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sábado, 26 de fevereiro de 2011

Surpreendente casca que serve ao homem


JÁ TIROU alguma vez uma rolha duma garrafa? Sabia que a cortiça provém da casca de sobreiro? Essa casca serve ao homem numa fascinante variedade de formas.

O sobreiro cresce quase que exclusivamente nas áreas próximas ao Mar Mediterrâneo. Trata-se duma sempre-verde, cuja grossa camada externa é cortiça natural. A maioria das árvores têm casca que contém células de cortiça. Mas, o sobreiro é a única que as têm em camadas de suficiente grossura para ser de importância comercial.

A casca do sobreiro possui deveras surpreendentes propriedades. Sua camada externa é uma compacta massa de células mortas, cujas paredes finas engrossaram e ficaram cerosas. Esta casca é macia e esponjosa, todavia, não absorve prontamente a água e é praticamente à prova de ar. Pode ser bastante comprimida, todavia, volta a ser a mesma quando solta. Mesmo depois de dez anos numa garrafa, a cortiça recuperará 75 por cento de seu volume quando retirada dela.

Além desta surpreendente resistência; a cortiça e praticamente tão leve quanto uma pena. Um cubo de uma polegada da mesma contém cerca de duzentos milhões de diminutas células cheias de ar. Assim, mais da metade do volume da cortiça é de ar. Não é de admirar que seja tão leve e resiliente!

Quando o sobreiro atinge cerca de vinte anos, sua casca externa pode então ser removida pela primeira vez. Esta casca inicial ou virgem é de qualidade inferior. Depois disso, a cada oito ou dez anos se faz o descortiçamento. Sua qualidade continua a melhorar até o quinto ou sexto descortiçamento, após o que permanece razoavelmente estável. O sobreiro produzirá por 150 anos, mais ou menos, e usualmente, não atinge mais de quinze metros de altura.

É preciso ter cuidado ao se descortiçar, para que a casca interna não seja danificada. Se o for, a cortiça jamais crescerá de novo no pedaço ferido. Os trabalhadores usam uma machadinha de cabo comprido, e removem cuidadosamente a casca em folhas compridas e oblongas. A casca é removida apenas do tronco das árvores novas. No entanto, das árvores maiores e mais antigas, é também removida dos galhos inferiores.

Depois de a casca ser retirada da árvore, é empilhada e se permite que seque. Daí, as tiras são cozidas. Isto solta a areia e sujeira, permitindo que seja raspada. O cozimento também dissolve o ácido tânico, e aprimora a elasticidade e maciez da cortiça.

A casca fica então pronta para ser cortada em produtos naturais da cortiça, um de especial importância sendo as rolhas de garrafa. Muitos consideram a cortiça como melhor rolha para fechar garrafas de vinhos finos e licores. Isto se dá porque a cortiça não se deteriora pela ação do álcool, mesmo após muitos anos. E não permite que entre ar na garrafa para estragar seu conteúdo. Embora a cortiça já fosse usada por volta de 400 A. E. C., não foi realmente senão no século dezesseis E. C. que veio a ter uso geral. A introdução de garrafas de vidro contribuiu para isto.

Até se chegar ao século atual, a indústria de cortiça era relativamente um simples comércio de cortiça. Além de rolhas de garrafas, os artigos produzidos incluíam salva-vidas, flutuadores, baias, revestimento de chapéus e solas de sapato. Ao passo que tais itens ainda são feitos, a descoberta dum meio de moldar a cortiça fragmentada sob o calor e pressão resultou numa grande variedade de novos usos para a cortiça.

Por exemplo, o aperfeiçoamento de aglomerados de cortiça fornece excelente material isolante para as temperaturas tanto baixas como normais. Sua introdução revolucionou por completo a indústria de refrigeração. A cortiça substituiu os materiais improvisados tais como pó de serra, palha, escória, e assim por diante.

O conglomerado isolante é ideal para se acabar com a vibração das máquinas. O conglomerado acústico reduz o ruído em escolas, hospitais, restaurantes, estúdios de radiodifusão e em outros lugares. Juntas de vedação compostas de cortiça são importantes na indústria automobilística. Pó de cortiça é misturado com óleo de linhaça e espalhado numa pasta sobre lona ou aniagem para fabricar linóleos, uma popular passadeira a prova d’água. Lagiotas de cortiça, tapetes de cortiça e tijolos de cortiça são amplamente usados para revestimento do chão e das paredes.

Para suprir a demanda de cortiça, Portugal, Espanha, Argélia, Marrocos, França e Tunísia produzem mais de 362 mil toneladas de cortiça por ano. As formas em que esta surpreendente casca serve ao homem são deveras muitas.

in Despertai de 22/3/1972 p. 24

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.