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sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
O que forma uma praia?
PARA multidões de pessoas, a idéia de passarem um dia de agradável recreação à beira-mar é muitíssimo convidativa. Pode significar muito divertimento — nadar, tomar sol, empenhar-se em esportes e associar-se com amigos e entes queridos no ar fresco e livre, com o suavizante som da rebentação ao fundo. Em especial, no verão, a praia exerce poderosa atração.
Ao redor do mundo, as praias se alinham por milhares de quilômetros à beira dos oceanos, mares e lagos. Constituem locais de folguedo naturais, imaginados como sendo imutáveis, duradouros, quase permanente. Mas, para as pessoas observadoras que visitam a mesma praia, ano após ano, mudanças definidas se tornam patentes. A quantidade de areia na praia talvez flutue. Em alguns casos, mudanças radicais para melhor ou para pior podem ser notadas.
Ao usufruirmos as atrações da praia e observarmos suas transformações graduais, talvez algumas perguntas entrem em nossa mente. De onde veio toda essa areia? Por que algumas praias se tornaram tão vítimas da erosão, e outras praticamente desapareceram? Por que algumas faixas agradáveis são quase desnudadas de areia no inverno, apenas vindo a recobrar o suprimento nos meses do verão? As respostas a estas perguntas talvez nos surpreendam, em especial se, como a maioria das pessoas, nos inclinarmos a ver as praias em grande parte como coisas corriqueiras.
Nem Todas São Iguais
Se a pessoa não viajou muito nem visitou outras partes do mundo, concluirá facilmente que todas as praias são quase iguais. Deveras, porém, há grandes variações — na cor, na qualidade da areia, na inclinação da praia, e assim por diante. Por exemplo, em áreas vulcânicas, a praia freqüentemente consistirá em areia escura grossa, que se deriva da lava. Em outras regiões, as areias talvez sejam bem coloridas, compostas de corais de alto mar que se tornaram bem finas. Ainda outras praias talvez sejam reluzentemente brancas, pois são formadas de conchas quebradas que foram reduzidas a pó.
A maioria das praias, contudo, tem areia composta de pequenos cristais arredondados de quartzo, junto com diminutas partículas de muitos tipos diferentes de rocha. Esta areia vem principalmente das áreas interiores, sendo levada para o mar pelos rios e correntes. Talvez varie desde a muito grossa até a finíssima.
É tal grossura ou fineza da areia, convém lembrar, que determina em grande parte as características da praia. Se a areia da praia for razoavelmente grossa, então a inclinação da praia será relativamente íngreme. Tais grãos de areia grossa não se tornam densamente compactados por causa de sua própria natureza.
Por outro lado, a areia fina forma uma praia de forma inteiramente diversa. A inclinação da praia será mais gradual, a linha de rebentação continuará rasa por uma distância maior e, por esta razão, as ondas rebentarão muito mais longe. E a areia fina se compacta bem solidamente, de modo que se pode guiar carro sobre ela. Um notável exemplo disso é a Praia de Daytona, Flórida, nos EUA.
Governada por Leis
Mas, de onde provém toda essa areia, de qualquer maneira? Tinha a impressão de que resultava de a maré constantemente rebentar sobre as rochas costeiras? Isto talvez esteja envolvido, mas realmente só é responsável por uma pequena porcentagem da areia total das praias. Para a ampla maioria das praias do mundo, a resposta é bem diversa. Não foi senão nos últimos vinte anos mais ou menos que os homens começaram a entender melhor as forças que atuam sobre as praias e os efeitos resultantes.
À medida que os processos comuns de envelhecimento decompõem as formações rochosas, não raro bem no interior, as correntes e os rios transportam diferentes quantidades de sedimento para serem depositados nas embocaduras dos rios. Os sedimentos e argilas mais finos são logo levados para o mar, deixando atrás grandes quantidades de areia nos deltas dos rios. Mas, daí, como é que areia chega onde as praias são formadas? Para entender esta transferência, temos que examinar algumas das forças que atuam sobre uma praia.
As ondas que são geradas pelo vento no alto mar por fim gastam suas energias no litoral. Não obstante, nem sempre açoitam de frente a praia, isto é, as ondas nem sempre são paralelas ao litoral. Por esta razão, a energia das ondas da enchente se divide em duas partes. A parte principal se dirige perpendicularmente à praia e se dissipa na rebentação. A segunda parte, muito inferior em energia total, se dirige numa corrente paralela à praia e se restringe entre a areia seca e a linha de rebentação. Esta corrente pode ser assemelhada a um rio, tendo como uma das “margens” a beira da praia seca, a outra “margem” sendo a linha mar adentro em que a primeira onda começa a rebentar.
Este rio talvez flua costa acima ou costa abaixo, dependendo da direção das ondas de enchente. Este “rio” costeiro é bem semelhante a seus primos que fluem através da terra firme, no sentido de que é capaz de transportar grande quantidade de sedimento. O sedimento transportado pelo “rio” costeiro, naturalmente, é a areia que constitui a praia pela qual flui.
A areia trazida por estes “rios” costeiros talvez envolva grandes quantidades — em algumas áreas, milhões de toneladas de areia por ano. Isto envolveria muitos vagões ferroviários de areia que chegassem à costa a cada dia do ano. A quantidade, contudo, varia de região a região, mas podemos claramente ver que a areia trazida pelos rios e correntes até o oceano vem a ser distribuída ao longo do litoral.
Ao passo que este processo de transporte de areia prossegue de contínuo, ainda outro processo se acha em operação. Este processo é um que transforma a aparência da própria praia de uma estação para outra. Na maioria das praias do mundo, as ondas de enchente são menores e mais brandas nos meses de verão, e maiores e mais poderosas nos meses de inverno. As ondas mais brandas tendem a puxar a areia praia acima, ao passo que as ondas tempestuosas do inverno arrastam a areia da praia e a depositam em grandes montes paralelos à praia. Chamamos estes montes de bancos de areia. Ao retornarem as ondas mais brandas do verão, os bancos de areia tendem a desaparecer, à medida que a areia é mais uma vez levada para a praia.
Caso todas as areias trazidas pelos rios para os oceanos permanecessem nas praias, por fim teríamos amplas e arenosas praias ao redor de todos os nossos continentes. Mas, conforme se verifica, grandes quantidades de areia são perdidas em alto mar à cada ano, além do ponto em que as ondas possam influir nelas.
O Homem Transtorna o Equilíbrio
A mão do homem em muitos lugares atingiu o equilíbrio natural. A construção de baías e quebra-mares não raro produziu grandes mudanças nos litorais próximos. Entre outros efeitos, pode-se notar o acúmulo de areia de um lado duma baía, custosas operações de dragagem dentro da própria baía, e a erosão da praia do lado oposto. Na verdade, este é apenas um dos custos do progresso, conforme o homem o vê, mas há ainda outro problema que está vindo a ter cada vez maiores complicações.
O controle das enchentes, a conservação da água e as instalações hidrelétricas resultaram na construção cada vez maior de represas em todas as partes do mundo. Tais represas reduzem grandemente a capacidade dos rios e correntes de transportar sedimentos, cortando assim seriamente a reserva de areia destinada à formação de praias. Quando os deltas dos rios não mais suprem quantidades suficientes de areia, as praias imediatamente abaixo da costa começam a sofrer erosão. O excelente equilíbrio entre a perda e o lucro de areia foi transtornado.
Trazer areia de outras áreas e lançada na praia despojada só pode ser uma medida temporária, pois o processo da erosão continuará a levar embora a areia para o mar. O custo da reposição artificial da areia poderia tornar-se proibitivo.
Outro método da manutenção de praias envolve a construção de estruturas litorâneas, mais comumente o tipo longo e estreito, construído em ângulos retos para com a praia e projetando-se na rebentação. Estes “espigões” podem ser chamados de pedras grandes ou obras de madeira. A idéia é reter a areia à medida que é transportada pela praia, de modo a evitar maior erosão.
A erosão das praias é deveras crescente problema, em especial nas áreas densamente populadas do mundo. Propriedades à beira-mar correm graves perigos. Os humanos, de vida curta, com seu conceito limitadíssimo do futuro, adiantaram-se em planos para produzir lucros imediatos, financeiros ou de outra forma, planos estes que se voltam contra eles com inesperados resultados desastrosos. Assim, ao passo que grande parte da população dispõe por fim de tempo extra para recreação, cada vez mais das áreas naturais recreativas ao longo dos litorais da terra estão desaparecendo.
A formação duma praia verdadeiramente bela e natural está além do engenho do homem. Em contraste, as forças criativas e de manutenção da parte de Deus há longos séculos mantiveram as praias do mundo como locais de refrigério e descontraimento.
in Despertai de 22/2/1972 pp. 20-22
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OBRIGADO RUI COSTA!
AMOR MEU, DOR MINHA
DOR MINHA QUE BATES NO CORAÇÃO,
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.
OLHOS TEUS QUE CRUZAM COM A PAIXÃO;
PARA ONDE FORES CONTIGO IREI,
ONDE ESTIVERES AÍ FICAREI;
NA ROTA DO AMOR BUSCAMOS SINTONIA,
SENDO O MAIS IMPORTANTE A COMPANHIA;
FELIZ AQUELE QUE TE AMA,
E QUE PODE ALIMENTAR A CHAMA;
FICAREI. FELIZ. SINTO O TEU ABRAÇO FORTE,
SINTO QUE O AMOR NÃO ALIMENTA A MORTE;
POR TUDO ISTO UM ADEUS NÃO PERMITO,
NO NOSSO CORAÇÃO O AMOR NÃO É MALDITO.
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