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sábado, 2 de abril de 2011

Visita ao interior da terra


NENHUM escultor terrestre poderia talhar a beleza que se desvenda no interior da terra. Aqui há um assombroso país das maravilhas; um fenômeno de formações fantásticas — de coloridas estalactites e estalagmites, câmaras belíssimas e águas cristalinas.

As cavernas subterrâneas são encontradas em muitas partes do mundo. No Líbano, temos exemplo deveras notável de sua beleza — as deslumbrantes cavernas Jeita. Localizam-se nas Montanhas do Líbano, não muito distantes do Mediterrâneo azul.

A Caminho

Decidimos visitá-las recentemente. Partindo de Beirute, fomos de carro por cerca de trinta minutos junto ao Mediterrâneo até chegarmos ao Rio Cão, ou Nahr El Kalb, como os árabes o chamam. A nascente deste rio se encontra nas cavernas de Jeita.

Este lugar era a encruzilhada do mundo antigo. Aqui os Faraós marcharam contra os hititas. Os reis sírios percorreram este caminho para conquistar as cidades de Sídon e Tiro. E as legiões romanas sob o General Vespasiano percorreram este caminho para esmagar a revolta em Jerusalém. Todos desconheciam o domínio maravilhoso que jazia tão perto no interior da terra!

Descoberta e Exploração

As cavernas Jeita foram descobertas apenas há um pouco mais de cem anos atrás. Um estadunidense chamado Thomson, quando numa excursão de caça, procurou abrigo numa caverna montanhosa. Ouviu água borbulhante e, com curiosidade, mas cautelosamente, acompanhou o som. Para sua surpresa, deu às margens de um lago subterrâneo. Quedando-se a pensar até onde o levaria, deu um tiro nas trevas. A resposta retornou — um eco reverberante através dum emaranhado de cavernas. Assim Jeita foi descoberta, no ano de 1836.

Trinta e sete anos depois, em 1873, dois engenheiros da Companhia de Água de Beirute, Maxwell e Bliss, fizeram outras explorações, descobrindo a nascente do Rio Cão. Foram os primeiros a pôr os olhos nas coloridas formações de estalagmites e estalactites. Expedições adicionais foram feitas por outros, localizando mais maravilhas. Por fim, as partes mais distantes das cavernas foram atingidas — mais de seis quilômetros e meio!

Em certo lugar, a que apenas se aventurariam os mais ousados exploradores de cavernas, o teto da caverna atinge cerca de 60 metros! Esta caverna alegremente decorada foi aberta ao público em 1955. Em 1958, uma câmara superior foi descoberta a mais de 48 metros acima do rio. Esta, também, possui milhares de formações. Foi oficialmente aberta ao público em agosto de 1967.

Começando a Excursão

Ao chegarmos ao interior da caverna, notamos que o ar é muito mais frio do que lá fora. Aqui, em Jeita, as cavernas permanecem o ano todo sob a temperatura constante de 15° centígrados. Chegando a uma massa d’água, entramos num barco achatado, do tipo de gôndola. Com vívida expectativa, continuamos nossa jornada pelo interior da terra.

Nosso barqueiro fica em pé na proa, com longa vara à guisa de leme que usa aptamente para dirigir nosso barco pelas águas escuras. O canal é amplo, mas rapidamente se estreita. A enorme rocha à direita foi chamada “A Rolha” pelos primitivos exploradores, visto que bloqueara seus esforços de explorar mais as cavernas. Ao passarmos por ela, obtemos o primeiro relance das coloridas estalactites.

Estas lindas maravilhas acham-se penduradas do teto como enormes pingentes de gelo, dosséis, candelabros, e cortinas. E, no que é uma deslumbrante cascata de cores — castanhos, vermelhos e brancos! Também, por todos os lados, estalagmites numa variedade de tamanhos, formas e cores se apinham no solo da caverna. Algumas são com enormes pilares e árvores; uma se parece com a torre inclinada de Pisa. Outras se assemelham a garrafões empalhados, a medusas e até mesmo a figuras de humanos e de animais. Em certos lugares, as estalagmites sobem para encontrar-se com as estalactites penduradas, formando uma coluna sólida.

Formações Assombrosas

Surpreendentemente, o Grande Escultor usou instrumentos bem simples para cinzelar estas obras-primas de arte. Os ingredientes básicos são o calcário e a água. Com efeito, a palavra estalactite significa “gotejamento”.

A água penetra nas cavernas do terreno acima, levando partículas diminutas de carbonato de cálcio dissolvidas do calcário. A água fica pendurada do teto em gotas que se evaporam mui lentamente. O carbonato de cálcio que permanece forma um pequeno anel no teto e se cristaliza. O objeto cresce à medida que as gotas de água continuam a evaporar lentamente e deixam seus depósitos.

Às vezes, a água não se evapora por completo, mas cai, depositando o início de uma estalactite invertida ou estalagmite. Estas formações crescem numa taxa vagarosa. Olhamos com surpresa para uma imensa coluna. Que maravilha! Deve ter quinze metros de altura!

Jeita não é de forma alguma a maior caverna do mundo. A Caverna Gigantesca em Kentucky, EUA, dispõe de mais de 240 quilômetros de túneis inexplorados! No entanto, Jeita fornece o conforto de se admirar suas maravilhas à medida que se desliza silenciosamente pelas águas cristalinas.

As Galerias Superiores

Depois de nossa excursão por vinte minutos neste calmo lago subterrâneo, ainda temos à frente outros quarenta minutos nas assombrosas galerias superiores. Verificamos que estas não deixam de ser outra maravilha.

Aqui, também, as formações de estalactites e estalagmites crescem em todas as formas — algumas reluzindo como preciosas gemas em tons vermelhos e verdes. Outras parecem uma floresta de pinheiros. A mais bela de todas as formações de estalactites são as raras estalactites brancas chamadas calcita, formadas de puro carbonato de cálcio.

A maioria das formações, porém, se acham em combinações de cores. O ácido carbônico capta os minerais do solo, e estes fornecem as cores às formações. O ferro transforma as formações em amarelo, castanho alaranjado e vermelho. O manganês as torna pretas, ao passo que o cobre lhes dá uma tonalidade esverdeada ou azulada. É por isso que o nosso domínio no interior da terra é tão apreciável.

A calma e a quietude aqui nos movem a sussurrar. Apenas o som da água que goteja da estalactite que alimenta sua irmã, a estalagmite, quebra o silêncio. As galerias superiores dão à pessoa a impressão de enorme sala de concertos, e, deveras, são usadas para esse mesmo fim! Quão grandioso deve ser escutar música em tão inspirador ambiente!

in Despertai de 8/5/1972 pp.10-12

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OBRIGADO RUI COSTA!

AMOR MEU, DOR MINHA

DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;

PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;

NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;

FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;

FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;

POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.