco menos de um litro de ar. Quando está descansando, ao repousar num sofá ou espreguiçadeira, talvez inale tão pouco quanto um pouco menos de meio litro, de dez a quatorze vezes por minuto, ou uns 4.700 a 6.600 cm3 por minuto. No entanto, ao fazer um trabalho pesado ou empenhar-se em exercícios vigorosos, talvez inale até 75 a 113 litros de ar por minuto, não tanto pela respiração mais rápida mas por respirar mais profundamente.

Para entender como seus pulmões servem para lhe suprir de ar, é preciso que entenda outro fato a respeito deles. Cada pulmão se acha abrigado numa membrana, chamada “pleura” que é impermeável ao ar. É por isso que pode tomar um pulmão recém-removido dum animal e soprar nele como que numa bola de borracha ou bola de futebol por soprar o ar pela traquéia. Não só isso, mas cada um de seus pulmões se abriga numa cavidade à prova de ar que tem sua própria pleura membranosa.

Como Respira

Há dois tipos básicos de respiração pelos quais seus pulmões são enchidos e esvaziados: voluntária e involuntária. Seu coração e seu estômago se limitam à ação involuntária, não pode, deliberadamente, acelerar ou frear sua atividade. Por outro lado, seus membros, seus lábios e sua língua atuam mais ou menos segundo sua vontade ou os hábitos que forma. Mas, seus pulmões são capazes de ações tanto voluntárias como involuntárias. Na respiração voluntária, faz com que a caixa torácica se expanda e o diafragma se abaixe, destarte levando mais ar a seus pulmões.

A respiração involuntária é controlada pelo “centro respiratório” na parte inferior daquela parte do cérebro conhecida como medula. Ela estimula o diafragma a contrair-se, fazendo que se abaixe e, ao mesmo tempo, que as costelas se movam para cima e para fora. O resultado é um vácuo relativo, um estado de menor pressão de ar nos pulmões do que no lado de fora. Isto faz que o ar de fora seja atraído aos pulmões. Outros centros nervosos interrompem regularmente esta ação de contração, permitindo que os músculos do tórax se descontraiam e, assim, forçam o ar a sair dos pulmões.

É interessante que este “centro respiratório’’ não é ativado pela falta de oxigênio nos pulmões, mas pela quantidade de bióxido de carbono em seu sangue. Quanto mais bióxido de carbono existir em seu sangue, tanto maior será o perigo que corre, e, assim, o “centro respiratório” acelera a respiração a fim de impedir que a taxa de bióxido de carbono atinja um ponto perigoso. Usualmente há apenas uma fração de 1 por cento de bióxido de carbono no ar quando é inalado. Cêrca de 21 por cento do ar que se respira é composto de oxigênio, mas, quando exalado, contém ainda cêrca de 16 por cento. Assim, conforme vê, seus pulmões removem apenas cêrca de um quarto do oxigênio do ar. O bióxido de carbono aumenta proporcionalmente, de maneira que o ar expirado contém mais de 4 por cento de bióxido de carbono.

Condicionar o Ar

É óbvio que, para que os pulmões cumpram bem a sua parte, o ar também tem de ser bem certo. Tem de ser limpo, tem de ser úmido e tem de estar na temperatura certa. E, para isto, o Criador do corpo humano o supriu com o que os homens preferem chamar de “vias aéreas superiores”. Todas as vias pelas quais flui o ar antes de alcançar seus pulmões ajudam a satisfazer estas três condições essenciais. O nariz dispõe de cílios comparativamente longos que captam as partículas maiores de sujeira, que podem estar recobertas de bactérias. As fossas nasais também estão revestidas de membranas mucosas feitas de forma a apanhar as partículas pequenas. As partículas ainda menores são captadas pelos cílios, pêlos cobertos de muco na traquéia que balançam como trigo num campo. Este movimento faz com que quaisquer partículas se movam gradualmente para cima em direção à garganta, onde podem ser engolidas ou cuspidas fora. Os glóbulos brancos cuidam de qualquer bactéria diminuta que consiga penetrar por tais defesas.

Há também o arranjo por meio de várias glândulas, e, através das úmidas vias aéreas, de se fornecer ao ar a correta umidade. Isto é importantíssimo, visto que o oxigênio e o bióxido de carbono precisam estar úmidos antes de poderem cruzar de um lado para o outro entre os glóbulos vermelhos e os diminutos alvéolos. Daí, então, o ar também tem de estar na temperatura correta. Para isto, as vias aéreas foram idealmente feitas de forma a aquecer o ar que seja frio demais, e resfriar o ar que seja quente demais; qualquer extremo prejudicará as membranas delicadas de seus pulmões. A eficiência prodigiosa das vias aéreas superiores se evidencia quando notamos que, por causa delas, o homem pode sobreviver no calor tórrido dos desertos tropicais e nas temperaturas bem abaixo de zero da Antártida.

É Melhor Prevenir do que Curar

Visto que seus pulmões só, o tornam cônscio da sua presença quando estão em dificuldades, seria de máxima sabedoria cuidar deles antes disso. Ou, conforme diz o ditado: “Antes prevenir do que remediar.” Naturalmente, se a pessoa leva a sério sua saúde, e a condição de seus pulmões em especial, não fumará. Deixar de fumar é bom não só para os pulmões, mas também para o coração e o fígado. E, se puder escolher viver onde haja um mínimo de poluição atmosférica, seus pulmões também apreciariam isso.

Entre as coisas que pode fazer para manter seus pulmões em forma é certificar-se de que se exercite o suficiente. Por certo, se fôr carteiro, entregando a pé a correspondência, ou fôr um trabalhador de construção, talvez não precise pensar muito nisso, nem se fôr uma dona de casa com uma casa e família grandes para cuidar. Se fôr, porém, uma das muitas e muitas pessoas que trabalham sentadas num escritório ou numa mesa de trabalho o dia inteiro, então deve pensar um pouco em exercitar-se mais de forma física. Tal exercício, para ser benéfico aos pulmões, deve ser suficientemente cansativo para fazer com que fique bufando ou respirando fundo, uma vez, naturalmente, que seu coração seja o suficiente forte para suportá-lo. Subir escadas ao invés de tomar o elevador, exceto quando há grande número de andares envolvidos, é uma forma de exercitar-se, sem envolver muito tempo extra, habituar-se a isto lhe assegurará a regularidade. Para ser proveitoso, o exercício tem de ser regular.

Correr sem pressa, ou uma forma descontraída e desapressada de correr, é outra forma de exercício que é popular. Mas, a atividade que também estimule a mente talvez seja melhor. Entre os esportes menos estrênuos se acham o tênis, o pingue-pongue ou tênis de mesa e a natação. Não se deve desperceber o exercício de seus pulmões pela profunda respiração diafragmática. Ao invés de respirar profundamente por encher o peito, respire profundamente por abaixar seu diafragma. Isto será de especial ajuda para os alvéolos mais baixos de todos. E, de particular ajuda é expirar tão cabalmente quanto possa, várias vezes por dia. Corretamente, chama-se a isto de “limpeza” de seus pulmões. Pense um pouco na respiração profunda e na expiração fôrçada quando descansa num sofá ou na cama, sem estar dormindo. Fazer isto talvez produza ainda um benefício adicional se desviar sua mente das preocupações, ou de meditar em agravos ou outras formas de pensamento nada saudáveis. Não raro, a respiração profunda fará com que se sinta melhor tanto física como emocionalmente.

Quando Algo Sai Errado

Há várias coisas que podem sair erradas com seus pulmões. Há a bronquite, uma inflamação de seus brônquios. A pleurisia se desenvolve quando a membrana pleural da cavidade torácica ou a pleura que reveste os pulmões se torna inflamada. Diz-se que há muitos tipos de pneumonia, diferenciadas umas das outras pelo que estiver envolvido ou pela natureza da infecção. As condições econômicas e o ambiente talvez tornem a pessoa mais suscetível à tuberculose. Parece que, assim como o câncer pulmonar está aumentando, também aumenta o enfisema. O que é enfisema? É o resultado final de várias afeções respiratórias, tais como asma, em que os pequenos alvéolos se distendem de modo que fica prejudicada sua função. O paciente de enfisema tem dificuldade em expelir o ar que inalou. O resfriado comum, a febre do feno, a asma e a sinusite são também moléstias que atingem seus pulmões.

Há muitos remédios para estas várias espécies de moléstias, tanto os ortodoxos como os não ortodoxos, falando-se em sentido médico, e parece melhor considerá-los com a mente aberta, visto que não há sistema que parece suprir todas as respostas. Mas, como se observou antes, a prevenção é o melhor proceder. Pense um pouco em ter hábitos de vida sábios enquanto ainda goza de boa saúde e antes que seus pulmões o façam ficar dolorosamente cônscio da presença deles. Se possível, escolha um ambiente saudável para trabalhar e viver, um ambiente com o mínimo de poluição atmosférica. Não fume; não ingira bebidas alcoólicas em demasia. Evite os extremos, quer no comer, no trabalhar ou na busca de prazeres. Aprenda a ser moderado em todas as coisas e a contentar-se com possuir as coisas necessárias — alimento, roupa e abrigo.

in Despertai de 22/3/1972 pp. 16-20

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.